Gripen Demo: cinco anos de ‘supercruzeiro’

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Gripen NG - imagem via AKAER

No dia 21 de janeiro de 2009 o avião demonstrador de tecnologia Gripen Demo, equipado com o motor GE 414G, superou a velocidade de Mach 1.2 (a 28.000 pés de altitude) sem o emprego do pós-combustor durante ensaios para avaliar as capacidades de voo super cruzeiro (supercruise) da aeronave.

 

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Augusto

Vazou o relatório sigiloso do FX suíço: http://files.newsnetz.ch/upload/1/2/12332.pdf

Eu já havia colocado o link na matéria anterior.

Carlos Alberto Soares

Novembro 2009 ?

Iväny Junior

O argumento dos opositores cai por terra. O Gripen não é um avião de papel. Não existem aviões de papel à mach 1.2 supercruise.

Justin Case

Amigos,

Devemos lembrar que certamente é necessário usar pós-combustão para acelerar e alcançar o voo supersônico. O conceito de supercruise é relativo à manutenção de regime supersônico sem uso de pós combustão.
Abraços,

Justin

Carlos Alberto Soares

“Augusto
21 de janeiro de 2014 at 0:40 #

Vazou o relatório sigiloso do FX suíço:”

Novembro 2009 ? Vou ler depois me manifesto.

Já li, minha resposta está abaixo:

http://www.aereo.jor.br/2012/08/28/md-suico-apresenta-detalhes-do-acordo-do-gripen-com-a-suecia/#comments

Eder Albino

Uma dúvida. O Gripen NG terá quantos displays ?

Iväny Junior

Augusto Já havia se falado sobre esse relatório por aqui, inclusive, uma entrevista de um oficial sobre a vitória técnica do rafale. O que podemos notar é que o teste foi bem específico. Com um território pequeno, não faz muita diferença ter supercruise e mach 2, o que levou à instalação no rafale (e no f/a-18 e/f também) de um difusor de ar que diminui a assinatura de radar, baixando a velocidade máxima da aeronave (em ambos os casos, mach 1.8). Que o rafale é um ótimo avião não se discute. Que ele é caro, também não. Agora, fica sempre… Read more »

Augusto

Carlos Alberto Soares
21 de janeiro de 2014 at 1:12

Sim, inicialmente as avaliações na Suíça tinham como objeto o modelo C/D e, depois, o NG. Como diz o relatório:

“The Evaluation has been divided in 2 parts. The first is based in the results of the flight tests in 2008 the second in the additional information provided by the constructors describing the delivery configuration in 2015. This document provide the results of the evaluation of the flight test in 2008.”

Carlos Alberto Soares

Caro Augusto, é. Na minha visão o que decidiu foram duas coisas: 1.- A real evolução para o padrão NG ou E/F que seja e 2.- Relação custo x benefício. Não foram somente esses critérios no Brasil sabemos, mas creio que para nós foi o muito bom. SH seria melhor, minha humilde posição, mas já foi. Acredito que quando o Tufão ganhar mais escala, talvez seu custo geral reduza, mas que é uma bela máquina, sem dúvida. Quanto ao Rafale, nunca ataquei o vetor em si, mas realmente o$ France$e$ não ajudaram muito no que ele$ andam fazendo no$ último$… Read more »

Vader

Curioso é a Suíça falar três línguas (alemão, francês e italiano), concorrerem um vetor sueco, um francês e um alemão (no caso do Typhoon que participou da concorrência suíça) e o relatório ter sido “vazado” em… INGLÊS!!! Esquisito né? 😉 De resto: Quando, por Deus, quando será que as rafalechetes irão botar na cabeça que um país não escolhe as aeronaves para sua Força Aérea baseado apenas em critérios técnicos, mas sim na relação CUSTO-BENEFÍCIO!!!!! E, quando irão entender que nessa relação o Dassault Rafale é PÉSSIMO??? Quando irão entender que um caça “convencional” que custa o mesmo que um… Read more »

Vader

A se confirmar a capacidade de se manter em vôo supercruzeiro do Gripen E, ainda que impulsionado até ela por pós-queimadores (como sugere seja o caso o amigo Justin), será um tremendo de um diferencial, mormente para um país de grandes dimensões como o nosso. Não serve de nada para interceptação direta, mas pode servir para inúmeras outras missões.

