Força Aérea dos EUA corta cinco jatos F-35 de pedido de orçamento

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F-35A em teste de disparo de míssil AIM-120 AMRAAM

F-35A em teste de disparo de AMRAAM - foto Lockheed Martin

A Força Aérea dos Estados Unidos cortou cinco caças F-35A de sua solicitação de orçamento do ano fiscal de 2017, enquanto vai financiar plenamente o bombardeiro de longo alcance e o avião-tanque KC-46, segundo o site Defense News.

A Força Aérea reduziu a compra de F-35A no FY-17 de 48 aeronaves planejadas para apenas 43, de acordo com uma fonte. Não está claro se a Força Aérea irá reduzir a compra total prevista de 1.763 aeronaves.

Estes números não levam em consideração o total de F-35 que serão comprados de outras Forças dos EUA e por parceiros internacionais. Na verdade, a apresentação geral do orçamento do Pentágono incluirá dinheiro para comprar 10 modelos F-35C adicionais para a Marinha e 3 modelos F-35B para os Fuzileiros Navais sobre o que havia sido planejado.

O corte dos F-35A foi puramente impulsionado pelo orçamento, disse a fonte, já que o programa JSF do F-35 tem feito progressos nos últimos anos. O Corpo de Fuzileiros Navais declarou a capacidade operacional inicial com o seu F-35B no ano passado, e a Força Aérea está a caminho de fazer o mesmo com o seu F-35A de decolagem e pouso convencional.

NOTA DO PODER AÉREO: o Programa do F-35 tem avançado, mas ao mesmo tempo tem apresentado seguidamente novos problemas. Os mais sérios são os produzidos pelo software embarcado, que possui muitas versões e nenhuma delas ainda é capaz de fornecer capacidade de combate plena.

Outro problema sério é que o F-35 não pode abrir as portas das baias de armas a mais de 550 nós (Mach 1.2) de velocidade, o que limita o envelope de emprego de armas ar-ar do avião.

O DoD liberou um relatório completo sobre o Programa F-35 no final de 2015 que apresenta detalhadamento os avanços e os problemas do F-35. Quem quiser ler, é só clicar aqui.

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Lyw

Esta limitação do F-35 em disparar mísseis ar-ar em velocidades supersônicas elevadas (através das baias internas) é um problema seríssimo!

Jatos de combate supersônicos trabalham intensamente em velocidades variáveis entre Mach 1.2 e 1.6 em boa parte dos cenários de combate aéreo.

Jeff

“Não está claro se a Força Aérea irá reduzir a compra total prevista de 1.763 aeronaves.”

E a gente aqui se borrando pra comprar 36, meu Deus. Parabéns pra eles, não são o que são por nada…

Ednardo de oliveira Ferreira

“1.763” F35 na força aérea. Sem contar as outras armas.

Só isso.

hamadjr

Começa com 3 e depois vai ampliando

Diogo Araujo

Muito se fala quanto aos maus investimentos feitos aqui no nosso país. Mas o f-35, apesar de ser o caça mais avançado do mundo, já estourou e muito o orçamento inicial previsto além de apresentar problemas de desempenho que não param de aparecer. Ainda bem que os americanos têm MUITA grana

Ednardo de oliveira Ferreira

Vão dar algum jeito no problema das portas. O F22 já deu, darão no F35. Lembrando que não existe arma nova sem seus desafios. Não há nenhum outro país que não esteja pelo menos 10 anos atrasado em relação ao F35. e 35 se colocarmos outros stealth como o F22 e o F117.

Fonseca

Caro Diogo – 16:19 O JSF/F35, o mais caro sistema de armas da história, criticado pelo rombo orçamentário e falhas constantes, devido principalmente à dificuldades técnicas de integrar novos conceitos, sistemas e tecnologias. Será viável? Terá sido a melhor opção? Talvez sim, talvez não – mas é grande a possibilidade dele vir a ser o principal avião de combate americano e de muitos países aliados. E o nosso projeto enquanto nação? Nossos rombos orçamentários e falhas constantes deve-se a quê? Se continuarmos com mais carga tributária, mais obras superfaturadas, mais Mercosul, mais “programas sociais”, mais “empréstimos” secretos, isso nos deixa… Read more »

carlos alberto soares

Diogo Araujo 4 de fevereiro de 2016 at 16:19
“…………os americanos têm MUITA grana”
Errado !
Somente eles emitem dólares ………………………………….. dólares americanos. (rs)

tadeumar

Carlos Alberto Soares,

Se fosse assim como voce disse, entao como estaria a inflacao americana?

Necessito aulas de Economia.

Vader

Senhores, cortar 5 aeronaves é só uma forma de dizer pro contribuinte americano que a USAF também está preocupada com orçamento. O corte é minúsculo e não compromete nem o programa nem a frota. Tanto que a tendência é que aumente em termos e F-35 das versões B e C (USMC e Navy, respectivamente)… E só pra constar: muitíssimo raramente uma arma é disparada em regime supersônico: na esmagadora maioria das vezes a arma é disparada em regime transônico, e nessa faixa de mach o F-35 é a aeronave da frota americana que melhor rende. O “problema”, se é que… Read more »

Fernando

Se o custo da hora de voo do F22 “segundo matéria postada recentemente” gira em torno de 58 mil dolares, quanto seria a do F-35? do meu ponto de vista é uma arma extremamente cara de fabricar e de se manter e o que pode acontecer é em um hipotético conflito com grandes nações (Rússia e China) este ser sobreposto pela quantidade (fator utilizado pela URSS durante a SGM). Concordo ser uma arma formidável mas os preços estão o tornando proibitivo até para os EUA. O mesmo está ocorrendo com os LCS em curso pela US Navy.

