Força Aérea da Índia selecionou o Boeing C-17 como seu novo avião de transporte

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c-17

vinheta-especialSegundo o jornal Thaindian News a Força Aérea da Indiana pretende encomendar inicialmente 10 aeronaves do modelo Boeing C-17 Globe Master III

O C-17 teria sido selecionado entre outros concorrentes, pelo fato de possuir capacidade STOL (pouso e decolagem em pistas curtas) e capacidade de pouso em pistas não pavimentadas, características necessárias para a movimentação de contingentes hindus em regiões como a Caxemira (área de litígio entre Índia e Paquistão) onde a carência de aeródromos pavimentados dificulta as operações de suporte logístico e deslocamento de efetivos e material.

Com esta aquisição, a Força Aérea Indiana amplia a sua capacidade de transporte estratégico de maneira superlativa.
Atualmente a Índia conta com uma frota mista de cerca de 100 AN-32 e 20 Il-76 e, recentemente, a IAF anunciou a aquisição de seis C-130J e seis A330 MRTT (reabastecedores).

Esta encomenda vem em boa hora para a Boeing, uma vez que necessita manter a sua linha de produção ativa e a diminuição da cadência de entrega a USAF, seu principal cliente, vinha sendo um indicador de que a linha de produção do C-17 estaria perto de ser encerrada. Com esta encomenda, o C-17 ganha mais um tempo de vida.

Afora isto, a gigante americana sai ainda mais vitoriosa desta disputa, uma vez que quebra a hegemonia russa no fornecimento de aeronaves para a Força Aérea Indiana, que mostra-se cada vez mais poderosa e estratégica.

Observa-se com isto, que a Índia parece agora estar passando por um processo de “ocidentalização”, substituindo seus sistemas de armas majoritariamente de procedência russa, por modelos ocidentais.

FONTE: ThaindianNews

c-17-globemaster

Mais sobre o C-17

Na revista Air International de Maio de 2009, numa matéria dedicada aos C-17 da RAF, especula-se que ela estaria avaliando a possibilidade de adquirir outros 12 aviões da mesma categoria.
Recentemente o Governo Britânico ampliou em mais 6 unidades a encomenda de aeronaves C-17 à Boeing, por conta das operações no Afeganistão.

A Frota de C-17 estaria sofrendo um desgaste excessivo, dadas as missões continuadas e, por esta razão, a vida útil das aeronaves estaria sendo reduzida.

Devido a essa situação, a RAF estaria avaliando a possibilidade de ampliar a sua frota para um total de 22 a 24 aeronaves, entretanto este número poderia ainda ser maior, segundo a revista. Porém, tudo dependeria da disponibilidade de recursos, uma vez que a tal “crise econômica” acertou em cheio o orçamento militar britânico.

Entretanto, pelo mesmo motivo que os britânicos, os C-17 norte-americanos têm sofrido uma excessiva carga de esforço, por causa das intensas operações no Iraque e Afeganistão.
Algumas células têm chegado a voar mais de 3 vezes as horas anuais planejadas em seu projeto e muitos C-17 dos primeiros lotes estariam em envelhecimento acelerado. Algumas já teriam que ser abatidas já em 2012, muito antes do programado, entretanto, os C-17 que fatalmente serão retirados do serviço ativo, farão muita falta, dadas as necessidades logísticas das Forças Armadas dos Estados Unidos nestes dois conflitos.

Uma das soluções propostas às autoridades americanas, seria a retirada precoce de cerca de 60 aeronaves C-17 dos primeiros lotes e posterior disponibilização destas à venda para potenciais clientes, como o Reino Unido, Arábia Saudita, Austrália e Canadá, onde a utilização por períodos não tanto excessivos daria uma vida maior a esses C-17.

A venda dos C-17 angariaria fundos para a USAF poder efetuar a encomenda de novos lotes do C-17, mantendo a linha de produção da Boeing ativa e efetuando a necessária reposição das células abatidas A RAF está de olho nesta proposta.

