Após 5 meses, Aeronáutica lança foguete de base no RN nesta quarta

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Lançamento será na Barreira do Inferno, em Parnamirim, na Grande Natal. Em 47 anos de existência, centro já lançou 2.934 artefatos aeroespaciais.

 

Lançamento foguete ORION V05 no CLBI - foto IAE via FABvinheta-clipping-aereo A Aeronáutica lança às 15h desta quarta-feira (13) o Foguete de Treinamento Básico (FTB), com carga útil tecnológica, iniciando as atividades espaciais de 2013 no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), na Grande Natal. A base estava há cinco meses sem lançar artefatos para o espaço.

O CLBI foi criado há 47 anos com a finalidade de lançar e rastrear foguetes. Foi instalado em Parnamirim, município da Grande Natal, tornando-se a primeira base de foguetes da América do Sul. Subordinado ao Comandado da Aeronáutica, já lançou 2.934 artefatos aeroespaciais.

“Os lançamentos, inicialmente, marcaram o ingresso do Brasil na era Espacial e tinham o cunho de sondagens meteorológicas e de desenvolvimento da indústria espacial. Atualmente, o enfoque dos lançamentos está centrado nas pesquisas científicas e tecnológicas, sendo de fundamental importância para as ciências climáticas, telecomunicações e sensoriamento remoto; além de proverem a homologação e certificação dos foguetes de fabricação nacional”, afirmou o coronel aviador Marco Antônio Vieira de Rezende, diretor do CLBI.

Segundo registros históricos, o nome do Centro de Lançamento foi inspirado nas conversas dos pescadores da região. Os nativos chamavam as falésias, que serviam de referencia para o retorno da pescaria, de Barreira do Inferno, pois a forma geográfica parecia labaredas de fogo ao receber os raios solares da manhã. O local para a construção do Centro de Lançamento foi escolhido estrategicamente.

“Pela proximidade com o equador magnético, por apresentar baixo índice pluviométrico, grande área de impacto representada pelo oceano, e condições de ventos predominantemente favoráveis, além do suporte logístico já existente na área”, explicou o diretor do CLBI.

A partir de 1977, em virtude de um acordo firmado entre com a ESA (Agência Espacial Europeia), o CLBI passou a prestar um serviço como estação remota de rastreio dos veículos Ariane, lançados a partir de Kourou, na Guiana Francesa. O primeiro rastreio de um Ariane, usando os radares e a telemetria do CLBI, ocorreu em 24 de dezembro de 1979, com excelente resultado. E, desde então, o Centro rastreou 196 lançamentos, todos com total sucesso, segundo a Aeronáutica.

O CLBI possui um Centro de Cultura Espacial onde pode ser visualizada sua trajetória na história do país. Esse centro conta com réplicas dos foguetes lançados e equipamentos de rastreio utilizados no decorrer destes 47 anos de atividade, sendo aberto ao público gratuitamente.

FONTE: G1

COLABOROU: M. Andrey

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Vader

Mais um traque lançado com nossa grana indo pro espaço.

Parabéns ao excelente Programa Espacial Brasileiro.

Marcos

G1?

A matéria dá a entender que já fomos à Lula e Marte pelo menos uma dúzia de vezes. Só faltou uma entrevista com o Babalorixá dizendo que não fosse ele não existiria programa espacial em lugar nenhum do planeta.

Leonardo

Dizem que é um dos melhores locais para lançamento no mundo e é utilizado pelo Brasil para lançar esses fogos de artifício.