França interromperá produção do Rafale sem pedidos estrangeiros

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O ministro francês da Defesa, Gérard Longuet, afirmou nesta quarta-feira que a produção do caça Rafale será interrompida caso não sejam feitos pedidos estrangeiros, mas explicou que a manutenção das aeronaves está garantida.

“Se a Dassault não vender nenhum Rafale no exterior, a linha de produção será interrompida, depois que a França receber as 180 aeronaves que ordenou”, declarou Longuet. “Naturalmente a manutenção das aeronaves será mantida”, completou.

Ao ser questionado sobre os motivos da Dassault não conseguir vender o caça no exterior, Longuet disse que o Rafale é mais caro que o americano F/A-18 Super Hornet. “Quando nós encomendamos 200 Rafale, os americanos produzem 3.000 aeronaves”, disse.

FONTE: AFP (Pierre Verdy) via Yahoo

NOTA DO EDITOR:clique nos links a seguir para entender o processo de reestruturação da Força Aérea Francesa, no qual a introdução do Rafale como substituto de diversas aeronaves (o que inclui também os Super Etendards da Marinha Francesa) é um dos grandes eixos condutores, e como o limite de 180 aeronaves para a França poderia afetar esses planos.

O número de 180 aeronaves citado na matéria da AFP / Yahoo deve levar em conta a encomenda de 60 aeronaves realizada em 2009, que somada às anteriores dava 180 caças – encomenda que foi objeto da matéria “Rafale na França: 60 para a Marinha e a Força Aérea“. O leitor Justin Case gentilmente nos trouxe link para nova matéria, publicada pelo jornal francês “Le Point” com informações da AFP (clique aqui para acessar), em que o ministro da Defesa da França diz que “mesmo que a Dassault não venda o Rafale a clientes estrangeiros, a produção destinada às forças armadas francesas não deve parar antes de 2030. As entregas para as forças armadas continuarão, substancialmente, para além de 2020. Enquanto isso, a aeronave passará por atualizações entre 2020 e 2030”.

Como já mostramos em outra  matéria anterior (‘Hi-lo mix’ à francesa), ao menos para os próximos anos a estratégia da Força Aérea Francesa é manter uma força de 300 aeronaves de combate polivalentes, dos tipos Mirage 2000 D e Rafale, com a capacidade de deslocar 70 deles a 7.000 km de distância em caso de conflitos de maior intensidade – isso já levaria em conta a gradual retirada de serviço de outras versões do Mirage 2000 (M2000-5, M2000C e M2000N) e entrega de exemplares do Rafale para substituí-los, fazendo com que por talvez mais uma década a Força Aérea Francesa seja composta por um “mix” de Rafale e Mirage 2000D (que é a versão do M2000 especializada em ataque terrestre).

Mais para a frente, com a baixa do Mirage 2000D, esse número total de 300 aviões de combate seria idealmente diminuído para uma frota de 234 caças de um só tipo, o Rafale (isso só para a Força Aérea, aos quais se somariam outros 60 da Marinha), conforme o planejamento original. Mas uma eventual finalização da produção nas 180 unidades encomendadas até o momento talvez torne necessário reduzir ainda mais. Praticamente, das 300 aeronaves de combate que a Força Aérea Francesa planeja manter nos próximos anos, e descontados dos 180 Rafale encomendados os caças da Marinha Francesa,  apenas metade (150) estaria na dotação quando da baixa dos Mirage 2000D e a padronização com o Rafale, caso as encomendas totais até o momento não recebam acréscimo.

Mas, evidentemente, um grande sucesso de exportação (como pode vir a ser o programa indiano MMRCA) daria um grande fôlego para se evitar o prognóstico pessimista que o ministro da Defesa da França teria feito, antes das retificações mostradas na matéria mais recente.

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Antonio M

Nada com um choque de realidade …..

Antonio M

E se por acaso precisarem repor Rafales que venham a ser perdidos, eles podem comprar alguns Eurofighters, não é mesmo ?!?!? rsrsrssrsr!!!!!

Nick

Notícia ruim.. muito ruim mesmo.

