Aeronáutica desenvolve processo de pintura ‘stealth’ para aviões

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FAB stealth

Tecnologia também pode ser usada para aplicações civis

O Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) recebeu a carta patente de processo de pintura que permite dar mais furtividade aos aviões (dificuldade em ser identificado por radares inimigos) em janeiro deste ano. A nova tecnologia é resultado de anos de trabalho de pesquisadores do instituto, localizado em São José dos Campos (SP), e parte de um projeto iniciado em 1998 denominado MARE (Materiais Absorvedores de Radiação Eletromagnética) pela Divisão de Materiais.

“A patente é um reconhecimento pelo trabalho da equipe, da seriedade com que foi feito. É uma tecnologia nacional feita por brasileiros. É algo de orgulho, de importância”, avalia a professora Mirabel Cerqueira Rezende que esteve à frente do projeto e contou com aproximadamente 30 profissionais.

A furtividade dos aviões funciona da seguinte forma: o material que reveste a aeronave converte a energia eletromagnética emitida por radares inimigos em energia térmica, impedindo a reflexão de sinais e assim retarda a identificação dos aviões. Segundo a pesquisadora, são poucos os países do mundo que dominam esta espécie de tecnologia, pois é usada para ter soberania. França, Inglaterra, Japão e Estados Unidos, por exemplo, desenvolveram técnicas próprias para conseguir o mesmo resultado. “É um pouco difícil porque as informações são restritas. Os países que detêm essa tecnologia não a divulgam”, explica.

FAB stealth - 2

O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) concedeu a carta patente à tecnologia intitulada “Processo para a obtenção de materiais absorvedores de radiação eletromagnética isotrópicos e anisotrópicos, utilizando partículas esféricas e filamentos de óxido de ferro policristalino, com valências Ll e Lll, na faixa de 1 Ghz a 20 Ghz”. “A concessão da patente significa que nossa tecnologia tem particularidades que a tornam única comparada com outras no mundo que permitem resultados semelhantes”, ressalta.

O desafio agora é licenciar a tecnologia para torná-la comercial. Ela pode também ser aplicada como blindagem de equipamentos eletroeletrônicos, de telecomunicações, uso médico, na aviação comercial, entre outros.

FAB stealth - 3

Processo – O Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), um dos institutos do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), por intermédio do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), foi o responsável por conduzir o processo cuja patente foi depositada no ano 2000. O projeto contou com financiamento de instituições como CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) e Fapesp (Fundo de Amparo à Pesquisa de São Paulo) e apoio do laboratório de guerra eletrônica do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

O NIT, criado em 2006, é responsável por apoiar a transferência de tecnologias originadas nas instituições científicas e tecnológicas do Comando da Aeronáutica para o mercado, proteger a propriedade intelectual, tornar essas tecnologias acessíveis e promover a inovação tecnológica. Desde então já obteve 18 cartas patente e depositou cerca de 40 pedidos, resultado das pesquisas dos institutos do DCTA.

“A inovação efetivamente ocorre quando conseguimos transformar a nova tecnologia em produto”, afirma Renato Mussi, chefe do NIT. De acordo com ele, uma das funções do núcleo é apresentar as tecnologias descobertas pelos pesquisadores a quem estiver interessado em licenciá-las. “ A meta é transferir estas tecnologias para o setor produtivo nacional e, dessa forma, beneficiar a sociedade brasileira com a promoção efetiva da inovação tecnológica no país”, finaliza.

FONTE: Agência Força Aérea/IFI/DCTA

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João Augusto

Formidável! Será que daria pra pintar os Gripen com essa tinta? Pior é que se der os caras podem querer dar umas demãos nos F5 e usá-los por mais uns 20 anos… hauehaueheuah

Sarg Uilha

então, eu não entendo o porque de essa pintura não estar sendo usada nos gripens, alguem tem alguma informação? será que é tão cara assim? não faz sentido, ou talvez não queiram usa-la na suecia devido ao valor pago pela transferencia de tecnologia deles para nos e não de nos para eles…

Carlos Campos

Ue mas os F5 já não usavam esse tipo de pintura? E o governo deveria dar mais dinheiro para a instituição pesquisar desenho furtivo para aviões

Jeronimo

Parabéns a esses brasileiros que mesmo com pouca verba ,trabalham intensamente para desenvolver tecnologias para a nação,observando que esta é uma tecnologia de soberania e os países que as detém não a passam a ninguém ,outra coisa curiosa é que quando a notícia é positiva para o Brasil , somem os comentaristas,se fosse ao contrário estaria bombando.

