Futuro da fabricante do Rafale depende de contrato com Brasil, diz Le Monde*

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Dominique Gallois, do Le Monde

A Dassault realmente precisa vender aviões de combate para exportação? A pergunta se coloca depois da decisão do Estado de compensar a ausência de vendas no estrangeiro por uma aceleração de seu programa de compras de Rafales. Ao confirmar a aquisição suplementar de 11 aeronaves de combate até 2013, no valor de 800 milhões de euros, o Ministério da Defesa apenas aplicou os dispositivos previstos na Lei de Programação Militar (LPM) no período 2009-2014, votada há dois anos.

Na época, todos estavam convencidos de que um contrato com o Brasil ou os Emirados Árabes Unidos seria assinado rapidamente, seguido por primeiras entregas que permitiriam adiar a única encomenda do Rafale até hoje, a da França. Prudente, porém, a fabricante de aviões obteria como garantia a de produzir, de qualquer modo, um avião por mês, o mínimo segundo ela para manter suas instalações industriais e seus preços.

Se essa garantia alivia a Dassault, penalizará outras indústrias, pois cai no pior momento deste período de cortes orçamentários. Esses 800 milhões de euros serão acrescentados aos 3,6 bilhões de créditos orçamentários suprimidos em três anos. E o que será na sequência, se nenhum contrato for assinado rapidamente? Pois esse programa de 286 aviões no horizonte de 2021 realizado pela GIE Rafale (Dassault, Thales, Snecma) pesa muito: 40,69 bilhões de euros (142 milhões por aparelho) financiados em 75% por fundos públicos.

Se a Dassault não assinar nenhum acordo, 2010 será seu décimo ano sem contratos no estrangeiro. Os últimos compradores de Mirages 2000 foram a Índia e a Grécia. Apesar de seus desempenho reconhecido, o Rafale não consegue se vender. As explicações dadas pelo fabricante para os contratos perdidos são múltiplas, mas não envolvem jamais o aparelho.

O principal motivo se refere aos mercados visados, que são muitas vezes “territórios de caça” americanos, impossíveis de penetrar, como foi o caso dos Países Baixos em 2001, da Coreia do Sul em 2002 ou de Cingapura em 2005. No caso do contrato com o Marrocos em 2007, derrubado pelos americanos quando o mercado era considerado vencedor, o fracasso é atribuído à desorganização dos serviços do Estado.

O fabricante evoca outro obstáculo: a aplicação da convenção da OCDE, assinada pela França em 2000, que proíbe as comissões. Sem questionar o princípio, ele observa que os concorrentes estrangeiros não têm a mesma obrigação.

Mas se a venda de um avião de combate mobiliza toda uma cadeia de atores, dos políticos aos construtores, é a falta de impulso que vem da chefia do Estado que foi criticada. Desde sua chegada ao poder em 2007, Nicolas Sarkozy estava decidido a se afastar de seu antecessor, Jacques Chirac, cuidando pessoalmente desse caso. Depois do fiasco do Marrocos, uma “sala de guerra” foi constituída no Eliseu para encontrar rapidamente um mercado. A Líbia foi um dos primeiros países abordados. Sem resultado até hoje.

Em 2008, os Emirados Árabes Unidos mostraram interesse pela aquisição de 63 Rafales, com uma condição: a França deveria receber os 60 Mirages 2000 quase novos da força aérea dos Emirados. Desde então as discussões se chocam com um nível de exigência elevado, referente ao fornecimento de um motor mais possante e à instalação de um radar muito sofisticado. As negociações não seriam retomadas depois do Ramadã. Elas são impedidas pelo custo de centenas de milhões que o Estado francês teria de suportar ao retomar os Mirages e modernizar os Rafales.

Pelo lado francês, outro motivo é dado para explicar as tensões com os Emirados. A irritação teria ocorrido depois da publicação em 26 de junho no jornal “Le Figaro”, de Serge Dassault, de um artigo evocando a compra de material de segurança israelense pelos Emirados. Outro suposto grão de areia foi uma entrevista dada pelo general de divisão aérea Alain Silvy a um número especial da revista “Défense & Sécurité Internationale” em agosto. Nela, o militar cita em detalhes a negociação, mas sem revelar segredos.

