Helibras testa em Minas primeiro helicóptero militar feito no Brasil

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Governo encomendou 50 unidades do EC725 para renovar frota das Forças Armadas; empresa fez fábrica nova em Itajubá

 

Células de EC725 CBV 24 e 48 na fábrica da Helibras em Itajubá - out 2012 - foto Nunão - Forças de Defesa

ClippingNEWS-PACom dois meses de antecedência, foi testado em Itajubá, no sul de Minas Gerais, o primeiro helicóptero militar de grande porte produzido no Brasil. O primeiro voo de uma unidade do EC725 Super Cougar, da Helibrás, foi realizado dia 22, na área de ensaios da empresa.

Serão produzidas ao todo 50 aeronaves EC725, uma encomenda do Ministério da Defesa para equipar a frota das três Forças Armadas. O investimento total é de € 1,9 bilhão.

A Helibrás é a única fabricante brasileira de helicópteros, sendo responsável no País pela montagem e venda das aeronaves do grupo europeu Eurocopter.

O governo brasileiro estabeleceu como cláusula condicionante da encomenda a transferência de tecnologia e do conhecimento necessários para a fabricação das aeronaves no Brasil. A companhia também se compromete a atingir o índice de 50% de conteúdo nacional nas aeronaves até o final do contrato, em 2017.

Nos termos do acordo entre o governo e consórcio Helibrás/ Eurocopter, o lote total será dividido em três grupos de 16 unidades para Aeronáutica, Exército e Marinha cabendo duas aeronaves à frota da Presidência da República.

A Elelibrás (sic) está aplicando R$ 420 milhões na construção de um novo parque industrial da empresa em Itajubá. O modelo testado é o número 17 da série.

A produção regular começou em maio de 2012, quando o hangar principal foi finalizado. Outras sete aeronaves já estão na linha de montagem em fase final. Antes disso, os EC725 recebiam no País os cabos, sistemas eletrônicos, caixa de transmissão, rotor e toda a configuração básica.

Agora também são feitos no Brasil os trabalhos de pré-equipagem, equipagem elétrica e mecânica, mais a instalação dos pacotes de missão – os recursos que peculiarizam o emprego nas diversas operações especializadas, como ataque armado, transporte, resgate, socorro médico ou ação antissubmarino.

Além do mercado militar, a Helibrás quer atender o segmento civil, principalmente empresas da indústria do petróleo, que usam os helicópteros para voar até as plataformas de exploração oceânica.

Para o setor, a empresa oferece o EC225, uma versão civil do EC725, configurado, por exemplo, para atividades em alto-mar. A nova aeronave de asas rotativas deve custar em torno de R$ 70 milhões.

FONTE: O Estado de São Paulo (reportagem de Renê Moreira), via resenha do EB

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Baschera

Vão esperando…. a maioria das empresas de transporte são estrangeiras e não vão pagar Us$ 30 milhões por um EC-225 internamente.

Se for o caso compram mais barato lá fora…. com financiamento (leasing) e depois arrendam para sua subsidiária no Brasil.

E não foi a Helibrás/Eurocopter quem “aplicou” R$ 420 milhões num pavilhão para montar helicópteros… foi o erário público.

E “feito no Brasil” que dizer exatamente o que ??

Sds.

Nick

Essa “notícia” me parece mais um press release oficial da AIRBUS Helicopters de Itajubá.

Como o Baschera comentou, essa multinacional não gastou NADA nessa planta moderníssima para fazer a MONTAGEM dos EC-725 que se der TUDO CERTO terá um índice de nacionalização de 50% no ÚLTIMO Heli encomendado.

E se se sair custando US$30 milhões enquanto no mercado internecional tem com desconto de 30%, quem vai comprar? A Petrobrás com dindin do PAC? 🙂

[]’s

PS: Pior que vai…. 🙁

Almeida

“feito” No Bra$il… só se por “feito” entenda-se “com o nosso dinheiro dos impostos”.

Almeida

Aliás, a nota é completamente contraditória: se ele é “feito” no Brasil, não pode ser o “primeiro helicóptero militar” feito aqui. E os esquilo? Não são “feitos” há anos da mesma maneira na própria apErtAparafusoDobráS?

Marcos

O EC-225 continua proibido de voar sobre o mar.

Ivan

KAI Surion. É um filhote de Puma, desenvolvido com participação (bem remunerada) da Eurocopter e fabricado na Coréia do Sul. Claro que tem peças estrangeiras, mas muita coisa é produzida ou montada na terrinha deles, como a turbina Samsung Techwin T700-ST-701K, uma versão licenciada da General Eletric T700-GE-701C. Tá lá no Forte: http://www.forte.jor.br/2010/08/29/kai-surion/ Muitas vezes colocamos a “culpa” na Eurocopter, porém eles fecharam um tipo de negócio na Coréia do Sul e na China diferente do que fecharam no Brasil. Por que? O Surion, filhote de Puma, É coreano. O Z-9 da Harbin é um Eurocopter Dauphin licenciado. Assim como… Read more »

Almeida

Definitivamente Ivan, a culpa é nossa mesmo. Mais especificamente, dos políticos e sindicalistas que dominaram a administração da Helibrás, que de brasileira só tem o dinheiro.

Baschera

Marcos
26 de novembro de 2013 at 14:14 #
“O EC-225 continua proibido de voar sobre o mar.”

Na verdade não.

Ao menos os das cias de transporte que trabalham para a Petrobrás no transporte para as plataformas no mar… foram, por acordo, autorizados a reiniciar os voos na data de ante-ontem.

Com todas as restrições vigentes…. a luzinha âmbar…e os dedos cruzados !!

Sds.