FONTE: Revista Air International / Edilson Moura Pinto – Plano Brasil

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Baschera

Os Indianos gostam de comprar par caramba….. e uma curiosidade, ou bom senso, é que costumam ter mais de um vetor de fabricantes diferentes para o mesmo tipo de uso.
A notícia não fala, mas cada C-17 pode custar até Us$ 220 milhões.
A FAB também está iniciando um futuro programa de aquisição de aeronaves heavy….. vamos ver se decola!

Sds.

Tiago Jeronimo

Quem me dera ver o Globemaster na força aerea, com um territorio do tamanho do nosso uns 5 bichos desses seriam muito bem vindos para deslocar os nossos blindados.

edilson

Salve Baschera, a Fab realmente tem esta intenção? sabes porque em abril deste ano postei esta notícia, ams nem dei muito crédito pois nada se falou na altura nem posteriormente. naquela altura a Airfoce Monthly publicou a notícia de que a FAB estaria avaliando um “super Cargueiro”, gostaria de confirmar isto segue trexo da matéria que publiquei, grande abraço: “Os boatos estão se espalhando, mas até agora a Fab ainda não confirmou a sua suposta intenção em adquirir uma aeronave super cargueira. Desta vez a notícia foi publicada na respeitada revista britânica AirForces Monthly de abril de 2009 (página 16).… Read more »

alfredo.araujo

Aos mais entendidos…
Pq aeronaves como os B-52, C-5, C-130, etc.. se mantem em serviço durante décadas com seguidas revitalizações e modernizações, e o C-17, com menos de 20 anos de uso, ja está para ter células retiradas do serviço ativo por excesso de uso ???

edilson

Salve Alfredo Araújo. Ao que parece, os C17 estariam voando muitas vezes mais do que as horas diárias previstas para células. Uma aeronave é projetada para X horas de uso supomos que: a aeronave foi planejada para voar 1000 horas em 10 anos tendo-se uma média de 100 horas por ano. se esta aeronave voa 200 horas por ano ela terá sua vida útil reduzida para 5 anos (isto não é direto, mas é só para se ter uma idéia). Outra analogia seria imaginar que você compra um carro cujo motor aguenta 200 mil km, podes tê-lo pelo resto da… Read more »

Rodrigo Marques

Isto está acontecendo agora às 12:53

Piloto morto em pleno voo de Boeing 777 entre a Belgica e os EUA

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1199119-5602,00.html

Henrique

Vcs repararam na quantidade de equipamentos que as forças armadas de uma país miserável como a India possui..
Impressionante !

Zeke

$ 220 milhões ?
Alguem sabe quanto custaria um Antonov 124 ?
Abraços.

Fabio Max1

Não podemos comparar as FFAA dos EUA, que operam no mundo todo, com as do Brasil. Se um C17 está saindo de operação porque ultrapassou as horas projetadas de vôo, certamente é porque ele carrega pessoal e equipamentos para os mais variados cenários, sejam de guerra (Iraque, Afeganistão) sejam de dissuasão (na região da Coréia do Norte) sejam mesmo em bases espalhadas pelo globo afora.

Um C17 na FAB teria vida útil de uns 25 anos, no mínimo.

Robson Br

“””Uma das soluções propostas às autoridades americanas, seria a retirada precoce de cerca de 60 aeronaves C-17 dos primeiros lotes e posterior disponibilização destas à venda para potenciais clientes, como o Reino Unido, Arábia Saudita, Austrália e Canadá, onde a utilização por períodos não tanto excessivos daria uma vida maior a esses C-17. A venda dos C-17 angariaria fundos para a USAF poder efetuar a encomenda de novos lotes do C-17, mantendo a linha de produção da Boeing ativa e efetuando a necessária reposição das células abatidas A RAF está de olho nesta proposta””” PODERIA INCLUIR O BRASIL NESTA LISTA.… Read more »

Pedro Rocha

Olá senhores! Após vários entraves operacionais com o cadastramento nos blogs, consegui retornar! Senhores administradores dos nossos blogs (Terrestre, Naval e Aéreo), gostaria de sugerir a possibilidade de alterar a senha cadastrada. Essa possibilidade seria extremamente útil para quem utiliza varias maquinas (meu caso). Estou com um papel impresso com as complexas e imemoriáveis senhas! A aquisição dos C-17 só seria interessante para a FAB se fossem novos de fabrica! Os C-17 usados seriam um mal negocio, haja vista o desgaste das células que implicaria em limitações na carga paga e capacidade de pouso em pistas não preparadas! A linha… Read more »

Fabio Max1

Bem… não tinha notado que a oferta para o Brasil era de C17 usados, daí, dada a forma de uso na USAF, não aconselharia mesmo.

