Yak-130 da Força Aérea de Myanmar

Yak-130 da Força Aérea de Myanmar, 1805 (Myanmar Defence Weapons Facebook page)

Na página “Myanmar Defense Weapons” no Facebook apareceram fotos de dois jatos de treinamento de combate Yak-130 recentemente obtidos da Rússia pela Força Aérea de Myanmar. As aeronaves têm matrículas “1805” e “1806”, o que confirma o recebimento por Myanmar até a data de seis jatos Yak-130.

Deve-se lembrar que, em 8 de novembro de 2017, Mikhail Petukhov, vice-diretor do Serviço Federal de Cooperação Técnico-Militar da Rússia (FSMTC), afirmou que “atualmente, seis unidades de treinamento de combate Yak-130 estão em serviço com a Força Aérea da República da União de Myanmar no âmbito do contrato de 2015 e está previsto para ser implementada em 2018.”

Um contrato publicamente anunciado para fornecer a Myanmar um número não divulgado de aeronaves Yak-130 (“mais de dez” – supostamente 16 unidades) foi assinado pela Rosoboronexport JSC em 22 de junho de 2015. Os três primeiros aviões Yak-130 construídos pela Irkutsk Aviation Plant PJSC Corporation Irkut, no âmbito deste contrato, foram entregues a Myanmar no final de 2016 e entraram oficialmente na Força Aérea de Myanmar em fevereiro de 2017, recebendo as matrículas “1801”, “1802” e “1803” de Myanmar (números de série presumidos de 130.12.03- 0101 a 130.12.03-0103).

Agora, a Força Aérea de Myanmar recebeu o segundo lote de três aeronaves – aparentemente, com as matrículas “1804”, “1805” e “1806” (números de série alegados de 130.12.03-0104 a 130.12.03-0106).

Myanmar tornou-se o quarto destinatário estrangeiro da aeronave Yak-130 após a Argélia (que recebeu 16 jatos), Bangladesh (16) e Bielorrússia (oito unidades).

Yak-130 da Força Aérea de Myanmar, 1806 (Myanmar Defence Weapons Facebook page)

COLABOROU: Rustam Bogaudinov

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Carlos Alberto Soares

Na sua categoria um dos melhores, eu tenho preferência pelo seu “irmão” mais novo M 346 armado.

MATHEUS

Se a FAB tivesse dinheiro acho que o BAE Hawk seria legal como treinador por aqui.

Walfrido Strobel

Matheus, para a FAB não teria muita serventia o BAe Hawk, ele faria aqui exatamente o que faz o A-29, instrução especializada de caça em Natal e operação nos “Terceiros” em BV, PV e CG e de quebra ser exibido no EDA.

Delfim Sobreira

Melhor o FA-50, que além de LIFT iguala o desempenho do F-5, faria um ótimo high/low com o F-39 com custo mais baixo.
Mas a FAB vai depositar todos os ovos só no F-39, e com isto igualando o custo por cima. Fora o hiato de desempenho entre o A-29 e o F-39F.

Sérgio Luis

Eu não acredito que uma força aérea deixaria de escolher um BAe Hawk para escolher turbo hélice como treinador avançado!
Com todo respeito ao nosso tucano mas…!!

Delfim Sobreira

E quando os F5-FM cansarem ?

Rinaldo Nery

Acho engraçado os “caçadores de Flight Simulator de plantão ” AFIRMAREM coisas que nem os S-3 e instrutores das UAE de primeira linha sequer mencionaram… Quem aí fez o curso no 2°/5° GAV?

Walfrido Strobel

Roberto F. Santana 21 de novembro de 2017 at 11:06 Na FAB, o treinador avançado é o Super Tucano, De Jure. O treinador avançado De Facto é o F-5F. . Roberto Santana, o treinador avançado na FAB é o T-27 usado pelos Cadetes no 4° ano da AFA, depois de selecionado para a caça o Asp. Av. voa em Natal o ST onde faz o curso de Caça e sai Líder de Elemento, depois mais uns anos nos “Terceiros” o Tenente quando for para voar o F-5EM já é um piloto de caça “líder de esquadrilha” e receberá o mínimo… Read more »

Rinaldo Nery

O estagiário é declarado Ala Operacional da Aviação de Caça no 2°/5° GAV, em Natal. Ele voará como número 3 nos Terceiros (Líder de Segundo Elemento). Mas essa qualificação não existe mais. Faz parte do Curso de Liderança de Esquadrilha de Caça, que tem um tempo estimado de dois anos.

Walfrido Strobel

Interessante a atualização do Cel. Nery, deve ser este curso aqui feito no A-29 nos Terceiros.
. http://www.fab.mil.br/noticias/mostra/28983

MATHEUS

Não sei se o FA-50 seria legal, ele tem o Stick do lado e não no meio como o F-39.

