Piloto afegão voa pela primeira vez no A-29 - 3

A DSCA (Defense Security Cooperation Agency), órgão do Pentágono encarregado da aprovação de venda de material bélico para fora dos EUA, informou na última terça-feira (9) que aprovou a venda de aviões de ataque A-29 Super Tucano para o Líbano. O valor do negócio está estimado em US$462 milhões e inclui lion sale of rplanes and associated equipment, parts and logistical support to Lebanon. The U.S. Defense Security Cooperation Agency (DSCA) said in a statement on Tuesday that the proposed sale would help the country protect itself from internal and border security threats.

Segundo a agência, o governo libanês solicitou a compra de seis aviões A-29 Super Tucano, oito sistemas de contra-medidas  ALE-47, dois mil míssies APKWS (Advanced Precision Kill Weapon System), dois sistemas de detecção de mísseis e um sistema de posicionamento global/navegação inercia. Também faz parte do pedido aprovado a venda de peças de reposição, ensaios em voo, equipamentos de apoio, documentação técnica, treinamento de pessoal e equipamentos de treinamento, apoio logístico e fornecimento de técnicos.

O auxílio militar ao governo libanês faz parte da política externa dos EUA, que em fevereiro enviou US$ 25 milhões para o Exército do Líbano e posteriormente aprovou a venda de mísseis AGM-114 Hellfire II por US$146 milhões para o país lutar contra grupos islâmicos que atuam nas fronteiras do país com a Síria.

Tanto as forças de segurança do Líbano como o grupo xiita Hezbollah (apoiado pelo Irã) lutam contra a frente al-Nusra (braço da rede terrorista al Qaeda na Síria) e contra o Esta Islâmico (ISIS), no nordeste do país, próximo à cidade de Arsal.

Em fevereiro deste ano a imprensa local aqui no Brasil já havia levantado a possibilidade da venda de Super Tucanos para o Líbano (leia a matéria completa clicando aqui).

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eduardo pereira

Como se dará isto? Serão construídos(montados) nos EUA ?? Se sim, em que isso nos será favorável já que não estará rendendo a manutenção ou criação de empregos aqui no Brasil ??

Sds.

Fernando "Nunão" De Martini

Eduardo,

Várias partes do avião são fabricadas no Brasil e enviadas para montagem na Flórida, para onde confluem também os componentes de origem norte-americana (o mesmo se dá quanto aos jatos executivos da Embraer montados lá).

Ou seja, a venda também mantém empregos e serviços de manutenção (como envio de sobressalentes etc) a partir do Brasil.

Vi agora que estava escrevendo ao mesmo tempo que o Lyw publicava a resposta dele. Enfim, ambos os comentários se complementam.

Lyw

Eduardo, boa parte da fuselagem dos Super Tucanos fabricados nos EUA é produzida aqui no Brasil: nariz, cabine, asas… Além de quê a fabricação das aeronaves lá ocorre através de um consórcio entre Embraer e Sierra Nevada, assim a primeira também possui parte nos lucros da venda (além dos ganhos com os componentes produzidos no Brasil). Um outro ganho é a vitrine que estas vendas (Afeganistão, Líbanos) trazem para o produto Super Tucano. Mostra que é simplesmente a melhor aeronave para esta função e, insuperavelmente, a de maior sucesso. Dá uma forcinha para possíveis vendas a partir das plantas industriais… Read more »

Vader

Excelente notícia para a Embraer. Seu A-29 vai agora dar porrada nos terroristas do Estado Islâmico e na Al Nusra. E tudo isso via USA, sem a menor chance de ingerência política brasileira.

E dane-se o governo do PT, que prefere “dialogar” com os terroristas…

eduardo pereira

Obrigado a ambos pelos esclarecimentos, e ,que boas vitrines são estas hein, o pau ta quebrando lá e os resultados serão expostos à exaustão.

Sds

Baschera

E esta pintura e logotipia do ST é a mais bela de todas….

Sds.

thomas_dw

também é a primeira venda com avionica da ELBIT para o Libano, houve época em que paises Arabes se recusavam a comprar equipamento com um parafuso made in Israel, mas os tempos mudaram.

wwolf22

eu nao duvido nada que os ST pro Iraque serão via USA tb… lamentável…

wfeitosa

Impressionante como há crítica gratuita …
É óbvio que a política do ganha-ganha entre Sierra Nevada (USA) e Embraer (BR) é a melhor solução …
Ou alguém aqui acredita que o Tio San vai dar carta branca para a Embraer vender pra quem quiser …
Me perdoem, mas só os míopes (de cérebro) de plantão veem essa possibilidade …

Renato.B

Poggio, aviso que parte do primeiro parágrafo ainda está em inglês.

Renato.B

Estou curioso para ver como o Super Tucano vai ficar em cenários mais intensos

Corsario137

Gente, Que ano é hoje? O presidente é o Getúlio? Onde o parafuso A ou a fuselagem B é construída não interessa. O mundo já saiu da era industrial desde a década de 80. O que tem valor e que gera valor financeiro é a pesquisa e desenvolvimento, é o know-how por trás do produto acabado. Hoje a China consegue fabricar praticamente qualquer item manufaturado, mas porque nossos carros não são chineses ainda que muitas vezes os componentea venham de lá? Porque a China não fabrica seu próprio iPhone quando o próprio iPhone é fabricado lá? Porque por trás desses… Read more »

Escorpião 183

Fico feliz de ver este projeto indo para o campo de batalha para o qual fora projetado, mesmo que agora seja muita areia no lugar de muito mato…. Se bem que não posso deixar de lembrar dos colombianos.

Se tivéssemos dado ênfase para a finalidade a qual fora projetado talvez metade dos problemas, principalmente os ligados aos atuadores dos compensadores, não teriam restringido toda nossa frota.

Mauricio R.

Não vejo nenhum Boeing sendo fabricado fora do CONUS (EUA Continental), as partes e peças podem até vir do exterior, México, Japão, Itália, Rep. Tcheca, etc, mas a montagem final, teste de voo, são nos EUA. A Airbus fabrica o A-320 na China PRC. Então esse papo de Embraer globalizada, que airframer que não é, deve ser alguma rusga entre o governo do PT e as asas que o alimentam. Em Portugal não dá p/ mexer, se não investirem tanto por ano, o governo português retoma a OGMA. Assim só resta fazer média, transferindo alguma produção p/ a Florida. Mas… Read more »

José Carlos Moreira

Brilhante colocação Corsario137 11 de junho de 2015 at 10:23 A quinta onda é capacitar cidadãos para gerar e agregar valor ao produto, ( o you tube prova por engenhocas, que há capacidade inovadora e criadora em nosso povo) Então urge criarmos condições de treinamento e engajamento desse potencial, através dos setores adequados de nossa sociedade, políticas de inclusão e e incentivos para que esse potencial seja desenvolvido e explorado (no bom sentido claro), Claro também que não dá pra levar todo mundo a bordo, mas as ondas passam e não voltam e é preciso surfarmos para assegurar a atualização… Read more »

José Carlos Moreira

Em adição, para melhor compreensão do texto acima, quis dizer que a fabricação em países de ponta, de grande influência política e penetração no mercado global, de produtos desenvolvidos por empresas brasileiras, notadamente os produtos de alta tecnologia agregada, é benéfica quando olhamos pelo viés estratégico de tornar-se expoente, ser referência, naquele nicho de mercado de alto valor econômico. O que não se consegue atuando só nacionalmente. Quanto a mão de obra não qualificada que não acompanha, indicadores dizem que nossa economia tem potencial para se desenvolver em 360º e absorver a massa restante