Walderson

Caro Henrique,

não têm como comparar a Índia com o Brasil, pois a cultura lá é bem diferente. Lá, os pobres são pobres e aceitam como uma questão religiosa. Quase não existe mobilidade social, ou seja, o pobre nasce pobre e morre pobre por que foi definido por Deus que ele fosse assim. Quase não há investimentos em educação, saúde e saneamento básico. Aqui, ainda que mal e porcamente, existe essa cultura. Temos obrigações que lá não existe, a não ser para uma pequena parcela da população. Dessa forma, sobra bastante dinheiro para investir no que quiser.

Robson Br

Pedro Rocha,
é só clikar no seu nome que está abaixo da expressão: Deixe um comentário” (acinma do quadro que digitamos nossos comentários) e vai abrir uma página. só mudar a senha.

Baschera

Olá Edilson, Primeiramente, uma correção, no meu post lá em cima, deveria ter acrescentado que a FAB, segundo infos de um colega de fórum muito bem informado na força (é da reserva)teria iniciado “estudos” acerca da necessidade de se ter um avião da categoria de um C-17. Pode-se concluir que o estudo revele ou não a necessidade de tal aparelho para o cumprimento das funções da FAB. O projeto se chamará KC-X (trasporte estratégico e REVO)e teria o mês de Agosto para iniciar oficialmente. Fala-se em substituir os Boeing 707, mas poderia ser, até pela eterna falta de verbas, um… Read more »

Baschera

Sorry… não é “especicicações” e sim especificações…..
Sds.

[…] Força Aérea da Índia selecionou o Boeing C-17 como seu novo avião de transporte […]

[…] Força Aérea da Índia selecionou o Boeing C-17 como seu novo avião de transporte […]

Baschera

Os Indianos gostam de comprar par caramba….. e uma curiosidade, ou bom senso, é que costumam ter mais de um vetor de fabricantes diferentes para o mesmo tipo de uso.
A notícia não fala, mas cada C-17 pode custar até Us$ 220 milhões.
A FAB também está iniciando um futuro programa de aquisição de aeronaves heavy….. vamos ver se decola!

Sds.

Tiago Jeronimo

Quem me dera ver o Globemaster na força aerea, com um territorio do tamanho do nosso uns 5 bichos desses seriam muito bem vindos para deslocar os nossos blindados.

edilson

Salve Baschera, a Fab realmente tem esta intenção? sabes porque em abril deste ano postei esta notícia, ams nem dei muito crédito pois nada se falou na altura nem posteriormente. naquela altura a Airfoce Monthly publicou a notícia de que a FAB estaria avaliando um “super Cargueiro”, gostaria de confirmar isto segue trexo da matéria que publiquei, grande abraço: “Os boatos estão se espalhando, mas até agora a Fab ainda não confirmou a sua suposta intenção em adquirir uma aeronave super cargueira. Desta vez a notícia foi publicada na respeitada revista britânica AirForces Monthly de abril de 2009 (página 16).… Read more »

alfredo.araujo

Aos mais entendidos…
Pq aeronaves como os B-52, C-5, C-130, etc.. se mantem em serviço durante décadas com seguidas revitalizações e modernizações, e o C-17, com menos de 20 anos de uso, ja está para ter células retiradas do serviço ativo por excesso de uso ???

edilson

Salve Alfredo Araújo. Ao que parece, os C17 estariam voando muitas vezes mais do que as horas diárias previstas para células. Uma aeronave é projetada para X horas de uso supomos que: a aeronave foi planejada para voar 1000 horas em 10 anos tendo-se uma média de 100 horas por ano. se esta aeronave voa 200 horas por ano ela terá sua vida útil reduzida para 5 anos (isto não é direto, mas é só para se ter uma idéia). Outra analogia seria imaginar que você compra um carro cujo motor aguenta 200 mil km, podes tê-lo pelo resto da… Read more »

Rodrigo Marques

Isto está acontecendo agora às 12:53

Piloto morto em pleno voo de Boeing 777 entre a Belgica e os EUA

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1199119-5602,00.html

Henrique

Vcs repararam na quantidade de equipamentos que as forças armadas de uma país miserável como a India possui..
Impressionante !

