F-35: sai acordo de US$ 7 bilhões para 71 caças, em dois lotes de produção

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Caças F-35 AF-6 e AF-7 em formação - foto Lockheed Martin

Serão 60 jatos para as Forças Armadas dos EUA e outros 11 divididos entre Austrália, Itália, Turquia e Grã-Bretanha

O Pentágono e a Lockheed Martin chegaram a um acordo para dois pedidos de caças F-35, a um custo estimado de mais de 7 bilhões de dólares. Citando fontes, a Reuters noticiou que o acordo cobre 71 aeronaves, que são fabricadas pela Lockheed Martin em suas instalações de Fort Worth, e que o pedido representa o sexto e o sétimo lotes de produção, com 36 e 35 jatos cada um, respectivamente.

jatos F-35 em formação - foto Lockheed MartinAinda segundo a Reuters, esse pedido de 71 caças inclui 60 para as Forças Armadas dos EUA, sendo os outros 11 divididos entre Austrália, Itália, Turquia e Grã-Bretanha.

O programa do F-35 é o mais caro da história dos EUA, estimado em 391,2 bilhões de dólares. Essa encomenda é uma boa notícia para a Lockheed Martin, que na semana passada havia informado queda de 4% nas vendas no segundo trimestre do ano, apesar dos ganhos terem sido 10% maiores.

Segundo a notícia original da Reuters, o Governo dos EUA negocia separadamente a compra dos motores das aeronaves com a Pratt & Whitney, e o final da negociação é esperado para breve.

Devido ao tamanho do programa do F-35, autoridades do Pentágono têm pressionado por preços menores para garantir seu futuro, num contexto de pressões orçamentárias e cortes no orçamento, que deverão representar US$ 500 bilhões a menos para o Pentágono na próxima década.

O acordo anterior firmado com a Lockheed Martin sobre o F-35 foi anunciado em dezembro passado, num total de 32 jatos do quinto lote de produção, a um custo de 3,8 bilhões de dólares.

Caças F-35 alinhados em Edwards - foto Lockheed Martin

FONTE: Dallas Business Journal e Reuters (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de originais em inglês)

FOTOS: Lockheed Martin

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Vader

Com toda a torcida contra, o F-35 segue em frente, cada vez mais rapidamente.

O F-35 já é uma realidade.

Guizmo

Vader,
O F-35 é mais real que o Gripen

Oganza

Nunão, a primeira foto era mais bonita, tá certo que eles estavam voando para a esquerda (rs), ou para o leste (Ásia ou Chile kkkk), mas era mais bonita.

Coloca uma deles “vindo” para o sul então. 🙂

Guizmo

Acho esse avião uma quebra de paradigma. Ele é histórico. É quase como ter assistido a troca de P-51 Mustang pelos Sabres.

HMS TIRELESS

Pegando a deixa da saída do sexto e do sétimo lote do F-35, cabe ressaltar que o mesmo segue a sua marcha e vai cada vez mais se consolidando como uma realidade. Ademais, tem tudo para confirmar-se como o Benchmark em sua categoria. Enquanto isso vemos as mesmas pitonizas do caos a vituperarem contra o projeto. Não os criticam fundamentadamente posto serem essas críticas absolutamente legítimas mas sim aqueles que o fazem apenas com base no seu profundo ressentimento ideológico e rançoso complexo de vira-lata sarnento latinoamericano. Alguns inclusive, em virtude de sua estreita visão, soltam seu impropérios apenas olhando… Read more »

HMS TIRELESS

Nessa hora o tigroso apologista do “Brasil – PuTênfia”, do iluminado de Garanhuns, do super-hiper-ultra-megaomnirole e da “transferênfia di tequinúlugia”enfia o seu rabinho entre as pernas e se esconde na floresta….rs!

Ivan

Guizmo,

Lightning II e Gripen são realidades completamente diferentes.
É possível comparar, partindo das diferenças nas premissas e entendendo os objetivos que ser pretende com cada programa.

Contudo, acredito que não cabe esta discussão nesta matéria.

Sds.,
Ivan.

Ivan

Interessante a questão dos custos. Esta encomenda, que deve contemplar aeronaves das 3 (três) versões, tem “um custo estimado de mais de 7 bilhões de dólares” para 71 (setenta e uma) aeronaves. Uma conta de padaria indica o valor unitário médio superior a 98,6 milhões de dólares, ou seja, possivelmente em torno (ou pouco mais) que 100 milhões de dólares por aeronave. Mas há um detalhe que é importante observar no texto: ” Segundo a notícia original da Reuters, o Governo dos EUA negocia separadamente a compra dos motores das aeronaves com a Pratt & Whitney, e o final da… Read more »

Joner

Esta aeronave fantastica deve estar na lista de todo país sério, não há nem haverá nada igual disponível nos próximos 10 ou 15 anos!!!