Quanto ao contrato com o Brasil, dado por consumado há um ano para 36 Rafales, o caso se arrasta. A resposta virá até dezembro, pois Lula deve decidir antes de sua partida da Presidência brasileira, em janeiro, sobre a abertura ou não de negociações exclusivas com os franceses.

“Foi Nicolas Sarkozy quem vendeu o Rafale”, afirmou o patrão da Dassault Aviation, Charles Edelstenne, em setembro de 2009, deixando entender que a bola estava no campo dos políticos.

Os outros mercados são raros. Se a Suíça decidiu adiar uma licitação por motivos orçamentários, restam ainda o Kuwait e a Índia, mas a concorrência se anuncia severa. Daí a importância para a Dassault, nesse contexto, de manter suas vendas na França.

Enquanto isso, caso se limite ao mercado nacional, a fabricante de aviões corre o risco de não entrar na corrida para a futura geração de aviões de combate sem piloto. Seria um grave revés para um grupo cujos aviões (Mirage, Jaguar, AlphaJet) foram amplamente exportados no passado, assim como seus aviões comerciais hoje.

A prioridade é portanto contar com cooperações europeias, tirando lições dos erros dos anos 80. À falta de entendimento sobre um programa comum e sobretudo sobre o grupo mestre-de-obras, dois aviões de combate fazem concorrência: o Rafale e o Eurofighter, ao qual se acrescenta o Gripen sueco. Para grande satisfação dos americanos.

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves /

FONTE: UOL economia – notícias   FOTOS: Armée de l’air

COLABORARAM: Drcockroach e ZE

*NOTA DO BLOG: a matéria está disponível no site do Le Monde apenas para assinantes pagos. Porém, pode-se ler no link o título original da matéria, que é: “Un nouvel échec à l’export du Rafale hypothèquerait son avenir”. Traduzido, o significado é “Um outro revés na exportação do Rafale hipotecará seu futuro”. Assim, a referência específica ao Brasil está apenas no título da matéria traduzida para o português, disponibilizada no Uol e reproduzida aqui. Já o título original trata da questão das exportações como um todo, e não somente o caso brasileiro.

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Craveiro

Pois é, o artigo corrobora muito do que já foi escrito aqui, sobre as quantidades a serem adquiridas, amortização do projeto etc

DALMEIDA

Belissima a primeira foto. Muito bonita mesmo. Impresiona. Muito dificil o Rafale vingar, a França fez uma aposta e não vingou. Sem escala, ninguem se arisca.
Se não fosse uma questão de segurança nacional francesa, acredito eu, o governo já tinha pulado dessa canoa furada faz tempo.
Tudo na França é muito caro, tudo mesmo. Um absurdo a carestia por lá.

Nick

Reproduzo o comentário que fiz de manhã no PB sobre o mesmo tema : “Será que é tão difícil olhar para o caça em SI? Eles (os franceses) desenvolveram uma bela máquina, mas muito mal posicionada em termos de marketing. Não adianta culpar a influência americana ou russa, se eles tivessem uma excelente máquina que oferecesse um ótimo custo-benefício acima dos americanos ou russos, eles teriam vendido a tempos. O problema é o produto. Caro e obsoleto ao mesmo tempo. Não disputa o High-End que será dominado pelo F-35/PAKFA, nem o Low-End, que tem o Gripen/F-16/J-10/MIg-35 como principais caças nesse… Read more »

Flick

Puseram mais fungos que o necessário no queijo….

Vive la France..!

Apollo2010BR

O nosso futuro nao depende da dassault.

Que nossos politicos tenham a capacidade de escolher o melhor para o BRASIL, para a FAB e para a INDUSTRIA brasileira!

Abraços

Marcos

Acho q nessa o Rafale foi abatido mesmo!!