Alexandre Samir Maziz

Muito bom boa noticia , a prova esta ai os técnicos da Aeronáutica são competentes , se der melhores condições de trabalho , como mais investimentos vai sair mais coisas boas de lá .

Rinaldo Nery

Carlos, os F-5 , no Brasil, nunca usaram esse tipo de pintura (tinta). Lá na matéria do canhão do Gripen postei um comentário sobre essa tinta.

Ederson Joner

Muito bom, parabéns aos envolvidos.
Em saber que quando a Rússia alegava que fazia isso, muitos diziam que essa historia era mentira, que isso era impossível e coisas do tipo.
É sem duvidas uma conquista notável para os pesquisadores brasileiros, novamente parabéns.

Clésio Luiz

Acho que não precisa dizer que esse material brasileiro e outros desenvolvidos lá fora, por si só, não deixam a aeronave invisível, apenas diminuem a assinatura radar. E como dito na matéria, quando submetido a ondas de rádio, gera calor, ou seja, não existe ganha-ganha em engenharia. . Mas voltando ao assunto das tintas, elas são o principal item no alto valor de hora de voo do F-22 e futuramente no F-35. Como tal tinta só tem real valor em tempo de guerra, a USAF está deixando de aplicá-la nos F-22 que operam fora de zonas de guerra, pois assim… Read more »

wwolf22

Muito bom..
essa pintura serviria para para misseis e embarcacoes tb ??

Ocidental Sincero

Sem dados técnicos comparativos fica difícil mensurar sua eficácia. Se fosse tão simples, assim; pra que diversos países gastam bilhões de dólares com a tecnologia Stealth; se poderiam apenas aplicar essa tinta “mágica” nas suas aeronaves.

Lyw

Ocidental, creio que o comentário do Clésio em 3 de março de 2016 at 8:00, explica bem a situação que você não conseguiu compreender ainda.

Clésio Luiz

Ocidental, o material RAM (ou tinta) é apenas uma das medidas para diminuir a assinatura radar da aeronave. Outras envolvem as formas da estrutura interna, as formas da fuselagem externa, a completa ausência de antenas que não sejam conformais a fuselagem, a diminuição e formato das portas de acesso da fuselagem (trem de pouco, canopi e porta bombas e de serviço), aplicação de material absorvente no canopi, entre as medidas mais visíveis. . Então essa tinta não deixa um AMX ou F-5 no mesmo nível de um F-35, mas ajuda a diminuir a distância onde essas aeronaves apareceriam nos radares… Read more »

_RJ_

Se chegaram a pintar o F-5 com uma tinta para deixá-lo invisível, funcionou, porque eu nunca vi F-5 com tal pintura.

Piadas à parte, essa é só uma das diversas tecnologias para aumentar a discrição da aeronave. Como o F-5 não foi pensado para ser Stealth (embora tenha um RCS até que discreto para sua idade) apenas a pintura não seria suficiente para torná-lo equivalente a um avião de nova geração quanto à discrição.

Jakall

Caro Clésio Luiz, bem oportuna suas observações !!

Alan

não é pintura que faz ser stealth,essa tecnológia é alienigena.assistam o programa hangar 1 do history channel 2

Nonato

Não entendi. Os países que têm a tecnologia sequer falam sobre o assunto. Aí o Brasil patenteia? Para isso precisa documentar junto ao INPI. Então o Brasil está divulgando que tem, qual a fórmula, com o objetivo de resguardar seus direitos industriais? Digamos, a Honda tem direito sobre o carro Civic e sobre seu nome. Nada impede que seja copiado em algum país… Não estou entendendo mais nada. O que os países tratam como segredo militar (por falar nisso em guerra não existem direitos de patente cada país que espionar e saber dos segredos do inimigo…), o Brasil divulga? Quanto… Read more »

Mauricio R.

Caraca como é bom ler uma notícia de inovação e avanço tecnológico brasileiro, mas que graças a competência do pessoal envolvido, das instituições participantes e do bom Deus (qualquer que seja), não tem a “Embraer” intrometida no meio!!!

Rinaldo Nery

Nonato, tá difícil de você entender. A tinta, MAIS O FORMATO, proporcionam ELEVADA absorção de energia eletromagnética. A tinta, sozinha, também possui essa capacidade.

Bosco

Wolf,
Embarcações utilizam muito a técnica de forma e materiais RAM estruturais e fazem pouco (ou nenhum) uso de material RAM de cobertura (tinta). Sem falar que essa tinta é ferromagnética e iria oxidar.

