A fabricante de aviões Hawker Beechcraft, concorrente da Embraer em contrato de US$ 355 milhões com a Força Aérea dos EUA, pediu concordata em Nova York.

A proteção –que nos EUA é conhecida como “Capítulo 11”– permite que a empresa continue operando enquanto reestrutura a operação. A Hawker Beechcraft tem dívida de US$ 2,5 bilhões.

Segundo a companhia, a concordata permitirá que a empresa saia da reestruturação fortalecida. O objetivo é transferir a propriedade da empresa para seus credores.

A concordata ocorre no mesmo momento em que a Força Aérea dos EUA redefine as regras do contrato para comprar 20 aviões turboélices destinados à missão no Afeganistão. A concorrência foi vencida pela Embraer, mas cancelada em fevereiro em resposta à ação impetrada pela Hawker Beechcraft na corte federal dos EUA.

A Força Aérea americana divulgou nesta sexta-feira emenda ao contrato inicial. O documento prevê que a fabricante americana e a Embraer (junto com a Sierra Nevada, parceira da empresa brasileira) deverão entregar nova proposta até o dia 4 de junho.

Uma das alterações em relação ao edital anterior se refere aos testes de voos apresentados pelas duas empresas. O órgão americano “removeu a exigência de avaliação das demonstrações de desempenho dos sistemas”.

A empresa brasileira ainda está avaliando as mudanças.

Nos testes feitos durante a primeira concorrência, o Supertucano da Embraer teve desempenho superior.

O anúncio do novo vencedor do contrato só será feito no início de 2013. A Força Aérea diz que estima a entrega dos primeiros aviões ao Afeganistão no terceiro trimestre de 2014.

FONTE/FOTO: Jornal floripa  /Hawker Beechcraft

VEJA TAMBÉM:

Subscribe
Notify of
guest

17 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Clésio Luiz

“removeu a exigência de avaliação das demonstrações de desempenho dos sistemas”

Mais alguém sente o cheiro de marmelada por aí? É a caso do KC-X se repetindo. Um estrangeiro chega com um produto melhor, ganha a concorrência, a concorrência é cancelada, uma nova é feita com regras que beneficiam apenas a empresa da casa e bum, tudo fica nos conformes.

Ano passado eu tinha dito que a Embraer estava jogando dinheiro fora participando dessa concorrência. E no final das contas parece que eu tinha razão…

Daglian

Aparentemente é uma notícia boa para a Embraer. Resta saber se isso será suficiente para que ela ganhe o LAS ou se não afetará seu curso.

Justin Case
Mauricio R.

Há um precedente histórico interessante, qndo da concorrência JPATS a Embraer mal das pernas, foi vencida pela Beechcraft.
Poderemos então desta vez, ter o reverso da medalha.
Qnto ao KC-X, hoje KC-46, a USAF nunca quis uma aeronave maior e mais pesada do que o KC-10, caso da oferta européia, mas uma que substituisse exatamente ao KC-135R, o benchmark da concorrência.
O resto é papo de mau perdedor, que aliás até hoje não explicou aquela “probe” que caiu no mar.

Grifo

Senhores, acho que é uma boa notícia que a compra continue sendo por um item pronto (non-development item), e que os principais critérios continuem sendo cumprimento da missão e performance passada.

Com estes critérios e com a concorrente atolada em um processo de concordata, eu não vejo como a Embraer possa perder se as regras forem seguidas. Mas depois de terem melado a concorrência anterior e jogado esta para depois das eleições, tudo é possível.

Corsario137

Já vão tarde.

Clésio Luiz

Se a USAF não quisesse um tanqueiro melhor, o Airbus não teria vencido a primeira concorrência…

Nick

Início de 2013 pode ser a nova data do FX-2 também 🙂

[]’s

Nautilus

Notícia ruim para a Embraer e o Super Tucano. Vão sempre poder argumentar que deram a vitória para a coitadinha da Hawker Beechcraft por que ela estava na bancarrota… Quase certeza de que vai terminar em marmelada e o ST preterido, de novo…

danra2

Marmelada! Depois é só no Brasil q as concorrências são falsificadas!

Mauricio R.

“…o Airbus não teria vencido a primeira concorrência…”

Só venceu pq a USAF marcou toca na avaliação, qndo o GAO revisou o processo, a avaliação distorcida apareceu.
O que deu plena razão, ao protesto da Boeing.

Invincible

Acabaram de dar o xeque-mate na Embraer…

Não é todo o dia que se ganha. Paciência! Isso não é o fim do mundo.

Marcos

Esta parecendo o Fx da FAB

Um caça segundo a FAB, foi considerado melhor, ai um tal ministro mudou as regras ou certos quisitos passaram a ter peso maior, e vice-versa.

Neste caso, o pior avaliado, passou a ser considerado “aceitavel”.
Parece ou não, o Fx Brasil ???

Justin Case

Marcos,

Há diferença grande.
Na Suíça e nos Estados Unidos, os governos, com seus motivos particulares (custos e produto nacional), forçam a escolha do avião de pior desempenho operacional.
No Brasil, não há dúvida que Rafale e Super Hornet são de desempenho operacional superior ao planejado para o Gripen NG.
No meu entender, o avião menor só conseguiu boas notas porque a avaliação original do F-X2 considerava os custos, mas deixava em segundo plano: os riscos, os prazos, e as capacidades operacionais que superavam os requisitos mínimos.
Abraço,

Justin

Vader

Uma pena isso que acontece com a HB, uma empresa de tradição no que toca a aeronaves a pistão/turbohélices. Deveria parar de perder tempo no mercado de defesa e se concentrar no que faz bem: aeronaves de pequeno porte, baixo custo e boa performance. Aliás (totalmente off topic), o empresário que desenvolver um aeródino que caiba a família e alguma bagagem, que seja fácil de ser pilotado (pouso, decolagem e navegação automatizada?), que tenha conforto e segurança, que gaste pouco em combustível e manutenção, e que custe o mesmo que um carro popular irá ficar tão trilionário quanto um Rockefeller… Read more »

Marcos

Será ???

Será que a FAB não sabe nem o que ela quer?
Era o que falatava….

Marcos

Era o que “falatava..” não,
Era o que Faltava…

Sds