Prognósticos sombrios a favor do F-35 na Austrália – parte 1

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O título acima pode soar estranho, mas é justamente o argumento principal de um texto que o repórter de defesa David Ellery escreveu para o jornal australiano Canberra Times, publicado em 28 de maio: quanto mais sombrios os prognósticos para as próximas décadas, mais úteis os F-35 seriam para a defesa da Austrália. Segundo o autor, o futuro não será nada fácil, e a capacidade de dissuasão e as capacidades do F-35 seriam imprescindíveis por volta de 2030.

O artigo é um exemplo claro de opinião favorável à aquisição do F-35 para a RAAF (Força Aérea Real Australiana), num momento em que também não faltam opiniões contra a aquisição – algumas dessas notícias “ruins” para o F-35 você pode ver nos links ao final da matéria. Devido à extensão do texto, publicaremos a tradução em duas partes – a primeira hoje, a segunda amanhã.

Defendendo o futuro (Defending the future) – primeira parte

 

O ano é 2030, apenas 19 anos à frente de hoje. As mudanças climáticas começaram a cobrar seu preço, com secas e quebras de safra tornando-se cada vez comum pelo mundo.

O pico do petróleo já é uma memória distante, e o preço do barril frequentemente bate na casa dos 300 dólares e mais. O milagre econômico asiático brecou, face ao colapso de mercados par produtos de consumo baratos, num momento em que o Ocidente torna-se mais pobre em termos reais.

Enquanto economias em desenvolvimento são amarradas por custos de energia crescendo em espiral, a Crise Financeira Mundial não dá sinais de diminuição, assim como os custos crescentes de oferecer tratamentos médicos avançados e cuidados geriátricos para os velhos “baby boomers”, ainda não dispostos a dar adeus à vida.

Ao norte da Austrália, antigos aliados fazem cara de poucos amigos, na medida em que mudanças circunstanciais derrubam governos antes moderados, colocando no lugar regimes de nacionalistas extremistas.

AIDS, pragas diversas e fome dizimaram boa parte da África, que tem sido há tempos retalhada em esferas de influência da China, Paquistão e Índia, para exploração de seus recursos naturais.

A corrida para os recursos naturais da Antártica, escondidos sob o gelo, já começou.

Uma das últimas grandes áreas inexploradas do planeta está logo ao norte da Austrália: uma ilha maciça, montanhosa e rica em minerais, dividida entre a província Irian Jaya da Indonésia e o outrora protetorado australiano da Nova Guiné.  

O Governo de Papua Nova Guiné está à beira do colapso. Os centros urbanos do país foram desestabilizados pela chegada de milhares de refugiados de ilhas da Polinésia e Micronésia, atingidas pela subida do nível do oceano. O Governo da Austrália está pagando aos papuanos para serem reassentados. 

Irian Jaya está igualmente vulnerável, com o crescimento de um movimento autóctone de independência, na medida em que uma Indonésia cada vez mais fragmentada se desestabiliza, à beira de uma revolução islâmica.

Estamos no dia 7 de maio, 88º aniversário da Batalha do Mar de Coral. Mais uma vez, forças australianas receberam a ordem de se mover para o norte, de modo a bloquear uma frota de invasão que ruma para Port Moresby.

Na ponta de lança da reação australiana está uma força de olhos que tudo veem, mas não são vistos: em voo de cruzeiro a 15km da superfície terrestre, há dois esquadrões de caças de quinta geração, os totalmente furtivos F-35 da RAAF (Força Aérea Real Australiana).

Baseados em Amberley, na Queensland, os F-35 podem ser reabastecidos em voo e estão em constante comunicação com os aviões Wedgetail de alerta avançado da RAAF. São invisíveis a inimigos potenciais, exceto nos breves momentos em que as portas de suas baias de armamento se abrem para lançar mísseis ar-ar e antinavio. 

Esses aviões, que tanto no plano tático quanto estratégico são os mais capazes caças bombardeiros operando no hemisfério sul,constituem os piores pesadelos em qualquer capitão de uma frota inimiga.

É o caso, especialmente, de quando suas revolucionárias suítes de sensores e de comunicação são fundidas com as que equipam os Wedgetails, assim como os quatro submarinos igualmente furtivos, que substituiram a classe Collins e aguardam no caminho da linha de avanço da frota de invasão. 