Hmmm.. eles já tem cerca de 80 Rafales entregues, restando portanto mais 100.
À uma taxa mínima de 11/ano até 2021 eles garantem. Depois é cada um por si.

Mas a afirmação acima acaba com os planos de 286 aeronaves planejadas. Isso só será atingido com exportações….

[]’s

Justin Case

Amigos, Pelo que li, ele não citou 180 aviões. Isso só apareceu na tradução, com as aspas colocadas erroneamente.. Ele havia dito “após receber os aviões encomendados”. Eu achei que cometeu erro, pois a França irá necessitar de todos os aviões programados. Em todo caso, já apareceu notícia com os esclarecimentos devidos. http://www.lepoint.fr/societe/longuet-la-production-de-rafale-ne-s-arretera-pas-avant-l-horizon-2030-07-12-2011-1404854_23.php Longuet: la production de Rafale “ne s’arrêtera pas avant l’horizon 2030” – Publié le 07/12/2011 à 16:13 – Modifié le 07/12/2011 à 16:14 Questionné sur les raisons pour lesquelles Dassault ne parvenait pas à vendre le Rafale à l’étranger, le ministre a souligné que cet appareil “était… Read more »

Antonio M

Apenas acho que eventuais exportações não bastam para justificar a manutenção da fabicação e upgrades, vai depender da quantidade senão permanecerão insistindo no maior erro/problema, a baixa escala.

E para ratificar, como artigo já fala das exportações para justificar sua produção e não somente com encomendas internas, o F35 e Eurofhigter já foram exportados, seja por causa do consórcio ou não, aliás o grande erro da França, ter abandonado o consórcio do Eurofighter onde poderiam estar colhendo melhores resultados.

Alfredo Araujo

Acho q para uma aeronave que ainda participa de licitações internacionais, esse tipo de comentário não ajuda em nada… ao contrário, apenas atrapalha.
Que pais (SÉRIO) gostaria de ter em mãos um vetor em vias de ser descontinuado ?

antonio_nunesneto

E como fica a situação da FAB? Isso que me interessa saber. Esse artigo dá algumas sinalizações claras: 1) o Rafale é caro mesmo pra França. Ainda que se produzam as 294 unidades originais, sem contratos de exportação realmente grandes (o do Brasil é de apenas 36 unidades), os custos ficam insuportáveis. 2) Se o Governo impuser o Rafale pra FAB, esta vai ser estorquida pela Dassault pelos próximos 30 anos. 3) O custo de se operar e manter o Rafale vai levar ao direcionamento de recursos de outros programas da FAB para sustentá-lo. Um desastre! 4) Em torno de… Read more »

antonio_nunesneto

Essa notícia já está se espalhando feito pólvora na net.

Clésio Luiz

A década de 90 ficará na história como o fim da farra dos fabricantes de caças. Todos os países produtores reduziram suas encomendas e as fusões na beirada de falências ocorreram por todo canto. Alguns países, como a França e a Grã Bretanha já tinham enxugado o excesso de fabricantes, e outros como a Suécia, que operava mais de 600 caças na década de 60, tiveram que apertar o cinto drasticamente. A Dassault, se quiser se manter de pé pelas próximas décadas, precisa procurar outros mercados urgentemente, mesmo que seja fora do mercado de aviação, como fizeram a Northrop e… Read more »

Invincible

Olha! Isso pode ser uma grande pressão do Governo Francês sobre a Dassault. A empresa tem que voltar para o mundo real. Parar de achar que o Rafale é um avião de 8ª geração e que tem super poderes. É um avião bom em pé de igualdade com seus concorrentes. Eles construíram o Mirage que foi um grande sucesso e simplesmente esqueceram de associar a imagem do Rafale como o futuro novo sucesso. Pois bem! – É um avião com um concorrente direto (Eurofigther) que é uma solução de vários vizinhos importante. – É um avião com outro concorrente forte… Read more »