EParro

Mauricio R. 3 de março de 2016 at 11:07 Acompanho seu espanto Maurício R.! É realmente um grande alívio um pouquinho de luz nestas trevas. O que achei mais interessante é que coube uma patente, que significa alguma “diferente” entre as tecnologias já existentes. Entretanto, meu caro Maurício R., parece que o beneficiários inicial deverá ser mesmo a EMBRAER (… “ A meta é transferir estas tecnologias para o setor produtivo nacional e, dessa forma, beneficiar a sociedade brasileira com a promoção efetiva da inovação tecnológica no país”, finaliza.). Calma! Não há provocação aí, só uma constatação. Eu não entendo… Read more »

Mauricio R.

EParro 3 de março de 2016 at 13:05
.
Salvo engano: “A meta é transferir estas tecnologias para o setor produtivo nacional e, dessa forma, beneficiar a sociedade brasileira com a promoção efetiva da inovação tecnológica no país”, este objetivo foi atendido e há uma empresa licenciada, mas não é a Embraer.

Carlos Campos

obg Rinaldo Nery

Rinaldo Nery

Vou chutar que foi um fabricante de tintas do Rio Grande do Sul.

leandro moreira

Otima noticia, como sempre, nao importa que sempre tenha boas noticias alguns querem deturpar a importancia das mesmas, lembram do container dos Igla? Ja estao em suas respectivas OM, pronto, ta resolvido o problema. Que venham mais equipamentos.

Carlos Vinícius

Não sou da área de materiais, mas pela pequena descrição é provável que se tenha utilizado nanotecnologia pesada. Passar de ondas de rádio para infravermelho está longe de ser trivial, parabéns aos envolvidos! Sobre a questão da patente causa sim alguma estranheza, mas não muita. Como é prevista aplicação civil a patente é necessária para lucrar com a comercialização; provavelmente a parte mais sensível não está descrita na patente como ocorre com várias tecnologias nacionais que mal sabemos que existem, militares ou civis. Temos um impulso natural de estranhar, mas não tem amadores lá, todos são extremamente profissionais e sabem… Read more »

Rinaldo Nery

Excelente explicação, Carlos. O material RAM é, também, menos resistente. O F-117 tinha uma limitação de carga G bem abaixo das aeronaves de caça não furtivas. Em um show aéreo nos EUA um F-117 perdeu uma asa. Não sei qual a solução que encontraram para o F-22, F-35, T-50 e pro chinês.
No CTA , anos atrás, tive a oportunidade de manusear um pedaço desse material. Parece frágil mesmo.

Carlos Vinícius

Olá caro Rinaldo Nery. Não conheço detalhes, mas no fundo é um material cerâmico e imagino que tenha fragilidade mecânica mesmo. Não conhecia esse caso do F-117, apontaram o material RAM como causa da perda da asa?
Sobre os demais, um chute é que conseguiram suportar o material RAM em poliamidas, que costumam ser bem tolerantes à temperatura e tem boa flexibilidade. Se conseguiram funcionalizar a poliamida com os óxidos e manter as propriedades seria uma tecnologia bem difícil de obter, mas acredito nos nossos pesquisadores, temos algumas coisas nesse sentido sendo desenvolvidas para outros fins. Abraços

Gerson Carvalho

Ainda no inicio das pesquisas um xavante foi pintado e usado em testes no RN. Chegou a época a se falar algo sobre isso , mais foi deixado de lado mais explicações, pelo visto funcionou! Parabéns. Agora nossos F5E-BR-M serão imbatíveis. rsrs

Bjj

Existe, dentro da FAB, previsão para aplicar essa tinta já nos futuros Gripens? Se de fato fosse aplicada, qual seria a estimativa de redução do RCS?

Grato.

theogatos

Nonato, A patente existe para proteger comercialmente seu detentor durante um certo período de tempo (varia pelo tipo de patente), depois deste período ela “cai”… Porém para conseguir a patente de uma fórmula ou processo por exemplo, é necessário que a mesma seja descrita (se não, não há objeto a se proteger). Essa fórmula ou processo não pode já ter sido patenteado obviamente, mas depois de patenteado, ele não pode mais ser utilizado por outras empresas (em teoria, pois na prática há muitas quebras de patentes que depois são contestadas pelos detentores de patentes, mas muitas vezes através das quebras… Read more »

