Base Aérea de Santa Cruz: Projeto para uso comercial

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Portões Abertos BASC 2014 - 18

Akemi Nitahara

ClippingNEWS-PAA Secretaria de Aviação Civil (SAC) recebeu para análise projeto sobre uso comercial da Base Aérea de Santa Cruz (BASC), na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ainda não há prazo para um parecer sobre a viabilidade técnica da proposta, apresentada pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio (ABIH-RJ) e pelo Rio Convention & Visitors Bureau (RCV), durante reunião no dia 27 de agosto.

O presidente da ABIH-RJ, Alfredo Lopes, destacou que, com o aumento da oferta hoteleira na Barra da Tijuca, principal região olímpica da cidade, seria uma boa oportunidade para transformar a Base Aérea de Santa Cruz num aeroporto misto, com uso civil.

“Teríamos outro aeroporto na cidade. Ele está perto da Avenida Brasil, da BR-101, do Centro Industrial de Santa Cruz, de Itaguaí, que é uma cidade com crescimento fantástico, de vários portos e terminais de carga. Esse novo aeroporto daria apoio à zona industrial e às pessoas que moram próximo à Avenida Brasil e Barra da Tijuca, com volume enorme de ofertas e que hoje já é o maior polo de eventos corporativos, com o RioCentro e seus hotéis”, afirmou Lopes.

De acordo com o estudo da ABIH-RJ, o pouso e decolagem em Santa Cruz encurta em 15 minutos a viagem entre Rio de Janeiro e São Paulo, sem contar o deslocamento até os aeroportos Santos Dumont e Galeão, que pode facilmente passar de duas horas.

“Atualmente, as pessoas que saem da Barra para o Santos Dumont ou para o Galeão enfrentam uma maratona de uma hora e tanto de manhã, no horário de rush, e no fim do dia. Iríamos para Santa Cruz no contrafluxo, o que é muito mais rápido que essas duas opções”.

Responsável pela operação da Base Aérea de Santa Cruz, a Aeronátuica informou que ainda não foi procurada para tratar do uso comercial do local nem tomou conhecimento do projeto. Em nota, a Aeronáutica afirmouque o local é estratégico para a defesa do país.

“A Base Aérea de Santa Cruz abriga dois esquadrões de caça, que operam com as aeronaves F-5 e A-1, e um esquadrão de comunicações. Para o Comando da Aeronáutica, a BASC é uma estrutura fundamental e estratégica para o sistema de defesa aérea do país e para a segurança do complexo industrial e energético da região Sudeste.”

FONTE: Agência Brasil

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Rinaldo Nery

Como diria o Garrincha, “esqueceram de combinar com os russos.”. Não seria o caso de a ABIH consultar antes o Ministério da Defesa? Virou casa da mãe Joana?

Anderson Petronio

Faz bastante tempo que existe uma demanda para um campo de aviação geral no Rio. Jpa está limitado devido às gritas dos moradores da Barra quanto ao movimento de aproximação dos helis. Imagina se pousassem aviões ainda que VLJs. BASC e BAAF, são alvo de cobiça de suas áreas e entornos pela especulação imobiliária, de certos incorporadores, que estão inclusive atuando fortemente em áreas olimpicas, ( entenda quem tiver que entender). A desculpa de levar a BPQDt e Esquadrões que atendem a referida brigada para GO, afim de que alcancem mais rapidamente qualquer TO no país, é balela. Isso no… Read more »

Rinaldo Nery

Anderson, não é balela não. A Bda Pqdt já virou, há tempos, uma fornecedora de mão de obra especializada pro narcotráfico do Rio. Marechal Hermes é o fim do mundo. Militar no Rio , especialmente as praças, não tem qualidade de vida. Salários baixos e falta de moradia. A END prevê a interiorização dos meios militares. O pessoal da Bda Op Esp está dando pulos de alegria por terem ido pra Goiânia. Servi 7 anos em Anapolis e estive na Brigada em algumas oportunidades. A BAAF não tem mais serventia pra FAB. O 3°/8° GAV vai pra BASC. O TB… Read more »

cvn76

No Brasil há uma excesso de quartéis, bases militares e etc…..está na hora de fazer um BRAC, como fizeram várias vêzes nos EUA. Poderiam fechar Santa Cruz, Afonsos e Galeão e assim operar juntamente com a Marinha uma grande base aérea conjunta em São Pedro D`Aldeia…. Outro absurdo é a quantidade de quartéis espalhados pelo Brasil….tem muito mais quartéis que o US Army por exemplo…precisa ter tantos quartéis no RS, por exemplo? Estão esperando uma invasão argentina ou paraguaia? E em cada quartel tem um comandante, um vice-comandaten, um responsável pelas finanças, outro pela saúde outro por comunicação social e… Read more »

Wellington Góes

Não sou favorável à utilização de BASC pela aviação civil, unidades aéreas que operam aviação de combate precisam aeródromos dedicados, por conta dos riscos de se operar armamentos, por isto Santa Maria, São Pedro da Aldeia e Santa Cruz, nunca deveriam ser cogitadas à operação da aviação civil. A BANT, hoje em dia, já é operada apenas pela aviação militar. O que concordo é com entrega dos espaços da FAB no SDU e GIG, bem como a transformação dos Afonsos num aeródromo civil, dedicado à aviação geral. Aliás, acho um absurdo termos oito bases aéreas, das três forças, apenas no… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Wellington, só um reparo: Campo de marte não é base (no sentido de apoiar esquadrões da FAB), é uma organização de material (PAMA-SP) dedicada a manutenção nível parque de aeronaves e seus sistemas. Mais dia, menos dia, acho que não resistirá às pressões imobiliárias e políticas para deixar o local – se bem que a tendência de privatizar serviços de manutenção nível parque poderá suprir a demanda. Há outras organizações no local, incluindo hospital, que seria mais complicado. Base em São Paulo é a BASP, do outro lado da pista do Aeroporto Internacional de Guarulhos / Cumbica. Já apoiou diversos… Read more »