Nick

O único caça que pode efetivamente entrar em regime de supercruise sem pós-combustor é F-22A Raptor.

Os demais precisam de uma “ajuda”. De qualquer voar em supercruise, mesmo que “leve”, traz algumas vantagens como aumentar o alcance de misseis BVR, e entrar e sair de um determinado TO antes de seus adversários.

[]’s

Mauricio R.

Um simples trasnslado nessas condições, digamos entre Canoas e Sta Cruz ou entre Sta Cruz e Anápolis, poderia custar menos pois o rendimento do combustível por milha voada seria de deixar companhias de transporte aéreo c/ inveja.

joseboscojr

O incremento de alcance de um míssil BVR quando lançado em velocidade supersônica independe do caça ter capacidade supercruzeiro, ocorrendo com qualquer um que esteja em velocidade supersônica, estando ou não com os pós-combustores acionados. É mais comum que isso ocorra no F-22 porque o regime de voo natural dele em uma zona quente é o supercruzeiro. Em outros caças que são capazes de manter um regime supersônico sem os pós-combustores de modo eventual, talvez não se beneficiariam tanto da capacidade, sendo melhor acionar os pós-combustores e acelerar para além de Mach 1.5 se quiserem incrementar o alcance dos mísseis… Read more »

joseboscojr

O F-22 além de stealth nível VLO tem um poderoso radar AESA. Caças de 4,5ªG tem um radar mais limitado e nem sempre de varredura eletrônica (PESA ou AESA), o que limita o alcance de detecção principalmente de outros caças semelhantes (convencionais mas de baixo RCS). Acaba que o alcance do míssil mesmo lançado a velocidade subsônica fica quase no limite de alcance de detecção. A capacidade de incrementar o alcance lançando o míssil em velocidade supersônica seria crucial contra caças de geração inferior (com alto RCS), que iriam ser detectados e rastreados bem mais distantes, possivelmente fora do alcance… Read more »

Almeida

Nick, preciso fazer uma correção ao seu comentário:

O F-22A também precisa acionar os pós combustores para quebrar a barreira do som e acelerar até mach 1.7, quando então pode desligá-los e voar indefinidamente à mach 1.5.

O único avião que pode alcançar supercruise sem pós combustão alguma é, surpresa, o Alenia T-346 Master! Ele alcança mach 1.1+ e seus motores nem possuir pós combustores possuem.

Almeida

Voar em regime supercruise indefinidamente é especialmente mais vantajoso no caso de PACs (Patrulhas Aéreas de Combate). Enquanto seus adversários estão chegando em regime subsônico e precisariam acelerar para quebrar a velocidade do som para engajar você, o que leva de 30s a 60s, você já está preparado e pode 1. desengajar ou 2. atacar primeiro. Associado à um RCS baixo e um radar AESA de baixa assinatura, grande alcance e ótima resolução, quem manda no combate é você. E no combate aéreo quem tem a iniciativa, ganha sempre. E o Gripen E/F e o Typhoon tranche 3 possuem tudo… Read more »

Clésio Luiz

A primeira aeronave a voar no tal “supercruzeiro” foi o Lightning P.1 inglês. Acho que atingiu Mach 1,5 ou algo assim. Mas todos os caças empalidecem perto dos Mach 2 que o Concorde e o Tu-144 podiam manter, por horas a fio, cruzando os mares. Sobre o supercruzeiro, vale lembrar que não é o tempo todo que a aeronave pode manter a velocidade, tanto por causa da temperatura dos motores (menos o F-22), quanto por causa da autonomia. No caso do F-22, o raio de ação cai de 900 para cerca de 300/400 km. Velocidade de cruzeiro, para obter o… Read more »

