Britanite e Mectron juntas no projeto da bomba guiada nacional

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O Poder Aéreo esteve hoje nos stands da Britanite e da Mectron para saber mais sobre a bomba guiada nacional que está sendo desenvolvida pelas duas empresas.
O diretor de desenvolvimento de novos negócios da Britanite, Florival Trinkel, nos contou um pouco da história da empresa, que começou atuando na área de explosivos para a construção civil e na década de 1980 adentrou a área de Defesa, produzindo minas terrestres. Depois do banimento desse tipo de arma, a empresa descarregou cerca de milhares de bombas da FAB da Segunda Guerra e conseguiu reformar mais boa parte delas para uso em treinamento.
A Britanite recentemente começou a produzir bombas “burras” similares às americanas e agora está trabalhando no desenvolvimento de uma bomba guiada, que terá uma cabeça de orientação por GPS e INS produzida pela Mectron. Os primeiros ensaios da nova arma, conhecida como SMKB, devem começar no final de 2009.

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Zero Uno

Parabéns pela rapidez pelo atendimento aos pedidos dos blogueiros. Realmente a eficiência de Galante e cia. é impressionante.

Obrigado mais uma vez.

Marcos T.

Podiam fazer os textes em Brasilia…

gabriel

em um futuro proximo o brasil pretende adquirir este tipo equipamento?

gaspar

na boa, eu acho que as empresas brasileiras estavam escondendo o jogo…
impressionante, “de um dia pro outro” vemos que nossas empresas podem e produzem equipamentos que nao devem nada ao outros que estao no mercado…

Marcos T.

concordo contigo, poderiamos testar todas as armas ali na esplanada e regiao…

Marcelo Tadeu

Muito bom!!! Ela lembra muito as Paveway I não é não?

gaspar

no poster no fundo da primeira foto, seria um veiculo Astros lancando um missel ??

gaspar

a 83 parece ser o dobro do tamanho da 82…
e o que seriam esses numeros SMKB 82 e SMKB 83 ??

Julian C

“Podiam fazer os testes em Brasilia…”

PERFEITO!!!
Mas tem de testar muito pra nao ter duvidas que funciona perfeitamente!

Marcelo Tadeu

É, de prefeência com um martelo!!! rrsrsrs

Pedro

Quem sabe não poderiam pensar num projeto à la MOAB?
Se não me engando tem dois bons campos de testes ali em Brasilia, na explanada dos Ministérios e na praça dos três poderes…

gaspar

no poster de fundo da primeira foto, seria um veiculo Astros lancando um missel ??

Claudio

Segundo informações de outro site, estas bombas têm um envelope de 6 metros, isto não é problema para alvos não fortificados, como AA, tropas ou um prédio não fortificado, mas contra uma posição como um hangar protegido com concreto faz diferença sim, neste caso o envelope deveria ser de 1 (um) metro. Quanto a guiagem ela utiliza em redundância quaisquer dos três sistemas de posicionamento global (Glonass, russo, Galileu, europeu e o GPS, americano), mas no cenário sul-americano o que vale atualmente é o GPS. Portanto em caso de conflito, ele poderá ter sua performance diminuída pelos americanos, caso eles… Read more »

Bosco

Eu vejo com uma certa desconfiança essas intenções. Mas quem sabe… Os mísseis básicos para qualquer país são os ar-ar de curto e médio alcances (que podem gerar versões sup-ar de baixa e média altitude, tanto terrestre quanto naval), os mísseis anti-tanques de médio alcance, os anti-navios (ar-sup e sup-sup), um míssil ar-sup tático e as bombas guiadas. Já estamos avançados pelo menos em relação aos mísseis ar-ar de curto alcance e ao míssil anti-tanque médio. Também em relação a um míssil anti-radar ar-sup, que vale salientar é um tipo de arma de uma elite de países. Tomara que as… Read more »

Bosco

Um míssil tático ar-sup talvez seja até um “luxo”, para caças talvez ele fosse até dispensável já que bombas guiadas com orientação terminal dão conta do recado na grande maioria das vezes, prova disso são as GBU-12 destruidoras de tanques no Iraque e na Sérvia. Mas para equipar nossos helicópteros navais com um míssil anti-navio de pequeno porte (no lugar dos Sea Skua e Penguin) e os Mi-35 com um míssil tático/anti-tanque, eu acho um míssil da classe do Hellfire bem interessante, já que pode ter versões tanto navais quanto anti-tanques e inclusive sup-sup. Com mínimas variações de software e… Read more »

Mauricio R.

“…mas contra uma posição como um hangar protegido com concreto faz diferença sim, neste caso o envelope deveria ser de 1 (um) metro.”

Uma JDAM c/ ambas as interfaces GPS/INS, tem 3m de CEP!!!
Claro que as custas de um importante componente importado, mas fazer o que.

