Mock-up-do-AMX-em-foto-publicada-em-1981-na-revista-Air-International

amx-na-capa-da-air-international-1985-07
AMX na capa da Air International 1985-07

O avião de ataque AMX, projeto ítalo-brasileiro produzido pelas empresas Aeritalia, Aermacchi e Embraer foi muito badalado pelas revistas na época do seu lançamento.

O grande diferencial divulgado do AMX era a sua característica de ser totalmente dedicado às missões de ataque à superfície e não um avião adaptado para a função.

 Mock-up-do-AMX-em-foto-publicada-em-1981-na-revista-Air-International
Mock-up de engenharia do AMX em foto publicada em 1981, na revista Air International
Publicidade do AMX na Air International 1985-06
Publicidade do AMX na Air International 1985-06

Mas o AMX pegou uma concorrência difícil pela frente, como treinadores a jato vitaminados como o Hawk 200 e caças multifunção como o F-16.

Apesar da publicidade agressiva e das demonstrações no exterior, o jato ítalo-brasileiro não conseguiu emplacar nenhuma venda internacional.

Outro fator que também prejudicou o AMX no mercado internacional foi o fim da Guerra Fria, que fez com que muitos países relaxassem na renovação de sua capacidade defensiva.

AMX na capa da Air International 1986-08
AMX na capa da Air International 1986-08

O AMX acabou não sendo encomendado nas quantidades inicialmente previstas e o programa no Brasil foi muito prejudicado pelos cortes no orçamento do então Ministério da Aeronáutica, com a abertura política no país.

Na Força Aérea Brasileira, o A-1 entrou em serviço sem radar, sem canhão e sem a capacidade de disparar mísseis ar-ar.

Na FAB, foi apelidado de F-32 quando entrou em serviço, pois diziam que custava o dobro do F-16.

O AMX foi batizado como Ghibli na Itália, e atuou nas Guerras do Kosovo, Afeganistão e Líbia. No Brasil o AMX não ganhou um nome e recebeu a designação de A-1.

amx-perfil-fab amx-perfil-italia

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Rodrigo F

“Na Força Aérea Brasileira, o A-1 entrou em serviço sem radar, sem canhão e sem a capacidade de disparar mísseis ar-ar.” Hoje em dia está muito diferente?

Mateus

o AMX entrou em serviço sem canhão?

m. wolf

na verdade entrou sem o canhão original do projeto já que o os EUA vetaram pro brasil o M61 vulvan então o DEFA 30m teve que ser adaptado no lugar

Carlos Alberto Soares

No padrão M, o pequeno notável.
O MD comprou a briga para colocar + 30 células no M.
Chama o Tio Jacob para liderar o processo que ele financia.

João Paullo S Conceição

F-32 foi pesado kkkkkk

Matheus

Aeronave fantástica. Ouvi uns tempos atrás que a Italia estava sobrevoando seus A-1 na Síria, não sei qual tipo de missão eles faziam.

Maria do Carmo Lacoste

Dizer que o AMX brasileiro entrou em serviço sem radar e sem mísseis ar-ar não sei se faz muito sentido, pois creio que no caso do Brasil, nunca tiveram mesmo essa intenção, já que aqui sua função principal era mesmo o combate ar terra, dando apoio as tropas no chão, nunca foi um avião interceptador, era lançador de bombas, um bombardeio, e não um caça de interceptação, não tem velocidade para isso. Quanto ao canhão, não sei por quanto tempo ficou sem, pois sempre vi os AMX da FAB com os dois canhões de 30 mm, mais uma vez, para… Read more »

Delfim Sobreira

Era pra termos comprado uns 108 A-1, aí teríamos massa crítica pra cuidarmos e upgradearmos.
Sem falar das vendas externas, como vender o que não se usa em quantidade ?
Nunca houve radar nem mísseis ar-mar, assistimos as guerra das Falklands/Malvinas de camarote e aprendemos nada.
Falar que o Hawk 200 era concorrente do A-1 é forçar a barra. Hawk 200 era pra defesa de ponto, não pra ataque ao solo.

groosp

O Poder Aéreo tá nostálgico ultimamente. Parece que não só só sou eu que está ficando velho.

Paulão

Roberto F Santana 13 de outubro de 2016 at 17:22

Roberto, cuidado que esta doença pega!!kkkkkkkkkk

Paulão

Petardo

Um avião muito capaz, como comprovado pela força italiana, completamente capado de seus melhores complementos por aqui. Quando vinha o padrão M para igualar todos que estão em serviço e dar plena capacidade no fim de vida, cortam o programa. É complicado.