Assim que a força inimiga passa pelas ilhas Salomão, os pilotos australianos ligam seus transponders. Indicadores de ameaça acendem nos passadiços e nos centros de informação de combate da frota que se aproxima.

Atordoada pela velocidade e poder da resposta australiana, a força tarefa dá meia volta, tal qual os japoneses fizeram em 1942, quando perceberam que uma força tarefa de cruzadores e um grupo nucleado em navios-aeródromo estavam no seu caminho.

Eles sabiam que, caso mantivessem seu ataque, arriscavam ter o destino que Winston Churchill prometeu para a frota invasora nazista montada contra a Grã-Bretanha no verão de 1940: ser afundada no mar e ter seus sobreviventes chutados na cabeça assim que chegassem às praias.

Tudo isso, apesar de parecer saído de um romance de Tom Clancy, é bastante provável que seja o cenário na mente do Governo Australiano  quando este, em 2002, assinou o que se tornaria o mais caro programa de aquisição de armamento da história do país: o tão satanizado programa Joint Strike Fighter de 1,3 trilhão de dólares.

A Austrália é uma das nações que, juntas, vão gastar até 400 bilhões de dólares na aquisição de mais de 3.000 aeronaves F-35. E outros 900 bilhões para mantê-las voando até 2040 ou mais. A aquisição de aproximadamente 100 caças do tipo pela Austrália tem sido estimada em 16 bilhões de dólares, e as primeiras entregas para o país são esperadas entre 2016 e 2017.

Algumas pessoas argumentariam que um gasto dessa envergadura é difícil de justificar numa época de relativa paz. Mas a própria experiência do passado, que inclui a falta de preparação da Austrália para a ameaça japonesa na década que levou à Segunda Guerra Mundial, sugere que a linha de pensamento dessas pessoas apresenta falhas.

FONTE: Canberra Times  FOTOS: jsf.mil e Ministério da Defesa da Austrália

NOTA DO EDITOR: leia amanhã a segunda parte desse interessante artigo.

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Vader

Interessante. Mas essas visões apocalípticas do futuro nunca se concretizam.

Claro que a Austrália deve estar bem preparada. A Defesa é o primeiro dever do Estado para com seus cidadãos. E o F-35, como aeronave do futuro, é a resposta para tal dever.

Mas acreditar que algum país do mundo tivesse hoje a capacidade de montar uma Força Expedicionária para invadir a Austrália me parece ser viagem na maionese.

Vader

Ops, leia-se “hoje e num futuro próximo”.

Leonardo

Vader disse: “acreditar que algum país do mundo tivesse hoje a capacidade de montar uma Força Expedicionária para invadir a Austrália me parece ser viagem na maionese”. Concordo plenamente em minha opinião as “zonas quentes” do mundo permanecerão nos mesmos lugares e com os mesmos personagens, salvo raras exceções, além de o território Australiano ser um dos mais inóspitos do mundo, é um país com grande potencial em recursos naturais e um dos maiores produtores de minérios do mundo, possui grandes reservas de produtos como carvão mineral, petróleo(a produção não supre a demanda interna), zinco, cobre, chumbo, ouro, níquel, prata… Read more »

Tadeu Mendes

Leonardo,

Com esses recursos minerais em vastas quantidades, quem nos garante que em um hipotetico futuro, em que os Estados Unidos tenham sido dizimados por algum ataque ou por uma catastrofe natural, tanto a Russia quanto a China nao se aventurariam a tomar posse dessas riquezas; na base do porrete? Rsrsrsrs.

O mesmo perigo se aplicaria ao Brasil, sob as mesmas circunstancias.

Sds.

Marco Antônio

Tadeu Mendes disse: 6 de junho de 2011 às 17:14 Você realmente acredita que a Rússia, no cenário montado pelo repórter no post (até 2040), terá condições de invadir a Austrália? E o Brasil, a esta distância considerável, seria alvo de uma tentativa de invasão chinesa, neste mesmo cenário (até 2040)?(nem cogito a Rússia) As dificuldades logísticas são tantas, considerando ainda a dimensão territorial e populacional do Brasil, que uma invasão deste tipo é desaconselhável, até mesmo, aos EUA nos dias de hoje (que teria a vantagem de uma distância muito menor até o Brasil). A Austrália é um país… Read more »

