Primeiro voo T-XC - foto Novaer

Destaque  Segundo informações da equipe de marketing da empresa Novaer, o protótipo do avião de treinamento T-Xc iniciou o programa de ensaios em voo nesta sexta-feira (22). O T-Xc é um avião monomotor, asa baixa com trem de pouso tipo triciclo e retrátil que será produzido em duas versões. Seu projeto é baseado no modelo K- 51, de Joseph Kovacs, que desenvolveu também o T-27 Tucano, um dos destaques da Embraer.

Hoje, a empresa divulgou em seu site a foto acima, acompanhada deste informe:

“Novaer tem o orgulho, a alegria e a satisfação de comunicar o 1º voo do protótipo T-Xc

O protótipo do T-Xc fabricado pela Novaer Craft, fez seu primeiro vôo hoje, dia 22 de agosto de 2014. O avião decolou às 11:30 da cabeceira da pista de são josé dos campos (SBSJ). O T-Xc, desenvolvido com base no projeto da aeronave acrobática K-51 do renomado projetista Joseph Kovács, foi pilotado, nesse 1º vôo, por seu filho Otávio Kovács. “O avião se mostrou muito dócil e ao mesmo tempo ágil na resposta aos comandos, muito semelhante ao K-51” declarou Otavio ao final do vôo.

Já haviam sido executados diversos giros de motor e, nas últimas duas semanas, a aeronave realizou também taxiamentos, corridas na pista e outros testes em solo para validar os ajustes e as calibrações finais. Após esse primeiro vôo inicia-se a campanha de ensaios na qual a aeronave vai, gradativamente desenvolvendo velocidades cada vez maiores e abrindo o envelope de manobras.

“Estamos muito orgulhosos com esse marco, cujo mérito é de toda nossa equipe. Estão todos de parabéns”, declarou Graciliano Campos, Diretor Presidente da Novaer.”

T-Xc - teste de motor - foto Novaer

Segue abaixo, também,  a transcrição de e-mail encaminhado ao Poder Aéreo:

“Caros amigos do Poder Aéreo, muito boa tarde.

Estou encaminhando esse email, com muito entusiasmo, apenas com o intuito de informar a vocês que os testes em voo da aeronave T-Xc devem ter início amanhã, sexta-feira, 22 de Agosto.

Mais informações devem seguir na próxima semana.”

T-Xc apresentação protótipo - foto Novaer

O primeiro protótipo do T-Xc foi apresentado em São José dos Campos no final do mês de março. A previsão da Novaer é que a aeronave receba a certificação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) em dois anos. Posteriormente, a empresa se transferirá para a cidade de Lages, em Santa Catarina, onde ocorrerá a produção da aeronave.

 

T-Xc - três vistas e painel - imagem Novaer

 

 

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Iväny Junior

Bonito esse modelo. Tem uma aparencia muito grande com o ótimo T-25, que estes dias tinha disponibilidade de 100%.

André Sávio Craveiro Bueno

A empenagem lembra muito a do T-27, não por acaso.

Seria muito bom a FAB, em algum momento do futuro, apresentar requisitos para uma nova aeronave de trinamento primário em que o TX-C se enquadrasse. Se for um bom avião valerá a pena,

Clésio Luiz
rommelqe

Parabéns à NOVAER. Espetacular.

Está mil anos luz à frente dos hermanos. Será que algum iluminado vai ser contra a industria genuinamente BRASILEIRA? Vão incentivar a produção de estrangeiros em detrimento do BRASIL? Será que vamos jogar tudo isso no “buero”?

Mauricio R.

“Será que algum iluminado vai ser contra a industria genuinamente BRASILEIRA?”

Essa empresa e o seu produto deveriam ANTES, se provarem no mercado civil.
Até pq a integridade física de nossos futuros oficiais aviadores, não pode ser comprometida somente pq alguns querem pq querem empurrar este produto p/ a FAB; a troco de propaganda.

Reinaldo Deprera

O governo vai empurrar o Unasul 1 ao invés dessa linda aeronave.

Save Ferris!

ci_pin_ha

Com esse tipo de canopi não há possibilidade de se usar assento ejetor. Ou há?

Fernando "Nunão" De Martini

“Ci_pin_ha em 23/08/2014 as 10:23
Com esse tipo de canopi não há possibilidade de se usar assento ejetor. Ou há”

Creio que não.
Ou os pilotos abandonam a aeronave saltando com seus próprios paraquedas, como é no caso do T-25, ou, até mesmo adicionalmente, pode-se instalar um paraquedas balístico na própria aeronave, como tem se tornado comum nessa categoria de peso.

Rafael Oliveira

Mauricio R, “a contrario sensu”, a integridade física dos pilotos civis pode ser comprometida?

Se a aeronave for certificada e o preço e a qualidade estiverem de acordo com o mercado, não vejo porquê não dar preferência a ela.

Marcos

Qual a velocidade de cruzeiro dessa aeronave?
Motor de 315 HP e estrutura em fibra, muito leve portanto,
deve resultar em uma aeronave veloz!

Mauricio R.

“…certificada e o preço e a qualidade estiverem de acordo com o mercado, não vejo porquê não dar preferência a ela.”