Ivan

O Nunão já respondeu (antes) na outra matéria sobre JSF:

Detalhe: segundo a Reuters, esses valores que coloquei acima dos lotes seis e sete de produção não incluem os motores, que seriam objeto de contrato à parte com a Pratt & Whitney.

Sds.

Vader

Amigos, nas continhas de padaria que as rafalechetes tanto odeiam: 🙂 Se pegarmos o custo do 5o lote (US$ 120 mi por aeronave) e os desse 6o e 7o lotes (US$ 100 mi), provavelmente a diferença será o motor. Ainda assim, não creio que um único motor P&W F-135 custe 20 milhões de dólares. Pelo que pude pesquisar, o F-135 seria em média ligeiramente mais caro que o F-119 que equipa o F-22 Raptor, o qual custa US$ 10 milhões cada. Inclusive aqui há uma matéria de 2011 dizendo que o compromisso da P&W era de que o F-135 por… Read more »

HMS TIRELESS

Nunão:

Foi mais um desabafo contra determinadas condutas aqui. Mas vou atender ao seu pedido.

Oganza

Em 2025, quando a maioria das forças que adquiriram hoje o F-35 já deverão ter atingido o FOC, as Forças Aéreas do mundo se dividiram em quem possui ou não o Lightning, mas pra mim não é o vetor, é o sistema F-35 Lightning II. Mas sua operação vai demandar profundas mudanças de procedimentos, desde a hangaragem passando por treinamento das equipes de solo à formação de pilotos chegando a afetar até os sistemas de controle de tráfego e alerta aéreo, ele vai promover/forçar mudanças até nas operações combinadas entre as forças de um país, promoverá um “MLU” em todos… Read more »

Nick

O caça deve ficar em torno US$135 milhões. Mas é barato, sem considerarmos as tecnologias embutidas no mesmo. Por outro lado comprar um caça de 4.5ª geração por US$139 milhões é um absurdo completo.

Para o Brasil 36 deles em 2 esquadrões já seria o suficiente para garantir a Superioridade Aérea na região. E poderiam ser complementados por um F-16 Viper ou Gripen E/F.

[]’s

Marcos

Oganza

Esse é um ponto central em uma eventual aquisição de F-35 pelo Brasil.
Está todo mundo acostumado ao F-5 de custo barato que dá para hangarar em qualquer lugar e que com qualquer chave de fenda* você resolve muita coisa.

* a chave de fenda que me refiro é no modo figurativo

Marcos

Para comprarem um F-35 e mantê-lo operacional será necessário muita coisa mesmo. Novos hangares, novo ferramental, treinamento de engenheiros, pilotos, provavelmente novos locais de operação, etc. O problema é que um pedido agora para o F-35 pelo Brasil vai nos levar lá para o final da fila das entregas, não antes de 2020 e alguma coisa. Como os F-5 começarão a dar baixa em 2017, o requerimento é para agora, ou seja, teremos de comprar um de quarta geração, que era o que deveríamos ter feito tem pleo menso dez anos. Se olharmos países sérios, os mesmos entram com uma… Read more »

Fabio ASC

Posso estar errado, mas as versões A e C deste magnífico caça são extremamente baratas, tendo em vista que: uma País como o Brasil por exemplo, utilizaria este caça por pelo menos 40 anos, lembrando que cada F 35 substitui pelo menos 3 a 4 caças de geração anterior.

Baschera

Vamos nos decidir em questão do preço… senão fica um disse-me-disse…

Qualquer modo, o preço de Us$ 120 milhões é ligeiramente mais barato do que o do Rafale e até mais em conta do que o do Eurofighter 2000.

Sds.

Oganza

Marcos disse:
30 de julho de 2013 às 13:48

Verdade, eu penso que o F-35 não é para ficar “brincando” em 7 de setembro não. É um sistema que oferece tanto (se forem feitos os INVESTIMENTOS corretos para sua operação) que o operador terá que SUGAR até a ultima gota dessas capacidades, tanto para valer tais investimentos quanto para colher os frutos dos mesmos. Uma coisa é certa, VALE cada centavo na etiqueta, além de entrar para um clube que estará falando outra “língua” no quesito PODER AÉREO.

