Caças F-35A da USAF

F-35A voando em formação. FOTO: USAF

A Força Aérea dos EUA (USAF) está diante de uma frota de 108 caças F-35A que devem ser adaptados para a configuração do Bloco 2B ou 3i, afirmou o brigadeiro Jerry Harri em depoimento ao Congresso norte-americano. A USAF e o Escritório Conjunto do Programa F-35 estão trabalhando juntos em um plano de atualização do Bloco 3F.

Quando a USAF declarou que a sua variante F-35A estava pronta para combate (com limitações) em agosto passado, o comandante do Comando de Combate Aéreo notou que a aeronave ainda precisava de uma quantidade significativa de atualizações de software e hardware para ganhar maiores capacidades. As versões bloco 3F e 4, que deverá estar disponível em 2018 e 2021, aumentará a capacidade de armas do F-35 e melhorará a segmentação.

Vinte e seis dos 108 aviões exigirão uma atualização de software somente, de acordo com Harris. Além de modificações de software, 19 aeronaves também exigirão novas placas processadoras de sinais e, segundo a USAF, o serviço levará uma média três dias para instalação e testes. A USAF deve instalar um novo capacete em 18 aeronaves, além das placas de processamento e do software, o que levará 15 dias.

“Os 45 aviões restantes exigirão modificações significativas de hardware sob a forma de uma modificação Tech Refresh 2”, afirma Harris. “Esta modificação consiste de vinte e seis componentes principais e leva aproximadamente 30 dias por aeronave para instalar e verificar”.

A aeronave de teste operacional da USAF também necessita de modificações de hardware para o Bloco 3F. Mas com a disponibilidade de toda a frota de 23 aeronaves projetada em 2018, essas modificações foram deixadas de lado.

Paralelamente ao planejamento da USAF em relação à sua estratégia para reajustar a frota de F-35A existente, a equipe de testes do Pentágono advertiu em um relatório recente que futuras aeronaves podem ser entregues sem a versão Bloco 3F. Em função de várias questões relacionadas ao F-35, incluindo 270 deficiências de alta prioridade no desempenho do bloco 3F identificadas em uma recente revisão, Michael Gilmore espera que as aeronaves construídas dentro do Lote 10 sejam entregues sem a capacidade total do Bloco 3F.

Harris, entretanto, manteve-se positivo em seu depoimento escrito.

“No que diz respeito à conclusão da fase de desenvolvimento e demonstração do sistema, embora a entrega da última aeronave configurada no Bloco 3F seja posterior à esperada, a Força Aérea se mantém otimista em relação às correções restantes para as deficiências conhecidas, com exceção à integração do AIM-9X, serão implementadas até outubro de 2017”, afirmou.

FONTE: FlightGlobal (tradução e adaptação do Poder Aéreo a partir do original em inglês)

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Clésio Luiz

Na época que a Lockheed anunciou a entrega da centésima aeronave, eu disse que a USAF estava com 100 protótipos na mão, não com 100 caças. Taí a confirmação. . Esse foi um erro cometido várias vezes pela USAF décadas atrás, sendo a mais famosa o projeto do F-100. Ao invés de construir um punhado de protótipos e apenas depois de consertar os problemas, construir as aeronaves de série, eles partiram para a produção seriada de imediato. O resultado foi um desastre semelhante ao que vemos agora com o F-35, porém em escala financeira menor. . É como dizem: que… Read more »

Vader

A “jaca” em ação, pra matar qualquer russófilo antiamericanalha do coração:
.
“F-35 Scores Impressive 15:1 Kill Ratio at Red Flag War Games”
.
http://www.popularmechanics.com/military/aviation/a25078/f-35-red-flag-war-games/

Vader

Clésio, será mesmo que a USAF está cometendo de novo o mesmo “erro” de décadas atrás?
.
Ou será que isso aí a que você chama “erro” não foi planejado por conta de um outro problema, a que eu chamaria de “necessidade”, assim entendida como a de ter um caça imbatível no prazo mais curto possível, sem ter de esperar 20 anos pelo seu desenvolvimento (Rafale), ou ter de voar com aeronaves com a maior parte do hardware baseada numa aeronave de 30 anos atrás (Su-50)?
.
😉

Clésio Luiz

É Poggio, outra palavra para a mesma coisa que fizeram na época do F-100. . Vader, a USAF já se queimou muito em épocas passadas, por causa de falhas no processo de obtenção e produção de novas aeronaves. Com o passar dos programas ela aperfeiçoou um método que funcionou muito bem no programa do F-16. O processo do JSF se repetiu ao pé da letra até chegar na fase de construção dos protótipos. . O resultado de abandonar métodos comprovados por uma bobagem acadêmica está aí e fala por si só. Fora que quem assinou aquele contrato tipo “cheque em… Read more »

Edcarlos

Como disse antes, vários protótipos entregues teriam que ser remanufaturados. A aeronave ainda não esta pronta, acredito que essa atualização de software e hardware não será a ultima. Em meados da próxima década, talvez, o programa militar mais caro da história esteja finalizado.

Saudações!