Dassault Rafale - © Dassault Aviation - S. Randé

Dassault Rafale – © Dassault Aviation – S. Randé

Dirigindo-se à crescente demanda doméstica e internacional por aviões de combate franceses, a Dassault e a Agência Francesa de Aquisições de Defesa (DGA) começarão em breve uma fase de desenvolvimento de seis anos da próxima geração do Rafale F4. O ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, autorizou o início do desenvolvimento da variante de próxima geração do Rafale. A aeronave vai introduzir novas capacidades com novas tecnologias de mísseis e motores.

A nova variante seguirá o Rafale F3-R atualmente em desenvolvimento e programado para completar os testes de qualificação no próximo ano. A Dassault agora produz Rafales para atender encomendas francesas para 180 aeronaves, além de vendas de mais 78 aeronaves para o Egito e a Índia. A Força Aérea Francesa poderá encomendar 45 adicionais, pois vai desativar as aeronaves Mirage 2000 mais antigas. As primeiras aeronaves F4 totalmente equipadas deverão entrar em serviço em 2025, embora certas funções estejam disponíveis em 2023. Farão parte do quinto lote de produção (2019-2025), entregando as encomendas francesas e de exportação.

Piloto do Rafale usando o tablet Sphere

Uma vez que a França planeja manter o Rafale com as suas forças aéreas e navais pelo menos até 2040, o Ministério da Defesa francês investe na modernização contínua dos aviões. Um bilhão de euros foram alocados para o desenvolvimento da variante actual – F3-R, que integrará o Meteor, novo míssil ar-ar de alcance estendido da MBDA. Baseando-se em um novo radar AESA instalado na aeronave, o Meteor será capaz de engajar alvos aéreos em alcances superiores a 100 km. No domínio ar-solo, a variante F3-R será habilitada para transportar o novo pod de designação de alvos PDL-NG da Thales. Outras atualizações incluem a instalação de um terminal Link 16 Mod 5 com IFF melhorado, e pods de reabastecimento buddy-buddy para o Rafale N da Marinha Francesa.

Dado o seu papel em substituição àsvariantes atualmente em serviço do Mirage 2000, o Rafale F4 provavelmente incluirá modificações de integração de armas para incluir novas variantes de ar-ar do MICA, Scalp e o míssil de cruzeiro nuclear ASMP-A (atualmente integrado exclusivamente no Mirage 2000N). No entanto, devido ao período relativamente curto do programa, é provável que se concentre principalmente em capacidades baseadas em software e atualizações de hardware limitadas.

Rafale M e UCAV nEUROn – © Dassault Aviation – A. Pecchi

Além disso, no futuro, o programa poderá introduzir alterações significativas da fuselagem, como parte das modificações de meia-vida do Rafale. Essas atualizações poderão incluir redesenhar a cabine ou introduzir modificações de baixa observabilidade para melhor posicionar este caça de 4.5 geração contra os caças modernos e futuros.

“O padrão F4 incorporará o feedback de experiência operacional e permitirá o aperfeiçoamento contínuo do RAFALE a ser mantido. Reforçará as capacidades nacionais e as capacidades tecnológicas essenciais para preparar o desenvolvimento da próxima geração de aviões de combate “, afirmou Eric Trappier, Presidente e CEO da Dassault Aviation. “Estou também muito satisfeito pelo Ministério da Defesa ter sublinhado a necessidade de prosseguir com a aquisição do Rafale, para além do 4° lote atualmente em produção, a fim de satisfazer principalmente as necessidades da Força Aérea Francesa”, acrescentou Trappier.

O Rafale entrou em serviço com a Marinha Francesa em 2004 e com a Força Aérea Francesa em 2006. Com mais de 30.000 horas de voo em operações, provou seu valor em combate no Afeganistão, Líbia, Mali, Iraque e Síria. Além da França (180 aeronaves encomendadas), o Rafale foi encomendado também pelo Egito (24), Qatar (24) e Índia (32).

Dois Rafale B equipados com mísseis Mica IR/EM, Mica EM e SCALP-EG

FONTE: Defense Update / FOTOS: Dassault Aviation

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Vader

Lembrando que o Rafale F4 foi o oferecido para a FAB no âmbito do Programa FX2.
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Ou seja, os “honestíssimos” franceses nos ofereceram uma aeronave que eles próprios só terão disponível a partir de 2025.
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E olha que tinha uma montanha de gente que apoiava a aquisição desse trambolho. E que o pinguço do ex-presidente, num arroubo etílico, quase colocou tudo a perder dizendo que iria adquirir esta bomba.

Renato B.

Que me lembre a versão para o Brasil seria a F3, que alguns chamavam de Rafale C.