Itália volta a pedir que Otan comande missão na Líbia

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ROMA — O ministro italiano das Relações Exteriores, Franco Frattini, voltou a defender a transferência do comando das ações na Líbia para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

“É tempo de voltar às regras, com um comando unificado da Otan”. “Quem, se não a Otan, pode assumir esta função?”, questionou o chanceler.

A Itália aderiu à coalizão que busca colocar em prática a resolução aprovada semana passada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, que prevê a criação de uma zona de exclusão aérea e pede proteção aos civis da Líbia.

O país, no entanto, acredita que a Otan deva assumir o comando das operações, que começaram há três dias.

Frattini afirmou que “não é uma missão de guerra, mas de um tipo humanitário”, para fazer com que o presidente Muammar Kadafi respeite “um cessar-fogo absoluto”.

“A transferência do comando é uma questão de seriedade, uma questão altamente política”, defendeu o diplomata.

“Não podemos imaginar que existam comandados separados, dos quais dependem algumas escolhas”, disse o chanceler.

Frattini também elogiou a declaração do primeiro-ministro britânico, David Cameron, que “apoiou a posição italiana”. O diplomata disse esperar que “os americanos façam o mesmo”.

O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, afirmou, por sua vez, que a transferência da missão para a Otan “representa a solução mais apropriada”. O chefe de Estado se reuniu nesta manhã com uma delegação da Câmara dos Deputados norte-americana.

FONTE: DCI /MAPA: BBC

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Antonio M

Se o comando for da OTAN, países que não são membro podem continuar na coalizão?

Ano passado os Gripens suecos participaram junto com a OTan em manobras no mar Báltico mas, em caso de conflito ainda podem continuar colaborando ?

Ivan

Qual a intenção do governo italiano quando defende “a transferência do comando das ações na Líbia para a OTAN”? A Organização do Tratado do Atântico Norte é um organismo militar com grande ingerência política. Hoje, possivelmente, é mais político que militar, em face das mudanças do mundo nas últimas 2 (duas) décadas. Suas decisões, eminentemente políticas, são normalmente lentas e burocráticas. Para alguns analistas o governo de Roma pretende usar a burocracia da Otan para ganhar tempo para o velho amigo Kadafi se reorganizar e costurar uma saída confortável para os seus interesses. Os americanos, que não são tão bobos… Read more »

DrCockroach

O Berlusconi estah eh com saudades das “enfermeiras” ucranianas do Ghadaffi. Mas jah esta tudo acertado, ele concordou em continuar cedendo as bases da Italia em troca de uma caixa de viagra e meia-duzia de menores de idade.

[]S!

Leonardo

Acho que essa operação já começou errada e mal planejada, na Europa há muita guerra de vaidade rivalidades históricas e queira ou não atrapalham nestas horas, é aquele velho ditado:

“Tudo que começa errado, não pode terminar certo”.