Força Aérea realiza exercício de busca e resgate no sul do país

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O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) realiza neste mês (até 16 de outubro) a Operação Carranca I, em Florianópolis (SC), para o treinamento do Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico (SISSAR).

O objetivo é a instrução de Operações de Resgate (SAR), prevendo a coordenação de recursos marítimos e aeronáuticos para o caso de acidentes aeronáuticos. Para acompanhar o exercício, veja: http://www.operacaocarranca.net/

Participam do exercício: os Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTAs) , o Comando-Geral do Ar (COMGAR) – Unidades Aéreas envolvidas pertencentes à Segunda Força Aérea (FAe II), a Base Aérea de Florianópolis (BAFL), o Centro de Coordenação de Salvamento Marítimo – (SALVAMAR Sul), o Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Florianópolis (DTCEA-FL) e o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC).

O SISSAR brasileiro atua numa área de 22 milhões de km2 – grande parte sobre o Oceano Atlântico e a Amazônia – e está organizado e estruturado para efetuar missões de busca e salvamento em consonância com os compromissos e normas nacionais e internacionais. Suas principais atribuições são:

• localizar ocupantes de aeronaves ou embarcações em perigo;
• resgatar tripulantes e vítimas de acidentes aero náuticos ou marítimos com segurança e
• interceptar e escoltar aeronaves em emergência.

O DECEA, órgão central do SISSAR, é a organização responsável pela sustentação normativa, coordenação e supervisão operacional das atividades de busca e salvamento, na área de responsabilidade do País.

Por meio de sua Divisão de Busca e Salvamento (D-SAR), o DECEA gerencia toda a atividade de busca e salvamento aeronáutico brasileira, que é também executada pelos seguintes órgãos: cinco Centros de Coordenação de Salvamento (RCC) – do inglês Rescue Coordination Center – e pelas Unidades Aéreas especializadas em Busca e Salvamento.

O treinamento

O planejamento prevê a instrução dos profissionais que concorrem às escalas dos Centros de Coordenação e Controle (RCC) nas técnicas de planejamento e coordenação de uma Operação SAR.

De modo a treinar a coordenação e o planejamento nos mais variados ambientes e configurações, os profissionais foram divididos em dois Subcentros de Salvamento (RSC):

• O RSC-FL (Florianópolis). Para as operações sobre o mar.
• O RSC-SJ (São José). Para as operações sobre o continente.

Para validar os exercícios planejados, os recursos aéreos cumprirão as orientações emitidas pela Equipe de Coordenação e os resultados poderão ser avaliados pela Direção do Exercício.

Assim, a partir do acionamento das equipes de alerta do RCC, os exercícios incluem:

– O planejamento da operação
– O acionamento dos recursos aéreos e marítimos
– A busca
– A localização
– O salvamento
– O transporte da vítima ao local de atendimento especializado

O Nome da Operação

Quando o médico ortopedista recém-formado Carlos Alberto dos Santos ingressou na Força Aérea Brasileira, não tinha dúvidas sobre o que motivaria sua carreira. “Salvar vidas!” Era o que respondia quando explicava por que ingressara na FAB.

O médico serviu em apenas duas unidades, ambas relacionadas à atividades SAR: o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento e o Esquadrão Pelicano (2º/10º GAv). Nelas dedicou todo seu tempo à evolução e ao aperfeiçoamento da doutrina SAR em sua forma mais altruísta.

Com o passar dos anos, ganhou dos amigos o apelido de “Carranca”. Colegas que sempre o reconheceram como um modelo de comprometimento, profissionalismo e dedicação à Busca e Salvamento.

Desse modo, a primeira Operação dedicada exclusivamente à instrução dos elos de coordenação e de execução não poderia receber nome mais apropriado. Em homenagem a quem dedicou sua vida para salvar tantas outras.

Fonte: CECOMSAER e DECEA

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