Míssil BVR indiano Astra é disparado com sucesso de Su-30MKI

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disparo de míssil indiano BVR Astra de Su-30MKI - foto 2 DRDO

Armamento é o primeiro míssil ar-ar além do alcance visual desenvolvido na Índia, devendo também ser integrado ao caça leve Tejas

No domingo, 4 de maio, a Organização de Pesquisa e Desenvolvimento de Defesa da Índia (DRDO – Defence Research & Development Organisation) informou o teste bem-sucedido do primeiro míssil ar-ar de emprego além do alcance visual (BVR – beyond visual range) desenvolvido na Índia, o Astra.

O míssil foi disparado com sucesso de um caça Su-30MKI indiano num campo de provas da marinha no setor oeste e, segundo o comunicado da DRDO, atingiu todos os objetivos de missão. A separação do míssil deu-se conforme simulações realizadas e a DRDO divulgou fotos do lançamento capturadas por câmeras de alta velocidade.

disparo de míssil indiano BVR Astra de Su-30MKI - foto DRDO

Ainda segundo o comunicado da DRDO, que desenvolve o Astra, trata-se de um míssil com características de alta probabilidade de acerto num único disparo (SSKP – Single Shot Kill Probability), o que o torna altamente confiável. O míssil é do tipo “all aspect – all weather” (disparo com alvo em qualquer posição relativa ao lançador e em quaisquer condições meteorológicas), com cabeça de busca por radar para a fase final do engajamento. Também dispõe de “excelentes características ECCM” (contra-contra medidas eletrônicas), processamento melhorado para cenários multi-alvos, destacando-se também a propulsão sem fumaça, como se pode ver nas fotos disponibilizadas.

Segundo o comunicado, diversos outros testes estão planejados para estabelecer o envelope de lançamento, assim como a integração futura do míssil ao avião de combate leve (LCA) Tejas, que também é um desenvolvimento indiano.

mísseis indianos BVR Astra em Su-30MKI - foto DRDO

Para atingir esse estágio, além do desenvolvimento do míssil em si foi necessário anos de esforços em conjunto com o Complexo de Mísseis de Hyderabad, o Centro para Aeronavegabilidade Militar e Certificação  (CEMILAC – Center for Military Airworthiness & Certification) e a Força Aéra Indiana (IAF – Indian Air Force), enquanto a HAL (Hindustan Aeronautics Limited, a estatal indiana de aeronáutica) realizou as modificações na aeronave Su-30 junto a especialistas da IAF. Diversas empresas indianas tiveram participação importante na produção de aviônicos confiáveis, do sistema de propulsão, materiais, fuselagem e softwares adequados ao uso em míssil ar-ar.

Ao longo de 2013, os mísseis passaram por testes rigorosos em Su-30 no modo cativo para integração de aviônicos e avaliação da cabeça de busca. Até o final de 2014, pretende-se chegar à fase de testes da variante Mk-II com maior alcance.

Reportagem de jornal indiano traz outras características do míssil e foto de mock-up mostrando partes internas

Míssil Astra - foto via The Hindu

Segundo o jornal The Hindu, o míssil ar-ar BVR Astra possui um alcance superior a 60km.  O míssil deverá passar por cerca de 20 a 30 outros testes para certificar completamente o envelope de lançamento, em diversas altitudes, velocidades e ângulos de ataque.

O diretor do projeto Astra, S. Venugopal informou que a versão Mk-II, a ser testada por volta do final deste ano, terá um alcance de 100km.

FONTES / FOTOS: DRDO e The Hindu (compilação, tradução e edição do Poder Aéreo a partir de originais em inglês)

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Fighting Falcon

O Brasil ainda chegará lá.

Vamos com fé rs.

Nunão, só observar no subtítulo “arMENto”, não seria Armamento?

Aldo Ghisolfi

Essa propulsão poderia ser usada no nosso Exocet?

Joner

Será que com a chegada dos Gripens por qui alguns dos testes do Adater pasaram a serem feitos no Brasil, ou até lá já estará completamente operacional?

Os indianos são apenas mais um país a nossa frente…

Parabés a eles!

Joner

Alguém consegue não admirar as linhas dos SU 30? Eu não!!!!!

