Dos biplanos aos furtivos: 131ª Ala de Bombardeiros da USAF faz 90 anos

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B-2 com pessoal da 131 ala fazendo inspeção - foto USAF

Na quinta-feira, 27 de junho, a Força Aérea dos EUA (USAF) publicou uma interessante reportagem sobre o aniversário de 90 anos da 131ª Ala de Bombardeiros e seu 110º Esquadrão de Bombardeiros, que hoje voa aeronaves furtivas B-2 mas que traça suas origens no 110º Esquadrão de Observação, que começou seus voos com os lendários biplanos Curtiss JN-4 “Jenny”, voados por veteranos da Primeira Guerra Mundial.

Membros do 110 OS - origem da 131 Ala - Douglas O-2H - foto USAF

É uma longa narrativa em inglês – longa demais para publicar aqui uma tradução – mas que vale a pena ler, para quem tiver a possibilidade. O texto original cobre desde a aquisição das primeiras aeronaves por doações e por sobras de guerra, incluindo voos com três pilotos (um deles se amarrava na asa para trocar de lugar em voo com outro embarcado, para o máximo de pilotos aproveitarem a mesma missão sem perda de tempo com pousos e decolagens).

Em seguida, a narrativa passa pela presença de Charles “Slim” Lindbergh antes de seu histórico voo transatlântico no “Spirit of St. Louis”, e pelas mudanças de equipamento ao longo das décadas de 1920 e 1930 até as missões na Segunda Guerra Mundial, nos anos 1940 (dos De Havilland D-4 Consolidated PT-1 “Trusty”, Curtiss Falcon O-11, Douglas 0-2H e O-38 até os Douglas A-20 “Havoc”, Bell P-39 “Air Cobra” e Curtiss P-40 “Warhawk). Também fala sobre os ases da Segunda Guerra que serviram na unidade.

Primeiras aeronaves do 110 OS - origem da 131 Ala - Curtiss Jenny - foto USAF

Depois, a narrativa vai ao pós-guerra e envolve tipos tão diferentes quanto os North American T-6 “Texan”, P-51 “Mustang” e B-25 “Mitchell,” Douglas B-26 “Invader” e C-47 “Skytrain”, além do Beechcraft C-45 “Expeditor”. Após a Guerra da Coreia, vem uma fase de 40 anos em que a 131ª Ala voou só caças, como o Republic F-84F “Thunderstreak”, o North American F-100 “Super Sabre”, chegando às diversas “fornadas” de caças McDonnell-Douglas: F-4C e E “Phantom II” e F-15 A/B e C/D “Eagle”.

E finalmente, a história da unidade após 2006, quando a ala passou a manter e voar o bombardeiro Northrop B-2 “Spirit”, sendo uma unidade da Guarda Aérea Nacional associada à Base Aérea de Whiteman, operando ali junto a suas contrapartes de linha de frente.

B-2 - foto USAF

FONTE / FOTOS: USAF (clique no link para acessar texto integral em inglês e mais fotos históricas)

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eduardo pereira

Falando em bombardeiros, alguem pode me esclarecer uma duvida sobre ser ou nao possivel utilizar-se de avioes de transporte como bombardeiros ,como acontece no filme “Epidemia” onde lançam por duas vezes no filme uma bomba que parece um tamborsao e desencadeia um incendio tipo combustao ao tocar o solo arrasando tudo em um perimetro especifico, no caso fazendo ou nao adaptaçoes ??
Na minha mente só vem destruiçao e morte quando vejo este magnifico aviao (B-2) que se decolar pra missao em algum lugar coisas e pessoas deixarao de existir com certeza .
Um belíssimo bumerang ,caaaaro e mortal!!

Max

Eduardo,
A BLU-82 Daisy cutter é lançada por aviões cargueiros C-130 .

Guizmo

O 390 da Embraer poderia ter uma versão B-390, equipados com carga interna de bombas de queda livre ou mísseis ASM. Apesar de nem termos direito a aviação de caça, após os impasses do FX-2, uma força de bombardeiros seria importante. A FAB inclusive já teve, com os B-26 Liberator (ou 25 Mitchel?) e B-17.
Abs

eduardo pereira

Valeu Max, encontrei artigo sobre ela no wick e era ela mesma no filme que mencionei a qual foi substituida pela MOAB que também é lançada por cargueiros ,porém tem um poder de destruiçao muito maior !!

eduardo pereira

E pensar que o Brasil ja teve até bombardeiros (médios),mas bombardeiros, tomara que alguem na Embaer ou na Fab sonhe delirantemente com uma versao KC-390 B e a desenhe ao menos e demonstre assim como uma versao de apoio aereo artilhada como o super Hercules

joseboscojr

Eduardo,
Hoje em dia é praticamente impossível haver um bombardeiro convencional que não seja furtivo.
Baseado num avião de transporte convencional o máximo que se pode ter é uma versão artilhada para operações assimétricas e uma versão lançadora de mísseis cruise de longo alcance.
comment image
Mesmo os EUA só usa como bombardeiro convencional em operações de alta intensidade só o B-2, enquanto o B-52 e o B-1B são usados como vetores de mísseis cruise.
Claro, em operações assimétricas tudo serve pra jogar bomba, até o C-130.

eduardo pereira

Valeu pessoal , agora to zarpando p/ um acamp da igreja e talvez só nos comuniquemos na segundona, bom fim de semana pra todos !! Deus os abençoe!!

Guizmo

Verdade Nunão, pequena confusão….