Rommelqe

Considero o F-35 um avião fantastico, um marco na engenharia, muito superior a qualquer aeronave não americana que intitulem (devidamente?) como sendo stealth.
Para as condições brasileiras, na perspectiva dos TOs mais provaveis e criticos, sou mais o SHF-18 . Mesmo assim acredito que estrategica e taticamente os esquadrões de Gripen NG serão equivalentes ao que teríamos com os SH e tão eficientes quanto. Certamente muito mais do que teríamos condições e permissões para operar F-35.
Quando tivermos operando uns 160 NGs talvez poderiamos começar a ter alguns stealths para algumas missões.

Nilo Rodarte

O F-35 tem apresentado diversos problemas desde a sua concepção, mas penso que isso seria normal no desenvolvimento de uma arma nova, ainda mais tão complexa. O orçamento também é um problema, mas, aparentemente, pelo menos ele está sendo estourado no desenvolvimento do equipamento, ao invés de se transformar em “doações de campanha”. Mas, penso que o mais importante disso nem é o desenvolvimento do F-35 em si. Fico imaginando é o desenvolvimento tecnológico que o F-35 deverá representar para os americanos. Se muita coisa que a gente usa hoje (inclusive nossos computadores e Internet) vem do desenvolvimento militar americano,… Read more »

Farroupilha

Sinto muito, mas certas mentiras jogadas para cima da sociedade devem ser combatidas, ainda que aborreçam seus crentes cegos. – Essa história que a guerra é importante à humanidade pelo progresso tecnológico que provoca não passa de ladainha safada. Áreas tecnológicas de transporte, de química, medicina, espacial etc, ontem, hoje e amanhã contribuem permanentemente para o avanço da ciência. E para não me alongar muito deixo quatro nomes de cientistas, entre muitos, que não eram da indústria da guerra, mas que foram fundamentais para nosso sossego e conforto diário atual… Alexandre Volta – eletricidade (acumuladores) Nicolas Tesla – eletricidade (corrente… Read more »

Delfim

5 aeronaves em 1763 nem dá 0,3%.
Vader está certo, isso é conversinha pra boi dormir.

Bosco

Farroupilha,
Vivemos num mundo que jogador de futebol ganha 2 milhões de dólares por mês de salário e tem pedra (diamante) que custa 2 bilhões de verdinhas. Não venha me falar que a culpa da miséria do mundo é a belicosidade. Pode até ser parte do problema mas está longe de ser o único problema e nem de perto é o principal motivo.

Farroupilha

Bosco releia meu comentário, em momento algum quantifico a influência da guerra em nosso desenvolvimento, e muito menos ainda afirmo ser o nosso único problema ou principal motivo de miséria. Foi um declaração qualitativa. Vc é que está querendo misturar as coisas… Com questões morais. Ou argumentar com desfocamento argumentativo. Mostrei o outro lado independente de guerras, de outras áreas. Que propicia nosso permanente desenvolvimento. – Mas se formos quantificar a importância da indústria da guerra para nosso desenvolvimento tecnológico, poderemos facilmente comprovar que a montanha de dinheiro direcionada para ela, seria, sem sombras de dúvidas, um fator deveras importante… Read more »

Wagner W

Farroupilha, boa tarde. Concordo em alguns aspectos com você, mas não todos. Quanto ao posicionado em relação ao comentário do Bosco, concordo contigo. Creio que o mesmo não tenha entendido teu texto, já que em nenhum lugar você afirma que a belicosidade é a causa prima das mazelas do mundo. Por outro lado, apesar também de acreditar que muitos dos defensores das armas, notadamente os mais ferrenhos, jamais tenham visitado áreas conflituosas, nem sentido o cheiro fétido de um campo de batalha onde corpos destroçados jazem em decomposição, nem tido uma arma apontada em sua direção com o intuito de… Read more »

Farroupilha

Wagner W, Exatamente, muito bom lembrar do terror que é assistir, ao vivo, gente morta e destroçada. E ainda têm os odores, insetos, e, às vezes, até cães se alimentando dos cadáveres. São situações que até enlouquecem e perturbam para sempre algumas testemunhas. – E não, não sou ingênuo de negar a existência de fatos, pessoas, e até nações, que só com força material drástica (bélica) para serem contidos e neutralizados. Infelizmente ainda temos que conviver com toda essa violência sem medida, e montanhas de dinheiro permanentemente sendo investido nisso. – Mas um dia esse círculo vicioso da guerra tem… Read more »

mauriciosilva2014

Olá.
Interessante é perceber o nível de condescendência que alguns foristas tem com a USAF, o governo americano e a LM em relação o projeto F-35, sua gestão e seus “defeitos”. Gostaria de saber qual seria a postura dos mesmos caso ocorresse no Brasil algo semelhante.
SDS.