Morre o último piloto veterano da Segunda Guerra, Major-Brigadeiro Miranda Corrêa

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Miranda Corrêa

Morreu no último domingo (15/09), no Rio de Janeiro, o Major-Brigadeiro José Carlos de Miranda Corrêa. Ele faleceu às 13h13min, aos 93 anos, no Hospital Central da Aeronáutica (HCA), onde estava internado.

O Major-Brigadeiro Miranda Corrêa integrou o 1º Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA) durante a Segunda Guerra Mundial, na Itália, como Piloto de Combate e Oficial de Informações. Entre 13 de novembro de 1944 e 03 de janeiro de 1945, ele cumpriu 8 missões de guerra. Atualmente, ele era o último dos pilotos veteranos da Segundo Guerra vivo. Antes de combater na Itália, o então Tenente Aviador Miranda Corrêa realizou seu treinamento como Piloto de Combate nos Estados Unidos e no Panamá.
i1391611525057487Após regressar ao Brasil, permaneceu no 1º GAVCA, sediado na Base Aérea de Santa Cruz (BASC). Posteriormente, realizou o curso de Engenheiro Aeronáutico e atuou como Diretor de Engenharia na Diretoria do Material e na Diretoria de Rotas. Morando no Canadá, atuou na Internacional Civil Aviation Organization (ICAO), na cidade de Montreal.

Entre as condecorações com as quais foi agraciado ao longo de sua carreira, destacam-se: Cruz de Aviação – Fita A, Campanha da Itália, Campanha Atlântico Sul, Ordem do Mérito Aeronáutico, Medalha Mérito Santos Dumont, Distinguished Flying Cross (por ter afundado um submarino Alemão na costas do Rio de Janeiro), Presidential Unit Citation e Bronze Star, sendo as três últimas concedidas pelo Governo Americano.

O Major-Brigadeiro Miranda Corrêa deixa a viúva Maria Eliane Pires Chaves e dois filhos. O velório está sendo realizado na Capela do HCA, e o sepultamento será no cemitério São João Batista, às 14 horas.

FONTE: III Comar

NOTA DO PODER AÉREO:  José Carlos de Miranda Corrêa era co-piloto do hidroavião Catalina que atacou o submarino alemão U-199 no litoral do Rio de Janeiro, em 31 de julho de 1943.

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Franco Ferreira

“Macte animo, generose puer, sic itur ad astra”

Vader

Que descanse em paz.

André

É isso mesmo, Roberto F Santana.

Assino embaixo, especialmente o seguinte trecho:

“A morte de um veterano de guerra é a quebra de um laço com o passado, impossível de se recuperar e à medida que nos afastamos das épocas de heroísmo e nos deparamos com o presente patético em que vivemos e a expectativa de um futuro terrível; é quando de fato, sabemos o que é uma perda de tempo.”

Sds a todos, e que o nosso vetereno descanse em paz!