Rodrigo

Estou quase com dó dos franceses…

😀 😀 😀 😀 😀 😀 😀 😀

Esperar aqui alguma coisa este ano ainda é não conhecer o Brasil.

A Dassault deve estar acompanhando mais as pesquisas que os candidatos.

luiz otavio

a primeira foto é maravilhosa, pena que o jato é caro, pois é bom.
na primeira foto percebe-se a boca do canhão (abaixo da raiz da asa direita) que o Baschera mencionou há uns dias, é o mais poderoso de um caça (menos o do A10). esta primeira foto me deu medo, que encarada.

Justin Case

Aos editores,

Parabéns pela nota com a correção da manchete publicada pela Folha.
Com certeza atitudes come essa contribuem muito para a credibilidade do Aéreo e para a informação dos leitores.
Abraço,

Justin

“Justin Case supports Rafale”

Fernando "Nunão" De Martini

“Justin Case em 14/10/2010 às 15:24” Justin, parabéns também por ter se atentado a esse detalhe. E pelo que vi há pouco, checando comentários anteriores, você atentou antes mesmo da gente colocar a matéria no ar. Depois de escrever a nota e então liberar a matéria deixada nos rascunhos pelo Vader, vi que havia um comentário seu, em outro post, no mesmo sentido. Sempre que uma matéria original é acessível (mesmo que em parte, como nesse caso, devido a ser conteúdo para assinantes do Le Monde), a gente costuma ter esse cuidado de checar a fonte original de algo que… Read more »

marujo

Dependendo de qual for o governo eleito, acabou-se qualquer F, quaisquer aquisições significativas no campo da defesa. Quanto ao Rafale, o comentário do Nick é perfeito. É um avião caro de adquirir e manter, emboara possa estar alguns pontos acima de seus concorrentes.

Mad_Max

A verdade é que é um caça muito bonito, pena ter virado uma jaca-na-chon.

tonyrs

Espero quem não paguemos o preço pelo erro dos franceses.

Vader

A notícia apenas confirma alguns fatos que todo mundo já sabia. 1. O preço do Rafale é mesmo de 142,3 milhões de euros a peça limpa. Não há mais como negar isso. Além do relatório do TC Francês, temos agora o Le Monde confirmando. O que mais é preciso pros rafanáticos se convencerem? 🙂 A máscara caiu. Qualquer coisa abaixo disso e o Estado Francês estará subsidiando a compra de aeronaves. Faria isso pros “parceiros estratégicos” num momento de baixíssima popularidade do governante? É de se duvidar. Ainda que haja o tão propalado desconto de 19,6% para fins de exportação… Read more »

Yluss

Lamentavelmente para os franceses fica claro o preço que está sendo pago, e que possivelmente ainda aumentará, por terem decidido competir com o modelo do consórcio Eurofighter. Cabe a cada estado decidir os risco que pode e deve correr e entendo que a França paga pela escolha que fez.

Como disse o Apollo2010BR, o assunto que assusta o francês não deveria estar relacionado ao nosso FX-2, que torço eu, será devidamente encaminhado para um FX-3 em breve, e sem o Rafale no short-list 😉

Gbeck

Meu Deus !! Vader, será que só nós lemos as tuas “contas de padaria” ?? Hehehehe

Rodrigo

Vader disse:
14 de outubro de 2010 às 15:31

Ainda falta cair a máscara do custo de operação…

😉

Gbeck

Pois é Rodrigo… e aos custos de manutenção também…mais dois fatores, e estes nem entraram nas “continhas” do Vader.. hehehehe

proside

Um belo vetor. Se tivesse avionica igual ou um pouco inferior a de um f-35 valeria tudo isso que é cobrado.

