Tejas treinador - PV6 - primeiro voo 8nov2014 - foto via Livefist

Aeronave é a versão final do modelo biposto e incorpora todas as modificações resultantes da campanha de 2.500 horas de ensaios de voo

A versão final do modelo biposto (treinador) do jato de combate leve Tejas realizou seu primeiro voo neste sábado, 8 de novembro. O voo do exemplar denominado PV-6 é considerado um marco no programa indiano LCA (Light Combat Aircraft – avião de combate leve) desenvolvido localmente pela Índia. A informação foi divulgada pelo jornal Economic Times e pelo site Livefist.

O avião decolou às 13h36 (hora local) pilotado pelos capitães Vivart Singh e Anoop Kabadwal. Trata-se do 16º Tejas que já voou como parte do projeto que vem sendo desenvolvido há mais de duas décadas. O exemplar PV6 absorveu todas as principais modificações advindas das 2.500 horas de testes de voo do programa, sendo o seu último protótipo antes da produção em série do caça. O PV6 está equipado com um novo sistema de comunicação, radar, sensores de guerra eletrônica e sistemas de navegação para pouso automático.

O programa do LCA Tejas é o maior projeto que a Organização de Pesquisa e Desenvolvimento de Defesa (DRDO – Defence Research and Development Organisation) trabalha, e foi iniciado em 1983. Nesse meio-tempo, o programa teve que superar inúmeros desafios, muitos deles devidos a sanções após os testes nucleares indianos de 1998. A Força Aérea Indiana encomendou 40 exemplares do LCA Tejas Mk1, e pretende adquirir uma versão mais avançada (Mk2) em desenvolvimento pela DRDO e pela empresa estatal aeronáutica HAL, para equipar cinco esquadrões adicionais.

No ano passado, o Tejas recebeu sua liberação para operação inicial (IOC) e espera-se que, nos próximos meses, receba a certificação final (FOC) para iniciar os voos operacionais.

Segundo o site Livefist, que divulgou a imagem acima, o Ministério da Defesa da Índia pronunciou-se sobre esse primeiro voo do PV6, que teve como objetivo checar a funcionalidade dos dois postos de pilotagem, similares aos da versão de produção do biposto. Todos os sistemas funcionaram como esperado durante o voo de 36 minutos de duração.

Ainda segundo o ministério, o PV6 é o segundo modelo biposto e tem capacidade de empregar todas as armas ar-ar e ar-solo requeridas pela Força Aérea Indiana para receber a FOC.

FONTES / FOTO: Economic Times e Livefist (compilação, tradução e edição do Poder Aéreo a partir de originais em inglês)

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Baschera

Ta ai um programa em que quando finalmente vier a ser operacional… talvez já seja quase obsoleto, em se comparando com outros vetores.

O Tejas, salvo engano meu, começo a ser criado no início dos anos 80… e ainda não é operacional. Aliás, vai demorar um bocado ainda para ser.

Sds.

Baschera

Errata: Começou e não “começo” !

Sds.

Rinaldo Nery

Amigos, se os protótipos fizeram dois voos de 01:00h de ensaio por dia, foram 1.250 dias, ou seja, 3,42 anos voando TODOS OS DIAS.
Não foi meio demorado não?
Em outra matéria alguém havia comentado sobre a incompetência da indústria aeronáutica indiana. Começo a concordar…

Gilberto Rezende

Pô Rinaldo não esculacha os Hindus !

Divide isso aí por 16 protótipos…

Mas a notícia mostra mesmo o atraso do projeto dizendo que é claramente uma aeronave de instrução com controles duplicados nas duas posições.

Espero que nosso Gripen F seja desenvolvido como uma aeronave também de combate e não só de treinamento….

Mauricio R.

O Hawker Hunter do célebre Sir Sidney Camm, só se encontrou na versão FGA 9.
Pelo menos os caras lá toparam o desafio, por aqui a toda poderosa e intrometida Embraer fugiu da raia….

eparro

Mauricio R. 9 de novembro de 2014 at 0:39 #

Não teria sido uma bela decisão da EMBRAER em não se meter em “fria”!
De conhecer seus limites e de aguardar momentos mais oportunos.
Mesmo porque já estava num esforço, nada despresível, que é construir o KC-390.

Mauricio R.

“De conhecer seus limites e de aguardar momentos mais oportunos.
Mesmo porque já estava num esforço, nada despresível, que é construir o KC-390.”

Pois não se faça de rogada, desembarque imediatamente do F X-2.
O Brasil agradece!!!
E aproveita e leva a AEL, junto!!!

eparro

Mauricio R. 9 de novembro de 2014 at 1:02 #

Mas se não a EMBRAR quem poderia assimilar a tal TOT para executar a produção dos Grippen por aqui?