Observador

Caro Leonardo: Não seria a Austrália a ilha aser invadida; mas sim a ilha ao norte, cujo território é dividido entre Papua Nova-Guiné e Indonésia. Caro Tadeu Mendes: E quem lhe garante que a frota invasora não é justamente a americana? … O cenário descrito parte de fatos reais: as alterações climáticas vão cobrar um preço alto da produção agrícola e os recursos minerais (não renováveis) estarão sendo explorados no limite. Na minha opinião, o mundo caminha para se tornar um lugar muito perigoso. O Brasil será uma presa em tanto: relativamente despovoado, desprotegido, rico em recursos. Pois, entre as… Read more »

Renato Oliveira

Mais um ditado popular, ‘prevenir é melhor que remediar’. Embora o cenário apocalíptico seja improvável, certamente não é impossível. A Austrália faz bem em se preparar, o Brasil deveria fazer o mesmo.

Nick

Caro Renato, e existe aquele ditado, “Espere pelo melhor, se prepare para o pior.”

O Brasil deveria se preparar e estar pronto para qualquer coisa, por mais improvável, pareça hoje.

[]’s

Leonardo

Caros Tadeu Mendes e Observador,

A possibilidade sempre existe e infelizmente nossos governantes negligenciam isto e o cenário não vai mudar, pois é um câncer enraizado em nossos políticos, mas em relação ao assunto abordado, concordo com a visão do Vader “os cenários sempre apocalípticos nunca se concretizam”.

Mas as possibilidades sempre existem, como bem citou o Observador : “Farinha pouca, meu pirão primeiro”.

Lembrando também o Capitão o Nascimento: Nada como uma crise pra aguçar a criatividade!

Sds.

Control

Senhores Quanto a crença de que ações de disputa e ocupação de territórios não acontecerão mais pelas dificuldades de tais ações num mundo moderno, creio que isto foi dito muitas vezes na década de 30 até os eventos de 1939. Lembrem-se que um dos fatores motivadores da ação dos nazistas era a expansão para leste da Alemanha, e na Ásia, a invasão da China pelo Japão. Isto não faz tantos anos assim. Se as condições climáticas piorarem mais rápido do que o estimado pela avaliação conservadora feita pelos cientistas a coisa pode ficar muito feia mesmo. Veja que não se… Read more »

Alexandre Galante

Pessoal, a coisa tá ficando feia na Ásia. Não apostem suas fichas numa paz duradoura por aquelas bandas:

http://www.naval.com.br/blog/2011/06/06/eua-vao-manter-presenca-militar-robusta-na-asia/

Tadeu Mendes

Caro Marco Antonio, A primeira condicao para uma invasao na Australia seria a ausencia dos EUA. Na minha simulacao, os EUA teriam sido devastados por um ataque ou por catastrofes naturais. Uma vez que os EUA nao existam como oponente militar, qualquer invasao na Australia seria perfeitamente plausivel. A existencia da capacidade militar americana no mundo contemporaneo e um fator de dissuasao historicamente comprovado. O fato de que o Brasil esteje longe da Russia ou da China; a principio poderia significar um pesadelo logistico e militar para os inimigos, mas ha outras formas de botar o Brasil de joelhos. Nao… Read more »

DrCockroach

Acho que o F-35, junto com o F-22, dominarao o cenario mundial. Mas, novamente, as criticas se referem aos valores incrivelmente altos com relacao ao estimado (ateh agora 80% acima) e como a LM se safou com tantas ineficiencias e ainda realizando lucro e repassando os prejuizos aos pagadores de impostos americanos. Como os EUA reduzirao o defict? Tomando emprestado, taxando mais ou emitindo mais dolars (e inflacionando o mercado de commodities e sobrevalorizando os reais da vida)? Se os EUA precisao realmente dos 2,443 F-35 depende de como definem a missao e a estrategia deles. Eh possivel reduzir o… Read more »

DrCockroach

Oops: “precisao” =”precisam”

Complementando: Se eu (ou vcs) fosse responsavel pela tomada de decisoes na Australia (ok, um ditador 🙂 ), se alguem mostrasse o cenario da materia acima eu seria convencido da necessidade de comprar 100 F-35? Nope, mandaria o sujeito catar-coquinho. E vcs?

[]s!