Justin Case

Amigos, Já postei antes um comentário, mas é importante confirmar: O valor citado de 800 milhões de euros é sim para adquirir 11 aeronaves adicionais (até 2013), de modo a manter a cadência mínima de 11 aeronaves por ano. O custo de produção unitário para os franceses, já acrescido dos impostos, é 800 milhões divididos por 11. Para quem quiser se aprofundar sobre os motivos da antecipação de compra pelo Estado Francês, transcrevo o artigo do Les Echos, em 17 de setembro: “Rafale : l’absence de contrat à l’étranger va coûter 800 millions d’euros au budget de l’Etat vendredi 17… Read more »

Crusader

Vader disse:
14 de outubro de 2010 às 15:31

Nossa, para cada 1 Rafale tem como comprar 2 Su-35… Isso é extremamente estranho (lol)…
Vendo essas contas, das duas uma:

1) Ou o Jobim vê algo “poderoso” no Rafale que ninguém mais encherga…

2) Ou Jobim é um jumento que dispensou um caça maravilhoso em troca de um que nem é tão bom e tem custos titânicos.

E pensar que eu já torci freneticamente pelo Rafale… :[

Rodrigo

Justin Case disse: 14 de outubro de 2010 às 15:49 Mesmo que a sua afirmação fosse real. Fazendo as continhas e dividindo EUR 800.000.000 por 11, não custa os 64 milhões de euros que os fontados brasilianos afirmam, sai bem mais 😉 Isto é mais um aditivo de contrato que uma compra fechada. O Governo francês ainda não quitou o Rafale. Mesmo que não houvessem mais encomendas ainda ia continuar pagando o avião por algum tempo. O nome disto é financiamento. Ao aumentar em mais 800 milhões de euros, simplesmente garantem parte da compra de material para mais unidades. Entendeu… Read more »

Rodrigo

Crusader disse:
14 de outubro de 2010 às 15:55

O NJ fez pior, dispensou o F35.

Este papo de Flanker e PAKFA vem de outro “especialista em aviação”, chamado Mangabeira Unger.

Vader

Justin Case disse:
14 de outubro de 2010 às 15:49

Justin, traduz aí e posta parceiro. 😉 Porque só postar na “concorrência”? 🙂

Ah sim, esqueci o link importante, para quem ainda não viu:

http://www.ccomptes.fr/fr/CC/documents/RPA/1_conduite-des-programmes-armement.pdf

(quadros a páginas 18 e 36)

Pro preço do Rafale cair, ele precisava ter escala, e não SUBSÍDIO. Não adianta o governo francês ficar metendo mais dinheiro nele, ele precisava vender. E infelizmente não é isso que acontece.

Sds.

ZE

Senhores, em julho de 2000, foi entregue o 1º Rafale para as Forças Armadas Francesas, isto é, há mais de 10 anos atrás !!!!!!! Exportação que é bom…..NADA !!!!!!! PS: Esquecemos de comprar o bolo para comemorar a referida data ! Como já falado: é caíssimo para se comprar; Peças de manutenção são caras e erráticas; Não tem ESCALA; Está sangrando o Orçamento Militar Francês; Perdeu TODAS as competições que entrou até hoje. Agora, estão INVENTADO DESCULPAS para o fracasso retumbante do projeto, pois a culpa NUNCA É DO RAFALE, E SIM DOS COMPRADORES !!!!!!!!!!!!! Às vezes, a culpa é… Read more »

Justin Case

Rodrigo, É claro que o Governo francês “quitou” ou Rafale. Ou você crê que existem empresas que trabalham “no vermelho” por décadas. Ah!. Do preço, você esqueceu de retirar os impostos que não incidem na exportação. Vader, Não entendi o que você quis dizer com “postar na concorrência”? O que é concorrência? Existe isso? :;) Infelizmente, ainda não tenho blog. Eu faço comentários e, às vezes, envio alguma colaboração para os editores. Quanto a traduzir, quando encontro um artigo interessante para ser postado (agora sim), eu traduzo. Só para anexar a um comentário, daria muito trabalho. Abraços, Justin “Justin Case… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Vader em 14/10/2010 às 16:05
Justin Case em 14/10/2010 às 16:18

Não estou entendendo a questão de vocês sobre esse texto do “Les Echos” que o Justin colocou ser ou não traduzido. Afinal, ele já foi, e faz tempo (na verdade, é de 13 de setembro, e não 17, e saiu aqui no Poder Aéreo no dia 15:

http://www.aereo.jor.br/2010/09/15/rafale-falta-de-contrato-internacional-custara-800-milhoes-de-euros-a-franca/

Almeida

Como eu sempre disse, só não enxerga quem não quer!

