Índia vai comprar mais 4 aviões P-8I Poseidon

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Nova Deli entrou em um acordo para a compra de quatro Boeing P-8I adicionais de patrulha marítima

O negócio será conduzido sob o Foreign Military Sales (FMS) do governo dos EUA, e foi originalmente aprovado pelo Conselho de Aquisição de Defesa da Índia em julho de 2015, de acordo com fontes familiarizadas com o assunto.

O negócio foi recentemente aprovado pela comissão do gabinete sobre segurança (CCS) e as entregas começarão dentro de três anos.

A encomenda para quatro P-8 adicionais custará cerca de US$ 1 bilhão, com a encomenda original de 2009 para oito aeronaves indexada em US$ 2,1 bilhões. A Boeing entregou o primeiro P-8I para a Marinha Indiana em maio de 2013 e as entregas foram concluídas em 2015. Todos as oito aeronaves estão agora totalmente operacionais e em emprego de longo alcance em missões de guerra antissubmarino (ASW), inteligência, vigilância, reconhecimento (ISR) e missões de apoio em alto mar e operações litorâneas.

O avião forneceu um impulso muito necessário para a capacidade de vigilância marítima da Marinha na região do Oceano Índico.

O P-8I é uma variante específica para a Índia do P-8A Poseidon, desenvolvido para a Marinha dos EUA. Ele retém o radar de vigilância APY-10 da Raytheon e o receptáculo de reabastecimento UARRSI. Específico para o P-8I é o radar traseiro Telephonics APS-143C (V) 3 e um “boom” detector de anomalias magnéticas (MAD) na cauda.

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Ele pode ser armado com mísseis antinavio Boeing AGM-84L Harpoon Block II (ver foto), torpedos leves antissubmarino Raytheon Mk 54 e cargas de profundidade Mk-82. Os equipamentos fornecidos por empresas indianas inclui o interrogador IFF, Data Link 2 e sistema de impressão digital fornecido pela BEL e um transponder IFF fornecido pela Hindustan Aeronautics (ver gráfico acima).

O P-8I irá substituir a frota de oito TU-142ME atualizados de patrulha de longo alcance e antissubmarino, que têm quase três décadas de existência na Marinha. Os Tupolev TU-142MEs foram adquiridos em 1987-88 e usados para executar a guerra antissubmarino e outras missões de patrulha.

Os P-8 da Marinha são baseados na NAS Rajali, que está localizado em Arakkonam, cerca de 70 km ao largo de Chennai no estado Tamil Nadu no sul da Índia e são operados pelo esquadrão 312A da Aviação Naval Indiana (INAS).

FONTE: Flightglobal.com

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Tiago Silva

Este é um tipo de aeronave muito interessante e que vai ter uma demanda externa considerável nos próximos anos levando em consideração que a frota mundial de P-3/Atlantique vai atingir o limite de vida útil. Sempre vislumbrei a possibilidade da Embraer basear na família E-Jets e agora na E-2 uma plataforma do tipo, seria uma opção no mercado porque se formos ver o P-1 Japonês talvez não seja exportado mas no caso deste só a demanda interna já é muito boa,e o P-8 caro para muitas nações. O P-99 seria a opção bem atrativa e um P-190/195 também. Será que… Read more »

Gustavo

Eu achei o conceito do P-99 muito boa, uma pena nao ter ido em frente. Mas agora um P-190 seria melhor ainda talvez mais barata de se operar. Se fosse viavel é claro!

fonseca

será que esses tupolev ainda valeriam a pena… parra o Brasil ou algum outro interessado?

Carlos Campos

Acho esse avião o máximo pena q uma unidade está saindo pra Índia por 250 milhões de dólares, melhor seria um E2 para o serviço que também pudesse lançar o Harpoon e outras armas. Fonseca como a Índia tem 2 inimigos acho que esses TU estão muito “cansados” .

André Bueno

A questão de desenvolver e comercializar uma aeronave Embraer para essa função é ainda mais complexa do que a do KC-390. Não me refiro ao âmbito técnico, ainda que este não seja fácil ou simples, mas ao mercadológico. Com relação ao -390, a FAB encomendou 26 (ou 28?) unidades, um número que faz o transporte nascer com um relativamente grande sopro de vida. Uma aeronave brasileira ASW e de patrulha marítima armada teria mais dificuldades de se posicionar no mercado externo, tanto por conta do custo como da visão dos compradores. A Embraer é capaz de projetá-lo e produzi-lo, penso… Read more »

Marco Antonio Capoeira

É algo que a EMBRAER procuraria fugir, uma vez que ela e a Boeing são parceiras “comerciais” no KC-390, portanto, uma versão Patrulha em igualdade ao P-8 está descartada.