Iväny Junior

Sem canhão, sem radar e sem mísseis ar-sup, diga-se de passagem.

charly diego siqueira

Embraer um estorvo pra FAB?Acredito que em muitas situações foi o contrario, não graças a vontade da FAB.

Aéreo

Linda foto do mock-up de engenharia da aeronave. Eu não tenho grande simpatia pelo AMX, mas o design da aeronave é belíssimo.

Pampa_CX-S

Roberto F Santana um estorvo na seção de comentários do blog…

Fernando Augusto guimaraes

Na minha humilde opinião a camuflagem mais bonita que houve na aviação de caça da FAB , deveriam mante-las nos dias de hoje espero que os gripens NG não tenham está atual pintura dos caças .

Matheus de Oliveira

Aí uma aeronave que eu gostaria e muito de ver um novo projeto, uma evolução da aeronave com o motor do f18 ou f35 ( sonho), uma versão bimotor 45% maior em relação ao atual, mesma autonomia e raio de ação, capacidade de auto defesa utilizando mísseis de curto alcance nas pontas das asas, pelo menos 6 “cabides” de armas nas asas e 2 na fuselagem central, empregando misseis de cruzeiro, misseis anti navio, radiação e anti tanque e é claro executando missões de bombardeio tático! Seria um SU-34 brasileiro! seria fantástico! — Não sei se sou o único mas,… Read more »

Tadeu Mendes

A filosofia do EMFA naquela época não estava mal não.

Caças F-5, Mirage III, AMX para apoio ao solo. O Brasil possuia uma força aérea decente.

O governo da Junta Militar era mais responsável com as Forças Armadas.

Os sucessivos governos civis se encarregaram de empurrar o poder bélico para os limites da obsolência.

Será que vão necessitar sofrer um ataque igual a Pearl Harbor para o gigante tupiniquim acordar?

Space Jockey

Eu acredito que o canhão( que é melhor que o M61 p ataque) foi instalado em todos logo depois das entregas… Continuo respeitando muito este vetor, aprendemos muuuuito com esse projeto e gostaria muito que pelo menos uns 30 fossem modernizados. Acredito que temos somente 3 no padrão M atualmente. Li numa RFA certa vez que ele tinha capacidade de colocar 2 Mk-82 em qualquer capital da América do Sul (ou coisa parecida, não lembro bem), creio que com apenas um unico reabastecimento.

Erik

são 14 células modernizadas operando em Santa Maria/RS

Rinaldo Nery

Sim, ele consegue. Mas não é “estratégico”, como postaram alguns noutra matéria. ..

Rafael Oliveira

Tadeu Mendes, . Na década de 80 o F-5 e Mirage III já não eram grande coisa. E, para piorar, nenhum avião tinha capacidade de disparar míssil antinavio e os mísseis ar-ar eram meia-bocas. O radar do MIII já não prestava para nada e o AMX nem radar tinha. . A bem da verdade, a situação das Forças Armadas era bem meia-boca, com a Argentina melhor equipada, no geral. . Hoje estamos melhores do que eles. Claro que foi por incompetência deles e não por mérito nosso rsrs. Mas, pelo menos, o F-5 tem radar e alguma capacidade BVR. Só… Read more »

Delfim Sobreira

Space Jockey
.
Pra ser estratégico teria que levar bem mais que 2 Mk 82. Desde os B-25 e B-26 que a FAB não tem disso.
.
Tem uma matéria interessante do possível uso do KC-390 como bombardeiro.
.
http://sistemasdearmas.com.br/ca/macx04ac.html

Fabiano Martins

50 f16 faz o trabalho de 50 F5 e 50 AMX com uma mão amarrada nas costas.
Avião de caça de verdade.

Rinaldo Nery

O A-1 leva bem mais que duas Mk-82. É a nossa BAFG-230.

Maria do Carmo Lacoste

Delfim Sobreira 13 de outubro de 2016 at 21:36
Tem esse aqui também, me pareceu ainda mais interessante essa forma de emprego do KC-390, seria o nosso B-52.
https://projetosalternativosnavais.wordpress.com/2016/02/10/embraer-kc-390-bomber-emprego-de-container-drone-planador/

Bardini

Falando em BAFG 230…
As últimas lançadas foram aquelas de 2013?
Ou seja, primeiras e últimas?
.
Todo novo vídeo promocional que a FAB faz esse lançamento é mostrado…

Rinaldo Nery

Desde que eu me entendo por gente, a FAB sempre lançou a BAFG-230. Todas as pistas clandestinas bombardeadas na Amazônia o foram por BAFG-230.
Em Cachimbo lançávamos a BAFG-120 a partir do AT-27.
Como faço pra postar uma foto?

