A400M

Os governos participantes do A400M chegaram a um acordo sobre a divisão de custos de desenvolvimento excedentes. O Minitro da Defesa espanhol Carme Chacon disse que os sete países envolvidos e a EADS, dona da Airbus, chegaram finalmente a um acordo, mas os detalhes técnicos ainda serão divulgados.

Mas uma matéria da AFP desta quinta-feira, 25 de fevereiro, fornece alguns números a respeito do acordo: os custos adicionais para o projeto ser terminado são de, aproximadamente, 5,2 bilhões de euros (por volta de 7 bilhões de dólares). O que foi oferecido pelas sete nações pertencentes à OTAN e ligadas ao projeto (Bélgica, Inglaterra, França, Alemanha, Luxemburgo, Espanha e Turquia), teria sido de dois bilhões de euros em financiamento adicional, além de 1,5 bilhões de euros em garantias de crédito.

Segundo a mesma matéria, o Ministro da Defesa francês, Herve Morin, afirmou que recebeu, na quarta à noite, a resposta da EADS a uma carta mandada há alguns dias pelas nações participantes do programa. E, conforme a declaração de Morin, “não há mais demandas financeiras por parte da EADS, além desses dois bilhões”.

Espera-se que o acordo seja assinado em Paris em 8 de março, no qual a EADS deverá entrar com 1,7 bilhões de euros (aproximadamente 2,3 bilhões de dólares) em multas devido ao orçamento estourado, somando-se a outros 2,4 bilhões de euros. Na semana passada, a companhia havia dito que poderia se comprometer com apenas 800 milhões de euros adicionais.

Porém, antes da finalização do acordo, a EADS quer garantias de que os sete países não reduzirão suas encomendas (que são de 180 aeronaves, num valor de 20 bilhões de euros). A Inglaterra já teria anunciado que planeja reduzir de 25 para 22 aviões a sua encomenda. A França, segundo Morin, deverá manter sua encomenda de 50 aeronaves.

FONTE: AFP

Subscribe
Notify of
guest

18 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Rafael

A França possui hoje a mais poderosa força aerea da Europa?
Quais são suas aeronaves e seus contingentes, sua area de influencia e intersse?
Mesmo não sendo mais parte da Otan, ela faz operaçoes conjuntas?
E mais importante com quais forças ela faz frente?

Rafael

Grato pelas respostas
abs

Fernando "Nunão" De Martini

Rafael, no que se refere à aviação de combate da Força Aérea Francesa, seus esquadrões, aeronaves, reestruturação e perspectivas futuras, você pode pegar muitas informações na matéria abaixo, feita no ano passado:

http://www.aereo.jor.br/2009/07/15/racionalizacao-a-francesa/

Outras interessantes podem ser buscadas digitando Armée de l´air no campo busca (canto superior direito) e em tags correlatos da nuvem de tags, à direita desta página.

Várias respostas às suas perguntas podem ser encontradas dessa forma.

Saudações!

Nick

Sairia muito mais barato fabricar sob licença o C-17 ou o AN-70…vai entender ….

[]’s

Ivan

Nick,

Há vários motivos para a União Europeia empreender o A-400M:

* Ter uma capacidade de transporte estratégico com tecnologia própria, independente de qualquer outra região.

* Os parâmetros do A-400M são muito específicos, ou seja, as forças aéreas dos países associados pediram uma série de capacidades que não havia (integralmente) em nenhum outro.

* Dar uma mensagem para o mundo de sua ‘independência’, transportando seus soldados nos aviões fabricados na Europa ocidental.

* Finalmente o velho bordão, se é para gerar empregos, que se faça em casa…

Abç,
Ivan.

humberto

Seria uma pena o A-400 não entrar em produção, vamos ver se a coisa vai mesmo.
Posso estar enganado, mas creio que a força aerea mais poderosa na Europa ainda seja a Americana, se ficar só entre os Europeus, creio que o da Inglaterra ainda seja o maior depois o da França (deixando de lado a Força Aerea Russa que é meio europeu meio asiatico).
[]

Nick

Entendo Ivan,

Mas produzindo digamos, dentro da União Européia, os empregos estariam salvos.
Os parâmetros tanto do C-17 ou An-70 são superiores ao A400M. Eles teriam mais , por um custo menor.
Realmente o único argumento que entendo é o sentido de independencia. E usar os recursos da EADS no desenvolvimento…

[]’s

Amandio

O que me impressiona mesmo são os altos custo para o desenvolvimento de avião, seja ele um caça ou de transporte.
Vejam como a Embraer, mesmo com o aporte do GF já garantido, está tentando incluir novos parceiros no projeto KC-390.
Sugiro ao Blog explorar mais este tema, principalmente porque vemos vários participantes acharem que deveríamos desenvolver um caça sozinhos.
saudações a todos.