Mauricio R.

Mas tem um jeito de publicar alguma foto daquele poster, no fundo de estande???

Bosco

Sem dúvida bombas guiadas por GPS/INS trariam um significativo reforço para o Brasil mas acho que bombas com orientação terminal e com precisão sub-métrica são importantes para um grande número de situações táticas/alvos. Em relação ao custo o ideal seriam sistemas de orientação modulares começando por bombas guiadas por laser somente, INS somente (principalmente para as de fragmentação), indo até as bombas guiadas por GPS/INS/IIR com data-link ou com sistema de aquisição automático de alvos. Os sistemas de navegação de meio curso baseados no INS e no GPS, aliados a cabeças buscadoras (IIR (do A-Darter?), laser semi-ativo (baseado no sistema… Read more »

Bosco

Também o “outro site” diz que a bomba consegue fazer a aquisição do alvo em qualquer condição meteorológica. É uma simplificação por demais “simplista”.rsrs…. Uma bomba guiada por GPS/INS não faz aquisição do alvo, mesmo porque, ela não tem um sistema de orientação terminal. Ela se dirige para onde foi determinada e chega lá às cegas fazendo correções através das informações recebidas pela constelação de satélites de navegação. Mas isso é só um detalhe. Na prática é como se ela visse mesmo o alvo já que uma grande parte deles são destruídos por uma bomba que pesa uns 250 kg… Read more »

Bosco

Só agora me dei conta que as bombas em questão são guiadas apenas por GPS/INS. Por distração me deixei levar pelo texto e mais ainda pela forma da bomba, parecida com uma Paveway.
Mas fica aí minha sugestão de aproveitar as tecnologias de seeker empregados nos mísseis Piranha II, A-Darter, MAR-1 e até no MSS 1.2, que a despeito de ter um sistema de orientação por rastreio de feixe laser (laser beam rider), poderia ser aproveitado para o desenvolvimento de uma cabeça de busca laser semi-ativo.

Bosco

Essa configuração de sistema de orientação/aletas móveis na frente adotada pela Britanite/Mectron para uma bomba sem “seeker” segue a configuração da bomba francesa AASM e da bomba que perdeu o programa que gerou a JDAM, não me lembro de qual empresa.
Acho bem interessante a configuração adotada pela empresas brasileiras, já que no futuro, quando e se houver versões com
orientação terminal o mesmo poderá ser adaptado de maneira mais prática e elegante.

evandro

ESTAMOS NO CAMINHO CERTO. SÓ FALTA AGORA UM MÍSSIL “BVR”.

lucas lasota

Bosco, Na Laad de 2007 eu conversei com um dos executivos da avibras. Ele me falou do projeto do ss-300, aquele missil sup-sup que a avibras esta deselvolvendo. ele me disse que ele sera facilmente integrado em navios e tera uma versao ar-sup. acontece que, nessa pindaiba que a avibras esta ele me falou que o missil esta sendo desenvolvido em doses homeopaticas. so falta mesmo o sistema de guiagem, que e importado ainda e eles querem fazer um nacional. de qualquer forma, creio que toda essa familia de misseis poderiam partir dele, ja que e uma plataforma excepcional, tendo… Read more »

Adler Medrado

Que bobagem essa de testar em Brasília. Lógico que é brincadeira mas tem muita gente boa nessa cidade também. Aliás, vocês de outros estados também mandam as suas porcarias pra cá. Na esplanada tem muita gente boa e trabalhadora que nada tem a ver com corrupção e congêneres.

Bosco

Lucas, você se refere ao AV/MT-300 não é? Eu acho que da LAAD 2007 pra cá esse projetou andou tão em dose homeopática que o paciente morreu.rsrs.. Brincadeiras à parte mas eu acho que não vai vingar não. Gostaria que ele e principalmente o míssil guiado por fibra óptica (FOG-MP)tivessem sido desenvolvidos. Até hoje nenhum míssil NLOS foi pra frente e poderíamos ter apostado no conceito. Parece que agora o PAM americano vai dar certo mas será guiado por RF e não por fibra óptica. O AV/MT-300, sem querer menosprezar nossos engenheiros, eu achava ser um projeto muito avançado para… Read more »

gaspar

volto a perguntar pois seria muito interessante essa integracao entre a Avibras e Mectron,

no poster de fundo da primeira foto, seria um veiculo Astros lancando um missel ??

Rodrigo Rauta

Bosco, com relação ao falecido AV/MT-300 ele estava presente no stand da avibras sim, so que com outro nome e na forma de folder…Não me lembro com qual nome ele estava sendo referido, mas acho que ja não era tratado mais como missel tatico não…
Talvez a equipe do Blog tenha feito alguma materia ou reparado melhor nisso!
Abraços!!