Grifo

Senhores, um filho de 152 milhões de euros nem o próprio pai consegue sustentar. O fracasso do Rafale colocou a Armée de l’Air em uma situação crítica. A previsão atual é que, com a retirada dos Mirage 2000C e 2000N , a AdlA tenha somente 160 aviões de combate em operação em 2020, sendo 120 Rafale e 40 Mirage 2000D. Muito pouco se lembrarmos por exemplo que a Arábia Saudita terá nesta altura 280 aviões de combate entre Typhoon e F-15. Este número deve aumentar para perto de 200 aviões em 2025, e este deve ser o máximo que a… Read more »

Grifo

Senhores, para completar, quem se interessa pelo futuro da aviação de combate da AdlA vai gostar de ler o breve relatório apresentado no mês passado no Senado francês:

http://www.senat.fr/basile/visio.do?id=d135922-71718_14&idtable=d135922-71718_14|d135922-71701_7|d45148320111128_23|d135922-71720_27|d135922-71788_8|d135922-71715_8|d45148320111129_9&_c=rafale&rch=ds&de=20101207&au=20111207&dp=1+an&radio=dp&aff=35922&tri=p&off=0&afd=ppr&afd=ppl&afd=pjl&afd=cvn

Nick

Caro Grifo,

Não sei ler francês, tem como dar um “resumão”?? 🙂

Mas pelo gráfico, deu para entender que eles terão 150 Rafales e uns 40 M-2000D? Isso em 2025?!?!? Ou seja terão os 286 Rafales somente se aumentarem tremendamente a cadência de produção, o que convenhamos em tempos de crise e falência da Europa me parece difícil.

[]’s

Nick

Só complementando: O futuro da Dassault me parece nebuloso, eu diria que logo, logo vai fazer parte de uma EADS, ou outro conglomerado.

[]’s

Grifo

Mas pelo gráfico, deu para entender que eles terão 150 Rafales e uns 40 M-2000D? Isso em 2025?!?!?

Caro Nick, o “resumão” está no meu comentário acima.

É isto mesmo, lembrando que este gráfico diz respeito somente à AdlA, ainda tem a Marine Nationale.

Marcelo

150 Rafales + 40 M2000? Ainda assim é mais que a Força Aérea Sueca que vai reduzir a frota de Gripens para 100…a crise está pegando para todo mundo. Comparar com a Arábia Saudita chega a ser covardia, uma vez que estão sentados em cima de petróleo…

antonio_nunesneto

Já foram produzidos e entregues 80 Rafales, certo?

Quantos desses possuem radar AESA? Nenhum

São todos do bloco F1 e F2, com bem menos capacidades de combate. Os da Marinha Francesa têm que se valer dos Super Entendard para iluminar os alvos que vai atacar.

A situação do Rafale é ainda mais problemática quando se vê que este avião ainda está em DESENVOLVIMENTO.

Apesar do esforço francês na Líbia no sentido de provar suas funcionalidades possam iludir a maioria, o fato é que a Dassault não tem ainda um produto pronto, como o Super Hornet.

Observador

Fracassé.

Traduzindo do francês: esmagado.

O Rafale foi esmagado pelos custos, pela concorrência, pela crise econômica…

Como disse antes em outro post, a crise vai prejudicar todos estes caças, que ainda terão que enfrentar a concorrência proporcionada pelas vendas de aviões usados, pois tem muito país que terá que vender o que tem porque não há mais condições de mantê-los voando.

Logo, logo, o que vai ter de F-16, Gripen, Tornado, AMX, F-5 e Mirage à venda, não está no gibi.

Antonio M

E sinceramente, essa de um único caça fazer tudo acho muito questionável. Óbvio que o multi-tarefa já é um conceito consolidado mas, nas FAs pelo mundo vemos a China que apesar de investir pesado, ainda mantém o Fantan como avião de ataque, muito parecido com o AMX e a guerra na Líbia mostrou a necessidade de se manter aviões menos onerosos: http://www.aereo.jor.br/2011/11/11/o-retorno-do-amx/ Imaginem o Brasil operando o Rafale (ou congênere) a 26000 dólares a hora/vôo em missões onde o Super Tucano cumpre com eficiÊncia com um valor muito abaixo. Ou missões de reconhecimento onde o AMX e Gripen o fizeram… Read more »

Ivan

Antônio M,

“…essa de um único caça fazer tudo acho muito questionável.”