Wellington Góes

Marco, não acredito que a Embraer deva “fugir”, no máximo ela não comenta. Pelo menos por enquanto. Acredito que, quando chegar o momento oportuno, com o KC-390 sendo entregue e se consolidando no mercado e a FAB já precisando trocar os P-3AM e ampliar ações de alerta aéreo antecipado e guerra eletrônica, os planos de uma nova família ISR (AEW&C, RS e MP) baseado na plataforma dos E-2 é só questão de tempo. – No mais, todas as empresas do ramo de aviação são concorrentes e parceiras ao mesmo tempo. Existem mercados em que concorrem, existem outros em que não.… Read more »

kfir

O maior avião embraer 195 poderia fazer este serviço, é só acrescentar os equipamento havendo espaço…Alcance (MTOW)‎: ‎4 077 km (2 530 mi)
vi que o alcanse deste avião é Alcance bélico: 2 222 km (1 380 mi). imagino pra ir e poder voltar
https://www.youtube.com/watch?v=FdrSfcT0Se4

kfir

Olha só idéia deste Argentino o E190 modificado para carregar misseis em baias internas, com a capacidade de reabastecimento em em pleno voo…

Fez também uns desenhos para suporte de misseis embaixo das asas.

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kfir

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Space Jockey

Caramba, a India está se preparando para uma Terceira Guerra ??

kfir

Space Jockey
em minha humilde opinião. A guerra, começa com a qualidade da educação da população e com a capacidade industrial implantada, depois quanto armamento você tem… pois não dá pra ir na loja comprar um revolver quando o ladrão bate a porta, considerando a capacidade dos possíveis agressores vc dimensiona tudo que vc precisa, para o que vc imagina poder acontecer vs o que da pra fazer considerando a possibilidade de acontecer.

Alexandre Galante

Para a Embraer entrar tem que ter mercado para compensar o investimento. Quem tem certeza que vai conseguir vender com essa concorrência?

Bardini

Fora o P-8 ainda tem o P-1 japonês no mercado… Para o Brasil, será que esta não seria uma opção mais racional?
https://www.youtube.com/watch?v=l0smqcYsLjQ

André Bueno

A Índia possui apenas Paquistão e China como vizinhos, ambos potencias nucleares e bem armados.

Wellington Góes

Galante, a Embraer não entraria assim, sozinha, não o fez nem com o Super Tucano, o que dirá com uma família dessas, tem que haver interesse estatal pra isto, foi e é assim com todos os produtos militares da Embraer, aliás em todo mundo é assim, o Estado banca o desenvolvimento de produtos militares de seu interesse, com os EMB-145 também aconteceu o mesmo. É claro, também, que ninguém entra assim, sozinho, nem a toda poderosa Boeing o faz (o P-8 foi bancado pela USNavy), a mesma coisa acontece com o KC-390. – Bardini, o P-1 japonês é uma aeronave… Read more »

Alexandre Galante

Sim Wellington, o Estado está bancando o KC-390 (mais ou menos, os pagamentos estão atrasados) porque existe um mercado presumido para o avião, o que não ocorre necessariamente com uma versão de patrulha marítima do E-Jet.

Wellington Góes

O C-295 MP é uma aeronave complementar à aeronaves maiores e mais complexas. São ótimas para substituirem, num futuro, os veteranos P-95M.

Bardini

Wellington Góes 5 de agosto de 2016 at 15:34
.
Sim, Concordo.

Tamandaré

Se o desenvolvimento dessa plataforma fosse “pago” com uma compra pequena, tipos umas 8 ou 10 unidades, faria sentido arriscar. A FAB compraria pelo menos umas 6 unidades, eu acho (isso se houver dinheiro rsrsrsrsrs). Mas se os custos de desenvolvimento se pagarem apenas com muitas encomendas, ai acho que fica fora de questão. Na verdade, teria mais chance se a EMBRAER produzisse um avião de patrulha à hélice, pra substituir os P-3 a um baixo custo (o P-8 é um substituto bastante caro).

Wellington Góes

A plataforma já existe, o que falta é a devida adaptação às missões, é por isto que a aviação militar da maioria dos países, neste segmento, preferem adaptar plataformas comerciais. Até a Rússia o está fazendo com os Tu-204 de EW.

Luiz Fernando

A questão é simples… O governo brasileiro vai pagar o desenvolvimento? Outro governo vai pagar? Caso a resposta seja não a ambas as perguntas… Então não tem 190/195 AEW ou Patrulha.