Bardini

“As últimas lançadas foram aquelas de 2013?”
.
Me refiro as guiadas com kit Lizard.

Fabiano Martins

E a bomba BAPI anti pista , não serve para destruir pistas clandestinas?

Rinaldo Nery

Pista de barro não carece, Fabiano.

Humberto

Delfin, vamos com calma, o A1 (ou AMX) carrega bem mais do que 2 MK2, ele carrega o dobro de bombas e voa o dobro da velocidade do B-25. Deve voar quase no dobro da altura, só o raio de ação que deve ser maior (não chegando ao dobro). Agora é novidade para mim que o AMX tenha nascido desdentado, tenho a imagem dos DEFAs desde o início e dos Sidewinder também. Rinaldo Nery, quanto ao estratégico, não é liberdade poética? Quando falam em transporte estratégico para a FAB, entendo que sejam para os 767 convertidos para reabastecimento e transporte… Read more »

Fabiano Martins

Valeu Rinaldo ,só concreto então.

Space Jockey

Delfim, em nenhum momento eu disse que o AMX é “estratégico”.
.

O AMX leva mais do que duas Mk-82 (creio que 9 ou 6), porém na situação que eu descrevi ele teria que ocupar dois pilones subalares com tanques alijáveis. Acho que ele não usa tanque na estação ventral, então possivelmente tbm daria para por mais duas no centerline.

Humberto

Caro Space Jockey
Se a sua definição valer, o A1 seria estratégico (coisa que o Rinaldo Nery sempre posta que não). O A1 transporta mais do que 2 Mk 82, e por sinal, carrega o dobro de bombas, tem o dobro de velocidade, voa bem mais alto e mais longe que o B-25
No mais é novidade para mim que o AMX tenha nascido desdentado, eu sempre imaginei que ele já nasceu com os DEFA (ao contrario dos Italianos que era o Vulcan) e levava os Sidewinder. Radar beleza..

Rinaldo Nery

Ao contrário, Humberto. É que possuímos mais próximo do estratégico. Pena que a modernização não prosseguiu.

Rinaldo Nery

* É o que possuímos…

Humberto

Desculpa Space, li errado
Abraços

Humberto

Rinaldo, me tire uma dúvida.
Estratégico é um conceito que varia de um lugar para o outro? Para os EUA são os B1 e B2 e para a FAB (no nosso cenário), o A1 seria estratégico, por que existe a necessidade da modernização para chegarmos mais próximo do estratégico? Em tese, o avião não será remotorizado, a modernização (ou um upgrade) será na parte da avionica, alem de uma checagem na estrutura certo? Me desculpe se a pergunta for muito cretina.

Wellington Góes

No meu entendimento, foi uma pena esta aeronave não ter sido desenvolvido como um caça-bombardeiro supersônico. Se assim tivesse sido, provavelmente teria evoluído como um caça multimissão, igual aos seus contemporâneos. Com certeza teria melhor sorte no mercado e uma sobrevida na FAB e AMI.

Até mais!!! 😉

Wellington Góes

No mais, nem de longe podemos achar que o AMX é uma aeronave estratégica, nem aqui, nem em lugar nenhum do mundo. Desculpe, mas atacar qualquer cidade da América do Sul, usando reabastecimento aéreo, qualquer A-37 Dragon Fly pode fazer, detalhe, carregando bem mais bomba. – Uma coisa é concordar que o AMX propiciou à FAB e à indústria nacional melhores condições estratégicas no tabuleiro do poderio bélico na região, mas daí achar que ela, por si só, seja uma aeronave estratégica, vai uma grande diferença. – Mas agora ficou claro do que a FAB acredita que o Gripen E/F… Read more »

Rinaldo Nery

Humberto, fui lá copiar meu post de outra matéria. O conceito não varia. Vocês estão confundindo equipamento com tarefa. O que define como estratégico, ou não, é o alvo atacado, e não o tipo de aeronave. Algumas características são desejáveis, dentre elas o grande alcance e carga bélica. O que temos de mais próximo do desejável, no Brasil, é o A-1. Alvos estratégicos são o que chamamos de “centro de gravidade” do inimigo. Uma hidroelétrica venezuelana seria um alvo estratégico, assim como seus centros de comando e controle. Seu porto mais importante, ou uma grande refinaria, seriam outros exemplos. São,… Read more »