D'Almeida

Com a França mantendo sua compra de 50 aeronaves fica claro que ele não vão querer comprar nosso “carrinho-de-mão” KC-390, segundo as próprias palavras do ministro de defesa da França.
Sem dúvida, uma grosseria sem tamanho para um “PARCEIRO ESTRATÉGICO” como o Brasil.

Chega a ser humilhante isso!

Essa é a famosa parceria “caracu” mencionada por varios companheiros.

Esse é um dos motivos que prefiro o Gripen ou SH, a me submeter a hipocrisia nacional.

bruno luiz

Amandio em 25 fev, 2010 às 18:26

” O que me impressiona mesmo são os altos custo para o desenvolvimento de avião, seja ele um caça ou de transporte.
Vejam como a Embraer, mesmo com o aporte do GF já garantido, está tentando incluir novos parceiros no projeto KC-390.
Sugiro ao Blog explorar mais este tema, principalmente porque vemos vários participantes acharem que deveríamos desenvolver um caça sozinhos.
saudações a todos. ”

* Muito bem lembrado. É Galante, POggio, Vinicios e etc. Tá aí uma boa sugestão do Amandio.

ezeca

Chega a ser humilhante isso!
Esse é um dos motivos que prefiro o Gripen ou SH, -SH!!!-
PENSA mais um pouco ta faltando comcordancia
Abrs.

Paulo Silva

Gostaria de tirar uma dúvida com vocês: depois de cada país, desembolsar estes valores, que são apenas diferênças do orçamento do A-400M, ainda teram que pagar mais por avião comprado?É realmente difícil de acreditar que a França, depois de comprar 50 A-400M, irá ter interesse em comprar mais 10 KC-390.

Abraços

Paulo

humberto

Senhores, A França está tentando vender 36 Rafale para o Brasil (quem sabe depois um outro lote parecido), o mesmo apesar dos pesares já está sendo fabricado e tem uma boa encomenda. Já o A-400 M ainda não tem a sua “vida” garantida, servirá tanto para os que participam do consorcio como para exportação. Alguém aqui em sã consciencia acredita que os Franceses vão colocar em risco o dim dim que eles já colocaram no projeto do transporte em detrimento ao do Kc-390 (onde os empregos vão ser gerados no Brasil e não lá?) para alavancar a venda do Rafale?… Read more »

Rafael

Vlw NunÃo

Almeida

Acredito que a RAF ainda seja a maior Força Aérea da Europa, seguida de perto da França. Depois temos, no mesmo saco, Alemanha, Espanha, Itália e Suécia.

Tales

Almeida em 26 fev, 2010 às 15:25 Estás ERRADO Almeida!! Considerando TÃO-SOMENTE o número de aeronaves a Arme d´l Air é a maior força aérea da europa OCIDENTAL (o que exclui a Rússia), seguida da RAF. A ordem das demais forças aéreas tbm está errada. Numericamente falando, a Luftwaffe tem um tamanho similar (um pouco maior, é claro) à nossa FAB, por mais incrível que isso possa parecer. A grande diferença está na COMPOSIÇÃO dos tipos de vetores. Enquanto aqui, os aviões de transporte e treinamento são os tipos em maior número, em qualquer força aérea de PONTA quase metade… Read more »

Ricardo_Recife

A Armée de l’Air tem hoje 368 aviões de combate de primeira linha, a RAF 332. Contudo lembro que tamanho não é documento. Mesmo que a Força Aérea Francesa tenha um maior número de aviões, a RAF tem vetores mais preparados para guerra eletrônica. Esta diferença pode gerar certamente uma flame war, mas na realidade deve ser colocado que elas são forças com filosofia operacionais diferentes. Como um pequeno exemplo: a Armée de l’Air tem 4 aviões AEW, a RAF tem 7 e mais 5 ASTOR (Airborne STand-Off Radar). Para missões Elint a AA tem velhos C-160. A RAF tem… Read more »

grifo

“É por esse, entre outros motivos, que os Americanos brincam com os Fabianos, chamando a FAB, pejorativamente, de ‘A MAIOR força aérea CIVIL da américa latina’…”

Caro Tales, eu tive o prazer de conhecer vários oficiais da USAF, e nunca ouvi algum deles falar esta baboseira. Poderia nos esclarecer onde você ouviu isto?