uso-militar-do-espaco3

Num recente “post” aqui do blog do Poder Aéreo, que tratava da colisão entre dois satélites, surgiram questões em relação ao uso do espaço e em que órbita eles estavam. A imagem acima, uma figura da época da Guerra Fria, apresenta, de forma simplificada como se dá o uso do espaço pelos diferentes sistemas. A forma como os mesmos se distribuem pouco mudou em relação àquela época.

Colisões entre objetos na órbita da Terra são eventos raríssimos, mas acontecem. As potências militares não contam com essa sorte para destruir um satélite do seu oponente e desenvolveram seus próprios sistemas anti-satélite, mais conhecidos com o ASAT.

f-15-asat-3Talvez o mais conhecido deles tenha sido o projeto “F-15 ASAT”. O programa começou em 1977 e dois anos depois a Vought Co. recebeu um contrato de 78,2 milhões de dólares para desenvolver o míssil ASM-135 ASAT, baseado no AGM-69 SRAM.

Formalmente o programa chamava-se PMALS (Prototype Miniature Air Launched Segment) e consistia num míssil de dois estágios lançado a partir de um plataforma (no caso, um F-15 modificado). O míssil carregava um veículo de orientação em miniatura (MHV) que, na verdade, era uma carga não explosiva com orientação própria. O objetivo era apenas colidir com o satélite do oponente.

f-15-asat

A primeira, e única, interceptação com sucesso ocorreu em 1985. Três anos depois o programa foi cancelado. Os soviéticos desenvolveram um sistema parecido, baseado no MiG-31 como plataforma de lançamento.

Caso queira saber mais sobre o projeto F-15 ASAT, existem diversas publicações sobre o assunto. Na internet, o blog do Poder Aéreo recomenda o site The F-15 ASAT story, por Gregory Karambelas.

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AMX

A primeira ilustração, bem como as fotos do F-15 foram publicadas, no brasil, num dos livros da coleção “Guias de Armas de Guerra”, dos anos 80; justamente em dois exemplares intitulados “Guerra Espacial” (vols. 1 e 2). Essa coleção, que trazia títulos diversos, foi uma das poucas que tratava, no Brasil, de temas de armamento (e um pouco de Defesa) de maneira sucinta e voltada para leigos e entusiastas.
Deu até uma saudade, hehe.
Pena que não lançaram mais nada parecido (ao menos em SC).
Abraços!

PAULO

que legal sera que um dia nos chegaremos este topo

MARSP

Realmente essa coleção “Guias de Armas de Guerra” ira muito boa, eu possuo alguns exemplares aqui. Hoje em dia que eu saiba, não vendem mais. Uma pena. Talvez culpa da internet.

Bosco

O satélite matador tem a vantagem de conseguir destruir um outro satélite em qualquer órbita, mas leva muito tempo até ele ser posicionado, podendo chegar a dias ou semanas de correções comandadas da terra.
O míssil antisatélite lançado de caças, de navios ou do solo são de trajetória balística, destruição por impacto direto, não tendo segunda chance, e são usados em geral contra satélites em órbitas baixas (até 1000 km).
No futuro próximo os satélites serão alvo de lasers aerotransportados (ABL) e de lasers baseado no espaço (SBL).

Vassili Zaitsev

AMX,

Essa coleção existia completa na biblioteca municipal de onde moro. Infelismente, sumiram com toda seção de livros entitulada “Guerra”.

Realmente uma pena, pois a coleção inteira tinha mais de 30 edições diferentes, cada uma abordando uma variante do tema.

abraços.

Raphael

Ueh? Cada meu post????

Ai o teste do novo MKV:

http://www.youtube.com/watch?v=KBMU6l6GsdM

Bosco

Após uma rápida conferida na internet:

As órbitas usadas pelos satélites são:
Órbita baixa: 350 a 1.700 km
Órbita média: 1.700 até 36.000 km (a rigor se chegar na GEO já não é mais órbita média)
Órbita geoestacionária (GEO): 36.000 km

Os satélites podem ter órbitas:
convencionais
circulares
elípticas
retrógradas
polares

Quanto à massa os satélites com menos de 500 kg são classificados como:
entre 200 e 500 kg são minisatélites
entre 10 e 200 kg são microsatélites
abaixo de 10 kg são nanosatélites

Um abraço a todos.

