Argentina fabricará cem aviões Pampa II para a Alemanha, segundo site

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Pondo em prática seus  planos de expansão da produção local de aeronaves militares, a estatal argentina FAdeA (Fábrica Argentina de Aviões) e a empresa alemã Grob Aircraft AG,  assinaram um acordo que inclui a venda de cem (100) aviões Pampa II (IA-63 II) para o Governo Alemão. As informações são do site iProfesional.

O plano de fabricação conta com o apoio e a promoção do Ministério da Defesa Nacional. “A aeronave terá duas séries de engrenagens provenientes da empresa alemã”, disse quarta-feira à imprensa o presidente da FAdeA,  Raul Argañaraz, acrescentando que a empresa ficará bem posicionada “no exterior, a nível mundial.”

O dirigente disse também que a corporação FAdeA – uma sociedade anônima de capital estatal “não trabalhará mais sozinha, mas  a partir de agora, o fará no âmbito de acordos de cooperação”, como a idealizada na quarta-feira.

A empresa, com sede em Córdoba, recrutará, como parte dos planos, até 120 trabalhadores.  “Já que o objetivo é construir uma centena de aeronaves, uma por mês”, começando no próximo ano, embora os prazos precisos de fabricação “dependerão da demanda”, de acordo com Argañaraz.

O acordo entre FAdeA e a companhia alemã vai comercializar a aeronave Pampa com um novo motor, o que lhe permite “melhorar a produtividade da empresa” e dar “um salto no mercado internacional”, de acordo com as estimativas mencionadas por Argañaraz.
Neste quadro, a FAdeA tem avançado em um programa de remotorização do Pampa que possibilitará  “melhorar  a potência” devido à intervenção da empresa alemã e, ao mesmo tempo, otimizar a manutenção dos aparelhos, sempre segundo as projeções realizadas por ambas as empresas em relação ao projeto em andamento.

John Alp, o executivo da empresa alemã que voou a nova versão do Pampa, elogiou a “docilidade” do equipamento fabricado em Córdoba e considerou “auspicioso” o acordo  entre a empresa  germânica e a empresa argentina FAdeA.

A este respeito, Argañaraz precisou que entre os projetos se encontra o de padronização do cockpit do  Pampa (simulador) com o que dispõe a empresa alemã, o Grob 120 TP, a fim de oferecer ao mercado mundial um sistema de formação de pilotos de alta qualidade.

Atualmente, a empresa alemã oferece um serviço que  provê aeronaves, peças e horas de voo exigidas para cada fase de manutenção e treinamento, sistema que é agora adotado pelas forças aéreas da França e da Grã-Bretanha.

Na semana passada, durante a XVII edição da FIDAE, realizada no Chile, o ministro da Defesa, Arturo Puricelli, introduziu o chamado IA-63 Pampa “remotorizado” (ou Pampa II), ocasião em que havia  anunciado a intenção de FAdeA de “produção em massa”. A ideia da estatal  Argentina é que este primeiro acordo seja o pontapé inicial para começar a trabalhar em mercados  estrangeiros.

Puricelli  mencionou desenvolvimentos tecnológicos argentinos e salientou que a exposição tem tido o papel de “aprofundar a cooperação na defesa e integração dos países da UNASUL. “Buscamos que isto leve a que países da América do Sul tomem  a decisão de levar o nosso Pampa como aeronave de capacitação das forças aéreas regionais” havia dito Puricelli dias antes da assinatura do acordo.

FONTE: iProfisional. com  FOTOS: FAdeA

NOTA DO EDITOR: até o momento de publicação desta matéria (18h30 de 6 de abril de 2012), as notas mais recentes do site da FAdeA tratavam do acordo firmado com a GROB AIRCRAFT AG, visando a comercialização internacional de um sistema de treinamento de pilotos de alta disponibilidade que integra o IA-63 Pampa II e o  G-120 TP. Além disso, as notas publicadas em 30 de março faziam referência a um pedido de fabricação para o Ministério da Defesa Argentino de 40 aeronaves, assim como de um plano de produção estendido para 100 aeronaves em médio prazo. Não havia, no site da FAdeA, uma referência tão direta ao que o site iProfesional dizia no título original:  “Argentina fabricará cien aviones militares Pampa para Alemania”, embora a chamada viesse acompanhada da palavra “Inédito”. Assim, aguardamos que a própria FAdeA traga alguma nova informação a respeito.

