Por Stephen Trimble

Em sua apresentação no “Seoul Air Show” na última sexta-feira, 21 de outubro, o consórcio Eurofighter, através da Cassidian (braço de defesa do grupo europeu EADS), exibiu um gráfico fascinante com a sua previsão do mercado de aviões de caça.

Algumas das afirmações são questionáveis, como se poderia esperar de um fabricante. O consórcio Eurofighter, é claro, prevê que o Dassault Rafale não vai vender para os Emirados Árabes Unidos e para a Índia (programa MMRCA). Nos livros de história de 2017, a linha de produção do Boeing F/A – 18 E/F Super Hornet se juntaria às linhas de produção do Lockheed F-22 e do Boeing F-15.  Outra curiosidade é que o consórcio Eurofighter aceita que todas as 3.100 unidades do F-35 serão compradas e entregues, ainda que a linha do gráfico mostre o fechamento da linha de produção em 2030.

Mas o mais fascinante de tudo é o que a empresa imagina que aconteça com o Brasil e a Turquia. Os dois países uniriam forças para introduzir um novo caça em 2025, fazendo parte de uma crescente lista de jatos projetados em seus respectivos países: China, Índia, Japão e Coréia do Sul.

Uma previsão como essa pode ter chocado os sul-coreanos. A Coreia do Sul conta com a adesão da Turquia em seu projeto KF-X . Os turcos contribuiriam com 20% dos custos de desenvolvimento, enquanto a Indonésiaparticiparia com outros 40% dos custos do projeto.

Tanto o Brasil quanto a Turquia têm expressado um grande desejo de se libertarem da dependência de fornecedores estrangeiros de aeronaves de combate, mas não se estava ciente da possível existência de um programa comum. Se o Brasil e a Turquia desejam mesmo introduzir um novo projeto de aeronave de combate em 2025, provavelmente esse trabalho precise começar nos próximos anos.

FONTE/FOTO: Flightglobal.com (tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo)

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Corsario137

Maoe???? Isso é pegadinha do malandro, só pode! Lembro ainda de anos atrás o Brasil assinando acordo com a Rússia para participar no PAK-FA. Taí a história para mostrar o quanto foi a nossa participação no projeto… Turquia? Isso é a típica visão G20 de se aliar aos fracos, do novo triunfo do terceiro mundo, do sabor ideológico e utópico da nova onda, dos Brics, a revolução dos oprimidos… Prefiro a farsa da parceria estratégica com a França. Se é para nos aliarmos a algum projeto que seja ao F35 americano ou diretamente aos coreanos e aos japoneses. Com todo… Read more »

Nick

caro Corsario1337,

Eu já penso diferente. Totalmente favorável para que se acordo saia e tenhamos em 2025, um caça de 5ª geração desenvolvido em parceria com a Turquia. E a EADS, pode muito bem fornecer os sistemas mais críticos como o radar AESA, Motores EJ-220, e os Sistema de Contra-medidas eletrônico. Todos derivados dos instalados no Typhoon, mas, em uma célula de 5ª geração com assinatura Radar e IR menores.

Vamos pensar grande para variar 🙂

[]’s

Corsario137

Caro Nick, Respeito e admiro o seu otimismo. Agora eu te pergunto: Se não vamos fabricar o motor nem o radar e muito menos as contra-medidas, vamos fabricar o que? Célula? Integração? Uma das razões mais críticas para uma nação partir para uma “produção independente” é justamente isso, independência. Fabricar uma caça em que tudo que é mais crítico é comprado no exterior, além de não trazer independência também não traz “valor” a indústria. Imagine o custo unitário de um caça que será produzido apenas para Brasil e Turquia! Ah sim, poderíamos vendê-lo ao exterior mas não podemos colocar isso… Read more »