O míssil é novo, mas que belas aeronaves são esses Sukhoi’s.

joseboscojr

Aldo, Mísseis ar-ar em geral possuem um propelente de queima rápida que proporciona um grande empuxo para se atingir velocidade supersônica muito rapidamente. O Exocet AM-39 é um míssil de cruzeiro subsônico com 50/60 km de alcance, propulsado por um motor foguete de queima lenta e de empuxo reduzido. Se fosse usado um propelente de queima rápida teria que ter também mudanças relativas à aerodinâmica (e provavelmente mudanças relativas à estrutura e aos materiais) e ele teria menos alcance se voasse num perfil igual ao Exocet, embora ficasse supersônico. Eu chuto que não passaria de Mach 1.5 e o alcance… Read more »

Justin Case

Amigos, boa tarde.

Uma observação:

ECCCM são CONTRA contramedidas eletrônicas.

1. O míssil é a arma.
2. Defensivamente, o alvo emite radiofrequência ou lança CHAFF (contramedidas).
3. O míssil tem meios de se contrapor a essas medidas defensivas, continuando a discriminar o alvo (ECCCM).

Normalmente, essa capacidade advém da possibilidade de alterar as características do pulso emitido por seu radar ou de diferenciar o que é retorno da aeronave ou das contramedidas.
Abraços,

Justin

Marcelo

Será que o radar ativo do míssil é indiano? Chuto que é russo, assim como o do similar chinês SD-10. Ao menos no início. COm preguiça de pesquisar….

joseboscojr

E só tem 2 Cs. É ECCM!

joseboscojr

Justin,
Só complementando seu comentário, uma outra ECCM muito usada por esse tipo de míssil é o “home-on-jam”, onde o míssil passa a se dirigir à fonte da interferência, o que limita a efetividade dos sistemas de interferência de autoproteção.

Justin Case

Verdade, Bosco,

Mas essa capacidade não funciona se o jamming estiver sendo emitido de um alvo rebocado ou de um chaff eletrônico. O despistamento continuaria válido.
Abraço,

Justin.

Justin Case

Obs.: você está certo sobre o número de “C” na sigla: contra-contra.

Justin

joseboscojr

Sem dúvida.
Na verdade eu devia ter dito: “o que limita a efetividade dos sistemas INTERNOS de interferência eletrônica de autoproteção”.
Desde que os mísseis passaram a ter a capacidade “home-on-jan” que os projetistas desenvolveram sistemas de interferência ejetáveis ou rebocados, que além de simularem a assinatura radar da aeronave que protegem, ainda tentam interferir no radar do míssil e caso ele passe a operar no modo passivo (HOJ), atraia o míssil para longe da aeronave.

juarezmartinez

Bosco, o míssil pode se utilizar da frequência do radar que estava iluminando a aeronave que o disparou e se dirigir diretamente para esta emissão?

Grande abraçop

joseboscojr

Juarez, Se entendi bem, sua dúvida é se um míssil ar-ar com capacidade “home on jam” pode se orientar pela emissão de radar do caça inimigo. Que eu saiba não, mas não duvidaria se fosse possível já que nem tudo é falado e se o míssil pode se guiar contra as emissões de interferências, não me espantaria se ele pudesse ser usado de forma passiva contra o radar do caça. Há mísseis que nada sabemos sobre eles. Posso citar como exemplo o AIM-120D, que é uma verdadeira incógnita e tudo que há são suposições. De oficial, nada. Já houve no… Read more »

joseboscojr

Se um míssil é guiado por radar ativo ou por radar semi-ativo ele já tem tudo pra ser um míssil com capacidade “home-on-jam” e anti-radar, já que a “antena” e os sistemas eletrônicos que captam as emissões de RF estão lá. Hoje, quase todos os modernos mísseis guiados por radar (ativo ou passivo) possuem capacidade “HOJ”. Dizer que um míssil tem capacidade “home-on-jam” é o mesmo que dizer que ele tem capacidade “anti-radar”, só que com outras palavras. Em tendo capacidade “HOJ” não há porque não ter capacidade de atacar radares aéreos ou radares em terra. Me admira muito se… Read more »

juarezmartinez

Bosco! Vou te encher a paci~encia;

Poderia este míssil que eu citei anteriormente receber estas informações sobre a posição do alvo baseado nas emissões de radar deste sendo “recebidas” pelo sistema de EW de um AWACS e este atualizando a posição ao missil disparado pelo caça via data link???