Vader

Já que todo mundo citou ditados, vou citar um mais antigo do que todos: “SE VIS PACEM, PARA BELLUM” Quanto aos cenários apocalípticos, existem para todos os gostos e gêneros. Mas a realidade é sempre tremendamente mais surpreendente do que qualquer cenário. Quem de nós imaginaria, em 1986, que ao final daquela década a URSS não existiria? Quem de nós imaginaria, em 2000, que em setembro de 2001 a maior potência militar do planeta estaria em guerra contra um bando de pé-rapado barbudo chulé? Assim senhores, TUDO pode acontecer, e ninguém que caminha sobre a Terra está totalmente preparado para… Read more »

Wagner

Tadeu, se os EUA tivessem atacado a URSS nessa epoca, os exercitos desta, espalhados pela europa oriental, teriam transformado a Europa Ocidental num mar de chamas.

E com certeza alguma bomba nuclear russa iria parar em alguma cidade ocidental.

Stalin conseguiu a bomba em 49, tudo podia acontecer…

Observador

Caro Tadeu: A invasão americana a que me referi seria em Papua Nova Guiné. Absurdo? Em um mundo em que faltariam recursos para todos é um cenário possível. Acima de tudo, me preocupo com a China. Se houver fome por lá, os chineses irão atrás dos recursos que considerem necessários, quer o resto do mundo goste ou não. Caro Vader: Recomendo-lhe a leitura do livro “Senhores do Clima” de Tim Flannery a respeito do aquecimento global. Também recomendo o livro “Colapso” de Jared Diamont sobre a queda de civilizações, praticamente todas elas ligadas à mudanças climáticas e esgotamento de recursos… Read more »

Vader

Observador disse: 7 de junho de 2011 às 9:14 “Quem lê meus comentários sabe da profunda e autêntica OJERIZA que sinto pelos “ecologistas”, gente pouco séria que defende mico, baleia, ataca a energia nuclear (completamente sem razão) e não atacam a verdadeira causa do problema: a SUPERPOPULAÇÃO” Falou e disse caro Observador. Os ecochatos são, acima de tudo, COVARDES. Não atacam o problema principal pois tem medo de se tornar atacáveis pelas religiões, especialmente as cristãs. Enfim, são uns pulhas. A verdade é que a ecochatice dá é uma grana preta a muito neguinho. Eu de minha parte não caio… Read more »

Luiz Paulo

Sobre o aquecimento global, tem uma série no touyube muito boa, que é “A farsa do aquecimento global”. Não sei se ta on ainda, mas vi os 9 videos, e na boa, parece ser muito mais real que as teorias conspiratórias das esquerdas, rsrsrs. Enfim vale a pena ver. Sobre a superpopulação e escasses de produtos nisso concordo, é pra onde estamos encaminhando mesmo. Lá no forte falei com o Marco, existem cenários mais prováveis que outros? Sim, é só vermos, passado e presente, conhecendo as peças agente sabe pra onde vai. E o Brasil em 2050? Sei lá, talvez… Read more »

Wagner

As vezes não é só questão de religião. É econômica. Na Rússia ocorrem quase seis milhoes de abortos a cada ano, embora a Igreja ortodoxa seja contra essa prática. Se somarmos esses numeros, temos um deficit de vidas enorme, o que ocorreu depois do colapso da URSS, já que o Regime era igualmente contra essa prática e punia severamente quem a fizesse. Com a baderna capitalista e a crise financeira, se totalizarmos o decréscimo populacional mais os abortos, temos um numero de vidas perdidas MUITO MAIOR QUE A REPRESSÃO STALINISTA. A Supe-população está ocorrendo em países como Brasil India, China,… Read more »

Wagner

E o que diabos tudo isso tem a ver com o F 35 ??? ah ah ah ah ah !!

Antonio M

“…O SISTEMA CAPITALISTA NÃO FUNCIONA MAIS LÁ….” rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsr!!!! Funciona onde? Na China? Criticar Alemanha, EUA, Inglaterra onde o capitalismo e democracia derem espaço aos sindicalismo, imprensa livre, melhores condições sociais e de serviços públicos com o capitalismo chinês, que é o mais atrasado onde apenas 3% da população pode ser considerada de classe média é muita miopia. O lembrem-se de Maltus que já previa a falta de alimentos porém, não levou em conta a tecnologia que aumentou a produtividade que em tese, os números mostram que somos capazes de produzir mais alimentos do que podemos comer. Essa é a saida.… Read more »

Wagner

Entao me explique pq a juventude europeia está desempregada…

E EU NÃO ESTOU ELOGIANDO O MODELO CHINES, NÃO DISTORÇA MINHAS PALAVRAS.