A idéia do caça Multi-TUDO é interessante mais totalmente inviável quando olhamos pela perspectiva do custo/benefício.

Ser multirole (ou omnirole) é importante para um caça moderno, mas esperar que um caça tenha um desempenho adequado à missão de superioridade aérea e um custo razoável para apoio aéreo aproximado é esperar demais.

Sds,
Ivan.

Justin Case

antonio_nunesneto disse: 7 de dezembro de 2011 às 17:39 Nunes, boa noite. Quanto à quantidade de aeronaves Rafale fabricadas, às versões em operação e às capacidades bélicas, você demonstra estar completamente desinformado. Não há mal nenhum disso, desde que você não use esses dados para buscar conclusões ou influenciar outros colegas que não têm tempo para se aprofundar no assunto. Sobre a opção de se pagar mais para comprar o produto nacional (ou para buscar essa capacidade, no futuro), o Brasil já se definiu sobre o assunto neste ano. Nesse pacote de medidas de incentivo à indústria de defesa, o… Read more »

Renato Oliveira

Adeus, le jakê. Já vai tarde. Estava em coma, estão querendo desligar os aparelhos. Agora a Dassault depende dos EAU e principalmente da Índia. Se o EF2000 ganhar na Índia, os EAU provavelmente vão de carona, e aí os 36 do Brasil não fariam a menor diferença. Já o Gripen E/F está com o nascimento garantido, graças à Suíça. O que só faz dele uma opção ainda mais atraente que já era. Idem ao SH, que continua sendo a melhor opção ‘de prateleira’ para nós. Vejam bem, rafaletes, afirmo mais uma vez: nunca disse que a jaca é uma aeronave… Read more »

Vader
Edgar

Tradução googliana do link do Grifo, no que se refere ao Rafale: Questões industriais e econômicas ” Nos próximos anos, as reduções financeiras no Departamento de Defesa, a grande lacuna entre a produção Rafale, o financiamento para o desenvolvimento de novas funcionalidades e um possível fracasso das exportações para os Emirados Árabes Unidos > vai colocar o industrial nacional grande dificuldade. Eles provavelmente serão incapazes de manter todo o conhecimento atualmente realizada em seus escritórios de design por causa do trabalho. A renovação do Mirage 2000D oferece indústria francesa a oportunidade de passar por esta dificuldade em manter o desenvolvimento… Read more »

Almeida

Melhor que coisa que a França pode fazer mesmo é parar a produção dos Rafale nos 180 e partir pro nEUROn pra substituir os Mirage 2000D na missão de interdição e ataque em profundidade.

Mark my words, eles estão seriamente indo nesse caminho.

Adieu Rafale! Vive le nEUROn!

Edgar

Acho que depois dessas declarações, finalmente o Vader terá “amigos” de opinião dentro da própria França hehehe

Almeida

*Melhor coisa que a França…

Justin Case

Amigos, Quem quiser ouvir a entrevista do Ministro da Defesa da França pode acessar este link: http://www.lcp.fr/emissions/questions-d-info/vod/20874-gerard-longuet-ministre-de-la-defense/gerard-longuet O assunto é tratado (no “timeline”) no tempo 38min40seg. Há que se entender o contexto. Eu não tenho intimidade com a língua francesa, mas entendi assim alguns trechos mais polêmicos: 1. Uma das convidadas comenta o fato de que o Governo avançou suas encomendas, em relação ao que estava previsto, para manter a cadência de produção, na falta de contratos de exportação. Ela perguntou se, isso iria ocorrer eternamente (o governo francês aumentar suas compras para cobrir a falta de contratos de exportação).… Read more »

Vader

Esta entrou para os “Rafanais”:

“Quando nós encomendamos 200 Rafale, os americanos PRODUZEM 3.000 aeronaves”

Ah vá? Jura, Longuet? 🙂

Caras, isso foi lindo, rsrsrsrs…

E ainda querem comparar essa “coisa” com o Super Hornet…

Guilherme Poggio

Sinto desapontar os mais pessimistas, mas a linha de montagem do Rafale permanecerá aberta mais alguns anos, só que lá na Índia, onde ele deve ganhar o MMRCA.