Delmo Almeida

Galante, tivemos a proposta do P-99 que era bem menor e bem mais barato. O investimento que uma frota de P-8 demanda é demais para o que maioria dos países pode ou quer pagar. O P-99 entra em um segmento mais “pagável”, mas é muito pequeno. Um maior baseado no E-190 E2 seria muito próximo do P-8, mas e se for um meio termo? Um baseado no E-175 E2 (se tivesse um E-170 E2 eu falaria nele) poderia ficar bem equilibrado entre capacidade e preço. O que você acha? Uma versão AEW&C também seria muito interessante, mas ai eu estou… Read more »

Alexandre Galante

Delmo, eu adoraria ver um P-99 baseado num E-Jet, mas o desenvolvimento custa dinheiro, sera que os acionistas da Embraer topariam o risco do investimento? qual o mercado potencial? Abs

Luiz Fernando

Sem o desenvolvimento ser pago por um governo nada feito. Esse tipo de aeronave não é desenvolvida a risco… Sem chance.

Tiago Silva

Meu amigo Kfir, simplesmente adorei a concepção deste E-190 (P-190?rs). Eu acredito como algum outro amigo disse que é apenas uma questão de tempo para a Embraer entrar com algum novo modelo baseado na plataforma dos E-Jets/E-2, não acredito que isso seria um problema com a Boeing como disseram. Hoje o mercado tem uma necessidade de mais opções o que viabilizaria a sua aquisição por algumas forças militares mundo afora que querem fugir do padrão EUA/Rússia. Tudo é uma questão de profunda pesquisa de mercado para se ter uma projeção e ai calcular o investimento para o desenvolvimento de um… Read more »

Rinaldo Nery

Os patrulheiros, em 2002, não quiseram o P-99 pra substituir o P-95 porque ira “matar” o P-3. O P-99 não possuía capacidade anti submarino por falta de espaço. Teve também o lobby da ABRAPP (é isso? Ou ABRAPat?). O conceito do E-190 AWACS já foi apresentado ao EMAER. Mas com a modernização dos E-99 ( se for concluída) vai atrasar esse projeto.

Nonato

Não deve ter muito mercado.
Mas a Embraer gosta de diversificar.
Vejam na área de executivos… Diversos modelos a maioria que mal vende.
Isto é, os Phenom fazem número. Os outros complefam o.portfólio mas vendem pouco.
Será que custa muiot desenvolver esse novo modelo?
Não é só colocar essas alterações?
Tipo, o radar é só colocar.

Wellington Góes

Rinaldo, é ABRAPAT (Associação Brasileira de Equipagens da Aviação de Patrulha).

Wellington Góes

Eu enxergo, pelo menos, um cliente lançador para uma possível família de aeronaves ISR baseada no E-2, nós mesmos, o Brasil. – Só de AEW&C seriam, no mínimo, cinco (em substituição aos nossos E-99), mas acredito que um número de oito a dez aeronaves seria de bom tamanho. A função RS/ELINT (com uma plataforma mais próxima aos MPs, só que sem as baias de armamentos), com um número entre quatro e cinco unidades também estaria bom. Quanto a função MP, uns doze aviões também seria um número satisfatório e nada desprezível. Quanto aos E-99 e R-99, poderiam ser ofertado à… Read more »

Felipe Morais

A verdade é que o Estado brasileiro não vai bancar nada por muito tempo. Nossos vizinhos estão piores. A África não é mercado pra esse tipo de aeronave. O pouco mercado que tem, já tem dono. Oriente médio, idem. Embraer se envolver nesse mercado seria pedir pelo prejuízo. Melhor focar no que tem mercado, o que não é pouco. KC 390, Super Tucano, Gripen, aviação executiva e comercial. Embraer já tem uma cartilha com perspectivas excelentes, se trabalhar direito e tudo der certo, o futuro está garantido. Quando à nossa patrulha, é seguir a mesma linha mesmo, usar o P3… Read more »

Juarez

Os Indianos descobriram o que é realidade e disponibilidade operacional, cumprimento de prazos e principalmente entregar aquilo que o produto oferta, simples assim, por isto a encomenda adicional. Airbus vai ser a próxima a levar um toco, porque os Indianos podem entrar de carona no KC46. E a novela Rafale vai se arrastando, já se deram conta do tamanho da cagad… que fizeram, vão criando problemas para ver se matam os Franceses no cansaço e estes desistam. Felipe Morais, os P 3 que estão sendo desativados estão no osso do osso, voaram até o talo, o que tem de bom… Read more »