Antonio M

Vai dizer que o capitalismo não funciona no Brasil? Estão aí os “detratores” do capitalismo como o sr. Palloci que mesmo com toda “aversão” que ele e seu partido tem a esse sistema, não perdeu a oportunidade de multiplicar por 20 seu patrimômio e em muito o de muitos companheiros. Ou do exemplo do sr. Dominique Strauss-Kahn, não querendo acusar de nada mas, um socialista que é dono de muitos bens, e se hospeda somente em hotés caríssimos. Assim eu também sou socialista, comunista fácil fácil! No caso do Brasil, se esgotarem todas as teta$$$$, e depois ainda vierem falar… Read more »

Wagner

Pq a Grecia quebrou ? Pq Irlanda, Italia, espanha, Portugal, estão em crise ou pre-crise ??? Pq embarcaram na ideia capitalista-especulativa, pararam de produzir para especular, tal como a Inglaterra fez. Se iludiram com emprestimos de bancos americanos, cairam em ermadilhas de especuladores. Eis a glória do belo sistema capitalista-especulativo. preciso falar do leste europeu ? Vai na Ucrania e veja se eles tem alguma perspectiva otimista… exceto os nordicos, Alemanha, Holanda, Polonia, Austria e mais uns tres menores, A EUROPA TA FERRADA !!!! PQ ?? Pq pararam de produzir e começaram a especular… Pq tem gente que não entende:… Read more »

Wagner

O que é que o PT tem a ver ??? Eu não estou falando em nome do socialismo, e não estou falando da crise do Palocci !!!

mania que vcs tem de querer encontrar um petista para brigar…

Antonio M

Wagner disse:
7 de junho de 2011 às 11:07

Por que lá além dos jovens nativos, precisam acomodar o imigrantes que por sua vez fazem muitos trabalhos que os jovens nativos não aceitam fazer.

E crises sempre houveram e saíram delas.

Na URSS a crise social era permanente até derrocar de uma vez.

E pode usar minúsculas, não tem ninguém “surdo” por aqui. Ou é falta de educação mesmo?

Antonio M

“…O MODELO CAPITALISTA AMERICANO É BOM, TALVEZ, PARA OS PROPRIOS NORTE-AMERICANOS !! Não tem que ser imposto aos demais países. Muito menos pela força das bombas…”

A internacionalização da revolução bolchevique era o quê? Convencer outras nações “numa boa” ?!?!?!?

Copia-se e adapata-se o que é bom mesmo, o que não presta vai para o lixo……

Antonio M

E nem vou falar em crise econômica na URSS e satélites pois, o modelo econômico era nati-morto ….

Wagner

CARA ENTENDA O QUE EU ESTOU DIZENDO

EU NAO ESTOU DEFENDENDO O MODELO SOCIALISTA

CAPISCO ???

Não leu o que ei escrevi ali em cima ??

“””Alguem vai ter que encontrar uma saída. Um modelo que emprege todas as pessoas. A Europa precisa expandir sua população, Canadá e Russia também. O problema de super-população não é universal.”””

Agora se vc leu que eu escrevi ” PÁTRIA, SOCIALISMO OU MORTE” , bom, aí não posso fazer nada…

Antonio M

Os que mais fala em trocar o modelo, são os que não tem modelo nenhum para propor, a não ser requentar os modelos tentados algum tempos atrás que fracassaram…

Wagner

Tá, então diga isso para os jovens que protestam nesse instante em metade das praças europeias….

E minhas ideiais para resolver o futuro não estão em discussão.

Mas acredite eu as tenho…

Antonio M

ok, candidate-se com elas.

E a crise cedo ou tarde se resolverá…Os velhos de hoje foram jovens nas croses anteriores e muitos fizeram sua parte da solução.

Acredite que não haverá idéias de um heroí, será pela determinação muitos….

