X-47B taxia em 2012 em testes no CVN 75 com Super Hornet em segundo plano - foto USN

Jornal da cidade americana de St Louis, onde a Boeing fabrica o Super Hornet, questiona se o primeiro voo do drone X-47B aponta para o final da produção do caça – Já a Boeing aposta em novas encomendas, o que inclui Austrália e Brasil, para manter a linha aberta por mais tempo

A decolagem do drone (aeronave não tripulada) X-47B do convoo de um porta-aviões da Marinha dos EUA (USN), na quinta-feira passada, é um fato que eventualmente poderá afetar uma das maiores fábricas na área de St. Louis, segundo reportagem de domingo (19 de maio) do jornal STL Today.

O evento foi considerado histórico, apesar do X-47B construído pela Northrop Grumman não ter ainda pousado num porta-aviões, o que é considerado um dos feitos mais difíceis na aviação. A USN espera que isso ocorra ainda em meados deste ano e que, por volta do final desta década, drones formem uma parte considerável da frota aérea de combate.

X-47B faz toque e arremetida no CVN 77 em 17 de maio de 2013 - foto USN

Tudo isso levanta algumas questões importantes sobre o futuro do caça que, hoje, forma a maior parte da frota aérea de combate da USN, o F/A-18 Super Hornet.

O jato, assim como seu irmão E/A-18 Growler, de guerra eletrônica, é montado pela Boeing Co. no norte de St. Louis. Cerca de 5.000 pessoas trabalham no programa, de cuja linha de produção (a última grande linha de montagem de aeronaves na região)  sai aproximadamente um jato por semana, por cerca de 55 milhões de dólares cada. Os drones prontos para o combate seriam competidores diretos.

Ainda levará anos até que o X-47B esteja pronto para produção em massa, e ninguém espera que ele substitua totalmente os jatos tripulados na frota da Marinha. Mas especialistas em defesa como James Lewis, do Centro para Estudos Estratégicos e Internacionais de Washington, dizem que os caças robóticos estão inevitavelmente em ascensão.

Segundo Lewis, eles “não trazem risco para uma vida humana, para o piloto. Eles são mais furtivos. Se você consegue fazê-los trabalhar, farão o trabalho muito bem. Este será o futuro”. A USN ainda está determinando o que, exatamente, deseja com seu sistema não tripulado de ataque e vigilância aéra lançado de porta-aviões, ou UCLASS (Unmanned Carrier-Launched Airborne Surveillance and Strike system), como vem designando a indústria. Um porta-voz da Marinha disse esperar o lançamento de uma concorrrência para o contrato no ano que vem.

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Porém, o protótipo X-47B já mostra algumas claras vantagens sobre o Super Hornet, a maior delas referente a remover o humano da equação, significando que pode voar por dias, e não somente por algumas horas. Isso é crucial para missões de vigilância, para as quais a Marinha deseja utilizar primeiro os seus drones. Ainda não há planos, no momento, para armá-los.

Segundo o especialista James Lewis, isso poderá mudar. Apesar de não ver caças tripulados serem descartados totalmente, ele prevê um futuro em que um jato tripulado lidera um esquadrão desses drones na batalha, para então recuar e deixar a batalha com eles. Assim, a Marinha acabará não precisando de uma frota completa dos dois tipos: “Cada drone a mais significa um avião a menos”, disse Lewis.

Por hora, a linha de montagem da Boeing parece estar segura. A empresa tem um contrato que vai até 2016 para produzir caças Super Hornet e aviões de guerra eletrônica Growler para a Marinha, e tem prolongado a duração da linha com vendas internacionais para a Austrália e, conforme as esperanças da empresa, para o Brasil.

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Enquanto isso, a Boeing desenvolve novas tecnologias que espera ver resultar em mais encomendas de F/A-18, especialmente se atrasos e aumentos de preço continuem a afetar o F-35 “Joint Strike Fighter” (JSF – caça de ataque conjunto) da Lockheed Martin, considerado o eventual substituto para o Super Hornet na frota da USN. Segundo um pronunciamento da empresa, “há muito interesse em encomendas adicionais domésticas e internacionais. O Super Hornet continua a se desenvolver com novas capacidades da próxima geração”.

Além disso, alguém tem que produzir todos esses drones, o que será por si um trabalho multibilionário. A corrida já começou. A Northrop Grumman venceu a Boeing para o contrato de 1,4 bilhão de dólares por um protótipo, o X-47B que voou na quinta-feira. Porém, assim como diversos outros projetos não tripulados, a Boeing continua a trabalhar em seu próprio drone Phantom Ray, com recursos próprios. Isso permitiu à empresa entender melhor a tecnologia dos não tripulados, segundo a sua porta-voz Deborah VanNierop: “Estamos tarbalhando em UCLASS, mas ainda não divulgamos publicamente informações a respeito. Ainda não estamos nessa etapa.”

X-47B sendo colocado no elevador do CVN 77 em 14 de maio de 2013 - foto USN

Ainda segundo VanNierop, ainda é cedo para saber onde esses drones da Marinha serão construídos, no caso da Boeing ganhar o contrato. Tudo isso vai começar a tomar forma ao longo do próximo ano, quando a USN lançar sua concorrência UCLASS. O Comando da USN quer os drones voando por volta de 2020, o que significa que o processo precisa ser iniciado.

Alguns analistas, porém, estão céticos. Richard Aboulafia, vice-president do Teal Group, uma empresa de consultoria em defesa da Virgínia, disse não ver uma grande vantagem para drones em relação a caças tripulados, ao menos por enquanto. Além disso, ele destacou que concorrências por contratos de defesa de alto custo tendem a se esvaziar.