AMX

NOOOSSSSAAAA!!!!!

Gente, 1.000.000.000 perdões pelo “brasil”, ao invés de “Brasil”.
Vi só agora. Coisas de digitação rápida pra que o chefe não veja, hehehe.

Vassili:
Realmente, é uma pena mesmo. Coisas de brasileiro, com seu “falso-pacifismo”, contribuindo para desiformação….
Não tenho ela toda, mas mais da metade com certeza. Tenho alguns exemplares repetidos, se vc. estiver interessado, podemos conversar.
Abraços!

AMX

A primeira ilustração, bem como as fotos do F-15 foram publicadas, no brasil, num dos livros da coleção “Guias de Armas de Guerra”, dos anos 80; justamente em dois exemplares intitulados “Guerra Espacial” (vols. 1 e 2). Essa coleção, que trazia títulos diversos, foi uma das poucas que tratava, no Brasil, de temas de armamento (e um pouco de Defesa) de maneira sucinta e voltada para leigos e entusiastas.
Deu até uma saudade, hehe.
Pena que não lançaram mais nada parecido (ao menos em SC).
Abraços!

PAULO

que legal sera que um dia nos chegaremos este topo

MARSP

Realmente essa coleção “Guias de Armas de Guerra” ira muito boa, eu possuo alguns exemplares aqui. Hoje em dia que eu saiba, não vendem mais. Uma pena. Talvez culpa da internet.

Bosco

O satélite matador tem a vantagem de conseguir destruir um outro satélite em qualquer órbita, mas leva muito tempo até ele ser posicionado, podendo chegar a dias ou semanas de correções comandadas da terra.
O míssil antisatélite lançado de caças, de navios ou do solo são de trajetória balística, destruição por impacto direto, não tendo segunda chance, e são usados em geral contra satélites em órbitas baixas (até 1000 km).
No futuro próximo os satélites serão alvo de lasers aerotransportados (ABL) e de lasers baseado no espaço (SBL).

Vassili Zaitsev

AMX,

Essa coleção existia completa na biblioteca municipal de onde moro. Infelismente, sumiram com toda seção de livros entitulada “Guerra”.

Realmente uma pena, pois a coleção inteira tinha mais de 30 edições diferentes, cada uma abordando uma variante do tema.

abraços.

Raphael

Ueh? Cada meu post????

Ai o teste do novo MKV:

http://www.youtube.com/watch?v=KBMU6l6GsdM

Bosco

Após uma rápida conferida na internet:

As órbitas usadas pelos satélites são:
Órbita baixa: 350 a 1.700 km
Órbita média: 1.700 até 36.000 km (a rigor se chegar na GEO já não é mais órbita média)
Órbita geoestacionária (GEO): 36.000 km

Os satélites podem ter órbitas:
convencionais
circulares
elípticas
retrógradas
polares

Quanto à massa os satélites com menos de 500 kg são classificados como:
entre 200 e 500 kg são minisatélites
entre 10 e 200 kg são microsatélites
abaixo de 10 kg são nanosatélites

Um abraço a todos.

AMX

NOOOSSSSAAAA!!!!!

Gente, 1.000.000.000 perdões pelo “brasil”, ao invés de “Brasil”.
Vi só agora. Coisas de digitação rápida pra que o chefe não veja, hehehe.

Vassili:
Realmente, é uma pena mesmo. Coisas de brasileiro, com seu “falso-pacifismo”, contribuindo para desiformação….
Não tenho ela toda, mas mais da metade com certeza. Tenho alguns exemplares repetidos, se vc. estiver interessado, podemos conversar.
Abraços!