Leo

Caro Lucas

Este comentário do executivo do Avibrás foi brilhante! Eles tem tudo para o míssil! Só falta o sistema de guiagem.

Pelo visto não é a apenas o míssil que necessita de um “cérebro”.

Vassili Zaitsev

E o Brasil finalmente anda no caminho da auto suficiencia em material de defesa. A notícia é das melhores que a FAB poderia divulgar.

abraços.

Leo

Testar em Brasília estas bombinhas de São João? Isto seria deperdício de munição! Para Brasília temos que reservar algo especial tipo bomba A ou termonuclerar e olhe que uma só não consegue resolver…

Bosco

Adler,
concordo em gênero, número e grau.
É um absurdo esse negócio de falar em usar uma bomba guiada para atingir o Congresso Nacional em um dia de votação de um projeto importantíssimo para o Brasil. E uma MOAB então? Pior ainda.
Afinal quem em seu juízo perfeito iria propor desperdiçar uma bomba guiada para matar uns 6 ou 7 parlamentares? rsrs….

Brincando contigo meu caro Adler. Não leve a mal não.
Um abraço meu caro.

Bosco

Gaspar,
infelizmente a foto não mostra o que a setinha tá dizendo sobre o suposto míssil lançado aparentemente por um veículo do ASTROS. Quem sabe não é o famoso míssil anti-navio?
Eu também fiquei curioso.

Bosco

O curiosa da bomba guiada brasileira é ser de orientação GPS/INS. O lógico seria começarmos por uma bomba guiada à laser que é muito mais simples, embora em princípio, mais precisa.
Mas, nóis é nóis. rsrsrs…

Leonardo Angelozi

Bombas MK (Mark Series) 80, 82, 84 etc.. Bombas de uso geral com pouco arrasto e inerciais..

Agora SMKB???? Smart MK B de bomb?? nao entendi esse designação

Não devia ter esse MK que se caracteriza por bombas nao guiadas… (aéronauticamente falando claro)

Hiigins

Lembro as luminares cabeças, que com suas faustosas mentes, propugnam a destruição completa da capital federal, por motivos afeitos à política, que aqueles que causam tal esgar, foram todos, com a exceção sentida de 8 deputados e 3 senadores, eleitos e aqui colocados devido ao voto tirânico dos senhores!
Portanto, sugiro que escolham outro alvo. Sugiro o Palácio dos Bandeirantes, ou a sede esportiva do C.R. Flamengo, bem como a do Clube Corinthians Paulista. Como se vê, alvos de melhor escolha.

Bosco

Hiigins,
não sei se entendi direito tudo o que você escreveu rsrs…. mas a parte do “voto tirânico” eu te adianto que foi “obrigatório”.
Se fala bunito!!!!
Um abraço meu caro.

Baschera

Bosco,
O sistema de comunicação entre a aeronave lançadora e a s bombas da Britanite é feita através de um uma conexão wireless, o que permite sua integração em muitas aeronaves com baixo custo. Cabos e fios como os pretensamente usados nas FOG são coisa do passado. A geração de energia ao computador do kit é feito por uma pequena hélice de geração aclopada na cabeça frontal do kit.
Então : SMKB-82 = Bomba Burra MK 82 de 500 lbs.
SMKB-83 = Bomba Burra MK 83 de 1000 lbs.

Sds.

Almeida

CLAP!!! CLAP!!! CLAP!!! BRAVO!!!

Bronco

Bosco, permita-me discordar da sua preferência pela guiagem por laser apenas em um ponto: a precisão das bombas guiadas à laser é maior sim, ponto. No entanto elas tem uma filosofia de emprego muito engessada pela necessidade de iluminação do alvo. Essa é uma tecnologia que foi desenvolvida ao extremo na década de 90 e que se mostrou eficaz em combates onde havia uma outra aeronave, um pod de designação ou soldado iluminando o alvo. O emprego real inicialmente se mostrou eficaz para destruir Scuds no Iraque iluminado por forças especiais. Mesmo em um ambiente de apoio à tropas em… Read more »

Bosco

Bronco, como estou acordado até agora esperando o treino de F-1, assitindo um filme de terror, pendurado no meu PC, fumando e bebendo uma taça de vinho tinto, acabei de ler seu comentário. Foi sublime e concordo plenamente. Em momento algum eu disse que preferia uma bomba guiada à laser. Disse apenas que estranhava que tivéssemos iniciado com uma bomba guiada por GPS/INS que é mais “complexa”. O “complexa” aí se refere ao desenvolvimento e ao projeto e não à operação. Eu particularmente acho que tanto as bombas guiadas por GPS-INS como as que possuem, além desses sistemas, uma cabeça… Read more »

Xr

Em uma notícia no site do CTA (http://www.cta.br/noticias.htm#laboratorio), sobre a visita de uma comissão americana há uma foto na qual são observadas duas bombas com corpos centrais em laranja (protótipos), numa delas pode-se observar um kit de guia, aparentemente, à laser. Seria um projeto nacional?