Seal

O Instituto de Aeronáutica e ESpaço ( IAE) tem vários projetos em andamento. Alguns já foram concluídos como é o caso dessa tinta( MAteriais ABsorvedores de RAdiação Eletromagnética) Projeto MARE: materiais absorvedores de radiação eletromagnética base de nanoferritas para aplicações em aeronaves. Outros projetos são: SIstema Cruzeiro do Sul(VEículos LAnçadores e Foguetes com carga de até 700Kg, Plataforma de MIcro-GRavidade, COmputador de Bordo Nacional, SIstema de Navegação Inercial, Propulsão Líquida, Motores Bobinados, Materiais Compósitos, Satélite Artificial de Reentrada Atmosférica ( Projeto SARA), Sensores de Radiação Infravermelho( Projeto Sinfra), Materiais Resistentes à Impactos Balísticos ( Projeto MARIMBA), TEcnologia de Fabricação e… Read more »

Rinaldo Nery

O Xavante foi pintado e testado no CTA. Só lá existem os equipamentos para esse tipo de teste.9

Rinaldo Nery

Correto, Seal. O grande problema é encontrar uma indústria que possa assumir determinado projeto, e fabrica-lo em escala industrial. Óbvio que, se não houver demanda, não compensa financeiramente.
Alguém perguntou porque o Paquistão entrou no projeto MAR-1 (entrou no A-Darter, também). Porque nós compramos 100 e eles compram 1.000.

Maria do Carmo Lacoste

theogatos 3 de março de 2016 at 14:31 Isso ocorreu com o WD-40 também, só existem três países no mundo que fabricam o WD-40, EUA, Inglaterra e Brasil, sua fórmula está separada em três partes e guardada em três lugares diferentes, ou seja, teria que roubar as três ao mesmo tempo ou algo parecido para copiar. ————- Paquistão está metido no A-Darter? de que forma?? vão comprar mil MAR-1?? O Brasil tem muita pesquisa entocada e na surdina, nossas FFAA e seus pesquisadores não são de muito alarde. Sobre essa tinta, acho que se funcionar mesmo a contento, pelo menos… Read more »

Rafael

Agora é pintar os Forevis-5 com isso e ter os primeiros F-5 stealth! kkkkkkk

Carlos Alberto Soares

Seal, creio que você se refere ao IEAV, Instituto de Estudos Avançados, na margem direita da Tamoios, após o complexo CTA/EMBRAER.
__________________________________
Quanto aos comentários do Carlos Vinicius é isso ai, não sou especialista em coberturas adesivas, tenho conhecimento em proteções por aderência mecânica (imersão zinco a quente) e fria (eletrodeposição). Mas tenho que “passear” em “tintas” as vezes.
Sua explanação é muito boa.
_________________________________
CTA(ex) sempre. Deveríamos investir Bi(s) ali e não parcos Mi. ($$)

Carlos Alberto Soares

Coronel, Renner ?

tobyaps

Bosco 3 de março de 2016 at 11:54
“Sem falar que essa tinta é ferromagnética e iria oxidar.”

Carlos Vinícius 3 de março de 2016 at 13:26
“Houve uma confusão com a parte química. O ferromagnetismo é um caso extremo de paramagnetismo, não tem nada a ver com oxidação.”

Sem querer caçar confusão mas estou ESPANTADO de alguém corrigir o Bosco, comecei a pensar que o cara era a prova de radiação, ops falhas! rsrs Adoro o PA, PN, FORTE e seus comentaristas, abraço a todos.

Rinaldo Nery

Maria, mil foi uma forma de expressão. Rsrsrs. Quis dizer que a quantidade adquirida pelo Paquistão faz o preço unitário cair.

Marcelo-SP

Parabéns aos abnegados pesquisadores! O problema é, como disse o Rinaldo, é levar isso a uma escala sustentável. Infelizmente, dada a irresponsabilidade com as contas futuras e a farra fiscal corrente, o setor público está inviabilizado para investimentos, talvez pela próxima década (isso se reformas e ajustes forem feitos com rapidez; senão…). Portanto, se o uso civil não pagar a conta, talvez a coisa mofe, ou seja vendida ao exterior. Se a FAB está cortando a níveis mínimos o treinamento dos pilotos e horas de voo, imaginem gastar com pinturas especiais… Enfim, não vão ser as FFAA a viabilizar a… Read more »

Carlos Alberto Soares

Caro Rinaldo Nery 3 de março de 2016 at 18:18,
A manutenção disso deve ser um é no saco, não temos dados, os senhor mesmo mencionou que o que vem de informações deles á parco, o 0800 é aquele já descrito pelo Lord Vader e por ai vai.
Sair do ocidente é um alto risco.

