A companhia sueca Saab, que atua nos segmentos de defesa, aviação e segurança civil, anunciou o seu reforço, bem como o melhoramento da relação com brasileira Akaer através de um investimento financeiro equivalente a 15% de participação no capital social da empresa. O cooperação cria um termo colaboração estratégica de longo prazo pelo qual Saab também fará parte do Conselho Consultivo da Akaer.

A Saab e a Akaer são parceiras desde 2007, quando Akaer recebeu a responsabilidade de criar pacotes de trabalho específicos para o Gripen NG, e a parceria existente agora será expandida com o investimento direto na Akaer.

“Akaer alcançou notável progresso em engenharia aeronáutica e realizações comerciais em um ramo da indústria altamente competitivo. Juntos, podemos explorar mais as possibilidades de negócios tanto no Brasil como internacionalmente. A nossa cooperação será também reforçada pelo cumprimento dos objetivos técnicos e comerciais do projeto Gripen NG”, informou o vice-presidente da Saab, Dan Jangblad.

A Akaer permanecerá independente e será gerida pelo fundador brasileiro e Saab fará parte do Conselho Consultivo da Akaer. Este movimento está em total sintonia com a nova lei brasileira sobre a indústria de defesa brasileira.

“A Akaer e a Saab compartilham sinergias na área de estruturas aeronáuticas, juntas, podemos atender às demandas de montagem de estruturas para a indústria aeroespacial. Estou certo de que a nossa parceria vai garantir qualidade e negócios de longo prazo “, diz Cesar da Silva, CEO Akaer

Este investimento é mais um passo importante para a continuação da concepção, desenvolvimento e produção do Gripen NG no Brasil. Outro aspecto importante desta parceria estratégica será a maior participação na indústria aeroespacial brasileira e maior acesso a vários programas de exportação de material de defesa.

O Brasil é um importante mercado emergente para a Saab, e com esta crescente parceria com a indústria brasileira, a Saab pode conjuntamente entregar capacidades militares e técnicas de última geração essenciais Saab provendo autonomia nacional e projetos futuros, desenvolvimento e operação.

FONTE:
Saab

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asbueno

Não sei se o fato interfirirá no resultado do FX-2, mas certamente trará benefícios à AKAER.

Marcos

Daqui a pouco a Saab estará fabricando integralmente o Gripen por aqui, e o governo brasileiro continuará na lenga-lenga, querendo o Rafale por conta de transferência de “tecnologia”.

Mauricio R.

Só não fico mais contente, pq a Akaer não é uma “airframer”.

Permita-me uma outra interpretação:

“…querendo o Rafale por conta de “transferência” de tecnologia.”

Nick

Contanto que o controle continue brasileiro, ok. 🙂

[]’s

Marcos

Caro R.

Ficaria melhor assim:

“transferência” de tecnologia

e

transferência de “tecnologia”

edcreek

Olá,

Quando os Israelenses compram parte de uma empresa Brasileira todo mundo cai de pau, agora como são os bozinhos e amigos Suecos ai pode…Dois pesos duas medidas?

Quero ver a o nivel dos comentarios daqui a uma no quando eles comprarem mais 36% e assumirem o controle da empresa…

Abraços,

Marcelo

Agora não irão dizer que a transferência de tecnologia é deles para eles Mesmos? Como sempre 2 pesos e 2 medidas.

edcreek

*errata( eu teclado falho aqui e nem vi):

Quero ver o nivel dos comentarios daqui a um ano quando eles comprarem mais 36% e assumirem o controle da empresa…

Marcos

E na revista QuantoÉ desta semana o imponente novo avião presidencial de R$ 400 milhões, equipado com mesa de reunião para a presidente atirar grampeador na cabeça de ministro e gritar a vontade, cama King Size, bem como levar toda a cumpanherada, limitado a 60 cumpanheros.

Para levar toda a cumpanherada teriamos de adquirir pelo menos 36 unidades do A-380 ou B-747-800. Mas acho que vão de A-380, todo por conta do antiamericanismo.

Mauricio R.

Ao contrário dos israelenses, a Akaer já trabalhava p/ os suecos, antes destes lhe adquirirem participação acionária.
Os israelenses, notadamente a Elbit, somente adquiriram empresas brasileiras após receberem poupudos contratos da FAB e do EB.

