A Empresa Brasileira de Aeronáutica SA, quarta maior fabricante mundial de aviões, assinou um acordo de financiamento de US$ 1,5 bilhão com a unidade de leasing da Aviation Industry Corp. of China para ajudar a ampliar as vendas no país asiático.

O acordo de cinco anos com a AVIC Leasing Co. vai cobrir as vendas na China e no exterior, disse a Embraer em um comunicado distribuído hoje durante a feira de aviação de Zhuhai, no sul da China.

A Embraer também aguarda a aprovação do governo chinês para produzir os modelos E-Jets, novos jatos regionais, na parceria que a empresa possui em Harbin. A empresa quer se aproveitar dos efeitos que o crescimento econômico e a urbanização têm sobre as viagens aéreas no país mais populoso do mundo.

A fábrica em Harbin corre o risco de fechar caso a Embraer não consiga obter a autorização para produzir o E-Jets, disse hoje o presidente da companhia na China, Guan Dongyuan. Atualmente a fábrica, uma parceria com a Harbin Aircraft Industry Group Co., produz o modelo menor ERJ. Guan disse que não está claro quando o governo pode decidir sobre o pedido da Embraer.

As companhias aéreas europeias que operam o E-Jets, que tem capacidade de 70 a 122 passageiros, incluem as unidades regionais da Alitalia SpA, da British Airways Plc e da Deutsche Lufthansa AG.

Perspectivas

A Embraer anunciou suas perspectivas para o mercado chinês para o período 2010-2029 durante conferência de imprensa realizada no primeiro dia da oitava Exibição Internacional Aeroespacial e de Aviação da China (Airshow China 2010 – www.airshow.com/en), realizada de 16 a 21 de novembro na cidade de Zhuhai, província de Guangdong, China.

O relatório denominado Market Outlook apresenta análises baseadas nas tendências de crescimento atual e futura para a indústria de transporte aéreo na China, bem como a visão da Empresa com relação ao desenvolvimento futuro do mercado de aviação regional naquele país. Alinhado com a expansão da economia e do mercado de aviação chineses, a Embraer prevê uma demanda total de 950 novos jatos regionais para os próximos 20 anos: 20 com 30 a 60 assentos, 425 com 61 a 90 assentos e 505 com 91 a 120 assentos. “A economia da China cresce a largos passos e alimenta o desenvolvimento do mercado de aviação regional, que gera grandes oportunidades para empresas da indústria de aviação”, disse Guan Dongyuan, Presidente da Embraer – China. “Desde que entregamos o primeiro jato na China, em 2000, a frota em operação cresceu para 77 aeronaves, de um total de 105 ordens firmes, atualmente, tornando a Embraer o maior fabricante de aviões com até 120 assentos no país.

Continuaremos a entregar produtos com a mais moderna tecnologia e oferecendo serviços diferenciados para este mercado promissor, demonstrando nosso comprometimento com o desenvolvimento da China.”

O estudo considera que o rápido desenvolvimento do sistema chinês de trens de alta velocidade (Chinese High Speed Train – HST) fará com que as empresas da indústria de transporte se adaptem a este novo cenário, onde a aviação regional continuará exercendo um papel indispensável. A tendência do HST é atender a mercados de alta densidade, ao passo que a aviação regional continuará a expandir em setores de baixa e média densidade, apoiando a política chinesa de integração regional.

As estimativas da Embraer para a China também prevêem oportunidades para aviões com capacidade superior a 120 assentos de exercer um papel importante no ajuste eficiente da capacidade à demanda em frotas de aviões narrowbody, desenvolvendo novas rotas a baixo custo e aumentando as freqüências de vôos, bem como reduzindo a emissão de poluentes para um desenvolvimento sustentável da indústria de transporte aéreo.

FONTE: Exame/Embraer

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fosker

Entrega logo nossa tecnologia para os ching ling, e ensina eles
a fazer um ejet mp tudo

Leandro

4º ou 3º maior empresa????

Mario Blaya

e quantos aparelhos dá pra comprar com essa grana mesmo?

leonardo angelozi

A Embraer tem q abrir o olho, os chineses são estilo os americanos com o mercado interno, acho q a Embraer ainda vai quebra as pernas na China… eles só ferram com a Embraer.

Juliano

Quarta? Que empresa assumiu o terceiro lugar?

rodrigo ds

Será que foi um bom negocio ??!!