Wellington Góes

Lembro que a notícia sobre o início dos estudos sobre esta tinta tinha sido divulgado lá atrás, no início deste século (a uns 15 anos). Lembro de ter lido no site Sistema de Armas naquela época. Vale lembrar que o que foi divulgado é a confirmação da patente, então o desenvolvimento foi finalizado já faz alguns anos (mais um exemplo da burocracia estatal brasileira que atrapalha este país). Mais um exemplo de que dominamos sim “Métodos e Processos” em pesquisa. O que nos está faltando é musculatura industrial (para produzir tais produtos e isto se resolve com organizações com $$$$… Read more »

Rinaldo Nery

Frederick, não entendi. O “generalato puxa manche” atrapalha a pesquisa e desenvolvimento? Um dos ex reitores do ITA, TB Reginaldo, aviador “puxa manche” foi “suma cum lauda” (é assim que se escreve?). Ou seja, o Diretor Geral de Ciência e Tecnologia da FAB, Tenente Brigadeiro do Ar, um “aviador puxa manche” não tem competência para tal? Tem visão estreita? Quem deveria ser?
Você é daqueles que acha todo militar ignorante? Muitos tem Doutorado, caso você não saiba. Um da minha turma, Doutor, é professor adjunto na Naval Postgraduate School, em Monterey, CA.
Cada coisa que eu leio aqui….

Bosco

Tobyaps,
Sou sempre corrigido e prezo muito pelas correções. No caso agradeço ao Carlos pela correção.
Meu comentário foi meio que instintivo em relação a nunca ter ouvido falar de tinta RAM em navios, mas de qualquer modo foi baseado nesse artigo que indico abaixo, do qual tinha tênue lembrança. Minha memória é especialmente boa para dados técnicos, embora seja péssimo pra nomes, o que já me deixou em situações embaraçosas. rssss
http://sistemasdearmas.com.br/ge/furt03ram.html
Um abraço.

schwanka

Caso não esteja enganado, o F117 quando soltou asa, foi devido a falta de UM parafuso de sustentação que não foi colocado.

tobyaps

Bosco

Sou fã de seus ensinamentos e conhecimentos que por sinal são abundantes,
também tenho problemas com nomes, rsrs, mas suas capacidades intelectuais estão anos luz das minhas, porem nunca é tarde para aprender, ainda mais com dados gratuitos na rede, esse link que vc passou é um bom exemplo disso, grande abraço e desculpe o espanto!

Seal

Carlos Alberto Soares 3 de março de 2016 at 17:32 É isso mesmo. ( [ IAE, IFI,ITA, IeAv]), ali é um celeiro de tecnologias. Rinaldo Nery 3 de março de 2016 at 14:46 É verdade Cel. Essas pesquisas só existem e estão de pé porque existe um projeto inédito no Brasil e pouco conhecido mas bastante interssante, que visa a captação de recursos para melhoria na infra-estrutura e para projetos de pesquisa do Instituto que vem sendo implantado desde 2005. Trata-se da criação de fundos de captação de doações financeiras,originadas de pessoas físicas s jurídicas (empresas e fundações). Foi criada… Read more »

Rinaldo Nery

Frederick, acho o contrário. Por estar dentro do CTA está mais fácil, por estar mais próximo dos problemas. Vou discordar de outro ponto de vista: o aviador não precisa ser Iteano (tem vários) para entender a pesquisa e desenvolvimento. Todo mundo, na FAB (ou pelo menos a maioria) concorda com o sucesso do VLS, mesmo explodindo, por exemplo. Salvo melhor juízo, você generalizou na caracterização dos somente aviadores. Meu ex comandante na III FAE, caçador de sangue azul, foi Diretor Geral do DCTA. Encontrei-o em Brasília numa promoção de oficiais generais da minha turma, e desmanchou-se em elogios ao DCTA,… Read more »

Jose Souza

será que um espectrômetro de massa tem condição de “revelar” a formula dessa pintura….. tipo … difícil de fazer fácil de “copiar”…

Rinaldo Nery

Obrigado, Frederick. Foi só uma defesa de ponto de vista. Percebe-se que você conhece o tema e o CTA.

Carlos Vinícius

Carlos Alberto Soares 3 de março de 2016 at 17:32 Também não sou da área, mas já trabalhei com pesquisa em polímeros para uma empresa nacional. Como a grande maioria das tintas contém algum polímero, até dá pra inferir algumas coisas, mas torcendo pra não cometer grandes deslizes rsrs. ——————————————————————————————————- Bosco 3 de março de 2016 at 20:58 Foi mais uma observação do que uma correção. Acompanho a anos a trilogia e seus comentários sempre são notáveis. Fiz uma pequena contribuição só. ——————————————————————————————————– Jose Souza 3 de março de 2016 at 23:07 O espectrômetro de massas (EM) é uma ferramenta… Read more »