Direção-geral de armamentos da França recebe primeiro Rafale com radar AESA

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Em nota  divulgada na terça-feira, 2 de outubro, a Thales informou que a DGA (direção-geral de armamento – direction générale de l’armement) da França recebeu o primeiro caça Rafale de produção equipado com o radar RBE2 AESA (varredura eletrônica ativa), fabricado pela empresa. A entrega foi realizada nas instalações da Dassault Aviation, fabricante do caça, em Mérignac, próximo a Bordeaux.

Segundo a nota, o Rafale é o primeiro avião de combate europeu em serviço operacional equipado com esse tipo de radar. O projeto foi completado no prazo e dentro do orçamento, e versões de exportação do Rafale também incorporam a tecnologia AESA, conforme a Thales.

Entre as vantagens que o RBE2 AESA traz para o caça, a nota destaca o aumento do alcance para alvos de menor assinatura e o uso completo de novos sistemas de armas, como o míssil ar-ar Meteor. O radar também oferece maior agilidade em ondas no modo SAR (abertura sintética) de imageamento, maior resistência a contramedidas, confiabilidade superiro e redução na carga de manutenção, proporcionando menor custo ao logo do ciclo de vida.

A DGA também divulgou nota a respeito dessa entrega, destacando também que o Rafale é o primeiro avião de combate europeu, em serviço, a se beneficiar da tecnologia AESA, resultado de mais de 10 anos de esforços de pesquisa e desenvolvimento.

A aeronave, que recebeu a matrícula C137, é destinada à Força Aérea Francesa (Armée de l’air). Nos próximos dias, deverá ser recebina na Base Aérea de Mont-de-Marsan. O caça também está equipado com um detector de lançamento de mísseis melhorado e um conjunto optrônico frontal de nova geração, que também fazem parte do programa de melhoramento dos sensores do Rafale, em conjunto com o radar RBE2 AESA.

Até o momento, segundo a nota da DGA, 180 caças Rafale de série foram encomendadas, sendo que 111 já foram entregues, em 3 versões: para a Marinha Francesa (Marine Nationale), 36 modelos M, que são monopostos de emprego naval; 38 modelos B, bipostos, para a Força Aérea e 37 modelos C, monopostos, também para a Força Aérea.

FONTES / FOTOS DO ALTO E DE BAIXO: Thales, Dassault e DGA

NOTA DO EDITOR: a base de Mont-de-Marsan abriga tanto uma unidade aérea responsável por testes do Rafale e outros caças, o 5/330 “Côte d’Argent” (escadron de chasse et d’expérimentation – esquadrão de caça e testes) quanto um esquadrão operacional que foi reativado recentemente e teve seu reequipamento com o Rafale iniciado, o EC 2/30 “Normandie-Niemen”.  Resta saber para qual unidade o caça está destinado. Para saber mais sobre esses esquadrões, consulte os quatro últimos links da lista abaixo. Para saber mais sobre os desenvolvimentos do radar AESA, além de outros sensores e armas do Rafale, clique nos demais links.

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Augusto

Opa! Está escrito que “o Rafale é o primeiro avião de combate europeu em serviço operacional equipado com esse tipo de radar”. Parece que estou lendo a expressão “em serviço operacional”. Deve ser impressão.

Clésio Luiz

Augusto, esse radar pode até estar pronto, mas até que um esquadrão da Armée de l’air esteja cheio deles, não dá para dizer que o Rafale com radar AESA está operacional. A força aérea francesa vai receber a aeronave, vão iniciar o treinamento dos pilotos, vão desenvolver novas doutrinas para aproveitar as novas capacidades do radar, etc. Isso não quer dizer que não estará operacional num futuro próximo, mas também não está operacional agora. Isso não é, porém, derrogatório para os franceses, afinal eles ainda estão na vanguarda dessa tecnologia na Europa. Voltando ao avião, eu vi por aí que… Read more »

Nick

Não sei se foi aqui ou em outra fonte, mas foi dito que esse caça ficaria 18 meses sendo avaliado.

[]’s

ricardo_recife

Não existe isto de sair de fabrica e já estar operacional! Se não houver problemas vai demorar uns dois anos pelo menos para o primeiro esquadrão de caças Rafale estar operando o radar AESA em sua plenitude.

Os franceses estão colocando o primeiro radar AESA 12 anos depois dos EUA. Em 2000 o Raytheon AN/APG-63(V)2 tornou-se operacional na USAF equipando dezoito F-15C.

Abs,

Ricardo

Soyuz

Se esta “operacional” ou não, me parece preciosismo.

O fato é que o programa francês esta alguns anos na frente do Gripen e EF-2000. Isto sem contar que os Rafales já estão equipados com radares PESA que embora não sejam a ultima tecnologia disponível são mais modernos que os radares Planar Array que equipam o EF-2000 e Gripen.

Mauricio R.

Modernidade não põe mesa, o radar PESA de varredura mecânica do Typhoon, é superior ao radar PESA de Le Jaca, em alcance e capacidade de discriminar alvos.

edcreek

OLá,

E mais uma vez a França está a frente na Europa, já era no mundo todo em em sistemas passivos e agora em Radares.
Ingleses e Suecos estão comendo opeira, basta ver o grau de desenvolvimento do Thypoon e um hipotetico Gripadão E/F…

O Rafale mesmo sendo desenvolvido sozinho está bem a frente de seus “concorrentes europeus”…

Abraços,

Guilherme Poggio

edcrek disse:

E mais uma vez a França está a frente na Europa, já era no mundo todo em em sistemas passivos e agora em Radares.

Caro edcreek

Muita calma com o andor. A Selex já possui uma carteira de radares AESA operacionais faz algum tempo.

Nick

Caro Ed,

Concordo que os franceses estão à frente de seus concorrentes europeus em termos de desenvolvimento do radar AESA e talvez nos sistemas de detecção passiva.

Mas discordo que esteja à frente dos americanos, por exemplo. O F-22 e o F-35 possuem sistema de detecção passiva que no meu entender ainda estão à frente do Spectra francês.

[]’s

edcreek

OLá,

Nick sobre os Americanos em questão de radares não há o que questionar eles lideram…Sobre a detecção passiva eu acho dificil os Americanos estarem na frente, mas é duvidoso…

Guilherme me refiro a radares AESA em caça, sei que eles tem esses radares em outros tipos de meios…

De toda forma a França tem a vanguarda nos caças europeus…

Abraços,

Nick

Caro Edcreek, O F-22 além do seu famoso radar AN-APG77 possui um sistema de detecção passiva chamado AN-ALR94. São mais de 30 antenas espalhados pelo F-22 capazes de detectar e classificar emissões inimigas até mais de 500km de distância. Além desse sistema, o AN/AAR 56 MLD (Missile Launch Detector) é capaz de detectar lançamentos e executar as contra-medidas necessárias. Também possui um sistema de data-link chamado IFDL (Inter/intra Flight Data Link) que permite compartilhar dados de radar e outros sistemas, além de permitir que um F-22 engajar um alvo com dados compartilhados de outro F-22. Não acredito que esse sistema… Read more »