Justin Case

Amigos, boa noite. O arrasto em voo supersônico é muito superior ao subsônico. Podemos considerar, por exemplo, que seja, em determinada velocidade, 30% superior ao arrasto a Mach 0,9. Esse arrasto deve ser compensado pelo empuxo gerado pelo motor (combustível queimado). Sabe-se também que a eficiência do motor “seco” é muito superior ao obtido pela pós-combustão. Os motivos principais são que: parte do oxigênio disponível já foi utilizado pelo motor seco; que a câmara de combustão proporciona melhor eficiência de queima. Então, o consumo nesse voo supersônico seria pelo menos 30% superior ao consumo subsônico (em situação supercruise) ou bem… Read more »

Penguin

A entrevista de 2012 com o piloto de testes chefe e gerente do projeto de avaliação da força aérea suíça para a substituição do F-5E (TTE) entre 2007 e 2010 é bastante esclarecedora (em alemão, mas com o tradutor da para entender): http://www.onz.ch/artikel/112298/

Nick

Caro Almeida,

Fiquei surpreso com essa sua afirmação. O.o

Procurei verificar, mas só encontrei a informação que o F-22 pode atingir o supercruise com ou sem afterburner.

Ou seja pode ser que as duas informações estejam corretas.

[]’s

rommelqe

Parece claro que o relatório em questão é real, mas nitidamente parcial, como o proprio Res Schmid enfatizou na entrevista concedida. Uma coisa é certa, simplesmente ratificando o que foi dito pelo ex-diretor encarregado da licitação suiça: o Gripen C/D é inferior ao Rafale e ao Typhon, mas o NG, dotado com radar AESA, motor 414, incrementado em alcance (com capacidade interna de combustível) , entre outras implementações, não só foi selecionado pela Suiça como também o foi pelo BRASIL. Um detalhe a mais, para quem leu todo o relatório divulgado, é que na segunda fase de julgamento/cotejo de alternativas,… Read more »

Rogério

Curioso como a China e a Índia estão projetando caças de 5º geração e ainda buscando caças de 4º no mercado externo. China querendo Su-35 e Índia Rafale.

Rogério

oops comentário no post errado

Carlos Alberto Soares

Off topic

Tá explicado porque os patos voam em “V” e os aviões de guerra idem:

http://teoriadetudo.blogfolha.uol.com.br/2014/01/21/disque-v-para-voar/

Fernando "Nunão" De Martini

Tudo bem que a discussão é sempre válida, porque muita gente nova surge para debater de tempos em tempos, mas é sempre bom lembrar que esse link trazido pelo Augusto logo no primeiro comentário deste post já foi discutido aqui inúmeras vezes. Eu mesmo o tenho copiado na íntegra há anos e já disponibilizamos o link em posts também de anos atrás, mais de uma vez. Todas as fontes oficiais suíças ligadas ao assunto (Força Aérea, Departamento de Defesa, Armasuisse etc) já disseram, também inúmeras vezes, que esse relatório vazado se trata de um relatório ainda incompleto. Muitas informações foram… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Carlos Alberto, A teoria sobre esse voo dos patos já era bem antiga, apenas faltavam mais experimentos para comprová-las do ponto de vista do menor esforço para os patos baterem asas ao longo da formação. Já sobre a formatura em V de aeronaves, como cita o link que você passou, nada a ver com o histórico dessa formatura. Essa surgiu por questões táticas, até onde sei, e não por qualquer preocupação aerodinâmica (esta, até onde sei no que se refere a aviões de combate, vem sendo estudada bem mais recentemente). Por exemplo, a formatura em V inglesa de três caças… Read more »

joseboscojr

Nunão?
Chegou das férias em alguma ilha isolada do Caribe?
rsrssss
Tinha sumido!!
Por falar em sumido, cadê o Ivan, também conhecido internacionalmente como o “mapento” ou o “frentista”??
Um abraço.

