Bombardeiros estratégicos dos EUA realizam exercício estilo ‘Guerra Fria’

13

Bombardeiros B-52 e B-2

B-52 e B-2

Apelidada de “Polar Roar” (Rugido Polar), a mais recente demonstração de força dos EUA consistiu no envio de bombardeiros ao Mar do Norte e Mar Báltico em um exercício estilo “Guerra Fria”.

Um B-52H Stratofortress da 2nd Bomb Wing baseado na Barksdale AFB, dois B-52H da 5th Bomb Wing da Minot AFB, e dois B-2A Spirit da 509th Wing da Whiteman AFB, foram lançados simultâneamente em voos “non-stop” dos EUA para o norte e mar Báltico. Os aviões voaram ao redor do Polo Norte e ao longo do Alasca, e sobre o Oceano Pacífico, para as Ilhas Aleutas do Alasca, respectivamente.

CF-18 e B-52 na Polar Roar
CF-18 canadense interceptando um B-52 na operação Polar Roar

Na missão os bombardeiros lançaram armas inertes (no complexo do Pacific Alaska Range) e realizaram treinamento conjunto com alguns parceiros regionais, cujos caças tiveram a oportunidade de interceptar os bombardeiros pesados.

Durante seu trânsito através da região europeia, os F-16 dinamarqueses de apoio à missão contínua Baltic Air Policing da OTAN, juntamente com Gripen JAS-39 da Partnership for Peace da Suécia, juntaram-se aos bombardeiros. Além disso, Typhoons da Grã-Bretanha – um dos destacamentos da Baltic Air Policing – estavam no ar em áreas de treinamento da Estônia ocidental, enquanto os bombardeiros atravessaram o Mar Báltico ao largo da costa da Estônia.

Polar Roar
Exercício “Polar Roar”: linha preta – 2 B-2s; linha vermelha – 2 B-52s; Linha verde – 1 B-52
Subscribe
Notify of
guest

13 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Leo

Será que os russos mandaram o que para interceptar? MIG-31BM?

Luiz trindade

Leo, se os russos mandaram algo para interceptar, vai ser a última coisa que iremos saber pois os EUA sabem manipular esse tipo de informação como ninguém!

João Paulo Campos

uma pergunta pra uma curiosidade que sempre tive e antes que digam é só um exercício de imaginação pois sei que é impossível;
caso nosso pais fosse uma potencia militar sua localização no hemisfério sul ,portanto distante dos principais teatros de guerra e de prováveis adversários como china e Russia inviabilizaria o uso de bombardeiros estratégicos como dissuasão?no caso a estratégia de dissuasão nuclear mais adequada seria como a Francesa por meio de submarinos SSBN?

cvn76

Somente como “cultura inútil”; o B-52 que decolou de Barksdale/LA, linha verde no mapa está errado…..no mapa ele decolou de Minot/ND como a linha vermelha….

No entanto Barksdale/LA fica bem mais ao sul…..:-)

Ednardo de oliveira Ferreira

A estratégia nuclear depende de diversos fatores. de modo geral, aliados, potencial econômico, regime político e militar e questões geográficas. ——————- Bloco Ocidental: Fortíssima aliança entre países europeus e EUA. Em teoria, os maiores riscos nucleares são Rússia e China, mas a maior dificuldade dos grandes países é que suas forças são feitas para grandes guerras regulares mas no fim das contas há inúmeros ambientes quentes no mundo, de conflitos tribais a querelas de décadas, em vários locais estratégicos (Oriente Médio, Ásia, etc…) Assim, os países europeus não têm lá preocupação com um ataque vindo do Atlântico. Seus adversários potenciais… Read more »

André LuizPereira

Não existe países inimigos para o Brasil, Tanto Russia, China ou Estados Unidos são nações estrangeiras. Todos são inimigos numa guerra. Taxar um pais ou outro é coisa de amador. Para o militar, Brasil acima de Tudo. Simples assim.

Ednardo de oliveira Ferreira

Aí volta geopolítica. Rússia, China e Índia tem políticas equivalentes. Tratam realmente todos como potencial adversários, até porque são mesmo. é fortíssima a política de independência deles, além de mínima ou quase nula a identificação entre eles. Agora pegue Japão, Coréia do Sul, EUA, Canadá e quase toda a Europa. Desde a II GG consolidaram que têm muitíssimos interesses em comum, e que as maiores ameaças a eles estão do lado de lá… O projeto F35 e a OTAN são a prova máxima de que adotaram uma solução de interdependência. Quem tá certo? Talvez todos eles, considerando suas ambições e… Read more »

ivo

“Durante seu trânsito através da região europeia, os F-16 dinamarqueses de apoio à missão contínua Baltic Air Policing da OTAN, juntamente com Gripen JAS-39 da Partnership for Peace da Suécia”

essa informação procede??
me refiro ao Gripen.

bosco123

João Paulo,
Bombardeiros seriam inúteis pra Banania. O ideal seria mesmo os SSBNs.
Vale salientar que são os britânicos que baseiam sua dissuasão só em SSBNs. Os franceses ainda utilizam caças com mísseis cruise supersônicos.

João Paulo Campos

Obrigado bosco,tava fazendo uma pesquisa rápida e a distancia em km do Brasil pra Rússia é de 14000 km e pra China é de 16000km ,distancia grande até pra um b52 ,os EUA creio eu por estar no hemisfério norte podem cortar caminho pelo polo norte coisa q aqui não daria

Antonio Carlos Jr Zamith

Já que ditador PutinKGB quer a URSS de volta , elogiou Stalin, fez genocídio de 2 milhões no Cáucaso , invadiu a Ucrânia para ameaçar a Romênia, perseguir judeus, tártaros, católicos que sou e crentes. não invadiu os países bálticos pela OTAN estar lá tem que mostrar para ele que ele não é o único que tem nukes.

Antonio Carlos Jr Zamith

O B-52 carregam 20 mísseis cruise stealth nucleares tinham escolta no mar báltico. os B-2 carregam mais mísseis sem escolta. Quem diz que russos interceptar em espaço aéreo internacional é ignorante e a Força Aérea russa é inferior a da OTAN. Ditador PutinKGB que cold war de volta e conseguiu. Ele não vai fazer como os países bálticos o que fez na Ucrânia.

Ednardo de oliveira Ferreira

Um problema é que um SSBN para ser efetivo exige uma série de tecnologias que ninguém vende e menos ainda dá. – Submarino de propulsão nuclear, de forma que possa fazer patrulhas longuíssimas; – Mísseis de longo alcance; – Armamento nuclear. No ritmo que vai, o país abaixo da América do Sul está a 25 ou 40 anos de ter tudo isso. E mais que capacidade industrial ou conhecimento tecnológico, acima de tudo seria necessária uma disposição política e geoestratégica para tal. E esta que não vejo mesmo. E este país aí está relativamente confortável em termos de disputas externas,… Read more »