Cerimônia militar celebra os 70 anos do 1º Grupo de Aviação de Caça

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70 anos do 1GAvCa

Marcada por lembranças de um passado histórico e heróico, a cerimônia militar do 70º aniversário do 1º Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA), ocorrida na segunda-feira (23/12), na Base Aérea de Santa Cruz (BASC), foi presidida pelo Ministro de Estado da Defesa, o Embaixador Celso Amorim, acompanhado do Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito.

Baseado no legado de tradições do Grupo, o Comandante do 1º GAVCA, Tenente-Coronel Aviador Almeida realizou uma homenagem aos oito veteranos de apoio logístico e de manutenção presentes ao evento. Eles receberam das mãos do Ministro da Defesa e do Comandante da Aeronáutica uma lembrança. “O papel dos senhores na Segunda Guerra Mundial, no chão da Itália, foi tão importante quanto o dos pilotos”, destacou o Tenente-Coronel Almeida.

O Comandante da Aeronáutica fez uma homenagem ao Ministro da Defesa, como agradecimento pela conclusão do projeto FX-2, com a entrega de um cachecol e um capacete da Aviação de Caça, pelo piloto mais moderno do Grupo de Caça, Primeiro-Tenente Aviador De Souza. “No semblante de cada um dos pilotos de caça presentes, podemos observar uma alegria indisfarçável, não pela aeronave moderna e de tecnologia avançada que irá equipar seus esquadrões, mas pelo fato de que com esse vetor (Gripen NG) os pilotos de combate poderão cumprir integralmente sua missão”, finalizou o Comandante.

O Ministro da Defesa agradeceu a homenagem destacando a importância do país ter as suas forças armadas bem equipadas e enfatizou os esforços que vem empenhando para que isso ocorra.

Durante a cerimônia, foram destacados também os militares do 1º GAVCA com a entrega dos distintivos operacionais aos militares que completaram 15, 10 e 5 anos de tempo de serviço em unidades de caça; do prêmio SIPAER para militares que se destacaram voluntariamente nas atividades de prevenção de acidentes; prêmio de piloto mais eficiente e graduado e praça padrão do ano de 2013.

MUSAL pintura P-47 Thunderbolt aviao FAB

Histórico do 1º GAVCA

No início da década de 40 o mundo vivia os horrores da Segunda Grande Guerra e o Brasil acompanhava os fatos, não acreditando que dela viesse a tomar parte.

Porém, com os ataques a navios mercantes brasileiros por submarinos alemães em nossa costa, o estado de beligerância tornou-se inevitável e, em agosto de 1942, o Brasil declarou guerra aos países do Eixo.

Dentro desse contexto, foi criado, pelo Decreto-Lei n 6123, de 18 de dezembro de 1943, o 1º Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA), tendo sido designado para o seu comando o então Major Aviador Nero Moura.

No período em que operou nos céus da Itália, o 1º GAVCA realizou inúmeras missões de guerra, culminando com o dia 22 de abril de 1945, quando realizou 44 saídas com apenas 22 pilotos, obtendo expressivos resultados. Por esse motivo, nessa data comemora-se o Dia da Aviação de Caça Brasileira.

Ao término da guerra, o Grupo retornou ao Brasil em julho de 1945, ficando incorporado ao 1º Regimento de Aviação da Base Aérea de Santa Cruz, sendo o responsável por implantar a doutrina de Aviação de Caça na Força Aérea Brasileira.

Em 22 de maio de 1953 inaugura-se a era do jato na caça brasileira, com os TF-7 e F-8 Gloster Meteor, de fabricação inglesa. Em 1975, o Grupo de Caça entrou na era dos caças supersônicos, com a aquisição dos F-5E Tiger II, que permaneceram em operação até o início de 2008.

Hoje o 1º GAVCA opera os modernos F5-EM, constituindo-se na ponta de lança da caça brasileira, devido à sua versatilidade e eficiência. Subordinado operacionalmente à Terceira Força Aérea e administrativamente à Base Aérea de Santa Cruz, o 1º GAVCA, segue cumprindo todas as missões da Aviação de Caça horando o legado inesquecível de seus antepassados na Itália.

FONTE: www.fab.mil.br

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André Sávio Craveiro Bueno

Muito pode ser dito sobre o 1o Grupo de Caça e seus membros.

Certamente o que escreverei não é original mas penso que se o legado de capacidade, organização, coragem e desprendimento de toda a equipe inspirasse a classe política deste país, certamente estaríamos em situação muito melhor, em todas as áreas.

Rinaldo Nery

O filme feito pelo Erik de Castro contando a saga do Grupo na Itália foi fenomenal. Não sei se todos os amigos tiveram a oportunidade de assisti-lo. A única falha foi não ter divulgado a Ópera do Danilo, encenada anualmente durante a Reunião da Aviação de Caça (RAC), em Santa Cruz.