Grande abraço

Justin Case

Amigos, Algumas opiniões. 1. O Home On Jam consegue obter uma linha de visada para o alvo, mas perde a informação de distância, que dependeria dos pulsos de radar que estão sendo “jammeados”. A navegação para o alvo torna-se mais simplificada, baseada apenas na manutenção de uma linha de posição constante, que resultará em uma interceptação pura, quase frente a frente. O míssil praticamente não manobra e, consequentemente, não perde velocidade. No entanto, uma manobra adequada do alvo (normalmente com amplo giro, quase como um “barril” fará com que o míssil “espirre” por dentro da trajetória desse alvo. Sem o… Read more »

joseboscojr

Juarez, Na teoria é possível sim e na prática também. rsrsss Mísseis BVR modernos possuem data-link de duas vias e são totalmente integrados à NWC, podendo receber inclusive atualização de outro que não o lançador. Se um caça estiver com o radar desligado mas operando o RWR e recebendo informações de outros caças com RWR seria possível até determinar a distância do caça emissor por triangulação, o que permitiria a solução de tiro para o míssil. Na verdade isso já ocorre e o Rafale divulga que faz isso com regularidade usando o Spectra. Mísseis ar-sup antiradar também faz isso há… Read more »

juarezmartinez

Continiuando na nossa elocubração masturbativa alucinógena grande Bosco, eu pergunto:

Por uma obra do acaso tu já terias ouvido falar que o Derby é capaz de fazer isto com ajuda de um AWACS?

Grande abraço

Justin Case

Amigos,

Para fazermos uma avaliação da precisão de uma pista designada por data-link, podemos imaginar que, para cálculos teóricos:
– alvo a Mach 1.0
– míssil em trajetória oposta a Mach 5.0
– resulta em velocidade relativa ou razão de aproximação de Mach 6.0 = 60 milhas por minuto
– em um décimo de segundo, 180 metros.
Qual data-link de aeronave ou fusão de dados tem taxa de atualização + processamento de décimo de segundo?
Abraços,

Justin

joseboscojr

Meu comentário das 21:47 foi feito sem que eu tenha lido o comentário do Justin das 21:39, portanto, não foi minha intenção contradizê-lo. Juarez, Um AWACS não seria o sistema ideal para operar no modo passivo. Talvez o RC-135 seja mais adequado. rsrsss Na verdade qualquer caça pode fazê-lo, claro,desde que tenha um RWR competente. E há um monte de modelos disponíveis, dos mais simples aos mais avançados. Quanto ao Derby em teoria é possível, mas como disse o Justin, não sabendo a taxa de atualização dos sistemas de data-link do F-5M e do Derby, fica difícil responder se é… Read more »

Corsario137

Bosco,

Certa vez me lembro de você ter citado um novo INS que estava sendo desenvolvido nos EUA e que colocaria o GPS no passado. Algo ligado a física quântica. Estou viajando também na maionese ou você realmente fez essa afirmação? E se positivo, não seria para se aplicar a essa nova geração de misseis?

Corsario137

Aproveitando o ensejo…

Antes tudo terminava em FX, hoje também rsrsrs, a diferença é que temos nome a dar ao boi!

Qual armamento BVR será usado pelo nosso querido e amado Gripen BR? No short temos MAA-1, A-darter e Phynton, mas e no longo? A MBDA poderá vender o Meteor pra nós?

joseboscojr

Corsário, Fiz mesmo esse comentário. Agora tá meio tarde mais amanhã vou procurar e postar o link. É um desenvolvimento do DARPA e visa desenvolver um IMU menor que uma caixa de fósforos e que será mais preciso que o sistema DGPS. Quanto ao BVR do Gripen da FAB, não faço ideia. A vantagem dele é que ele basicamente aceita tudo, desde o AMRAAM, passando pelo Derby e R-Darter e indo até o Meteor. Mas se vale chute, não acredito que iremos adquirir o Meteor. Acho que vamos comprar alguns Amraams mas o grosso vai ficar por conta do Derby.… Read more »

Nick

Parabéns aos Indianos,

E torcendo para que o acordo para o desenvolvimento/fabricação do BVR de próxima geração Marlin seja assinado rapidamente entre a Mectron/Denel.

E esse míssil teria escala, já que serviria não só à FAB nos Gripen E, como também como SAM do Exército e SAM embarcados nas novas naves da Marinha.

[]]’s

joseboscojr

Corsário,
Há muitos artigos sobre esses avançados sistemas de navegação inercial.
Esse é o do DARPA:
http://www.darpa.mil/Our_Work/MTO/Programs/Micro-Technology_for_Positioning,_Navigation_and_Timing_(Micro-PNT).aspx
Um abraço.

joseboscojr

Corsário,
Esse link que eu mandei tem que ser copiado e colado porque senão ele não abre na página correta.