Gaspar, a foto do poster pode ser visualizada aqui:http://www.defesanet.com.br/01_l/laad2009/02_fotos.htm.
Parabéns à cobertura!!!
Abçs

J Roberto

O Brasil está bem no mercado de mísseis num futuro próximo:.MAR-1,Bombas Guiadas à GPS/INS,A-darter,MSS-1.2,Piranha MAA-1B,e em breve mais mísseis vão aparecer. Quanto aos mísseis guiados à laser,parece que a Raytheon está desenvolvendo um míssil guiado por laser chamado Griffin disparado de tubo para armar o UAV Predator e outras aeronaves.O míssil pesa cerca de 20kg. O Predador poderá usar até três mísseis Griffin no lugar do Hellfire sendo mais longo e com menor diâmetro (13cm). O alcance é de 6 km. O míssil tem conceito modular podendo receber outros sensores e cabeças de guerra. O míssil terá baixo custo usando… Read more »

Bosco

Bronco, enquanto o treino não começa. rsrs… A operação de bombas guiadas por GPS apesar de a princípio parecerem simples na verdade não é. Para se estabelecer as coordenadas do alvo demando muito esforço, incluindo muitas vezes “comandos” infiltrados e pods de ataque com capacidade de “extrair” as coordenadas em tempo real com o auxílio de lasers. Também o radar de caças modernos com capacidade SAR pode fazer o mesmo serviço mas nem todos os caças e nem todos os alvos são passíveis disso. Também o uso de UAVs, satélites, aeronaves tripuladas, etc, se faz necessário. J. Roberto, não sabia… Read more »

Sérgio

Bosco . Tá na hora do treino, vamos la! Vivas ao Rubinho.

Bronco

Bosco, respondendo ao seu primeiro comentário: Eu penso que o uso de seekers, IR, guiamento por TV, enfim, poderia ser deixado para o caso de construirmos um míssel ar-terra multifunção do tipo Hellfire, por exemplo. Nesse caso específico poderia ser, como você mesmo sugere em um de seus comentários, um corpo de fácil adaptação para a cabeça escolhida. Seria uma “revolução” possuir um corpo com uma carga explosiva X que se pudesse adaptar para cada tipo de missão escolhendo a cabeça do míssel. Por exemplo, um heli caça-tanques num ambiente de grande perigo anti-aéreo poderia ser configurado para carregar mísseis… Read more »

J Roberto

É bosco,mas como a tecnologia não para,a Raytheon aperfeiçou esse míssil,e aquele que tiver melhor relação custo/benefício fica. Sobre as bombas guiadas,para atacar com precisão alvos bem defendidos com defesas aérea de área, existe uma versão como a do míssil de médio alcance Kh-59M (AS-18 Kazoo) guiado por TV e alcance de 130km. Os mísseis guiados por IR como a Opher e Maverick são atrativos por poderem atacar alvos em terra e no mar. As bombas guiadas a laser também tem esta capacidade, mas não são armas do tipo “dispare-e-esqueça” com a aeronave tendo que se expor as defesas por… Read more »

lucas lasota

Bosco,

valeu pelo comentario, e eu tambem me esposo da sua opiniao. A avibras passa por um momento dificil. Esta em recuperacao judicial, lutando pela sobrevivencia agora. Mas creio que ela nao nos deixara na mao. Amo muito ela..rs.

De qualquer forma, gostaria de te perguntar se vc sabe de algum detalhe mais robusto sobre esse vant que a avibras expos nessa laad. achei o conceito interessante.

abraco mano!

Bosco

Lucas,
eu só vi uma foto em outro site.
Me pareceu um conceito bem moderno de um UAV com capacidade VTOL mas com as vantagens de uma aeronave convencional.
Ele usa um sistema desenvolvido na década de 80 que não me lembro o nome em que todo o corpo da aeronave gira para cima permitindo ao rotor dar sustentação para os pousos e decolagens, mas a cauda fica na posição horizontal.
Vou procurar uma foto e o nome e te falo.
Um abraço.

Bosco

Lucas,
pela foto que eu vi o UAV brasileiro parece ser de um conceito muito avançado baseado no Freewing Scorpion.
Não vou postar o endereço da foto da Avibrás para não ser deselegante que sei deverá ser matéria de um post futuro do blog, mas te adianto que é parecido com esse:
((http://www.wildrc.com/images/dansprojects/freewing2.jpg))
Um abraço.

Bosco

Esse conceito é conhecido com “tilt body”.

lucas lasota

interessantissimo. acho que vingara!

valeu pela presteza!!