Mauricio R.

E quem disse que a Embraer tem a capacidade e a competência p/ assimilar a tal da ToT do Gripen???
Pq já vimos esse filme no F-5, no A-4 e no A-1, a Embraer se enrola sózinha e aí ficamos dependendo dos bons préstimos de Tio Jacob.
E ele cobra caro.
Por outro lado a SBTA, joint-venture da SAAB c/ a INBRA, irá fabricar as estruturas do Gripen, então não é nem um pouco impossível que essa mesma empresa faça a integração de sistemas das células montadas aqui no Brasil.
A Embraer não faz falta a esse projeto, nunca fez.

eparro

Mauricio R. 9 de novembro de 2014 at 1:27 # Se a EMBRAER não tem como assimilar a TOT sem a ajuda do “tio Jacob”, você acredita que a INBRA teria? Você acredita mesmo que a INBRA teria capacidade e competência para assimilar a TOT do Gripen e sem os bons préstimos de mais ninguém. Fabricar estruturas é uma coisa mas integrar todos os sistemas das células de um avião, “inovador” para o conhecimento detido atualmente, deve ser muito diferente, mais custoso e mais demorado, pois partiria do “zero”, digamos assim. Desculpe a insistência no tema, mas sou absolutamente leigo… Read more »

Nick

Não foi falta de recursos. Esse Tejas está lembrando o F-35.

🙂

[]’s

Aldo Ghisolfi

“Pq já vimos esse filme no F-5, no A-4 e no A-1, a Embraer se enrola sózinha e aí ficamos dependendo dos bons préstimos de Tio Jacob”.

E a continuada insistência, intere$$aria a quem? Existe essa possibilidade?

Mauricio R.

“Você acredita mesmo que a INBRA teria capacidade e competência para assimilar a TOT do Gripen e sem os bons préstimos de mais ninguém.” A SAAB que crioua a tecnologia que permitiu a concepção do Gripen, é sócia da Inbra na SBTA, não há ninguém mais adequado em assistir a ToT, que o próprio detentor da tecnologia usada. “Fabricar estruturas é uma coisa mas… Interessante pois há matéria aqui no AEREO, em que a Inbra está contratando profissionais p/ passarem de 18 a 24 meses na Suécia assimilando isso. Não vejo aonde está o problema, se é que realmente no… Read more »

eparro

Mauricio R. 9 de novembro de 2014 at 10:04 #

Agradeço os esclarecimentos e a paciência.

Oganza

Caros Colegas pra mim a SAAB está se demonstrando muuuuito inteligente e está, já a algum tempo, costurando muuuito direitinho os seus parceiros no Brasil quando percebeu como estava planejada politicamente a tal ToT do FX-2. No “edital” estava escrito ToT para a industria brasileira e não para uma empresa específica rsrsrs. Então ela se antecipou e começou a fazer as parcerias antes do resultado do certame colocando sobre sua política e sua agenda algumas empresas chave. Foi o caso da Akaer, a primeira de todas, que foi contratada para o projeto das estruturas e testes de tenções. Agora é… Read more »

eparro

Oganza 9 de novembro de 2014 at 13:35 #

Bem interessante essa sua linha de raciocínio.
Mas como diria o Mané: “Mas seo Oganza, já combinaram isso com a EMBRAER”?

Oganza

eparro,

Só para pensar:

O que se tem para combinar? Nada.

O que ela pode fazer para se opor a isso? Nada

Mas por que? Por que essa divisão/ordem de trabalho não é achismo e muito menos fantasia, é um fato.

Essa é a divisão de trabalho que está no contrato já assinado e divulgado as 4 ventos, inclusive aki no PA.

Eu apenas os coloquei em perspectiva.

Depois eu mando a conta 🙂 Grande Abraço.

Mauricio R.

Oganza,

O raciocínio é legal, mas não vejo nenhum dos 2 finados turbohelices da SAAB, ressucitando em condições de brigarem por mercado, contra os ATR e Q-400; novos e usados.
A SAAB vai precisar de um ac novo e mto melhor, se quiser entrar nessa briga.
Tb concordo que não há necessidade alguma, de combinar coisa alguma c/ a Embraer, é chegar chegando e entrar.

Oganza

Pois é Mauricio,

eu só não sei o quão finado estão tais turbohelices, acho que nunca foi declarado seu óbito… rsrs.

De qualquer forma, é uma maneira não da SAAB preparar sua lojinha, mas do SAAB Group colocar seus produtos no mercado da doméstico brasileiro e da AL.

Gostaria muito de ver esse caldeirão mais apimentado.

Grande Abraço.