Justin Case

Vader,

Quem sabe ele não quis dizer que 200 Rafales fazem o mesmo que 3000 aviões como o Super Hornet?
Ou confirmar que, quanto melhor o avião, menos são necessários?
Não precisamos apelar, não é?
Tenho certeza que você entendeu o conceito de custo associado à escala de produção.
Isso não tem nada a ver com “coisa” ou qualidade,
Todos aqui fomos massacrados incessantemente com os comentários do ZE sobre escala de produção.

Justin

antonio_nunesneto

Prezado Justin, boa noite.

A arrogância com a qual você desqualificou meu comentário só não foi pior que sua não explicação do conteúdo dele.

Onde está a desinformação, exatamente?

Mais educação, por favor.

Justin Case

Nunão, boa noite. Como sempre, muito pertinentes os seus comentários. Quanto à programação das despesas, ouso adicionar que, como em toda proposta de orçamento, tenta-se defender que seja cumprido o planejamento. Entendi que a demora nas exportações do Rafale fez com que o governo francês tivesse que encomendar Rafale adicionais para manter adequada cadência de produção. Como esse dinheiro tinha que sair de algum lugar, resultou nas pressões para adiar a modernização dos Mirage. Essa é uma tentativa de que os recursos para esse projeto não sejam reduzidos. Por isso enfatizam a necessidade de dar seguimento ao projeto, conforme planejado.… Read more »

Grifo

Complementando os links e a tradução do Edgar, o Mirage 2000D foi a última versão produzida da família M2000 para o Armée de l’air, se não me engano a maioria é dos anos 90 e estão na meia vida. Caro Nunão, como você menciona os Mirage 2000D são relativamente novos, mas necessitam urgentemente de uma modernização para que possam fazer o papel polivalente que a estratégia francesa espera, porque hoje as suas capacidades ar-ar são extremamente limitadas. Mal comparando, o Mirage 2000D é o Tornado IDS francês, um avião de ataque para cenários de alta intensidade e bastante bom nisso.… Read more »

Grifo

Onde está a desinformação, exatamente? Caro antonio_nunesneto, você não está muito longe da verdade. Foram produzidos até hoje em torno de 100 Rafale, mas em operação existem em torno de 80 devido a 10 Rafale padrão F1 da Marine Nationale estarem estocados e a duas perdas por acidente. Como você corretamente disse, o Rafale realmente não tem radar AESA, e a previsão para ele receber um muda todo ano. Os que estão operacionais foram todos modernizados para o padrão F3. Note que a versão chamada F3 não tem radar AESA nem o novo motor ECO nem mais uma série de… Read more »

Ivan

Grifo e Nunão, Penso que um upgrade do Mirage 2000D seria para melhorar a missão que já realiza (intedição) e aprimorar outras missões ar-terra (apoio aéreo aproximada e reconhecimento tático). Aplicar capacidade ar-ar mais significativa nestes Mirage bipostos é perda de tempo, dinheiro e propósito. Estes últimos Mirage da Armé de L’Air podem ser excelentes carregadores de piano nas futuras missões de apoio aéreo que franceses deverão participar no norte da África e/ou no Oriente Médio. Mais simples e mais barato de operar que os Rafale, são prováveis substitutos dos Mirage F-1 que, discretamente, lutaram até os dias de hoje… Read more »

DrCockroach

Gostei dos comentarios dos colegas, mas o do Clesio chamou minha atencao.

Acredito ainda que se nao fosse estas relacoes nebulosas entre algumas destas empresas de armamentos com politicos (e, as vezes, alguns militares) tanta insanidade em termos de valores nao teria acontecido. Mas muitas destas empresas, sabemos, usam como pretexto “soberania”, “empregos” etc p/ realmente obterem lucros via governo. Existe um nome p/ isto: rent-seeking, o que eh diferente do legitimo lobby.

Prezado Grifo, acredito que sejam 3 acidentes.

[]s!