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Marcelo

será que a Argentina desistirá do seu projeto de turbo-hélice em favor do Grob120TP, e em troca irá vender Pampa para a Alemanha? Se isso acontecer é uma grande, grande notícia para os nossos hermanos, que estao conseguindo reativar a sua industria, após a grande ajuda que receberam da honrada e bondosa Lockheed Martin, é, sempre ela….

Giordani RS

Há…só acredito vendo…alguma coisa não está batendo nessa informação…

Fernando "Nunão" De Martini

“Alejandro Carnero, do Facebook, disse: Final : melhor pensar que houve um erro de traduçao.” Alejandro, também achamos estranha a notícia quando a vimos, e compartilhamos várias de suas ponderações. Por isso mesmo fomos conferir no site da própria FAdeA, entre outros lugares, e escrevemos uma nota ao final da matéria. Mas não creio que exista algum erro de tradução fundamental de nossa parte (no caso, do colaborador do site, o Baschera) pois a matéria original em espanhol diz claramente: “Inédito: Argentina fabricará cien aviones militares Pampa para Alemania” http://negocios.iprofesional.com/notas/134158-Indito-Argentina-fabricar-cien-aviones-militares-Pampa-para-Alemania A não ser que a informação original fosse em alemão,… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Mais um adendo, a respeito do Alphajet: trata-se de uma aeronave já se aproximando do final de sua vida útil em dois de seus maiores operadores, a França e a Alemanha – embora o uso original em cada um seja bem diferente. Os franceses introduziram o Alphajet como um avião de treinamento e os alemães como um avião de apoio aéreo aproximado / ataque leve.

Algumas matérias que falam dos Alphajet franceses:

http://www.aereo.jor.br/2010/03/31/alphajets-franceses-e-f-5m-b-espanhois-lado-a-lado/

http://www.aereo.jor.br/2011/06/30/instrutores-franceses-e-seus-alphajet-sao-recebidos-em-base-na-espanha/

Mauricio R.

“Quem dera Adolf Galand tivesse ensinado os brigadeiros brasileiros sobre o que realmente é uma força aérea, assim como fez com os hermanos.”

Teria sido interessante confrontar a experiência do ás alemão, c/ a própria experiência pessoal de nossos pilotos, nos céus da Itália.

Baschera

Senhores e principalmente aos “brigadeiros” do Facebook….. O Poder Aéreo, site/blog de credibilidade ilibada, tem, digamos, a obrigação de divulgar notícias e matérias acerca ou afim, deste tipo de assunto. O Poder Aéreo apenas traduziu a matéria cuja fonte está devidamente citada e que neste caso já havia tido repercussão em pelo menos outro site ou blog, o Dessarollo y Defensa (link abaixo) e que também já ocorre em sites de defesa argentinos, como o aviacionargentina.net Como escreveu o Fernando “Nunão” De Martini, “pode ser que a reportagem do iprofesional tenha exagerado um pouco as informações sobre o acordo com… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Baschera, interessante essa declaração do Argañaraz que vc colocou no final do comentário. Seria praticamente um sistema de “delivery” de treinamento de pilotos, ou treinamento “in company”, como se diz no jargão marquetês.

ricardo_recife

Eu não sei se o Pampa II (modelo desenvolvido quando a Lockheed Martin era dona da FMA) é um bom avião de treinamento ou não, mas sei que poucas dezenas foram fabricados. Se os argentinos conseguirem vender metade do que está na reportagem para qualquer país vão tirar a FMA do ostracismo.

Pilotos da FAB voaram no Pampa II em 2009.

Abs,

Ricardo

Nautilus

Essa notíçia deve ser uma brincadeira de 1º de abril. Não faz sentido, depois de usar o AlphaJet, a Luftwaffe usar praticamente uma versão “downgraded” do mesmo avião. O Pampa II pode ser um bom avião, mas acho que a Luftwaffe teria melhores opções…

Mauricio R.

E qndo é que foi que a Luftwaffe, saiu a cata de um novo treinador avançado, no mercado???