À medida que os testes com o caça F-35 avançam, o jato é colocado em situações cada vez mais desafiadoras. Recentemente o F-35C CF-02 disparou um míssil ar-ar AIM-9X enquanto voava invertido.

Disparar um míssil de cabeça para baixo não é novidade, mas é uma situação que pode ocorrer e precisa ser testada, mesmo com o F-35, que é um caça que dizem que não vai precisar se envolver em “dogfights”.

FOTOS: Lockheed Martin

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Antonio de Sampaio

E daí?

Zmun

Descobriram o trilho para mísseis, parabéns! Cada vez mais o programa JSF dá razão para os seus detratores.

Caio, o ispicializta

Pensei que ele iria abrir os compartimentos de bombas e o míssil sairia de lá. Ai sim eu daria os parabéns. Seria algo como “catapultar o míssil deitado” para depois o motor ativar.

Mais do mesmo.

Luiz Trindade

Eu vou me impressionar se um dia conseguirem dispara um míssil com o caça manobrando em “G” elevado… Ae sim vou dizer que temos algo incomum!

Leandro Costa

É um teste corriqueiro. Se testam, desdenham do teste. Se mais para frente ocorre alguma falhar, todo mundo fica naquela ‘Ué, e não testaram isso antes? Que absurdo!’ hehehehehe

Ederson Joner

Realmente isso é comum, sem novidades.
Quero ver fazer isso com o míssil na baia. kkkkkkkk

carcara_br

A imagem ficou muto legal, impressiona como o -9x não faz fumaça praticamente.

carcara_br

teste

Paulo Jorge

Nossos F-5 aguentam lançar o Python 4 em G invertido?

Bosco

Até acho que um Amraam possa ser ejetado da baia com o caça voando invertido, mas isso seria muito incomum. O Amraam é um míssil BVR e não se espera que um caça esteja nessa posição quando está implementando um ataque contra um alvo fora do alcance visual.
E o AIM-9X não é levado nos compartimentos internos.

Nonato

Não entendi como funciona.
Na posição normal, mesmo fora de baías internas imagino que o missil é liberado e só depois dá partida.
Ele acendendo no avião não pode danifica-lo?
E invertido? Liga o motor agarrado ao avião?
Não queima o avião?

Bosco

Nonato, Há dois tipos de lançamento de mísseis ar-ar: ejeção e lançamento no trilho. A ejeção lança o míssil com força através de molas ou cargas explosivas e o míssil se afasta da aeronave e aciona o motor. Já no lançamento direto no trilho o míssil sai por conta própria, acionando o motor no lançador (trilho). O lançador (trilho) é conectado a um suporte (cabide) e fica longe da asa e não é afetado pela chama do motor foguete, inclusive porque é tempo de “corrida” no trilho é muitíssimo curto. Só uma observação, nenhuma carga é só “liberado” ou “solto”.… Read more »

Leonardo

Bela imagem esse disparo invertido.

Bosco

Vale salientar que um dos Amraams de cada compartimento interno de armas é lançado por trilho, preso à porta do lançador, e portanto estaria apto a ser lançado de qualquer posição ou atitude do caça, sem maiores problemas. Apenas um dos dois Amraams é que é ejetado. Aliás, no F-35B britânico foi pedido que o ASRAAM fosse integrado e que pudesse ser lançado a partir do compartimento interno de armas, pelo trilho na porta. Na verdade, não conheço nenhum míssil ar-ar de curto alcance (SRAAM) que seja lançado por ejeção. Todos os são por trilho independente de estarem em compartimentos… Read more »

Walfrido Strobel

Bosco, em relação ao sistema de ejeção do weapon bay do F-35, não se usa o antigo sistema de molas ou cargas explosivas, é usado o Pneumatic Eject Missile Launchers.
https://www.harris.com/solution/pneumatic-eject-missile-launchers

Walfrido Strobel

Bosco, sobre o AIM-120 da porta do weapon bay, o site UK Armes Forces diz o seguinte: “A simple photo of the F35 weapon bay shows why the AA station on the door is not a rail launcher but an ejector: if the AMRAAM was shot forwards from its position, the fins would impact into the door’s structure!”.
http://cfile28.uf.tistory.com/image/2170564E555D76C803D4CE

Walfrido Strobel

Nonato, conforme o Bosco ja explicou, no lançamento com trilho usado pelo Sidewinder no F-35 existe um suporte que o afasta da asa e a saida é muito rápida.
Só para comprovar que não tem problema estar com o avião invertido, o Sidewinder no Jaguar GR3 era posicionado sobre a asa em suporte afastado.
Para mostrar como o Sidewinder tem uma saida realmente rápida, no F-8 o trilho dele era fixo na lateral da fuselagem praticamente sem separação e não causava danos ao avião.
comment image

Bosco

Walfrido,
Interessante! Eu podia jurar que o lançador da porta do compartimento de armas era um trilho. Agora, como é que a porta aguenta o baque da ejeção? E como será essa ejeção? Para baixo ou para o lado? Realmente essa informação é intrigante e vou dar uma pesquisada. Se souber de algo, compartilhe.
Valeu!
Um abraço.

Bosco

Quanto à minha afirmação que nenhuma carga é só liberada vale salientar que disse isso referente a caças já que bombas laçadas do compartimento interno de bombardeiros são só liberadas e caem pela força da gravidade.

Walfrido Strobel

Bosco, aqui está o vídeo que mostra no final detalhes da ejeção do AIM-120 em camera lenta, como não é mais usado o “baque” da ejeção por esplosivos, o novo sistema pneumático da Harris que mostrei acima nem abala porta do compartimento, é só um empurrão do braço pneumático para que o míssil inicie o afastamento da aeronave.
https://m.youtube.com/watch?v=hBw_9zj_2iE

Bosco

Muito interessante Walfrido.
O sistema tem uma resultante de forças que coincide com a dobradiça da porta que recebe a força do recuo, “empurrando” o míssil meio que lateralmente.
Novamente, obrigado!!