Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR) tem novo comandante

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O Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato assumiu hoje (13/04) o Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR) em cerimônia militar realizada na Base Aérea de Santa Cruz (BASC), no Rio de Janeiro. Ele ocupa o cargo no lugar do Tenente-Brigadeiro do Ar Gilberto Antonio Saboya Burnier, que passará para reserva. A solenidade foi presidida pelo Ministro da Defesa interino e Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito.

Como “braço armado” da Força Aérea Brasileira, o COMGAR comanda todas as unidades operacionais distribuídas pelo território brasileiro. Isso representa 43% de todo o efetivo da Força Aérea Brasileira. É o organismo responsável pela atividade fim da Força. De acordo com o novo comandante, a doutrina e a estratégia de trabalho do COMGAR vão continuar. “Nós temos um perfil de trabalho parecido”, afirmou o Tenente-Brigadeiro Rossato.

O Comandante da Aeronáutica saudou o novo chefe do COMGAR e afirmou que será mantido o elevado padrão de qualidade das ações da unidade.

Um total de 30 aeronaves, representando todas as aviações da Força Aérea Brasileira (caça, patrulha, reconhecimento, transporte, resgate, asas rotativas, aeronave remotamente pilotada) que são coordenadas pelo COMGAR, fizeram sobrevoo em formação sobre o local.

Biografia do novo comandante – O Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato é praça de 1º de março de 1969. Ele é natural de São Gabriel (RS). Possui mais de 4.600 horas de vôo. Anteriormente, ocupava o cargo de Diretor-Geral do Departamento de Ensino da Aeronáutica (DEPENS). Entre as principais funções exercidas ao longo da carreira na Força Aérea Brasileira, destacam-se: Adido Aeronáutico na Venezuela; Vice-Chefe do Centro de Comando e Controle de Operações Aéreas do Comando Geral de Operações Aéreas (CCCOA); Chefe do Estado-Maior do Comando Geral de Apoio (COMGAP); Comandante da Terceira Força Aérea (III Fae); Chefe do Estado-Maior do Comando Geral de Operações Aéreas (COMGAR); Comandante do Quinto Comando Aéreo Regional (V COMAR).

Despedida – Após 43 anos de trabalho dedicado a Força Aérea Brasileira, o Tenente-Brigadeiro do Ar Gilberto Antonio Saboya Burnier encerra a carreira militar. Logo no início do seu discurso de despedida, afirmou que hoje é um dia feliz porque se sente realizado. “Feliz por ter ajudado a Força Aérea, particularmente, na área operacional, aquela que representa a atividade fim da Força”. Veja entrevista

Ele destacou a oportunidade de ter participado da introdução de aeronaves supersônicas, a criação e operacionalização de manobras internacionais e de ter vivido as mudanças na modernização da frota, no armamento e no modo da Força operar. Também falou sobre orgulho de ter participado da implantação da doutrina e da ativação de estrutura de comando e controle nos moldes da OTAN.

Ao finalizar o discurso, dedicou a carreira ao pai (que foi comandante da BASC – local da cerimônia), no qual se inspirou para construir a carreira, e fez um agradecimento especial à mãe e à família. O militar foi homenageado com o espadim definitivo de cadete do ar, símbolo do código de honra da Academia da Força Aérea, e a insígnia de brigadeiro do ar.

Carreira – Possui mais de 4.300 horas totais de pilotagem, sendo 3.350 horas de caça e 1.950 em aeronaves supersônicas. Ao longo da carreira assumiu o comando de importantes unidades da FAB, no Brasil e no exterior. Entre as principais funções exercidas ao longo da carreira na Força Aérea Brasileira, destacam-se: Comandante da Base Aérea de Canoas (BACO); Chefe do Estado-Maior Combinado do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA); Chefe da Seção de Operações, Chefe do Centro de Comando e Controle de Operações Aéreas e Chefe do Estado-Maior do COMGAR; – Comandante da Terceira Força Aérea (III Fae); Comandante do Segundo Comando Aéreo Regional (COMAR II); Vice-Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, Secretário de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais do Ministério da Defesa.

Saiba mais sobre o COMGAR – O Comando-Geral de Operações Aéreas é o “braço armado” do Comando da Aeronáutica, por isso é o responsável pelo preparo e emprego da Força. Ele detém os principais meios aéreos e, em conseqüência, responsabiliza-se pela execução das Ações Militares Aeroespaciais do Comando da Aeronáutica. Esta unidade tem a função de comandar, planejar, direcionar, fiscalizar, coordenar, executar e avaliar o emprego de todas as Unidades da Força Aérea Brasileira.

FONTE: Agência Força Aérea / FOTOS: Sgts Simo e Batista

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juarezmartinez

Missão cumprida. Seguramente os dos comandantes mais operacionais que a força já teve.

Bons vôos …..

Baschera

Juarez,

Convida o Burnier para “aquela” pescaria…..

Sds.

Grifo

Possui mais de 4.300 horas totais de pilotagem, sendo 3.350 horas de caça e 1.950 em aeronaves supersônicas.

Senhores, depois disso nada mais precisa ser dito. Belo final de uma excepcional carreira.

Vassili

só que a conta das horas voadas pelo Brigadeiro Burnier não batem…….

E o Spey é mesmo bem fumacento……

Magal

Na verdade a conta bate pois o que quer dizer é que das 3350 horas que ele voou na caça, 1950 foram em aeronaves supersônicas o resto das horas foram em aeronaves não supersônicas … 😉

Bons vôos Brigadeiro!!

Justin Case

Vassili, boa noite.

Entendi que:
Horas de caça: 3.350 (1.950 anv. supersônicas + 1.400 anv. subsônicas)
Horas em outras aeronaves: 950
Horas totais: 3.350 + 950 = 4300
Seria isso?
Abraço,

Justin

Justin Case

Magal foi mais rápido. Deve ser caçador supersônico 😉

Justin

Roberto F Santana

Os aviadores da FAB costumam contar as horas de voo a partir do acionamento dos motores até o corte dos mesmos, já os aviadores civis só contam quando as rodas saem do chão até o toque final.
Uma CIV (caderneta individual de voo) militar pode engordar rapidamente, um banquete de lançamentos é o caso, por exemplo, de um C-130 saindo do pátio militar no Galeão e indo decolar da cabeceira 28.

Grifo

já os aviadores civis só contam quando as rodas saem do chão até o toque final.

Caro Roberto F Santana, isto é uma alteração recente? Pelo que eu sabia a hora de vôo é contada “calço a calço”, isto é do ínicio do deslocamento até a parada final, tanto para civis quanto para militares.

Roberto F Santana

Prezado Grifo, Até o início da década de quarenta, a aviação militar brasileira tinha influência da aviação francesa, com a Segunda Guerra e o início da ajuda americana, a FAB absorveu os costumes da USAAF, dentre eles, o padrão de registro de horas. Naquela época e naquela força, um simples voo era considerado uma missão, coisa que ainda é universalmente adotado pela aviação militar.Com essa denominação na atividade de voo, facilitou-se a convenção de se considerar o início do voo no “calços fora”. Esse costume, embora possa parecer profissionalmente mais correto, não o é tecnicamente mais preciso, e não foi… Read more »

Mauricio R.

Coleção de “stovepipes” na última foto, A-1; KC-137; F-5 e a tralha francesa e sua turbina “diferente”.