Iväny Junior

É importante para a Índia. Pra gente, sai mais em conta comprar Derby e Meteor. Seria uma pena se os Gripen não viessem com Meteor.

juarezmartinez

Bosco! Eu te perguntei intencionalmente, pois foje ao meu conhecimento a “miuçalha” da tática, mas ouvi isto de oficial av da FAB e que uma doutrina de combate, digamos muito parecida, foi utilizada em uma das Cruzex para inflingir perdas aos M 2000 Franceses. Na hora achei que era “contra info”, mas aprece que tem fundamento.

Grande abraço

PS A tática foi sugerida pelo “Brimo Davi”

Corsario137

Bosco e Nunão, Obrigado pelas respostas. Quanto ao armamento BVR, me baseando apenas em leitura especializada e sem conhecimento algum do riscado, vejo o material israelense com muito bons olhos. É um excelente custo x benefício. Não sei dizer no que o Derby é superior ou inferior ao Meteor, exceto no quesito preço. Até onde sei ambos tem troca de dados com a aeronave via data-link. O Derby seria o “modelo de entrada” no mundo BVR e o Meteor estaria num patamar acima em termos de velocidade e alcançe? Bosco, mata aí a charada, quem você gostaria de ter na… Read more »

joseboscojr

Corsário, Pelo que se sabe o seeker de busca por radar ativo do Meteor não é nenhuma coisa de outro mundo. Na verdade é baseado no radar ativo do MICA-RF e usa uma antena mecânica comum, então, não dá pra gente falar que ele é superior ao Derby nesse quesito. Quanto ao data-link o Meteor tem um mais capaz, de duas vias, enquanto o do Derby é de via única. Outra vantagem inconteste do Meteor é relativa à sua cinemática. Ele tem o dobro do alcance, graças ao seu motor foguete aspirado, o que o faz um míssil ideal para… Read more »

Aldo Ghisolfi

Bosco, boa tarde.

Muito obrigado pela resposta, como sempre uma excelente aula sobre a matéria, inclusive agregada aos teus outros comentários.

Resta dar os parabéns aos indianos.

Ivan

Uma grande virtude do Gripen é a possibilidade de usar quase todos os mísseis ar-ar BVR do ocidente. Desconfio que o R-Darter parou no tempo. Os sul africanos possivelmente não tem recursos financeiros para desenvolver novas versões e não creio que a FAB tenha interesse em colocar parte do seu mísero orçamento neste projeto. O Derby é genérico, mais simples, com menos recursos, menor alcance, mas em compensação é mais leve e provavelmente de menor custo. Importante observar que os israelenses que o fabricam usam TAMBÉM o norte americano AMRAAM. Certamente a bilionária ajuda de Tio Sam para o Tio… Read more »

Ivan

Quanto ao Astra não espero grande coisa no primeiro momento. Mas é sempre assim, para acertar é preciso tentar, mas nem sempre se acerta de primeira.

Foi assim com pequeno AAM IR V3-Kukri sul africano ou com bem maior AAM SAHR Matra R-511 francês. Início de longas linhagens que chegam hoje ao A-Darter e Meteor.

Parabéns aos indianos pela iniciativa de começar.

Mas por algum tempo ainda vão usar mísseis franceses, israelenses e russos.

Sds.,
Ivan.

M.A

Justin, Em seu comentário de 5 de Maio disseste: “O míssil praticamente não manobra e, consequentemente, não perde velocidade. No entanto, uma manobra adequada do alvo (normalmente com amplo giro, quase como um “barril” fará com que o míssil “espirre” por dentro da trajetória desse alvo.” Na verdade, justamente por precisar manter-se constantemente direcionado ao alvo, o míssil precisaria manobrar -muito mais-. Veja, pense num alvo voando em linha reta, perpendicularmente ao avião lançador do míssil: Neste caso um míssil que se direcionasse à posição futura do alvo só precisaria mover-se em linha reta, até esta posição futura; entretanto um… Read more »

Justin Case

Boa tarde, M.A.

Acho que não me fiz entender. Minha colocação é que o míssil é capaz de manter uma linha de posição constante, que levará à interceptação e colisão com manobras mínimas. Se ele se mantivesse apontado para o alvo estaria em perseguição pura e teria que manobrar muito forte no final.
Você quiser colidir com um alvo no menor tempo e com o menor esforço, basta manter seu objetivo parado no parabrisa = linha de posição constante. Ou seja, nossos conceitos são semelhantes.
Abraço,

Justin

M.A

Caro Justin,

Realmente não havia compreendido o que querias dizer. Partilhamos então da mesma conclusão: Um míssil ar-ar HOJ teria de manter-se apontado para o alvo (por não possuir informação sobre a sua distância, não podendo, então, predizer trajetória) e por isso teria um alcance e pK reduzido.

