Thales entrega o primeiro RBE2 AESA de produção para a Dassault

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A Thales informou nesta sexta-feira, 30 de março, que no mês passado foi entregue o primeiro radar RBE2 de produção em série para as instalações da Dassault em Mérignac, na França. O REBE2 é um radar de varredura eletrônica ativa (AESA), e o exemplar entregue será agora instalado no caça Rafale C137, a primeira com essa nova capacidade. Já a entrega dessa aeronave para a agência de aquisições de material de defesa (DGA) da França, está agendada para meados do ano.

Segundo a nota da empresa, um extenso programa de testes de voo do primeiro RBE2 AESA de produção, com duração de três meses, foi conduzido na Base Aérea de Istres, demonstrando as qualidades do radar e confirmando os níveis de desempenho esperados antes da entrega para a Dassault Aviation.

O radar RBE2 AESA, ainda segundo a Thales, foi entregue de acordo com o cronograma do contrat0, o que demonstra a maturidade da tecnologica do novo radar e  consolida ainda mais a liderança da empresa, na Europa, em radares para aeronaves de combate.

Entre as principais vantagens que a Thales afirma que o Rafale terá com o RBE2 AESA, estão:

  • Alcance maior para total compatibilidade com a última geração de mísseis de longo alcance, como o Meteor, combinada com a capacidade de detectar alvos de menor assinatura.
  • Maior confiabilidade para menor custo (nenhuma manutenção de maior monta é requerida para a varredura ativa por 10 anos)
  • Agilidade nos formatos de onda para geração de imagens de alta resolução no modo de abertura sintética (SAR) e resistência maior a interferências (jamming)

Ainda segundo a empresa, o Rafale será o único avião de combate europeu, sendo produzido em larga escala, com um radar de varredura eletrônica ativa. A Thales finaliza a nota afirmando que a superioridade operacional desse avião de combate “omnirole”, que foi demonstrada recentemente durante a operação “Harmattan” na Líbia, está ainda mais assegurada para o espectro total de missões da Força Aérea Francesa e da Marinha Francesa que dependem dessa nova tecnologia.

FONTE / IMAGENS: Thales

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Guilherme Poggio

Esse radar colocará o Rafale em outro nível, podendo ser equiparado ao F-16 Block 60 e ao Super Hornet.

Alfredo Araujo

Menos um entrave para dar Le Jaca no F-X5, infelizmente…

Marcos

Quanto vai custar a mais? Sim, porque no F-18 já está incluso no preço.

Ivan

Marcos,

A princípio não deve custar nada a mais do que foi proposto à Índia ou ao Brasil, pois estavam na proposta inicial das respectivas seleções.

Sds,
Ivan.

edcreek

Olá,

A proposta Francesa já contempla o radar AESA não terá custo adicional….

Apesar da torçida contra(pelo menos por aqui na terra Brasilis) o projeto vai indo conforme o programa.

Abraços,

Marcos

Vocês leram a proposta da Dassault/Thales/Snemca?
Porque até onde sei, somente teve acesso à proposta o pessoal
da Comissão de Análise Técnica da FAB.

Marcos

Se o Brasil já tivesse escolhido essa aeronave lá atrás, e já tivessem entregando as aeronaves para a FAB, como poderiam entregá-los se os radares ainda não estão em linha de produção?

Ivan

Uma boa notícia para a Armée de L’Air e para o consórcio Rafale. Este belo caça estava merecendo este upgrade a bastante tempo. Entretanto há uma parte do texto que merece uma crítica: “O radar RBE2 AESA, ainda segundo a Thales, foi entregue de acordo com o cronograma do contrato, o que demonstra a maturidade da tecnologica do novo radar e consolida ainda mais a liderança europeia em radares para aeronaves de combate.” Consolida o que mesmo? Liderança europeia em que? Radares para aeronaves de combate? Por mais simpatia que tenhamos pela indústria europeia, a verdade é que os yankees… Read more »

Justin Case

Marcos, boa tarde.

Certamente o Poder Aéreo não teve direito de acesso às propostas, mas existem várias informações de caráter oficial que se tornaram públicas, tais como apresentações feitas ao Congresso Nacional, além das informações constantes nos websites das empresas.
É entendimento comum que radar com AESA faz parte dos requisitos da FAB, por ter sido ofertado por todos os concorrentes, em diferentes estágios: já operacional, já desenvolvido ou em desenvolvimento.
Abraço,

Justin

Giordani RS

Usar o atoleiro líbio como referência é “forçar a tanga”…

Almeida

Eu ia até elogiar, mas depois dessa:

“…e consolida ainda mais a liderança europeia em radares para aeronaves de combate.”