Fernando "Nunão" De Martini

Bosco, Fiquei fora dos blogs só uma semana e pouquinho. Talvez repita a dose na semana que vem, mas a praia não é no Caribe não… Quanto ao Ivan “mapento”, de fato está fazendo falta um mapa dele num post do Naval em que a necessidade da Bolívia ter uma marinha seria justificada por uma visão da bacia do rio Paraguai e das riquezas que nela são transportadas, ontem e hoje. Afinal, não é só de águas azuis que se faz a necessidade de embarcações militares. Mas isso é um assunto para o Naval. Já o Ivan “frentista” está fazendo… Read more »

joseboscojr

Nunão?
Uma semana e pouco?
Cara! Acho que tem quase um mês que não te vejo por estas bandas. rsrsss
Acho que o tanto de “água de coco” 12 anos que você bebeu te fez perder a noção de tempo. rsrsrs
Um abraço!

Quanto ao Ivan, não fosse nesta época do ano e eu já estaria preocupado.

Fernando "Nunão" De Martini

Bosco, kkkkkkkk Apesar de breves folgas fazerem perder a noção do tempo, deixo a água de coco com 12 anos (na verdade, na viagem acabei ganhando de presente um single malt) na sua conta, afinal não fui eu quem perdeu a noção de tempo. Meus últimos comentários antes destes de hoje foram há exatos 10 dias (ou seja, uma semana e pouco) em 12/01/2014 às 18:32 e 18h36, no post “Brasil e EUA, a história da Saab” (http://www.aereo.jor.br/2014/01/10/brasil-e-eua-a-historia-da-saab/), e às 18h34 daquele mesmo dia no post “Mais fotos e vídeos da cerimônia do contrato do Rafale F3R” (http://www.aereo.jor.br/2014/01/11/mais-fotos-e-videos-da-cerimonia-do-contrato-do-rafale-f3r/), matéria esta… Read more »

Iväny Junior

Faltou Nunão no hangout.

Fernando "Nunão" De Martini

Iväny,

Não pude participar do primeiro hangout por compromissos familiares e no segundo devido a uma viagem.

Se o próximo não bater com outro problema de agenda, estarei presente para debater. São iniciativas muito interessantes.

Abraço e obrigado pela deferência.

Iväny Junior

Abraço, quanto mais gente debatendo melhor.

Carlos Alberto Soares

“Fernando “Nunão” De Martini
22 de janeiro de 2014 at 11:13 #”

Boa tarde Nunão

Sua resposta é absolutamente técnica, portanto
prefiro os patos quá quá quá ….

Brincadeirinha, não vão me expulsar heim ….!

A galera fazendo varias menções da sua ausência, você dando relatório das “vacaciones”, relatório das atividades anteriores, tá preocupado em perder o jeton ?

Pronto, agora vou ser expulso de vez …. rsrs…..

Dica para próxima viagem, monte um kit básico:

http://artedacachaca.com.br/?gclid=CPjF28y9krwCFaHm7AodVjsAsQ

Saudações, com deferências ….. rssss ….

Fernando "Nunão" De Martini

“Sua resposta é absolutamente técnica, portanto prefiro os patos quá quá quá ….” Carlos Alberto, Também prefiro os patos, que estão entre meus bichos preferidos desde a primeira leitura de um gibi do Pato Donald, na tenra idade – apesar de, no final dos anos 80, já na época da primeira faculdade, alguns professores tentarem demolir minhas sólidas bases patopolitanas impingindo-me a leitura do muito mal-escrito (e já bastante datado na ocasião) libelo marxista anti-imperialista “Como ler o Pato Donald”. Quaaaaaaac! “…você dando relatório das “vacaciones”, relatório das atividades anteriores, tá preocupado em perder o jeton ?” Não, apenas aproveitando… Read more »

Reinaldo Deprera

É uma pena que o “bem estar social” francês cobre dos seus produtos um preço tão alto, porque em geral, são bons produtos.