Vader

Wagner disse: 7 de junho de 2011 às 11:13 Prezado, será que foi o capitalismo que falhou ou foi o “wellfare state” europeu que afundou tais países? Porque que a economia americana dá sinais de recuperação, enquanto que os países “social-democratas” europeus estão cada vez mais afundados na lama? Porque a Alemanha e a GB, que tem tantos imigrantes quanto qualquer outro país europeu, está razoavelmente bem, junto com os nórdicos e alguns outros, conforme citado, quando todos os outros estão no buraco? Simples meu caro: foi a FALTA de princípios capitalistas que afundou Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha, e que… Read more »

Observador

Caro Vader: Eu não acredito propriamente em um Apocalipse: o problema é o Mundo entrar em uma era de declínio, onde vários países ficarão ingovernáveis e desaparecerão. Em locais assim, não haverá comida, saúde ou segurança e as pessoas voltarão ter um tempo médio de vida em torno de trinta anos, como no Império Romano. Em outros, a democracia será substituída por ditaduras que, para tentar manter a ordem, matarão milhares e milhares. Os países que se salvarem fecharão as suas fronteiras para evitar milhões de imigrantes, mas mesmo assim terão graves problemas internos. Liberdade, abundância, cultura serão coisa do… Read more »

Antonio M

E atenção para esses gastos com Copa do Mundo e Olimpíadas como alertou o Vader.

Em outros países mais sérios onde tais eventos até chegam a dar lucro e a má gestão, má fé e roubo dão cadeia, a economia se ressente imaginem aqui onde os organizadores são “amigos do rei’ e a impunidade “reina”, no que pode dar.

No mais, creio a tecnologia poderá ter muitas respostas, tem de investir com critério.

Tadeu Mendes

So para jogar mais lenha na fogueira; o tal Aquecimento Global nao existe. Nao da maneira que eles (ecologistas e politicos) estao propondo.

A Terra esta aquecendo, mas isso nao tem muito que ver com a atividade humana. As causas sao naturais e ciclicas, mas isso nao e assunto para esse blog.

Wagner

ah ah ah ja pensaram eu, com essa minha diplomacia, como candidato ??

” proponho a eliminação imediata de TODOS os banqueiros ”

Acho que nao ia dar muito certo… rsss

Vader

Capitalismo PRODUTIVO, pode ser a resposta.

E não o especulativo , o qual eu sou totalmente contra…

E se vc lesse o que Vinicus Torres Freire escreveu na Folha no ultimo domingo, vc não ia ver nada sobre recuperação americana… ( só para trazer um exemplo…)

Wagner

Olha eu acho que tem muuuuito mais coisa, aléém da ciência oficial, que está determinando o futuro da Terra e essa questão de aquecimento global.

Mas como o tadeu disse, isso não é para cá…

deixemos para blogs esotericos…

Marco Antônio

O que diferencia a recuperação da crise estadunidense da crise europeia é que os EUA imprimem moeda e ninguém mais o pode fazer. Só isso. Nada a ver com princípios do capitalismo. O sistema vigente deve sim ser REFORMULADO. É muita especulação e sem base qualquer em fatores produtivos, base do capitalismo. Acredito que quando alguém propõe reformular o sistema vigente não está propondo a sua substiuição, mas apenas algumas adequações. O próprio capitalismo veio se moldando ao longo do tempo, criando derivações, adaptações às realidades nacionais. Hoje em dia pode-se dizer que existem “capitalismos”. Estamos precisando de algo novo,… Read more »

Wagner

E se os EUA subornarem as agencias de risco ??

Control

Senhores A questão do desemprego europeu está centrada na evolução econômica que aconteceu na Europa. Houve uma grande redução de necessidade de mão de obra na indústria face a mecanização e automação de processos bem como a transferência das atividades industriais para outros países, particularmente a China. A propalada área de serviços não tinha como e não absorveu este excesso de trabalhadores potenciais. Acrescente-se a isto o aumento de mulheres no mercado de trabalho, a disponibilidade de auxílios como o seguro desemprego e a falta da válvula de escape que era a emigração no século XIX e início do XX,… Read more »

Vader

Marco Antônio disse:
7 de junho de 2011 às 13:48

“O que diferencia a recuperação da crise estadunidense da crise europeia é que os EUA imprimem moeda e ninguém mais o pode fazer”

Nossa, e eu que achava que o euro era impresso na Europa…

Tem razão, vai ver é na China…

Marco Antônio

Wagner disse: 7 de junho de 2011 às 13:53 Não vejo este como o maior problema, Wagner. Até pq, de certa forma, as agências já foram subornadas pelo governo quando receberam ajuda econômica na crise (estas agências são, também, “bancos de investimento”). O maior problema é o tamanho que tem a dívida estadunidense e o impacto mundial que teria esta queda. A deterioração da dívida dos EUA já é percebida pelos maiores investidores e o alerta das agências de risco serve mesmo para os demais investidores. O cerne do problema é que é tanto dinheiro que não tem onde colocar,… Read more »