Talvez seja mais um motivo para a falta de interesse demonstrada pelo desenvolvimento deste conceito.

Abs,
M.A.

Justin Case

Explicando melhor: o sistema começa a perseguir mas, em seguida, estabelece um “lead” até que a linha de posição possa ser mantida sem variação de proa. Terá sido estabelecido um rumo de interceptação.

Justin

M.A

Justin, correndo o risco de parecer obtuso, saber a distância ou a velocidade de aproximação do alvo me parecem ser informações necessárias para se obter um rumo de interceptação. Caso contrário fica impossível saber o quão próximo do alvo o míssil está (talvez estimando pela intensidade do sinal, mas aí como fica para radares de diferentes potências?). Você poderia estabelecer um lead em ângulo, mas não seria possível realizar uma predição de trajetória sem estas informações (logo, impossível uma interceptação de trajetória). Ele poderia manter um lead constante e então, num certo ponto, direcionar-se para o alvo a fim de… Read more »

Justin Case

M.A. É possível sim estabelecer rumo de interceptação sem conhecer a distância. Como citei, o sistema tem que estabelecer um “lead” suficiente para que a linha de posição possa ser mantida sem variação de rumo. Logicamente, é necessário que o ele também possa identificar se o rumo está sendo variado e em que razão. Para isso, não é necessário sistema magnético, nem GPS ou inercial. Até contrapeso ou identificação da situação dos comandos de voo do míssil podem resolver. Também não sei se existem sistemas que operem dessa maneira em Home on Jam. Mas, para mim, parece simples de implementar,… Read more »

Iväny Junior

Eu vi gente comparando derby com Meteor?

O Meteor é simplesmente o melhor míssil BVR do mundo. Tanto que até o tio sam trabalhou para homologá-lo em seus caças.

A Combinação Typhoon x Meteor é a melhor da arena BVR atualmente (reza a lenda que o f-22 com aim-120 é a melhor, mas ninguém sabe e ninguém viu). O derby é um ótimo míssil (melhor que sparrow e skyflash por exemplo), mas tem, por baixo, no seu máximo de alcance, a metade do Meteor.

joseboscojr

Ivany, Um míssil tem que ser analisado de diversas formas. Seu desempenho cinético é só uma delas. Comparando item por item o Meteor está longe de ser o melhor do mundo em todos eles, embora deva concordar que no conjunto é um míssil formidável, mas sem nada de absolutamente fodástico. Por exemplo, há mísseis ar-ar BVR que possuem um radar de varredura eletrônica, tais como o R77M russo e o AAM-4B japonês, e fala-se até do AIM-120D. O do Meteor é de varredura mecânica. Há mísseis com GPS integrado, como por exemplo o AIM-120D. O Meteor não faz uso desse… Read more »

joseboscojr

Há vários mísseis que adotam a “trajetória proporcional” em detrimento da perseguição pura e simples sem saber a distância do alvo. Por exemplo, os mísseis guiados por IR como o Stinger e o Sidewinder.

M.A.,
Mísseis com capacidade HOJ existem vários, o que não existe é um míssil ar-ar com seeker exclusivamente por PRH (passive radar homing).
E o motivo você explicitou muito bem no seu comentário das 13:02.

Um abraço.

Justin Case

Amigos, A navegação proporcional, intermediária entre a perseguição e a interceptação direta, foi concebida para que o míssil realizasse a parte final de sua navegação pelo setor traseiro do alvo, como medida para evitar que perdesse o contato com a fonte de irradiação IR. Na prática, era como se ele navegasse inicialmente para um ponto às seis horas do alvo. Assim, passava gradualmente de um perfil de interceptação para outro de perseguição, já próximo ao alvo. No caso de um míssil EM, essa aproximação pelo setor traseiro não é necessária para manter o contato, embora ainda seja a melhor situação… Read more »

joseboscojr

Corrigindo:
Trajetória proporcional = navegação proporcional, no meu comentário das 19:23.
Obrigado pela correção Justin.

Iväny Junior

Bem Bosco, você só falou de mísseis top, tirando o próprio Derby. O Meteor é muito bom porque mantém a sua fórmula simples, e assim, te a maior zona mortal deles. Tirando o Stunner, todos são de guiamento ativo exclusivamente. Não precisa necessariamente ter GPS uma vez que o radar do lançador pode determinar a localização do míssil com precisão. O radar dele deve ter boa comunicação com o datalink (pra mudanças de alvo durante a trajetória, por exemplo) e a capacidade de travar. Nem todo AESA é melhor que PESA ou Mecânico. O Captor-M por exemplo, do Typhoon t1… Read more »