A Hawker contra-ataca: início da produção em baixa cadência do AT-6

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Em nota com data de segunda-feira, 9 de julho, a Hawker Beechcraft Defense Company (HBDC) anunciou o início da produção em baixa escala da aeronave de ataque leve AT-6. A produção em baixa cadência foi iniciada nas instalações da empresa em Wichita, Kansas, em resposta a significativas indicações de interesse ao redor do mundo pelo AT-6, que a HBDC classifica como “a mais capaz, acessível e sustentável plataforma de ataque leve e reconhecimento armado.

Atualmente, o AT-6 está em revisão por parte da competição da Força Aérea dos EUA para apoio aéreo leve (LAS – Light Air Support) no Afeganistão. Em junho, a HBDC entregou sua proposta detalhada para a concorrência.

Segundo Derek Hess, vice-presidente dos programas de ataque leve da HBDC, “a Hawker Beechcraft já vem atendendo às necessidades do Departamento de Defesa dos EUA e de nações pelo mundo com aviões de treinamento e de missões especiais há mais de 50 anos. Agora nós estamos prontos para iniciar a fabricação do AT-6 para preencher as necessidades de aeronaves ataque leve e apoio aéreo de nossos aliados”.

A nota também afirma que o AT-6 nivela uma gama de capacidades altamente especializadas, porém “de prateleira” (off-the-shelf), incorporando equipamentos no estado-da-arte Pratt and Whitney PTA‑68D, o painel “Cockpit 4000” modificado para a missão da CMC Esterline, o sistema de missão da Lockheed Martin baseado no do A-10C e a suíte de sensores WESCAM’s MX-15Di da L-3 .

Ainda segundo a empresa, a aeronave já demonstrou com sucesso capacidades de ataque leve baseado em rede, além de compatibilidade total com sistemas “Joint Terminal Attack Controller” dos Estados Unidos e da OTAN, durante o ” Joint Expeditionary Force Experiment 2010″, que foi a avaliação operacional da Guarda Aérea Nacional, assim como demonstrou capacidades de operar com armas guiadas de precisão, em testes conduzidos entre 2010 e 2012. Por fim, a nota da HBDC diz que “o AT-6 lidera o mercado de ataque leve com capacidade construída para a finalidade, com acessibilidade, sustentabilidade e interoperabilidade para os cenários mais exigentes.”

FONTE / FOTOS: Hawker Beechcraft

NOTA DO EDITOR 1: o título falando de “contra-ataque” refere-se ao fato de publicarmos esta nota horas depois de ter publicado outra, da Embraer e da Boeing, a respeito do Super Tucano que também compete na concorrência LAS. Mas o anúndio da Hawker é, provavelmente, anterior, dentro de um conjunto de nada menos que oito notas divulgadas na segunda-feira pela empresa.

NOTA DO EDITOR 2: cada empresa divulga seus pontos fortes como bem entende, e longe do Poder Aéreo querer dar “pitaco” na comunicação dos outros ou puxar a sardinha para o concorrente brasileiro da disputa LAS somente por puxar. Esta observação a seguir é para apenas exercitar nosso próprio espírito crítico e o de nossos leitores. Há uma incoerência, principalmente na parte final do próprio texto da nota, em relação ao seu assunto principal, que é o início da produção. Como diz a nota ainda no início,  há  “indicações de interesse” (indications of interest) e não encomendas. E também há uma decisão de se entrar na  “produção inicial em baixa cadência (low-rate initial production). Assim, não seria incoerente dizer que essa aeronave, que ainda não tem encomendas (mas que poderá ter, obviamente) e mal está iniciando sua produção, já “lidera o mercado de ataque leve”, ou como diz o próprio texto original, “leads the light attack market”?

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