Penguin

A Saab não investiria na Akaer por nada. Alias, o x da questão é haver regras para que empresas estrangeiras não assumam o controle de empresas nacionais realmente estratégicas do setor militar. A Akaer não é originalmente um fabricante de peças e componentes. Segundo o site dela: “A Akaer aplica engenharia simultânea para integrar todas as tecnologias, com ênfase na DFM – Design for Manufacturing e DFA – Design for Assembling. Gestão de contratos turnkey inclui o planejamento e controle, engenharia de sistemas, projeto de instalação do sistema, suporte técnico para a fabricação e montagem (subcontratos) e apoio à certificação.”… Read more »

Corsario137

Ainda me espanto com esse tipo de discussão. Capital não tem pátria meu povo! Qualquer um de nós pode ser “dono” da Embraer, da Boieng ou da Northrop. Basta ir ao mercado e comprar as ações. Para empresas do setor de defesa, seja no Brasil ou no resto do mundo, sempre haverá uma legislação específica, golden share ou qualquer mecanismo do tipo para garantir a presença do empresariado local ou do Estado. Aqui nada é bom. Antes o setor estava morto, agora que está aquecendo o problema é que o capital não é nacional. Fala-se tanto da “esquerda totalitária” por… Read more »

Gilberto Rezende

Bem a “tecnologia sueca” do Gripen NG terá umas bandeirinhas brasileiras da Akaer…

Prova que o Gripen NG não é mesmo tão interessante para FORNECER tecnologias para o FX-2 brasileiro.

E seja o Rafale ou o Super Hornet o vencedor final do FX-2, a Akaer estará FORA do jogo por antecipação por sua ligação com a SAAB…

Nick

Caro Gilberto Rezende,

Como tanto o Rafale como o Super Hornet são aeronaves prontas, a Akaer não teria mesmo muito o que fazer. 🙂

[]’s

Mauricio R.

A Akaer não é nenhuma “airframer”, não concebe, desenvolve e nem fabrica aeronaves, mas desenvolve partes, peças, seus processos produtivos, as jigs, pelos quais essas mesmas partes e peças serão fabricadas e montadas. No ambito do F X-2, selecionados o SH ou Le Jaca, teria tanta utilidade qnto a Embraer ou seja, nenhuma. Afinal ambas são aeronaves de produção corrente, as qntidades envolvidas não justificariam a fabricação local sob licença, por não criarem escala e portanto não haveria custo/benefício favorável. Kits CKD poderiam ser mais facilmente montados, nas depedências dos próprios parques de material da FAB. No caso do SH… Read more »

edcreek

Olá,

Spo vejo desculpas e mais descupas….Quando empresas de outras nacionalidades compram partes de empresas nacionais todos caem de pau em cima, agora como foram os Suecos todos vem com desculpas, que agora entrou dinheiro no negocio e tal, e que a transferencia não será da Saab para propria Saab…..

Cada vez mais fica claro o dois pesos duas medidas…

Com a derrota do messie Sarko o Vespão deve ter ganhado força, mas vamos ver como se comporta o novo governo Françes, ainda é cedo para se falar…

Abraços

Grifo

Com a derrota do messie Sarko o Vespão deve ter ganhado força, mas vamos ver como se comporta o novo governo Françes, ainda é cedo para se falar… Caro Edcreek, o presidente eleito François Holland gosta “tanto” do Serge Dassault que se recusa a dar entrevistas para o Le Figaro, jornal da família. E ainda acusou o jornal de apoiar Sarkozy porque ele fez lobby do Rafale junto ao Lula: http://www.atlantico.fr/decryptage/francois-hollande-refuse-interview-menace-figaro-serge-dassault-serge-federbusch-328795.html?page=0,1 Do outro lado, o Serge Dassault (que é senador pela UMP, partido do Sarkozy) disse que a eleição de Hollande seria uma “catástrofe” e que levaria a uma fuga… Read more »

Ivan

Bonjour Monsieur Edcreck, Fique tranquilo. A derrota do Sarkozy não prejudica o Rafale no Brasil, possivelmente será o contrário, tendo em vista que o novo futuro mandatário francês, François Hollande, é socialista e ainda mais alinhado como o atual governo brasileiro. Entretanto devo lembrar que uma coisa é “quando empresas de outras nacionalidades compram partes de empresas nacionais”, como acontece na China ou na Coreia do Sul, outra é “quando empresas de outras nacionalidades compram” a totalidade do capital (subsidiária integral) e prometem (não sei se cumprem) transferir a tecnologia dela para ela mesma. Vc sabe bem a diferença e,… Read more »

Penguin

Uma coisa é adquirir 15% de uma empresa.
Outra coisa é adquirir o controle da empresa (Eurocopter->Helibras, Thales->Omnisys, Elbit->AEL).
Há uma diferença nas duas situações.