Conforme notícia já publicada no Poder Aéreo (clique aqui para acessar), a ‘short list’ do programa indiano MMRCA inclui dois caças: o Rafale, da Dassault, e o Typhoon, do consórcio Eurofighter. Até o momento (madrugada de quinta-feira, 28 de abril) os sites da Dassault e do consórcio Eurofighter ainda não publicaram nenhum pronunciamento a respeito, assim como os dos demais participantes, à exceção da Saab – Assim, por enquanto reproduzimos abaixo (traduzida e adaptada para o português) somente a nota divulgada pelo concorrente sueco do MMRCA:

“Gripen não está na ‘shortlist’ do programa indiano MMRCA 

Hoje (27 de abril) a companhia de defesa e segurança Saab AB recebeu informação do Ministério da Defesa Indiano de que o Gripen não foi selecionado para a lista reduzida do programa indiano de aeronave de combate multitarefa de médio porte (Medium Multi-Role Combat Aircraft -MMRCA).

‘Estamos oferecendo à Índia um avião de caça de próxima geração de classe mundial, a um preço muito competitivo e com um programa extenso de transferência de tecnologia. Nós recebemos esta decisão e monitoraremos de perto o processo futuro, provendo informações adicionais se forem requeridas pelo Ministério da Defesa Indiano. Estamos confiantes de que o sistema Gripen é a combinação perfeita para a Força Aérea Indiana por atender aos requerimentos mais exigentes dos mercados internacionais’, disse Håkan Buskhe, Presidente e CEO da Saab.

A Índia é um dos mais importantes mercados da Saab. Por exemplo, a Saab anunciou, recentemente, um investimento em um centro de pesquisas e desenvolvimento na Índia.

‘Estamos comprometidos com o mercado indiano e prosseguimos nos nossos planos para crescer e vemos grandes oportunidades de negócio nos setores aeroespaciais, de defesa e de segurança’, afirma Håkan Buskhe.

O Gripen está em serviço com as Forças Aéreas da Suécia, República Tcheca, Hungria, África do Sul e da Tailândia. A escola imperial de pilotos de testes do Reino Unido (UK Empire Test Pilots’ School -ETPS) opera o Gripen como sua plataforma a jato avançada para pilotos de teste de todo o mundo. ”

FONTE / ILUSTRAÇÃO: Saab AB

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DrCockroach

Finalmente o NJ, depois de anos fabricando falsos motivos, terah um nas maos p/ favorecer o Rafale aqui. A Dassault tb anda investindo na base eleitoral do Fernando Pimental. O Gripen leva aqui somente se pensar, novamente, outside the box. Uma alianca EMBRAER-SAAB aeronautica eh uma alternativa, embora talvez nao haja motivacao suficiente das partes p/ chegar a tanto. Se algo sair do FX-2, o que eh muito discutivel, e se for Rafale, espero que ganhe na India tb. No mais, o Lobim concedeu a “Medalha da Vitoria” ao Genoino. O NJ nao larga o osso e nao se importa… Read more »

Guilherme Poggio

Para mim duas surpresas:

– Um short list com apenas duas aeronaves (esperava pelo menos três)

– Ausência do Super Hornet depois de tanto “investimento político” dos EUA.

Realmente eles vão continuar com um sem número de fornecedores. Então vejamos:

– Rússia – Caças Sukhoi novos e MiG modernizados
– França – Mirage 2000 modernizado (ainda não assinaram o contrato)
– Índia+EUA – Tejas nacional com turbina norte-americana
– Um futuro MMRCA de origem europeia

Nick

Não foi totalmente uma surpresa o Gripen Ng ter sido eliminado, visto que de todos é o que está menos “pronto”, além de que apesar de ser bem mais capaz, se sobrepõe em parte ao Tejas MK.2. A surpresa na minha opnião foi o F-18 E ter sido eliminado. Era o favorito na minha opnião, mas estava enganado. E para alegria das rafaletes, o Rafale poderá emplacar sua primeira venda, finalmente. E sinceramente estou torcendo por isso, visto que apesar de tudo ele pode emplcar aqui também. Portanto, quanto mais users desse caça melhor para nós. E no caso da… Read more »

Almeida

Também fiquei surpreso com a ausência do Super Hornet na shortlist. E concordo 100% com o colega Nick. Já passou tempo demais, o que se aprendeu com o Gripen Demo deveria ser usado na modernização dos Gripen C/D para um padrão E/F e no FS2020.

Mauricio R.

Os russos ainda tem os projetos do FGFA, da aeronave de transporte MTA, além de fornecerem o Mig-29K p/ a aviação naval indiana.
Interessante a não seleção das aeronaves americanas, ou pelo menos o F-18, talvez a necessidade dos acordos de salvaguarda tenha pesado demais.
Qnto ao Gripen NG, a própria experiência c/ o desenvolvimento do Tejas, parece que serviu de lição.

Ivan

Poggio e Maurício, Apenas para completar a lista de aquisições , agora com os Norte Americanos da Boeing, que inclusive fabrica na Índia algumas pequenas partes do Super Hornet. – 12 (doze) Boeing P-8 Poseidon; http://www.bloomberg.com/apps/news?pid=newsarchive&sid=aSj3PxUZAebM&refer=us – 10 (+6) Boeing C-17 Globemaster III; http://www.reuters.com/article/2010/07/19/airshow-boeing-military-idUSN1915343420100719 Os caças são importantes e tem muita visibilidade, mas os Poseidon são imensamente sofisticados e os Globemaster entregam a força aérea hindu um potencial de transporte estratégico nunca antes conhecido por qualquer país daquele subcontinente. Outro detalhe, tanto o Poseidon como o Globemaster não possuem concorrente operacional hoje no mundo. Sua venda siginifica um sério voto… Read more »