Elizabeth

O grande caça de exportação Frances foi a série Mirage III, V e 50 como a maioria sabe. Foram 1422 encomendas em 20 contratos de exportação. A série Mirage F-1 teve 731 encomendas em 14 contratos de exportação. A série Mirage-2000 teve 611 encomendas em 8 contratos de exportação. A série Rafale até agora não teve contratos de exportação. Quais os motivos? Varias hipóteses são ventiladas para explicar este fato. 1) Com o fim da guerra fria o mercado de aviões de caça diminuiu. Verdade. De fato é verdadeiro quando analisamos o numero absoluto de encomendas. Países que antes comprariam… Read more »

Esdras

Isso vai acabar por uma ação desesperada do Governo frances em vender o avião até 2011.

guarda marinha

Senhores, infelizmente hoje no Globo nos traz esta triste noticia.

Jobim diz que compra de caças fica para 2011.

Creio que agora seja definitivo, a FAB ficará mais um tempo sem os novos vetores…
Lamentavél…

Giordani RS

Em 1984 a Fairchild tinha o mesmo problema, ou seja, ninguém queria comprar o A-10 e a linha de produção do F-105 já havia sido encerrada…o mercado é assim mesmo, mundo capitalista é assim…e daqui à pouco fecha-se uma venda para o EAU ou brasil e derepente o caça deslancha nas vendas…mas ao contrário da Fairchild, não acredito que a Da$$ault vá a bancarrota ou seja adquirida por outra empresa do ramo…

Quem quiser me contatar para trocar figurinhas: giordani1974@hotmail.com

Gbeck

Elizabeth: seria, de acordo com a sua análise, seria uma versão atualizada do Mirage 2000, certo? Justamente o que teve que ser morto por causa dos custos de desenvolvimento do Rafale. Teria sido um erro manter um vetor francês atualizado e em desenvolvimento?

rodrigo ds

Será que a Dassault terá o mesmo fim da Engesa??

bbc_poa

Pequena sugestão de correção sobre a nota: a melhor tradução do título original:
“Un nouvel échec à l’export du Rafale hypothèquerait son avenir”

seria:

“Um novo revés na exportação do Rafale hipotecaria seu futuro”

Justin Case

Muito boa sua análise, Elisabeth. Só um comentário em adendo: Quando partimos para uma nova geração de aeronaves, tradicionalmente ganhamos em torno de 20% em resultado operacional sobre a geração anterior. Para isso, pagamos, em média, preço 100% superior, seja na aquisição, na operação ou nos armamentos. Mas, para fazer a análise de custo e benefício, não podemos usar apenas fatores matemáticos. São esses 20% de desempenho superior que proporcionam a dissuasão e, se necessário, ganham batalhas. Claro que há outros fatores a considerar, tais como disponibilidade de recursos, necessidade estratégica, treinamento, autonomia, etc. Sobre a discussão anterior, penso que,… Read more »

RL

Informaçoes de alto nivel dos bloqueiros aqui. Show de bola. O que tenho a dizer é que somente um revez em todas as concorrências em que o RAFAEL esta paeticipando é que poderia tirar o “bicho” e a Dassault da zona de perigo. Em se tratando de Brasil, espero e torço para que o o país decida o que é melhor para si, independente de vinculos políticos, amizades entre chefes de estado, considerações financeiras para partes daqui ou de lá. O que a FAB decidir, esta decidido. Seja com Dassault, com Sukhoy, com Boeing, com SAAB ou sabe-se lá com… Read more »

