USAF completa conversão de unidade aérea de combate com aeronaves não tripuladas pela primeira vez

Syracuse-F-16_foto-USAF

vinheta-destaque-aereoO 174th Fighter Wing da USAF acaba de aposentar seus F-16 depois de 22 anos operando o mesmo modelo de aeronave. A unidade da Guarda Aérea Nacional do estado de Nova Iorque encerrou suas operações com este tipo de aeronave no último Sábado (6/7), após uma cerimônia ocorrida na base aérea de Hancock Field, em Syracuse.

Este seria mais um evento comum não fosse o fato dos F-16 serem substituídos por aeronaves não tripuladas. O 174th passará agora a contar somente com os UACV MQ-9 Reapers. Esta é a primeira vez que uma Ala Aérea de combate da USAF  é completamente convertida para o emprego de aeronaves não tripuladas.

Outras unidades da USAF foram convertidas para aeronaves não tripuladas, mas estas empregavam aeronaves de reconhecimento com capacidade limitada  em ações ofensivas. Ao contrário do Predator (que é um UAV de reconhecimento) o Reaper foi desenvolvido como um aeronave de ataque capaz de carregar quase todas as armas de lançamento do inventário da USAF, vairando desde mísseis a bombas guiadas a laser de 500 lbs.

Um Reaper custa três vezes menos que um F-16 (e os custos de operação são muito inferiores), pode permanecer no ar por 14 horas e voar a altitudes de 50.000 pés. Em outras palavras o Reaper é mais barato, mais econômico e mais seguro para o seu piloto.

Os membros da unidade aérea de Nova Iorque já começaram a empregar os UCAV em missões operacionais sobre o Afeganistão desde o último mês de dezembro.

“Para ser sincero esta foi a última vez que uma aeronave tripulada voará a partir de Syracuse e isso mexe comigo” disse o Tenente-Coronel Scott Brenton (na foto acima ao centro), um dos pilotos do último voo.

A unidade foi mais uma vítima do programa BRAC (Base Realignment and Closure Commission), e seu futuro foi traçado em 2005. Ao todo a unidade voou 68 anos com aeronaves tripuladas, que começou com o P-47D Thunderbolt durante a II Guerra Mundial.

Será que este é o destino da aviação de combate?

FOTO: USAF

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Robson Br

Quem sabe a França é que está certa. Passar de um caça de 4,5G para um UCAV. Acho até que estão atrazados com o desenvolvimento.

Yluss

Puts!!! O futuro chegou :O

A boa notícia é que estão todos ainda entendendo como será a arena de combate do futuro, o que nos permite, se formos ágeis e inteligentes, investir sem muito atraso nessa tecnologia, não?

cmte.felix

“Será que este é o destino da aviação de combate?”

SIM

Wolfpack

Isso já estava escrito, me surprende a rapidez da USAF em colocar logo uma unidade operando com UCAVs e não UAVs. Isso é uma mudança de paradigma muito importante. Será que nosso próximo caça pós FX2 será comandado de um Container? NeuroN pode estar a caminho e seu desenvolvimento é muito mais simples que uma aeronave de 5a geração, imagino, com menores riscos econômicos.

Francoorp

Eu acho que depende do teatro de operações. Mudar toda a aviação de combate para os UCAVs e UAVs pode trazer problemas em caso de batalha contra um inimigo bem equipado, em caso de inimigos bem preparados em guerra cibernética, pode-se tomar o controle desta máquinas fazendo-as atacar as próprias forças. E tem também as pouco nominadas mas muito estudadas(Rússia, China, Índia, USA, ????outros em segredo) ogivas/Bombas eletromagnéticas, ou e-bomb. Estas armas literalmente fritão os computadores e até mesmo relógios de pulso, TVs, ventiladores, telefones, etc, ou seja, tudo aquilo que tiver que usar uma corrente elétrica ao seu interno,… Read more »

Felipe Cps

“este é o destino da aviação de combate?”

Sim, mas em TOs de alta intensidade apenas pra lá de 2030, quando a AI for uma realidade palpável. As comunicações ainda são muito primárias e inseguras, e as aeronaves ainda dependem muito do homem.

Sds.

Gustavo

Vou arrumar emprego rapidinho.