Walfrido Strobel

Cada Força Aérea tem seu padrão e faz suas escolhas, ja vimos aqui que Brasil, França, Suiça e outros vão passar seus pilotos formados caçadores nos turbohélices com 1600 shp direto para os caças supersônicos de primeira linha. Por outro lado Austrália, Singapura e outros preferem usar os turbohélices de 1600 shp como aeronaves de instrução avançada e formar os caçadores em jatos, BAe Hawk 127 na Austrália e M346 em Singapura. Outros como Espanha e Turquia modernizaram seus F-5B para formar caçadores. Cada país faz suas escolhas, não existe um padrão correto a seguir, eu tenho visto gente querer… Read more »

Rinaldo Nery

Deve ser, não : o Curso de Líder de Esquadrilha de Caça SEMPRE foi realizado nos Terceiros, desde que o Pacau trocou o AT-26 pelo F-5EM, e o 1° e 3°/10° trocaram o RT-26 e o AT-26 pelo RA-1 e pelo A-1, respectivamente.
Não, o FA-50 também não seria legal.

Michel Lineker

Mas será que vão usar como jatos de treinamento exclusivamente ou vão usar também em missões dr combate??? A pintura da aeronave não remete à treino.

Michel Lineker

Eu escrevi treino mas acho que a palavra certa é instrução.

Walfrido Strobel

Michel Lineker, Myanmar está renovando sua instrução que ja era boa, mas os aviões estavam ficando velhos, usavam Pilatus PC-7 na instrução primária e básica e PC-9 na avançada e Soko G-4 na especializada de caça. Agora estão recebendo tudo novo, Grob G-120TP para primária e básica, Karakorum K-8 na avançada e YAK-130 na instrução especializada de caça. Vários países usam os aviões de instrução de caça na cor operacional, inclusive o Brasil no anterior Xavante e no atual A-29 em Natal. Para combate Myanmar tem vários Mig-29, J-7 modernizados em Israel com radar Elta EL/M 2032, Nanchang A-5 recebidos… Read more »

Michel Lineker

Obrigado pelo esclarecimento Strobel!!!

sergio ribamar ferreira

E quanto ao intercâmbio de nossos aviadores?(incluindo nossos cadetes) com outras Forças como EUA, Israel, ou Russia? Está sendo feito? Caso não, acredito ser válido. conhecimento a mais sempre é bom. Ter instrução com outras aeronaves. Isto seria ótimo.

Walfrido Strobel

Sergio R. Ferreira, o FAB forma todos seu pessoal na AFA, não manda Cadetes fazerem curso em outro país, é uma tradição, ofertas existem. Eu estava vendo o currículo de um Almirante que foi CMT das Forças Armadas da Indonésia e estranhei ter feito seu curso de formação nos EUA na US Navy e depois rle fez o curso de Aperfeiçoamento da OTAN , eu acharia estranho um Oficial Aviador do Brasil fazer cursos fora. Mas é comum mundo afora este tipo de intercâmbio, no meu tempo tínhamos Cadetes do Paraguai, Bolívia, Equador, Venezuela e Bangladesh fazendo curso completo de… Read more »

Rinaldo Nery

Está sendo feito. Mas na USAFA o Cadete não voa em instrução.

Walfrido Strobel

Uma das coisas boas do sistema da USAF é separar dois problemas que o Cadete brasileiro tem, ter que se dedicar ao mesmo tempo a instrução teórica do Departamento de Ensino e a instrução de voo nos Esquadrões. Acordar na madrugada para voar no Esq. e ter 4 alulas a tarde, vivi isso e é complicado. . Na USAF o Cadete só estuda e depois de formado como Oficial faz o curso inicial de voo alojado em uma instituição civil terceirizada voando o Diamond DA-20 na Doss Aviation, Inc’s em Pueblo, Colorado, é uma grande instituição onde o Oficial fica… Read more »

André Luiz.'.

Eu leio essas postagens sobre a formação de um piloto sempre com uma ‘dorzinha no coração’ (não, não é mais uma das doenças funcionais de um piloto de caça, meu ‘mano’ Rinaldo! Já me bastam as hemorroidas!! ;P )… É aquela ‘pontadinha’ de frustração por não ter conseguido ingressar na AFA…! (não foi minha ‘Missão’ nesta vida…!)

Walfrido Strobel

Em 2012 o programa da DOSS junto a USAF fez a missão número 100.000 de instrução primária no DA-20 em 10 anos de contrato, onde pintaram uma aeronave com a inscrição relativa ao evento.
O instrutor era um civil, mas alguns instrutores da DOSS são ex pilotos da USAF.
“Instructor pilot Andy Shirk and student pilot 2nd Lt. Andrew Breest, perform shutdown procedures after completing the 1st Flying Training Squadron’s 100,000th sortie at Pueblo, Colorado.”
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Walfrido Strobel

Para evitar dúvidas:
Alguns ja devem ter visto fotos dos 20 Diamond DA-40(T-52A na USAF) que foram substituidos por 25 Cirrus SR20(T-53A na USAF) arrendados para a AFA americana, mas estes aviões são usados para ministrar aulas a Cadetes não aviadores que necessitam de algumas aulas em aviões, como futuros Oficiais de armamento e outras especialidades diretamente relacionadas a aviação.
Estes aviões não são utilizados para instrução a aviadores que fazem o curso na DOSS depois de formados, que postei acima.
T-53A(Cirrus SR20):comment image