Eu preciso traçar um paralelo:

Raytheon entrega o quadrigentésimo septuagésimo nono APG-79 AESA de produção para a Boeing.

Mauricio R.

“…a antena AESA do Super Hornet possue cerca de 30% TRMs a mais que a antena do radar do Rafale. Isto deve ter alguma repercussão em termos de desempenho.”

O AESA francês tem menor resolução e menos capacidade de discriminar alvos, do que um outro radar AESA c/ maior número de módulos.
Regra geral o nº de módulos está p/ o radar AESA, assim como a largura do nariz da aeronave, está p/ o radar de varredura mecânica.

Mauricio R.

“…podendo ser equiparado ao F-16 Block 60 e ao Super Hornet.” a) Adicionar a lista o F-22 e os F-15C/D e F-15E, pois o primeiro já está em serviço de esquadrão a anos, c/ um radar AESA. E há updates em curso p/ dotar ambas as variantes do F-15, de radares da mesma tecnologia. b) Os feios e malvados americanos, testaram radares AESA em 19 F-15 (18 células c/ AN/APG-63V 2 e 1 célula c/ AN/APG-63V 3), baseados em Elmendorf no Alaska. c) Qntos exemplares de F-35, estão em teste em Englin, c/ radares desta mesma tecnologia??? d) em uma… Read more »

edcreek

Olá,

Nunão realmente ta meio confuso isso de pré-serie e serie realmente não sei dizer? Mas bola para frente o importante é que o Rafale será o primeiro caça europeu com radar AESA…..

Esse ano começou bem para os Rafalistas ou jaquistas 😉 …..

Abraços,

Mauricio R.

Percebe-se:

“No progress on Rafale until inquiry complete.”

(http://livefist.blogspot.com.br/2012/03/no-progress-on-rafale-until-inquiry.html)

Ivan

Nunão,

A correção da tradução melhorou o entendimento.

Como escrevi antes, dentro da Europa, ou como vc melhor escreveu, NA Europa a Thales conquistou a liderança em radar AESA para caças.

Mas a Selex / Galileo está ali pertinho e vem com solluções inovadoras.

Sds,
Ivan.

Mauricio R.

Nunão,

De fato essa investigação dá ao atual governo indiano uma bela desculpa p/ procastinar, empurrar c/ a barriga, até a eventual formação de um novo governo e este se interessar pela questão, teremos amplo horizonte p/ especulações.
Mas não sei, se serão emocionantes não.

Magal

Eletrônicamente o S Hornet é muito sofisticado, e o AESA dele é show de bola e mesmo com relação ao AESA do Rafale, ele parece ser ainda um pouco superior. Mas sem dúvida, com o Rafale entrando na era “AESA” certamente diminui bem a distância entre as duas aeronaves em termos de tecnologia embarcada e aumenta a distância entre o Rafale e os outros ‘europeus’. A vantagem do Rafale nesse caso é que o Airframe ainda aguenta muita mudança, o S Hornet já é uma extrapolação do Hornet e isso tem as suas limitações. Concordo que é um bom comerço… Read more »

Guilherme Poggio

Magal disse: A vantagem do Rafale nesse caso é que o Airframe ainda aguenta muita mudança, o S Hornet já é uma extrapolação do Hornet e isso tem as suas limitações. Magal, é ao contario. O Silvy já disse que o Rafale não tem como gerar mais energia para novos sistemas entre outras coisas. Veja só esse trecho: ” (…)E, com o mesmo diâmetro de antena, a única forma de conseguir o aumento de 10% de alcance (em comparação com o roteiro básico do AESA “F3″) pretendido pelos Emirados seria um grande impulso na potência do radar. (…) Mas o… Read more »

asbueno

OFF TOPIC

Indianos propõem parceria caso Dilma opte por Rafale

http://br.noticias.yahoo.com/indianos-prop%C3%B5em-parceria-caso-dilma-opte-rafale-220500587.html

Mauricio R.

“A vantagem do Rafale nesse caso é que o Airframe ainda aguenta muita mudança, o S Hornet já é uma extrapolação do Hornet e isso tem as suas limitações.” O Su-35 é a 3ª geração do design do “Flanker”. O F-15SE é a 3ª geraçao do design do F-15 Eagle. A 3ª geração do design do F/A-18, já existe e já foi mostrada aqui no blog. Quem estaria devendo uma versão de 2ª geração, é justamente Le Jaca. Essa suposta vantagem, qnto a capacidade de Le Jaca sustentar modificaçãos de vulto em sua fuselagem, tb não parece assim tão evidente,… Read more »