DrCockroach

Olhando o wiki, seriam 4 acidentes se incluirmos um voo de treinamento, o que talvez nao seja justo incluir. Mas apenas p/ descontrair reproduzo aqui um post do DrCockroach do ano passado quando da queda de uma Rafale no Oceano Indico: “Ok, chega de conversa de torcida, vamos agora p/ a parte cientifica. DrCockroach decidiu testar se o Rafale eh jaca mesmo. Infelizmente (ou felizmente) nao eh, nao passou no teste. Vejam: https://i15.photobucket.com/albums/a394/JerseyGirl07081/DSCN6931.jpg Jaca flutua 🙂 ” []s! P.S.: Eh brincadeira p/ descontrair…Nao acho que o Rafale seja uma jaca (financeiramente um mico, eh verdade), e o Drcockroach, um cientista,… Read more »

Ivan

São 3 (três) Eurocanards diferentes: – Typhoon; – Rafale; – Gripen. Cada um com motorização diferente: – 2 (dois) Eurojet EJ200 turbofan com pós combustão; … Dry thrust 13.000 lbf., cada; … Thrust with afterburner 20.000 lbf., cada. – 2 (dois) Snecma M88-2 turbofans com pós combustão; … Dry thrust 11.250 lbf., cada; … Thrust with afterburner 17.000 lbf., cada. – 1 (um) Volvo Aero RM12 (GE F-404) turbofan com pós combustão; … Dry thrust 12.100 lbf.. … Thrust with afterburner 18.100 lbf.. Cada um com radar diferente: – Euroradar CAPTOR; – Thales RBE2; – Ericsson PS-05/A. (Os futuros radares… Read more »

DrCockroach

Prezado Ivan,

Nada como colocar os numeros, os teimosos numeros, p/ nos fazer refletir: excelente post.

Vc exclui, em certa medida, o Gripen do grupo, e concordo. Isto porque parte do Gripen vem de COTS (commercial off-the-shelf) que, por definicao, tem escala.

[]s!

Vader

Justin Case disse: 7 de dezembro de 2011 às 22:28 “Quem sabe ele não quis dizer que 200 Rafales fazem o mesmo que 3000 aviões como o Super Hornet?” Justin, como você sabe, uma boa parte do meu trabalho (lá fora, na “vida real”) é interpretar textos. E nesse caso, não há interpretação conforme que dê jeito. O que ele quis dizer foi exatamente o que ele disse. O que aliás não é novidade alguma para ninguém, mas é bom ver os franceses descerem do salto alto de vez em quando, apenas pra variar. Decadence avec elegance. Quanto ao “coisa”,… Read more »

Nick

Hoje passando pela banca de jornais, havia uma nota na 1ª página do Estadão…. Mais ou menos assim: “FAB faz a França parar de produzir Rafale”.

Acredito que a França poderá ficar nos 180, talvez 200 Rafales. E os complementará com os NeuroN e Heron.

[]’s

DrCockroach

“Is “good enough” the new defense procurement decision-making mantra? Swiss Defense Minister Ueli Maurer is unabashed in acknowledging that the government did not opt for the most capable aircraft when it decided on the Saab Gripen NG over the Dassault Rafale and Eurofighter Typhoon. Instead, it went with the aircraft that met its objectives—and at a cost that leaves money on the table for other defense needs … What is more, the Swiss defense minister says the offers from all three contestants met the government’s requirements in terms performance, industrial participation and 100% contract offsets.” http://www.aviationweek.com/aw/generic/story_channel.jsp?channel=defense&id=news/awst/2011/12/05/AW_12_05_2011_p36-400600.xml&headline=Swiss%20Give%20Saab,%20Gripen%20NG%20A%20Boost&next=10 Ou seja, todos cumprem… Read more »

ricardo_recife

Se fecharem a produção do Rafale vão economizar um bom dinheiro, e quem sabe com o que sobrar eles podem comprar uns Gripen e F-18.

K, k, k, k, k, k, k, k, k, k, k, k, k, k, k, k, k, k, k, k, k, k, k, k, k, k, k, k.

A aposta francesa de comprar 300 Rafales e exportar 400 virou um pesadelo. Foram dois erros tremendos. Parar a produção do Mirage 2000 e largar o projeto Eurofighter.