No número mais recente da revista da Força Aérea do Chile (de setembro / dezembro de 2010), há uma matéria de capa sobre a participação do destacamento chileno na Cruzex V, realizada no final do ano passado em Natal. Trata-se de uma entrevista com o Comandante do Comando de Combate, General de Aviación Luis Ili Salgado, realizando uma avaliação do exercício multinacional.

Selecionamos e traduzimos alguns trechos, para a apreciação dos nossos leitores, ilustrados pelas fotos da cobertura realizada pelo Poder Aéreo:

Nós mostramos grande capacidade operativa. Participar em dois exercícios diferentes em um curto período (Cooperación I e Cruzex V) indica que a Força Aérea pode estar em vários cenários de uma só vez. E também demonstra a capacidade multifunção de suas aeronaves e multipropósito de sua força.

Na Cruzex em Natal, Brasil, a FACh participou com aviões de combate F-16 Block 50 e com o avião tanque KC-135 E, aeronave que permitiu o reabastecimento de combustível no ar para um voo direto de “Cerro Moreno”, em Antofagasta . Voar desde o Chile (Iquique) ao Norte do Brasil (Natal), sem escalas, para participar da Cruzex, demonstra grande capacidade operacional, deixando-nos praticamente sem fronteiras.

Transladar a manutenção das aeronaves, não ter falhado em nenhuma missão e realizando também uma manutenção maior em um dos aviões, mostra a grande capacidade dos nosso pessoal para trabalhar em material novo.

Este ano tem sido particularmente intenso em atividades, e a FACh as realizou como se fosse rotineiro, normal. Isso tem que nos deixar orgulhosos porque estamos aptos a tomar uma pesada carga de trabalho e executá-lo como se fosse simples.

São de vital importância vital (esses Exercícios) devido à integração que se alcança com as forças aéreas americanas e pela interação com forças aéreas tremendamente poderosas, como a francesa e a norte-americana, atuando de igual para igual com eles. Estamos no mesmo nível e isso tem grande importância para a América Latina e nosso país.

Nós podemos nos inserir em um contexto mundial de ajuda, trabalhando de igual para igual, além disso, estes exercícios são feitos em inglês, de acordo com a metodologia da OTAN, deixando-nos preparados para atuar em qualquer cenário que nosso Governo decida.

O mais importante de tudo é a qualidade das pessoas que trabalharam durante todo este ano, tanto nas operações reais como simuladas. Nos exercícios pode falhar os materiais físicos, os aviões, o apoio, as comunicações, mas os nosso pessoal tem superado todas estas falhas e tem conseguido muito mais do que tínhamos orçado em todos os aspectos.

FONTE: Força Aérea do Chile, revista Fuerza Aérea de Chile nº 252

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Roberto F Santana

Gostaria de saber se foi possível tirar fotos do cockpit dos F-16 Block 50 .
E se os editores têm ou fizeram algum trabalho fotográfico de walkaround no F-16.