Se é somente isso há opções bem melhores, mto mais voadas, maturadas, no mercado.

Rafael Oliveira

“Se é somente isso há opções bem melhores, mto mais voadas, maturadas, no mercado.”

1 – “bem melhores” – sem qualquer número do Tx-C para comparar, isso é mero palpite.

2- “mto mais voadas, maturadas” – se formos pensar assim, podem encerrar o setor de projetos de qualquer indústria aeronáutica, já que o que tem, está bom.

3 – Levando-se em conta que o Estado irá comprar as aeronaves com dinheiro do povo brasileiro (retirado à força dele), nada mais justo que devolver uma parte desse dinheiro em forma de empregos para esse mesmo povo.

Mayuan

Nunão,

Vejo como a melhor alternativa já que além de salvar os tripulantes, a parte mais importante – e pensando pragmaticamente, a mais cara – salva também a aeronave, ou seja, nossos ricos impostos. Só tenho a curiosidade de saber uma coisa: existe um determinado envelope dentro do qual ele pode ser usado não?

Rafael,

Gostei muito de suas respostas! Confesso que me cansam essas coisas que o Mauricio gosta de postar.

Fernando "Nunão" De Martini

Mayuan,

Não sei te responder sobre os envelopes específicos de uso de paraquedas balístico, mas é bem provável que você encontre respostas nessa monografia de conclusão de curso de um aluno de Ciências Aeronáuticas, que pelo jeito trata justamente desse tema:

http://tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/SISTEMA-DE-PARA-QUEDAS-BALISTICO.pdf

Rafael Oliveira

Obrigado, Mayuan.

Roberto, creio que o peso não será um problema para que a aeronave venha a possuir paraquedas balístico, conforme comparação abaixo:

Cirrus SR22: peso máximo de decolagem : 1542 kg.

T-Xc (previsão): peso máximo de decolagem : 1140 kg.

De qualquer forma, não sei se a Novaer pretende usá-lo, se consegue projetá-lo e quanto custará. Tampouco sei o que a FAB pensa e quer em relação a isso.

Gilberto Rezende

Segundo o Comando da Aeronáutica o compromisso brasileiro com o projeto Unasur I é apenas de participar do desenvolvimento, apenas apoio ao projeto, sem o compromisso de adoção da aeronave. http://www.aereo.jor.br/2014/06/17/brasil-contribui-com-programa-de-producao-de-aeronave-de-treinamento-sul-americana/ “Segundo o gerente do Departamento de Produtos de Defesa (Deprod) do Ministério da Defesa, coronel Hilton Grossi, a Força Aérea Brasileira (FAB) não planeja a aquisição da aeronave, por não estar em fase de substituição da sua frota de treinamento. Entretanto, assegura que o projeto trará benefícios de médio e longo prazo à área de Defesa Brasil.” Tomara que a posição não mude por contingência política uma vez que… Read more »

Rafael Oliveira

Caro Roberto F Santana.

Pensando pragmaticamente, eu gostaria de ver os aviões de instrução da FAB com o paraquedas,independentemente de implicar num certo “constrangimento moral dos cadetes”.

Mais importante que isso é a vida deles e a aeronave, que se perderia em caso de salto dos seus tripulantes.

Sem contar que, como você sabe, o uso do paraquedas pode ocorrer por diversas razões que não a imperícia do piloto, tais como falha mecânica ou a colisão com uma ave.

Gilberto Rezende

A princípio o T-Xc NÃO possui para-quedas para a aeronave.

Mas nada impede de instalá-lo se a FAB requerer seu uso.

Conhecendo o espírito dos aviadores brasileiros e sul-americanos acho MUITO difícil a adoção deste tipo de equipamento na AFA, até por não ser comum em outras academias sul-americanas….

Quem sabe a coisa tenha mudado mas eu particularmente duvido MUITO……

Rafael Oliveira

Muito prazeroso ler seus relatos, Roberto F. Santana.

Sou um admirador nato da coragem. Porém, tenho sérias dúvidas se usar um paraquedas individual, em vez do balístico, irá potencializá-la. Sua última história é um bom exemplo dessa dúvida minha (recentemente, teve um caso que me pareceu semelhante a esse, num vôo de Super Tucano – mas não ficou claro se foi caso de covardia ou de fria solução técnica para um problema).

Só destaco que os risos amarelos e cômicos são opções desejáveis aos olhos cerrados pela morte e às lágrimas da perda.

Rafael Oliveira

Caro Roberto, muito obrigado pela conversa e pelo link, devidamente salvo. Abraço!

Gilberto Rezende

Roberto no caso Sul-Americano com certeza não é por desonra, vai mais pela gozação (ou guerra como se diz na MB), entre militares. Seria muito difícil os Hermanos não fazer piadinhas nas operações conjuntas sobre isso, coisas de caserna que os engenheiros e técnicos de segurança geralmente não entendem e muito menos aceitam… Mas no final sempre será um oficial general ex-piloto militar que vai decidir sobre o assunto com sua personalidade profissional peculiar… Por isso que descreio da adoção e se alguém decidir a “comunidade” iria chiar uma barbaridade… Mais um sinal de fraqueza ou menos masculinidade típica de… Read more »