Portugal e Brasil ultimam acordo na área da Defesa

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vinheta-clippingPortugal e o Brasil ultimam pormenores para encerrar a fase de elaboração de um acordo sobre Defesa, anunciou o ministro brasileiro responsável por aquela pasta, Nelson Jobim, que hoje esteve reunido com o seu homólogo português, Nuno Severiano Teixeira.

Num encontro com jornalistas, Nelson Jobim referiu que também analisou com o ministro português uma articulação entre os dois países no que respeita a acções a desenvolver nos países africanos lusófonos, nomeadamente no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

“Observei, em Luanda, na reunião que tivemos no final de Maio, que havia uma espécie de desarticulação entre Portugal e o Brasil. O Brasil está a colaborar de um lado, Portugal do outro. Então, entendemos que devíamos fazer isso em conjunto, para não nos sobrepormos, não haver disputa nenhuma”, explicou o governante brasileiro.

Ainda segundo Nelson Jobim, Severiano Teixeira concordou plenamente com esta perspectiva o que levou o ministro brasileiro a entregar-lhe um documento “com tudo o que o Brasil já fez nesses países, o que está a fazer e o que pediram ao Brasil para fazer no futuro e que este está em condições de fazer”.

O objectivo do Brasil, adiantou, é fazer um entendimento com Portugal no sentido de racionalizar esforços na concretização das acções a realizar.

O ministro brasileiro abordou também com o homólogo português a indústria aeronáutica, dada a participação da brasileira Embraer na portuguesa OGMA. “O Brasil está a introduzir os aviões P3 (…) e Portugal já tem experiência nisso. Eu próprio fiz um voo num P-3 português, entre a Base Nº 6 e Alverca, onde funcionam as oficinas da OGMA e lá discutimos longamente a modernização e a recuperação dos P-3 brasileiros”, disse Jobim.

No sábado, o ministro da Defesa do Brasil terá uma reunião com adidos brasileiros para apresentar às autoridades portuguesas o projecto brasileiro da estatal Embraer sobre o KC-390, um avião militar de transporte com 19 toneladas, que no futuro poderá substituir o actual Hércules C-130, quando este esgotar a capacidade de voar.

FONTE
: Agência LUSA / COLABOROU: João Gonçalves

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guina

A embraer não é mais uma empresa estatal

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