Embraer quer fabricar em Évora nova geração de aviões comerciais e tem Portugal como estratégico

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E-Jets E2

E-Jets E2

Passos_EmbraerEvora - foto mundo lusiada

ClippingNEWS-PA  O vice-presidente da Embraer para a Engenharia e Tecnologia, Mauro Kern, admitiu novos investimentos para Portugal, entre eles “levar” para Évora a nova geração de aviões comerciais, os E2, que deverão estar no mercado em 2018.

“Temos intenção de levar estruturas significativas da nova geração de aviões comerciais – o E2 (segunda geração dos E-JETS) – lá para Évora. É um movimento no futuro, mas que faz todo o sentido, pois são aviões grandes, de estruturas complexas, mas onde Évora com a sua especialidade e tecnologia é perfeitamente adequada”, disse à Lusa Mauro Kern.

O vice-presidente da Embraer falava depois de ter mostrado a fábrica daquela que é uma das maiores construtoras aeronáuticas do mundo ao ministro da Economia português, António Pires de Lima, durante sua missão oficial no Brasil.

Estes aviões, avançou Mauro Kern, estão em fase de projeto, representam “algo muito importante para a Embraer” e “vão representar um fortalecimento da empresa no mercado da aviação comercial ao longo de muitos anos”.

“Naturalmente, sendo Évora o nosso centro de excelência em estruturas, estamos a considerar fabricar lá partes importantes destes aviões”, frisou.

Em Alverca, a Embraer tem a OGMA (Indústria Aeronáutica de Portugal), privatizada em 2005, e em Évora criou duas fábricas em 2012, que representaram um investimento de quase 180 milhões de euros e onde são construídas peças para o novo avião executivo Legacy 500 e para a aeronave militar KC-390.

Parceria estratégica

“Portugal é um dos principais parceiros deste avião [KC-390] e queremos vê-lo voando pelos céus da Europa também”, disse.

A construtora aeronáutica brasileira inaugurou, em Março, um centro de engenharia e tecnologia, nas suas instalações em Évora, e Kern avançou à Lusa que este vai começar a operar no segundo semestre deste ano. O centro de tecnologia vai desenvolver peças e estruturas em materiais compósitos.

Sobre a OGMA, o responsável destacou os resultados “muito positivos”. Mauro Kern não tem dúvidas: “Portugal é um grande parceiro, um parceiro estratégico hoje para a Embraer”.

“Nós estamos muito satisfeitos com o nível de parceria que temos”, frisou. Por isso, acrescentou, a Embraer “vai depender cada vez mais no futuro destes centros de excelência em Portugal”.

“As grandes estruturas dos aviões passam a ser produzidas em Portugal e a empresa está a começar também com iniciativas de pesquisa e desenvolvimento no país”, concluiu Mauro Kern.

Em declarações à Lusa, o ministro da Economia, António Pires de Lima, disse ver “com muita satisfação” a Embraer, uma das maiores construtoras aeronáuticas do mundo, escolher Portugal para os seus investimentos e não outros países europeus.

“É com muita satisfação que vejo a Embraer investir em Portugal em vez de investir noutros países europeus, alguns não muito distantes de Portugal, e onde diz que não encontra as condições para fazer negócio que tem em Alverca e Évora”, disse Pires de Lima, durante uma visita à empresa, em São José dos Campos, no Brasil.

FONTE:Mundo Lusíada

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Gilberto Rezende

Lá vai a EMbraER transnacional que eu tanto critico. Com as estruturas de alumínio e carbono sendo feitas em Portugal era apenas questão de TEMPO para a empresa chegar a conclusão que sai mais barato MONTAR as aeronaves em Portugal que enviar as peças para o Brasil e montá-los aqui. A EMbraER tende a se transformar num bureau de engenharia no Brasil com unidades industriais nos EUA, Portugal e China. Só vai MONTAR no Brasil as aeronaves que o governo brasileiro como cliente EXIGIR. Volto a dizer que a EMbraER oculta a REAL percentagem de peças feitas em Portugal considerando… Read more »

Luiz Fernando

Aeronaves montadas em Portugal, de onde tirou isso??

Você sabe realmente o que será feito lá, e o que será feito aqui?

