Empreiteiras ou estrangeiras? Qual o futuro da Indústria de Defesa do Brasil?

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Por um lado, uma grande empreiteira brasileira como a Odebrecht adquiriu o controle da também brasileira Mectron e constrói um grande estaleiro / base de submarinos em Itaguaí. Por outro, uma grande empresa israelense, a Elbit, controla uma outra empresa nascida brasileira, a AEL. A Thales francesa também adquiriu a Omnisys, brasileira, anos atrás.

Os dois lados do desenvolvimento da Indústria de Defesa no Brasil são realmente opostos? Se complementam? São paralelos, são divergentes, ou faces da mesma moeda?

A resposta não é fácil, mas uma matéria (clipping) no Poder Naval, embora não traga as respostas sobre o assunto, pode ajudar no debate. Clique aqui para acessar.

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Marcos

Depois que a Odebrecht se associou com a Eads, a coisa toda pode dar uma reviravolta e acabarmos indo de Eurofighter.

Nick

Se o FX-2 estivesse associado à construção de 10 bases aéreas, já tinha saído faz tempo .

[]’s

Mauricio R.

Mectron e AEL, 2 nulidades do complexo militar indústrial tupiniquim.
A 1ª não se sabe de onde vem e p/ onde vai, recebeu consideráveis qntidades de tecnologias das ffaas (mísseis Piranha, MAR e MSS 1.2) e desde então a FAB teve que ir 2 vezes aos sul-africanos, atrás de componentes e novas tecnologias.
A 2ª é pior ainda pois não passa de uma reserva de mercado, que alguns tomam por vantagem tecnológica, sem a Elbit por detrás é um saco vazio; que não para em pé.

Marcos

Esse país é uma vergonha!!!

champs

Não podemos deixar que o senso crítico nos afaste da realidade. A intenção é valida, fortalecer o capital destas empresas-chave mas é preciso lembrar como as coisas são no mundo, que empresa consegue desenvolver tecnologias tão complexas sem investimentos do Estado? Ou o governo resolve investir permanentemente (exigindo resultados em troca) na industria de defesa ou podem se associar com o grupo que quiserem que não conseguirão resultados expressivos. Aliás a falta de investimento nestas empresas é uma de minhas principais críticas à política de defesa, seria muito mais interressante investir bilhões no armamento do que na plataforma. De um… Read more »

Mauricio R.

Não vejo essa falta de investimento, as ffaa investem aquilo que tem, o que é pouco, o que eu não vejo é a contrapartida da iniciativa privada. Ficam encostados no governo querendo isto e aquilo, mas na hora do vamos ver, se não houver dinheiro do governo no negócio; nada feito. Pq é que raios a FAB, teve que pagar pela capacitação da Embraer, p/ esta fazer o update dos F-5??? Ah, investir os lucros das vendas dos ERJ, Phenoms, Lineages e Legacies, nem pensar… A mesma Mectron que não conseguiu terminar o desenvolvimento do Piranha, apesar de tda a… Read more »

champs

Mauricio mas ou são estas empresas ou são compras de prateleira. O investimento feito somente pelas FFAA é irrisório e não tem frequência, estamos falando de armamentos de alta complexidade, como elas vão investir do dinheiro delas se são pequenas e o Estado não faz compras permanentes e não investe em pesquisa? Por isso que acho a intenção de fortalecer o capital por meio de associações com empresas mais fortes é válido. Mas se o Estado não entender que precisa investir em Pesquisa e Tecnologia (no ramo de Defesa são estas as empresas) nunca teremos industria de defesa capaz. Concordo… Read more »

Mauricio R.

Champs, Ótimo, então que sejam compras de preteleira!!! E eu gostaria de saber aonde é que está esse tal de “armamento de alta complexidade”, desenvolvído pela iniciativa privada, a partir de tecnologia própria e c/ seus próprios fundos??? Pq o que aparece aqui no blog ou nas revistas e nas feiras, teve seu desenvolvimento custeado justamente pelo investimento irrisório e sem frequência das ffaa. Então esse papo de que o Estado não investe em pesquisa e desenvolvimento, votado p/ a Defesa, tb não está de tdo correto, pode investir pouco, mas investe. Essa Embraer que uns e outros adoram endeusar,… Read more »