Giordani RS

Elizabeth disse: 14 de outubro de 2010 às 16:28 Um dos comentários mais sensatos que já li. “…Fosse um avião mais modesto mais inspirado no Gripen do que no EF-2000 somado a habilidade comercial dos franceses, sua independência política e a tradição de fornecedor internacional, estaríamos hoje com pelo menos meia dúzia de países operando este avião…” Essa foi a filosofia adotada para o Mirage F.1 e para o M2000. Aviões maiores e mais especializados, vitimados por seus altos custos de produção/manutenção, substituídos por suas versões degradadas, mas altamente funcionais…talvez fosse o caso de um M2000 traço alguma coisa ou… Read more »

Marco Antonio Lins

Ilmo Amigos

Pelo vasto conhecimento que vcs tem demonstrado. Seria de fato um custo operacional inviavel para FAB. No momento qual seria o melhor vetor para adquirirmos?

jakson almeida

Vocês podem ate não acreditar mas se a Embraer tiver o pleno direito de produção do rafale ela transforma essa jaca em um sucesso comercial ,ou seja o projeto e bom mas a forma como ele foi colocado no mercado e que não foi adequado.
PS:Olha que eu sou um anti rafale de carteirinha e tudo mais.

Elizabeth

Ola Gbeck Acredito que uma versão mais evoluída do Mirage 2000-9 não seria possível por dois motivos. 1) O Mirage-2000 apesar de ser um ótimo projeto já estava no final da sua linha evolutiva. Claro que itens como um radar de varredura eletrônica e outra turbina ainda poderiam ser implementados, mas compensaria o investimento? Tenho sérias duvidas. 2) A especificação do governo Frances previa um caça com uma versão embarcada o que seria impossível com as linhas base do Mirage-2000. Para mim está claro que um novo caça teria que ser desenhado a partir da folha de papel em branco,… Read more »

Capitain Kirk

Alguem poderia me informar, se a FAB tinha conhecimento , destes prêços dos caças, antes de testá-los? Porque, se um caça é econômicamente inviável, deveria ser eliminado de antemão.

Vader

Elizabeth disse:
14 de outubro de 2010 às 16:28

Elizabeth, perfeito seu comentário. Apenas uma correção.

“Conclusão: A menos que o Mig-35 vença na Índia, até o momento não existe uma concorrência mundial onde um produto Frances tenha sido vencido por um produto russo.”

Ou muito me falha a memória ou o Rafale já foi sim preterido em detrimento de um vetor russo, salvo engano um Su-30. Só que não me recordo aonde agora (tenho a impressão que na África, ou no Sudeste Asiático).

Sds.

zmun

O ministro Jobim parece considerar uma questão de honra a vende do Rafale para o Brasil.

Sua última tentativa parece ter sido forçar a MB a fazer um relatório as presas, sem o tempo e informações necessárias, para considerar o Rafale como único no FX-2 capaz de operar no A-12.

A ideia era valorar o caça frances como única opção para a comunalidade das forças.

Felizmente, a MB parece ter considerado o Rafale como fora da margem de segurança para operações no PA. Felizmente.

Soldier

O problema do RAFALE é que além de ser CARO em TODOS os aspectos em comparação com o F-18 E/F e o Gripen NG são dois fatores que não podem e nem devem ser desprezados: Motor (es): Tanto o motor do F18 quanto o do Gripen NG possuem quase que o DOBRO de empuxo que o motor do RAFALE. Ambos os motores do concorrente do RAFALE são o GE – 414. Têm aproximadamente 98kn de empuxo. Os do RAFALE possui 50kn. Um pouco mais da metade. Radar: Os radares do F18 E/F e o novo radar do Gripen NG são… Read more »

