Modificar os atuais E-jets ou partir para uma aeronave de 130 lugares?

Virgínia Silveira

A remotorização seria o passo certo para se manter na liderança no segmento de até 120 assentos

A Embraer decide até o fim do ano se faz a remotorização do jato 195, que leva até 122 passageiros, ou se parte para o desenvolvimento de um avião maior, de 130 lugares, disse seu vice-presidente para o mercado de aviação comercial, Paulo César de Souza e Silva. A empresa não tem planos de fazer um avião de 150 lugares. “O estudo prevê um jato de 130 assentos com duas classes, mas numa configuração de classe econômica poderia comportar entre 138 e 140 passageiros”.

O presidente da Embraer, Frederico Curado, disse que a companhia não ficaria alheia à chegada de motores que consomem menos combustível. “Nossos E-Jets são novos, mas não podemos ficar indiferentes à disponibilidade de motores mais econômicos”. Ele confirmou conversas com fabricante de motores e disse que a remotorização seria o passo certo para se manter na liderança no segmento de até 120 assentos.

FONTE: Valor Econômico

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JOSEF SIMAS Jr.

A opcao tem de ser pragmatica: atender ao mercado e permanecer competitiva ou perder posicoes para os concorrentes como a Bombardier, que ja esta preparando seus modelos de capacidade de 150 pax.

Assim sendo, penso que a Embraer devera fazer ambas propostas: (a) a curto prazo partir para a remotorização do jato 195, e (b) em paralelo iniciar o desenvolvimento de um avião maior (130-140 pax). So assim podera assegurar sua posicao de lideranca no mercado e permanecer competitiva.

Clésio Luiz

Ir para um avião maior tem dois grandes pontos negativos: Boeing e Airbus. Essas duas não vão ficar paradas, vendo o mercado dos 737 e A320 encolherem. Fora que a manutenção dessas aeronaves já está estabelecida e é relativamente barata, pois a quantidade de aeronaves no mercado é muito grande. Tem também a força que essas duas grandes empresas tem no mercado. Elas podem subtamente baixar seus preços e obter melhores condições de financiamento, além de oferecer menores custos de manutenção, pois já estão consolidadas no mercado. por exemplo, oficinas e mão de obra qualificada em 737 é o que… Read more »

Nick

Concordo com o Josef,

A Embraer deve adotar o novo motor para os modelos existentes, e lançar um modelo de maior capacidade extendendo a família ERJ, para brigar com a nova série da Bombardier. Não vejo como objetivo de uma aeronave maior como compretidor direto no nicho dos A-320/B-737. Pode até abocanhar uma fatia, em empresas menores, mas o alvo continua a aviação regional.

[]’s

Mauricio R.

Da outra vez, quem esticou as aeronaves foi a Bombardier e bateu de frente c/ os ERJ.
Teremos o reverso da medalha???

“…a curto prazo partir para a remotorização do jato 195, e (b) em paralelo…”

Essa discussão de remotorizar/não remotorizar existe entre B-737/A-320 e o maior obstáculo é a eventual depreciação da aeronave original, alguns clientes da versão antiga podem não se sentirem satisfeitos.

massa

Remotorizar não é um a coisa tão fácil de se fazer, implica manter duas linhas de peças em estoque para um mesmo modelo, fora as modificações no resto do avião, impossível não é, mas não sei se compensa tanto assim…
Vai depender da demanda de cada modelo, a questão será a escala de produção pra compensar esse custo extra…

Walfredo

A Embraer deveria buscar uma parceria com o governo, correios e empresas nacionais e lançar um avião grande, partindo para disputar o mercado de aviões grandes, buscando parcerias internacionais com vários países, nos mesmos moldes que vem fazendo com o C390.

Vários governos poderão se juntar à iniciativa se parte das aeronaves puderem ser produzidas em seus territórios (Portugal, Argentina, México, Africa do Sul, Coreia do Sul, Japão, Austrália, etc..)

A empresa não pode ficar no mercado de jatos regionais, pois esse promete só reduzir com a chegada de novos concorrentes.