Baschera

Por isto que eu sempre repito que este negócio de ToT é só para inglês ver ..e ler… ou seja, inócuo !! É claro que existem aí algumas poucas excessões….. mas no geral o que diz que o vetor é realmente seu são turbinas e sistemas e ao menos alguns armamentos mas tecnológicos. “Lataria” ou fuselagem é ao menos discutível….. veja-se o caso do Gripen e do próprio F-35, cujas partes são feitas em outros países, a própria Turquia faz parte do da fuselagem do F-35 e inclusive no Brasil também se fabrica, no caso do Gripen (Akaer). Acho que… Read more »

Nick

Caro Corsario137,

Devo estar sendo extremamente otimista, dado as últimas notícias, e a novela infindável do fx-2. Mas…

Um caça de 5ª geração, com DNA da Embraer nele….acho que é um sonho. 🙂 Tudo bem que muito dos componentes seriam de fornecedores multinacionais. Mas se tudo fosse feito da maneira certa, poderiam ser nacionalizados, pelo menos em parte.

De qualquer forma, seria fantástico estarmos saindo das prateleiras americanas, russas, francesas ou chinesas 🙂

[]’s

Tadeu Mendes

A participacao da Turquia no F-35 e para ingles ver…nao significa nada. As declaracoes do Ministro Amorin so podem significar das duas a uma: ou ele esta sendo um diplomata, ou ele nao sabe absolutamente anda do que esta falando. Nao minha opniao, o Ministro Amorin e mais um outro ignorante em termos de Defesa, de Ciencia e Tecnologia, como tambem e outro alinhado a visao retrograda pro-terceiro mundista, dentro de uma ministerio que corresponde ou a militares de alto nivel academico, a civis da area de tecnologia ou civis experts em geopolitica. Estou de acordo a avaliacao do Corsario137… Read more »

edcreek

Ola,

Esses Ingleses sao uns comediantes, se eles nao acreditarem no Thypoon vencendo na India que vai acreditar os Franceses? kkkkk

Sem falar no pior, o cego( Brasil) ajudando o surdo (Turquia) a andar no meio do transito, agora falta o mudo( quem sabe a Indonesia, para completar os paises com pouca tecnologia disponivel sobre isso) e o bobo(populacao pra acrediitar nisso).

Eu nao!!!!!!piada!!!!

Ivan

Mossieur Edcreek, É sempre instigante discordar do amigo, mas é melhor quando é possível concordar. Desta vez (23 de outubro de 2011 às 6:19), concordo com o cego conduzindo o surdo a procura do mudo… he he he. Por esta razão, entre outras, que acredito que a melhor parceria apresenta ao Brasil para desenvolvimento de caças nacionais é a Suécia. Um país que tem muito a oferecer em termos de tecnologia e que não possue pretensões mundiais de projeção de poder. Ou seja, nos daria o que precisamos e não iria disputar espaço conosco no mundo, pelo contrário. O governo… Read more »

Tadeu Mendes

Prezado Edcreek,

Essa do cego e surdo foi genial. kkkkkkkkkkkkkk……

Tadeu Mendes

Prezado Ivan,

E o recheio (avionicos e software) dos jatos suecos, de onde vem???? USA??? Presumo.

E o turbofan tambem nao vem dos Estados Unidos (GE)??

Entre ficar amarrado a Suecia ou amarrado aos EUA, a qual dos dois voce prefere???

Sera que o amigo concorda comigo, em que o gap tecnologico/belico entre um Super Hornet e um Gripen, e diretamente proporcional a um 737-800 e um 787 Dreamliner? Rsrsrss.

Vader

Corsario137 disse: 22 de outubro de 2011 às 12:59 Disse tudo. Mais fácil é o Brasil construir seu caça sozinho do que a Turquia. ________________ edcreek disse: 23 de outubro de 2011 às 6:19 Nada como um dia atrás do outro, rsrs. Dessa vez sou obrigado a concordar com o amigo. ________________ A verdade senhores, é que temos sim como construir um caça nacional, ao menos em parte. Temos indústria suficiente para isso. Os problemas são apenas dois: custo e tempo. Para que uma empresa como a Embraer irá se arriscar ao alto custo de se projetar um caça, se… Read more »