Oganza

Olha… que seja para 2020, não duvido de se fecharmos com a LM e o Tio San um lote de 36 unidades, não consigamos alguma barganha para uns F-16 tampax. 18 unidades, 6+6+6 (2015,16,17) e os F-5 seguravam as pontas por 2 anos em Anápolis. Em 2018 começamos a mandar nossos pilotos e técnicos para Luke junta ao início das obras em 2 bases* para os Lightning e uma mega reforma no PAMASP (Porque vai precisar) *Quanto as 2 Bases, F-35 em Anápolis é quase um desperdício, os F-16 comporiam o 1º GDA. Prefiro a construção de 2 novas bases,… Read more »

Baschera

Hummmmm….. estão mexendo uns “pauzinhos” em Brasília…..

Parece que com a criação desta estatal (ainda sem nome) e anunciada sem muito alarde como uma “trading de defesa” poderemos ter alguma novidade até o final do ano…..

Quem sabe não foi um “milagre” da visita do Papa Francisco…..

Veremos……

PS: Também há, acabei de ler, uma matéria sobre isto no jornal Monitor Mercantil…..

Sds.

Oganza

Nunão, concordo com sua opção de time e com 18 aeronaves por esquadrão.

Só fico pensando (loucura TOTAL) que se adquiríssemos 4 esquadrões de F-35 (18 und cada), o nosso low poderia ser muiiito mais simples e barato de operar, algo do estilo treinador avançado e até a capacidade supersônica seria desejável mas não imprescindível – um M-346 por exemplo ou algo que o valha.

Oganza

Nunão, ok Pirassununga e Cachimbo, então é “só” fechar até o fim do ano com o Tio San 72 F-35 em 8 lotes de 9 aeronaves a partir de 2025 até 2030, começar as negociações com a Itália para o M-346 (+72, se não der trabalho, montadas aqui. Não pela Embraer se possível) a partir de 2018.

Ainda teríamos que substituir os M-2000 e os F-5 – Vamos fazer um leasing de Gripens C/D por 15 anos… 36 uidades estava de bom tamanho, eles conviveriam com as baixas e entradas dos novos e velhos vetores até 2030. pronto, resolvido, NÃO?

Ivan

Baschera, Fala sério! Mas uma estatal? Para fazer o que o Ministério da Defesa deveria fazer? Teria uma diretoria com: – Diretor Presidente; – Diretor de Operações; – Diretor Administrativo; – Diretor Financeiro; – Diretor Comercial. Teria também um conselho de administração com: – Presidente do Conselho; – Além de mais 4 (quatro) conselheiros. Estrutura administrativa: – entre 100 e 120 funcionários efetivos, afinal todos os comissionados tem secretárias e assessores; – cerca de 60 prestadores de serviço em diversas funções, como motoristas, copeiros (as), faxineiros (as) e técnicos de informática. Aumentando o tamanho do Estado com organizações que vão… Read more »

Marcos

Fabio ASC

O F-35 pode substituir 3 ou 4 aeronaves de quarta geração, mas no caso do Brasil o que precisamos é de um número mínimo de aeronaves, que no caso do Brasil o número “mágico” 36 não cabe mais.

Marcos

Mais uma estatal?
Já não tinham criado a Amazônia Azul ou algo assim?
Deixa eu ver: para os novos aeroportos vão criar uma Infraero II, já que a Infraero I não funciona. Para uma ANP que também não funciona vão criar a Pré-Sal SA. Agora isso. Qual o problema dessa gente??

Oganza

Nunão, “O meu medo é qualquer leasing de caça, mesmo do modelo que eu pessoalmente preferiria para isso (o Gripen) inviabilizar politicamente qualquer outro tipo de negócio definitivo com a rubrica “caça”, pois para os políticos o problema já teria sido resolvido com o leasing…” Nesse caso teria que ser um ESTRATAGEMA da FAB com algumas lideranças políticas INTERESSADAS e de BOA VONTADE por assim dizer. Todas as soluções sobre o Poder Aéreo Brasileiro já existem e com opções da ultima palavra em tecnologia aeroespacial. Percebido isso, temos que inverter as decisões para se MONTAR o tal estratagema. Se as… Read more »

Oganza

Blz Nunão, entendi seu ponto, sempre pragmático, isso é um elogio tá?rs. Não possuo essa qualidade. – Olhando em retrospectiva, não consigo (isso é pessoal) enxergar o FX-2 de outra forma que não a de um NATIMORTO, eu só demorei para declarar o óbito, acho que por isso improviso essas LOUCURAS TOTAIS e não perco a esperança de nossas FFAA entender que elas tem que de alguma forma navegar (juntas) na lama de Brasília se quiserem um dia construir uma palafita para pelo menos não manchar a farda, mas sempre terão que conviver com o cheiro. Mais uma estatal… affff… Read more »

Oganza

O F-X2 é uma esfinge: “decifra-me ou te devoro”.

kkkk boa Nunão.