GSV

Boa tarde! Vou fazer uma observação que não havia feito antes acerca do RAFALE: Muito é afirmado sobre o RAFALE aqui no PA pelos “cometaristas” na base do “achismo”, não sei se por falta de dados tecnicos uma vez que a Dassault não divulga fichas muito completas sobre seus produtos (cultura) ou por preferencia de cada um, mas na minha opnião o que fez com que o RAFALE não fosse sucesso de vendas como seus antecessores foi o suposto tempo de paz que vivemos… os “inimigos” do Ocidente estão sobre embargo militar e venda no eixo pro EUA (Israel, Coreia… Read more »

zmun

Justin, O problema é que o Rafale não apresenta esses 20% de superioridade em relação a geração anterior. Alguns “modernizados” são até mesmo superiores a ele. O Rafale nasceu de desejo de se ter um caça único na França. Não necessáriamente havia uma necessidade de um grande avanço tecnológico. O que se queria era uma caça único, principalmente. O problema é que erraram a mão. A frança considerava substituir os M-2000 imediatamente pelos Rafale. Hoje se sabe que os M-2000 ainda têm muito folego dentro da França. O Rafale é melhor que o M2000, Jaguar, S. Etandart, etc, não resta… Read more »

Deivid

GSV disse: 14 de outubro de 2010 às 17:22 “engolir guela abaixo o RAFALE”… O Rafale é o melhor entre os três,o unico problema é que é mais caro e por isso todos acreditam de coração que ele é o pior,porque brasileiro odeia coisa cara!?? porque é tão dificil de acreditar que esta aéronave apesar de cara é sem duvida a melhor,e isto ja foi comprovado na red flag e entre outras ações e relatos,como foi dito anteriormente o mercado de defesa é controlado pela politica,a decisão do FX-2 tambem,mas temos que dar graças a deus por estar adiquirindo caças… Read more »

Edcreek

Olá,

Como venho sempre dizendo a França bancará o programa RAFALE como banca outros programas, mesmo que para isso tenha que aumentar a idade de aposentadoria da população, hehehehhe.

A aceleração de unidades por 800 milhões corroba isso, a França vai bancar o projeto, seja com ajuda externa ou não. O governo de lá não deixará a Dassault na mão e com toda razão.

Abraços,

Gilberto Rezende-Rio Grande RS

Primeiro a Dassault NÃO VAI FECHAR apenas terá um futuro sem grandes LUCROS. Os Rafales continuarão voado e as unidades encomendadas e ainda não entregues serão produzidas até ordem em contrário. O Le Monde é concorrente do Le Figaro e insinuar que a Dassault vai “quebrar” está mais para provocação do que informação. A SAAB,sim, sem as vendas no Brasil e na Índia pode realmente fechar sua divisão de aviação militar ou no mínimo mandar para o arquivo e engavetar definitivamente o projeto do Gripen NG… Quanto as contas de padeiro português mau informado do Vader só vale um comentário… Read more »

Fábio Mayer

Em outras palavras, comprando o Rafale o Brasil subsidiará a Dassault. O Rafale é fantástico, maravilhoso e coisa e tal, é uma aeronave que qualquer força aérea gostaria de ter (mesmo as mais poderosas)… mas o Brasil não pode pagá-lo, nem mantê-lo e muito menos acreditar que será uma aeronave para 35 ou 40 anos de operação na FAB, porque se em 10 anos a Dassault não estiver vendendo outro caça para a L’armée de l’air, não haverá peças de reposição do Rafale em 2025/2030, até porque ninguém sabe se a Dassault existirá até lá. Ou seja, o Brasil teria… Read more »

Vader

Gilberto Rezende-Rio Grande RS disse: 14 de outubro de 2010 às 17:37 Meu caro, se você não gosta dos números que apresento, apresente números melhores, porque a tabela está gravada: é só trocar os valores. Apenas uso os dados que estão disponíveis, ok? 😉 Repito: MOSTRE-ME OUTROS DADOS! Atualizados! Documentados, como o preço do Rafale (142,3 milhões de euros)! Mas não, vejo um monte de caras me criticando porque os números da wikipedia.en estão errados. Mas NEM UM ÚNICO até hoje refez a mesma tabela baseado em documentos! Ninguém! Oras, vão lamber sabão… Quanto ao estado das finanças do Consórcio… Read more »