Zeke

$ 220 milhões ?
Alguem sabe quanto custaria um Antonov 124 ?
Abraços.

Fabio Max1

Não podemos comparar as FFAA dos EUA, que operam no mundo todo, com as do Brasil. Se um C17 está saindo de operação porque ultrapassou as horas projetadas de vôo, certamente é porque ele carrega pessoal e equipamentos para os mais variados cenários, sejam de guerra (Iraque, Afeganistão) sejam de dissuasão (na região da Coréia do Norte) sejam mesmo em bases espalhadas pelo globo afora.

Um C17 na FAB teria vida útil de uns 25 anos, no mínimo.

Robson Br

“””Uma das soluções propostas às autoridades americanas, seria a retirada precoce de cerca de 60 aeronaves C-17 dos primeiros lotes e posterior disponibilização destas à venda para potenciais clientes, como o Reino Unido, Arábia Saudita, Austrália e Canadá, onde a utilização por períodos não tanto excessivos daria uma vida maior a esses C-17. A venda dos C-17 angariaria fundos para a USAF poder efetuar a encomenda de novos lotes do C-17, mantendo a linha de produção da Boeing ativa e efetuando a necessária reposição das células abatidas A RAF está de olho nesta proposta””” PODERIA INCLUIR O BRASIL NESTA LISTA.… Read more »

Pedro Rocha

Olá senhores! Após vários entraves operacionais com o cadastramento nos blogs, consegui retornar! Senhores administradores dos nossos blogs (Terrestre, Naval e Aéreo), gostaria de sugerir a possibilidade de alterar a senha cadastrada. Essa possibilidade seria extremamente útil para quem utiliza varias maquinas (meu caso). Estou com um papel impresso com as complexas e imemoriáveis senhas! A aquisição dos C-17 só seria interessante para a FAB se fossem novos de fabrica! Os C-17 usados seriam um mal negocio, haja vista o desgaste das células que implicaria em limitações na carga paga e capacidade de pouso em pistas não preparadas! A linha… Read more »

Fabio Max1

Bem… não tinha notado que a oferta para o Brasil era de C17 usados, daí, dada a forma de uso na USAF, não aconselharia mesmo.

Walderson

Caro Henrique,

não têm como comparar a Índia com o Brasil, pois a cultura lá é bem diferente. Lá, os pobres são pobres e aceitam como uma questão religiosa. Quase não existe mobilidade social, ou seja, o pobre nasce pobre e morre pobre por que foi definido por Deus que ele fosse assim. Quase não há investimentos em educação, saúde e saneamento básico. Aqui, ainda que mal e porcamente, existe essa cultura. Temos obrigações que lá não existe, a não ser para uma pequena parcela da população. Dessa forma, sobra bastante dinheiro para investir no que quiser.

Robson Br

Pedro Rocha,
é só clikar no seu nome que está abaixo da expressão: Deixe um comentário” (acinma do quadro que digitamos nossos comentários) e vai abrir uma página. só mudar a senha.

Baschera

Olá Edilson, Primeiramente, uma correção, no meu post lá em cima, deveria ter acrescentado que a FAB, segundo infos de um colega de fórum muito bem informado na força (é da reserva)teria iniciado “estudos” acerca da necessidade de se ter um avião da categoria de um C-17. Pode-se concluir que o estudo revele ou não a necessidade de tal aparelho para o cumprimento das funções da FAB. O projeto se chamará KC-X (trasporte estratégico e REVO)e teria o mês de Agosto para iniciar oficialmente. Fala-se em substituir os Boeing 707, mas poderia ser, até pela eterna falta de verbas, um… Read more »

Baschera

Sorry… não é “especicicações” e sim especificações…..
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[…] Força Aérea da Índia selecionou o Boeing C-17 como seu novo avião de transporte […]

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