Nonato

Wellington. Interessante seu comentário.
Sou leigo.
Mas me parece que esse avião é muito bom, dentro de suas limitações.
Existem poucos bombardeiros exclusivos.
Então não vejo o que há de mal no AMX. É tipo o ST. Tem nada demais.
Mas não tem concorrentes.
Nem os americanos, nem europeus nem russos de preocupraram com turboélices.
Então o St reina.
Não acho que o AMX seja muito diferente.
Deve ter manutenção barata, é robusto…

Renato Machado

Em meados da década de 80 eu fazia meu curso de Eng. Mecânica na Universidade Católica de Petrópolis. Em 87 fui estagiar na CELMA (manutenção de turbinas), ainda estatal, no projeto SPEY – responsável pela fabricação de peças do motor do AMX. Muito dinheiro foi investido em instalações, em treinamento das equipes e compra de máquinas CNC da Cincinatti – o melhor na época. Mas as coisas não começaram muito bem. Algumas máquinas chegaram com avarias (p.ex. eixo de torno empenado); atrasos no projeto geraram falta de peças para fabricação; houve desmotivação da equipe; falta de verba; etc. Foram os… Read more »

Rinaldo Nery

Como a maioria adora o Google e a Wikipédia, procurem alguma Doutrina Básica (pode ser a nossa, da USAF, todas são parecidas), e leiam o que é tático e o que é estratégico. Posso bater um alvo estratégico até com Forças Especiais.
Exemplo: a morte do Osama? Era tático ou estratégico? (o inimigo era a Al Qaeda).
Wellington, vai cursar a ECEMAR. Aliás, você não é funcionário da Câmara?

Maria do Carmo Lacoste

Humberto 13 de outubro de 2016 at 23:40 A definição do que é estratégico ou tático não está necessariamente ligada ao vetor ou armamento que utiliza, essa definição está mais ligada aos alvos atacados. Estratégico é tudo aquilo que impede o inimigo de continuar a guerra, sua infra estrutura, é destruir a capacidade do inimigo de lutar, são alvos normalmente de grande valor, como fábricas, linhas férreas, refinarias, pontes, usinas nucleares e assim por diante. Em tese, um enxame de A-29 pode desferir um “ataque estratégico”, desde que destrua por exemplo uma fábrica militar ou hidrelétrica, mas não é usual.… Read more »

Farroupilha

E quantas W87 ele consegue entregar numa missão? Dá para ser mais de uma, larga uma aqui, outra ali, e já manda o inimigo para o buraco de vez. Ops! Essas doutrinas não treinamos. Nem sabemos como funcionam. Será que os franceses nos dão a dica? Afinal o seguro morreu de velho… não custa nada aprender. Alguma grande entidade brazuca um dia afirmou: “Não precisa ter, basta mostrar que sabe fazer.” rsrsrs…. Mas também tem que saber usar, né? Mas então tá… O inimigo bonzinho se senta e fica esperando alguns anos até a gente fazer aquilo que a gente… Read more »

Rinaldo Nery

Muito bem, Maria. Parece que você estudou mais Doutrina Básica que o Wellington. Acertou no comentário. Até o PARASAR pode destruir um alvo estratégico com explosivo C4.
E não se usa mais o termo ¨objetivo¨. É alvo (target).

Space Jockey

A-37: Vel. Max. 816 km/h; carga belica: 3.000 lb; 1,480 km de alcance.
.
AMX: Vel. Max. 1053 km/h; carga belica: 8.380 lb; 3,336 km de alcance (maior que o Gripen segundo a Wikipedia)

Você poderia ter feito uma comparação melhor…

Nonato

Estratégico, etc. Qual a polêmica? Alguns países não podem se dar ao luxo de ter vários tipos de caça, sendo alguns estratégicos e outros não. O que são aviões estratégicos? Grandes bombardeiros de longo alcance? Isto o AMX não é. Mas se a diferença é só a missão e o f16 puder fazê lo passa a ser estratégico porque destruiu uma refinaria? E se o ST fizé-lo? Será estratégico? Um bombardeiro pesado transporta, digamos, 20 toneladas de bombas. E se dez ST cada um com dias toneladas fizer o mesmo trabalho? Mas como um bombardeiro penetra em um país? Só… Read more »