Você tem idéia de quais destas estruturas serão feitas lá… e onde eram feitas antes (no caso dos E1)?

Pelo que foi posto na sua mensagem, tenho certeza que não sabe.

Eu sei. Mas não comento assuntos profissionais fora do ambiente de trabalho.

Lyw

Gilberto Rezende

O texto não fala em nenhum momento em montagem de aeronaves em Portugal e sim em,

“Temos intenção de levar estruturas significativas da nova geração de aviões comerciais – o E2 (segunda geração dos E-JETS) – lá para Évora…”

Produzir estruturas significativas é uma coisa, montar uma aeronave é outra!

Mauricio R.

“Eu sei. Mas não comento assuntos profissionais fora do ambiente de trabalho.”

Pronto, o operário-padrão Embraer, acaba de marcar um pontinho p/ sua próxima avaliação.

“Produzir estruturas significativas é uma coisa, montar uma aeronave é outra!”

A partir do momento em que o primeiro é realizado, o segundo fica cada vez mais factível.
O que fica faltando, por exemplo, são incentivos fiscais atraentes.

Lyw

“… O que fica faltando, por exemplo, são incentivos fiscais atraentes…”

Mesmo que sejam incentivos fiscais absurdamente atraentes, não é o suficiente! A linha de montagem na china foi um caso a parte, incentivos fiscais imbatíveis e um custo de produção (mão de obra) mais imbatível ainda. Em nenhum outro lugar do mundo se consegue algo do tipo…

Além disto, o Estado Brasileiro é um cliente e tanto da Embraer, é do interesse da mesma manter suas principais linhas de produção aqui em terras brasilis.

Gilberto Rezende

Amigo Luiz Fernando, o SEU superior hierárquico e vice-presidente da Embraer para a Engenharia e Tecnologia, Mauro Kern, admitiu NOVOS investimentos para Portugal, entre eles “levar” para Évora a nova geração de aviões comerciais, os E2, que deverão estar no mercado em 2018. Quando se fala em NOVOS investimentos não se fala em produção de estruturas em unidades já investidas. Fala-se em NOVOS GALPÕES para fazer o quê ? Levar para Évora a nova geração de aviões E2. Só se pode levar um E2 inteiro para Évora montando-o lá. Admiro tua inocência ou critico a tua falta de discernimento na… Read more »

Lyw

Gilberto Resende: “… Mauro Kern, admitiu NOVOS investimentos para Portugal, entre eles “levar” para Évora a nova geração de aviões comerciais, os E2, que deverão estar no mercado em 2018. Quando se fala em NOVOS investimentos não se fala em produção de estruturas em unidades já investidas…” Esta não foi a fala do Mauro Kern, foi a forma sensasionalista do “Mundo Lusíada” iniciar ufanicamente a matéria, o que o Mauro Kern falou foi: 1 – “Temos intenção de levar estruturas significativas da nova geração de aviões comerciais – o E2 (segunda geração dos E-JETS) – lá para Évora. É um… Read more »

Luiz Fernando

Gilberto…

Você fundamenta suas conclusões em artigos a imprensa geral e sou eu o ingênuo… ok então.

Este tópico está salvo aqui no meu computador… voltamos a nos falar em alguns anos, quando os E2 estiverem saindo de sua linha de montagem que eu sei muito bem onde será.

Até lá, segue o jogo…

Gilberto Rezende

Luiz como eu disse a EMbraER pode considerar este fato comercialmente. TOMARA que a intenção não se desvie nem com os E2 e nem com futuros KC-390 de exportação. Deves bem saber que estruturas de alumínio e de carbono representam quase 100% da fuselagem dos aviões modernos. Quanto maior for a participação das estruturas dos centros portugueses percentualmente nas fuselagens dos aviões da empresa mais atrativa será a opção de integrá-los em Portugal. O E2 até admito que não vai rolar pois não haveria TEMPO para montar esta estrutura em dois anos e a Embraer não iria colocar este tipo… Read more »

Adriano

Dá pra ver nos comentários acima que ninguém quer acreditar que a Embraer pode levar toda sua produção de jatos comerciais pra fora do Brasil,pois ficam estudando a frase como foi dita rsss !!! mas…é essa a intenção sim,quer acreditem,quer não…pois o Brasil está se tornando inviável pra novos investimentos.