Control

Senhores A crise iniciada em 2007, na verdade começou antes, quando cresceu enormemente a alavancagem nas operações interbancárias e entre as entidades financeiras. Há casos em que esta alavancagem passou de 20x nos ditos derivativos. Isto é que levou os bancos a dificuldades e acabou comprometendo os países que não souberam ou não puderam dizer não aos bancos (consequência de terem deixado estes bancos ficarem muito grandes a ponto de afetar a economia de países). E, vejam, socorrer os bancos não resolveu o problema pois esta massa de papéis sem lastro não foi absorvida e, pior, cresceu pois há muito… Read more »

Marco Antônio

Vader disse: 7 de junho de 2011 às 14:09 hahahahahahaha, boa Vader! O real é impresso no Brasil; o peso Argentino, na Argentina, e assim sucessivamente (a maioria dos paises imprimem a sua moeda)! Quando falo “imprimir”, digo imprimir sem depender de qualquer freio econômico local. É um “jargão” da economia, muito utilizado em jornais inclusive e, portanto, bastante acessível à população em geral. O Brasil, por exemplo, imprime moeda respeitando um limite. Se o limite for ultrapassado, bem sabemos o que acontece: inflação. No sentido do “jargão econômico” podemos dizer que o governo brasileiro imprimia moeda no final da… Read more »

Control

Srs
Desculpem nossa falha
Correção:
……a monstruosa bolha segue crescendo…..
Sds

Vader

Wagner disse: 7 de junho de 2011 às 13:15 “Capitalismo PRODUTIVO, pode ser a resposta” Esse capitalismo utópico que você prega não existe. Até porque se todo mundo for “O” produtor quem será “O” consumidor? 🙂 O Capitalismo se regula sozinho, quando regido apenas pela eterna, imutável e soberana lei do MERCADO. As leis de mercado são tão soberanas quanto a lei da gravidade, pois se baseiam em um fato natural invariável, qual seja: a COBIÇA, o EGOÍSMO e a AVAREZA humanas. Não podem ser burladas, a não ser por pouco tempo, e com consequencias funestas. O país ou grupo… Read more »

Wagner

Vader, o que o Marco quis dizer é que a impressão de dólares ainda comanda os fluxos mundiais, ao contrario do Euro, que não tem tanta importancia ainda. É Marco, e pelo visto vaio sobrar para minha Moscou !! Estamos com inflação de 9% por aqui !!! Ao menos entrou grana do gás e petroleo… Estava mais baixa antes da crise dos americanos e de seu presente de inundar o mundo com 600 bilhoes de dolares ano passado ! Achei engraçado o Gaertner falando ano passado para o Mantega : Não faremos isso. Não inundaremos o mercado de dolares…. No… Read more »

Marco Antônio

Ah, sim…..e pq os EUA estão imprimindo dinheiro? Pra pagar as suas contas, contraídas irresponsavelmente. Quem tá pagando? Todos nós. Assim como governos nacionais gastam irresponsavelmente e cobram a conta do contribuinte, mundialmente os EUA gastam feito loucos e cobram do resto do mundo, emitindo moeda (além do limite, Vader) e inundando os mercados de dólares, causando inflação em todas as partes do mundo, principalmente alta de preços de comodities, visto que são bens negociados em mercados internacionais com preços fixados em……..dólar. NOTA DOS EDITORES: PREZADOS DEBATEDORES (ESTE COMENTÁRIO FOI ESCOLHIDO SÓ POR SER O MAIS RECENTE QUANDO DA INTERVENÇÃO,… Read more »

Wagner

“””O Capitalismo se regula sozinho, quando regido apenas pela eterna, imutável e soberana lei do MERCADO. As leis de mercado são tão soberanas quanto a lei da gravidade, pois se baseiam em um fato natural invariável, qual seja: a COBIÇA, o EGOÍSMO e a AVAREZA humanas. Não podem ser burladas, a não ser por pouco tempo, e com consequencias funestas.””” Vader, vc naõ viu o que aconteceu em setembro de 2008 ?? TODOS OS ECONOMISTAS ADMITIRAM: SÓ O LIVRE MERCADO SOZINHO NÃO FUNCIONA !! A PROVA É HISTÓRICA ! Não é papo de comuna, é fato comprovado. Não se pode… Read more »