Feito o pequeno reparo, digo que eu concordo contigo. É preciso repensar e racionalizar as coisas, e bastante. Seu comentário me inspira a também dar meu pitaco. Em que pesem as tradições etc, Afonsos virou elefante branco. Santos virou núcleo de base, o que achei correto, depois voltou a ser base, o que não entendi até hoje. São coisas que precisam mudar. Mas eu penso em algumas coisas de forma diferente do que você colocou. Por exemplo, entre Santa Cruz e São Pedro da Aldeia, sou mais a última! E aí eu concordo com o comentário do colega CVN76. Lá… Read more »

Anderson Petronio

Nunão Parabéns pela analise de quem entende do assunto “por dentro”. Mas ao Invés da BAENSPA, COMO ADMINISTRADOR, penso que o racional seria transformar BAAF em instituição histórica / ensino com esquadrão de helis que podem tinar infiltração e retirada de tropa em Gericinó a menos de 3 KM que tem relevo de brejo a serra, e todas as estruturas de ETA, GEIV, GT’s em BASC. Até porque não adianta esquadrão de caça num ligar e esquadrão de REVo em outra. Finalmente, com todo o respeito ao missivista Rinaldo Nery, a mão de obra para o tráfico também será disponibilizada… Read more »

Rinaldo Nery

Nunao, não é tanta heresia assim. Na FAB muita gente pensa como voce. Em Santa Cruz, o “Vale do Pó”, as tradições pesam muito, mas acho que o TB Rossato não é tão apegado assim. O 3°/8° vai pra lá no lugar do 16. Afonsos já devia ter fechado faz tempo. Na BASP tem o ILA, Instituto de Logística da Aeronáutica, a escola do COMGAP, e a CECAT, Centro de Catalogação da Aeronáutica. A BASP não pode ser fechada, senão a área retorna pras mãos da família que cedeu-a pra FAB nos anos quarenta. E o maior aeroporto do Brasil… Read more »

Rinaldo Nery

Anderson, morar na Vila do Galeão e cursar a ECEMAR nos Afonsos foi um transtorno. Inveja do pessoal da Marinha e do EB, com a EGN e a ECEME na Praia Vermelha…
Se tivesse ficado na ativa ia querer cursar a ESG, e não o CPEA na ECEMAR, só pra não sofrer de novo.
O narcotráfico noutros estados, exceto SP, não se compara às ¨comunidades¨ do Rio. Em Goiania ou Anápolis é ridículo. Morei lá.

Wellington Góes

Nunão, ‘pitaco’ interessante, gostei. No mais, citei SC (não conheço a Base pessoalmente) por achar seu sítio aeroportuário bem grande e com isso ter espaço suficiente para abrigar hangares e estruturas administrativas tanto da FAB, quanto da MB, Entretanto, se as condições de SPdaAl forem melhores, acho a alternativa interessante. Aliás, achei pertinente a questão da defesa aérea do Rio ficar a cargo da MB, claro, caso o Sea Gripen venha existir um dia. Porém, contudo, toda via, como sou partidário da equação Hi-Low, acredito que seria interessante esta dobradinha com a FAB fazendo a defesa aérea e interceptação, mobiliada… Read more »

Wellington Góes

Retificando, Santa Cruz ainda sim me aparenta ser melhor. Olhando pelo Google Earth percebe-se o grande espaço que o sítio aeroportuário possui para expansão, diferente de SPdaAL, afora que devido a proximidade com Itaguaí (o novo porto de submarinos da MB), se por ventura um dia viermos ter um sistema anti-aéreo de longo alcance, este poderá defender tanto a base de submarinos, quanto a própria base aérea, por exemplo. De BASC para Itaguaí são aproximadamente 14 km; para Taubaté são 185 km, ambos a oeste e em linha reta. Para Mocanguê (base naval em Niterói) são 60 km e SPdaAl… Read more »

Anderson Petronio

Rinaldo …Beijo no coração “fabiano”.

Galeão, pra qualquer lugar que não seja via aérea, é sofrimento…kkkk

Não me queira mal amigo, mas o bicho pega muito mais no NE e BA, mas Rio dá mais mídia.

Mas isso é assunto pra outro forum. Abraço a todos os missivistas.

sergiocintra

Alguns pitacos sobre os assuntos retro mencionados: – Se SC passar a iniciativa privada, ela na realidade estará voltando a esta, uma vez que sua construção feita pelos alemães, consistia em lugar p/ receber os dirigíveis e a pista, para os aviões do “Sindicato Condor”, fazer a capilaridade sul-americana. O que foi feito pela Fab foi sómente ampliar o tamanho da pista (+/- 2800m.) p/ operar os jatos. – A seu favor, existe a area da restinga de Marambaia, que ” alívia” o uso p/ treinamentos e limitações à area pelos “expansionistas” – por enquanto! – Joga contra, o movimento… Read more »

jacubao

Não seria melhor ampliar as capacidades do aeroclube de Jacarepaguá???? Cada macaco no seu galho, por…

Eya

no meu entender as estruturas militares não devem ser mexidas. São a garantia da nossa soberania, eu defendo que mais estruturas do mundo aeronáutico venham para o Rio de Janeiro e todo o estado; somos o berço da Força Aérea e não entendo porque tanta concentração de organizações voltadas para a indústria aeronáutica se encontra hoje no interior de São Paulo; me desculpem não é bairrismo mas é a lógica.