kc3

A Marinha dos EUA (USN) deve comprar uma aeronave de transporte para realizar as missões de COD (Carrier onboard Delivery) para substituir futuramente os C-2 Greyhounds. Devem participar da concorrência a Northrop Grumman, propondo remanufaturar os atuais C-2 Greyhounds, e a Bell Boeing com o V-22 Osprey.

A Lockheed Martin também está entrando na briga com um S-3 Viking remanufaturado com uma nova fuselagem, adaptada para levar carga, o KC-3.

A proposta do KC-3 para COD usaria a cabina, asas, cauda, motores e trem de pouso dos S-3 Viking, mas com uma fuselagem maior e mais larga, incluindo rampa de carga traseira. Sem os aviônicos de missão, seria até mais leve que S-3, cujo principal uso era guerra antissubmarino.

O KC-3 poderia até ter capacidade secundária de realizar missões de reabastecimento em voo com dois casulos nas asas. A capacidade de carga seria de 4.500kg, podendo levar 21 mil libras de combustível, das quais 4 mil libras em palets na cabina de carga. A Lockheed Martin cita que a vantagem principal é ter o dobro do alcance dos competidores.

Os S-3 saíram de serviço da USN em 2009 e ainda existem 150 armazenados, sendo que 90 são viáveis para modernização com 7 a 9 mil horas de voo disponíveis.

A Coreia do Sul também poderá comprar o S-3 Viking para uma encomenda de cerca de 20 aeronaves em 2018-2020 como opção mais barata que o P-3. O orçamento é de US$ 940 milhões e estão competindo o C-295, o P-8 e o SC-130J. Os dois últimos são bem caros e com poucas chances de serem escolhidos.

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Baschera

Não sei quanto custa a hora de voo do C-2…. mas o Osprey não dá…. o bicho come mais de Us$ 83 mil por hora de voo.

Sds.

Antonio M

Até comentei no artigo anterior sobre a o Coréia/S-3, dependendo da quantidade de aviões a ser utilizada fica viável mas desde que se encaixe na doutrina (ou no hangar e na catapulta do São Paulo). Apenas comprar por comprar como “aquisição de oportunidade” não.

Senão se transforma em “doutrina do crioulo doido” …..

Antonio M

Mas a “moda” da reciclagem pelo jeito veio para ficar e não é pecado desde que usada com o devido critério…..

Marcos

A aeronave tem o emblema da USNavy, mas o rabo é da Marinha Japonesa.

Marcos

Uma versão do Osprey, aproveitando toda a fuselagem, mas com nova asa (convencional), novos motores menos potentes e reforço no trem de pouso também ficaria mais leve e com maior alcance.

Ivan

Marcos,

E mais caro de produzir também.

Abs.

Almeida

Marcos, o desenho da cauda não é Marinha Japonesa (que oficialmente foi extinta em 1945 e virou Força Marítima de Defesa do Japão), mas típica de esquadrões navais norte americanos operando em bases no Japão, como o VF-111 Sundowners:

http://ookaboo.com/o/pictures/picture/13205565/VF111_Sundowners_F14_tail_markings

Almeida

Baschera, o que seria pior:

Pagar U$ 83 mil na hora vôo do V-22 Osprey ou;

Ter mais um tipo de aeronave diferente na logística?

Acho que a US Navy já tem a resposta, eles estão muito mais felizes (e operativos) desde que trocaram uma penca de aeronaves (Tomcats, Intruders, Prowlers, Vikings) pelo F/A-18 E/F/G “faz tudo”.

Marcos

Vão ter de levantar o custo de desenvolvimento, mesmo na base da “reciclagem”.

Mauricio R.

Isto deve ser idéia de plastimodelista…

Mauricio R.

Interesante, só hoje me ocorreu que a Lockmart já voou algo perecido uns anos atrás.

O X-55 ACCA.

O conceito foi prototipado usando-se parte de um Dornier 328JET, ao qual uma nova fuselagem, em material composto, era aparafusada.