Aboufalia explicou:  “Precisamos manter o conceito em desenvolvimento, mas ao menos na minha opinião vai levar mais tempo do que o esperado. Eu imagino que a revolução do remotamente pilotado foi algo promovido além do seu real valor.” Se ele estiver certo, isso significaria, não importando o que aconteceu na última quinta-feira na costa da Virtínia, que pessoas vão continuar montando Super Hornets em St. Louis por muitos anos.

Super-Hornet-na-linha-de-montagem-foto-Boeing.jpg

FONTE: STL Today (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)

FOTOS: Marinha dos EUA (USN) e Boeing

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Baschera

Já eu li recentemente que o USMC poderia descartar o F-35 com o advento do X-47…..

Quem bom que eles tem opções…..

sds.

Vader

Uma correção no texto: o F-35 não irá substituir o Super Hornet, mas sim o Hornet. E o preço de US$ 55 milhões é para a Navy. Um cliente internacional pagará bem mais que isso, porque terá que comprar também todo o ferramental de manutenção, etc., sem falar nos “extras” e na ToT. Entretanto, isso sinaliza que o SH deve ser o caça mais barato de se adquirir em termos de flyaway cost do FX2. Como eu disse em outro post, quem sonha com uma FAB com 120 aeronaves deveria apostar suas fichas no SH e não no Gripen, que… Read more »

Baschera

Falando em “fim”…. a Alemanha deu um fim no programa Euro Hawk….

http://www.infodefensa.com/?noticia=alemania-cancela-el-programa-de-drones-euro-hawk-por-carecer-de-permisos

Sds.

Marcos

A Governanta aguarda a assinatura do contrato entre Índia e Dassault para efetivar a sua decisão: 12 Rafales.

Vader gosta de chamar o Rafale de Rainha do Hangar. Talvez, mais pomposo, seria chamá-lo de “Maria Antonieta”.

Nick

No meu entender, o SH não é ameaçado pelo X-47, ou um derivado deste.

O F-35 sim. Afinal ambos vão cumprir missões parecidas. O F-35 tem maior carga paga, o X-47 pode ficar “on station” indefinidamente. E à um custo inferior.

O SH terá um sucessor no F/A-XX. Que como a Boeing já anteviu, terá também sua versão não-tripulada. Então para meados da década de 50, poderemos ver ambos os vetores da US Navy…. sem pilotos. É…. não é mole não. 🙂

[]’s

Corsario137

E a USN segue fazendo seu dever de casa.
Quanto a concorrência…
Quanto mais o tempo passa mais aumentam os riscos do programa JSF.
Quando esse UCLAS estiver tinindo, daqui 3 ou 4 anos, com o orçamento cada vez mais apertado…sei não. Eu ficaria com o drone. Se armado então!

Vader

Corsario137 disse:
20 de maio de 2013 às 14:53

O loco prezado, 3 ou 4 anos? 😉

Essa tecnologia é para estar operacional em NO MÍNIMO 15 anos. Só pra integrar armamentos vão-se ainda muitos anos e anos.

Vai por mim: vai ter muito tempo ainda pro F-35 ser vendido e revendido.

Nada fora dos planos…

Corsario137

Se pararmos para pensar nas dificuldades encontradas nos principais vetores de combate norte americanos nos últimos tempos: F-22A Problema no sistema gerador de oxigênio: Drone não precisa. F-35 HMDS: Drone não precisa. Sistema de Ar-Condicionado: Drone não precisa. Resumindo. Pegue uma aeronave de combate. Retire tudo o que for necessário para a interface humana, assento ejetável, cockpit, sistemas do cockpit, sistemas ligados a sobrevivência humana. Retire também os limitadores eletrônicos que não permitem que a aeronave faça esse ou aquele esforço em função de ter um ser vivo no seu interior, esqueça a carga G, somente no que diz respeito… Read more »

Corsario137

Off-Topic: EUA confirmam visita da Dilma a Obama em Outubro.

Tempo para imprensa “especializada” dizendo que será pra comprar o SH em 4, 3, 2…

Corsario137

Vader,

Pelo que eu li recentemente num desses sites em inglês (FlightGlobal/Janes/Sei lá), a Navy quer que a produção comece em 2016, ou seja, 3 anos e pouco.

Até já adianto que posso estar enganado e caso esteja por favor me corrijam. Leio tanta coisa que nem sei depois onde que eu li, mas a informação que eu tenho no momento é essa.

E o convés é um bom “termômetro”, porque dado o espaço, o drone estará lá ocupando o lugar de alguém, mas de quem?

Sds,

jairo boppre sobrinho

Vader
Sei que é apenas uma opinião minha – e claro, sujeita a mil outros argumentos, controvérsias e polemicas – mas esta conversa de fim do império “dusamericanu” lembra os anos 80, quando era liquido, certo, e incontestável que o Japão iria passar os EUA num prazo curtissimo, e coisa e tal – mas…
Claro, as circunstancias são outras, e realmente os EUA apresentam sinais de decadência, mas daí a ser liquido e certo(como alguns afirmam), vai um belo tempo.
Abs a todos

Vader

Corsario137 disse: 20 de maio de 2013 às 15:27 Prezado, por mais limitações de projeto que o F-35 tenha (e eu acho que possui bem menos do que a maioria quer crer), trata-se ainda de um caça de combate de alto desempenho, desenhado, entre outras tarefas, para engajar outras aeronaves de alto desempenho, usando sua manobrabilidade e alta velocidade, inclusive supersônica. Sabemos se esse X-47B é só outra “Besta de Kandahar”, boa para jogar bomba em Taleban (ataque) ou um genuíno CAÇA de 6a geração, capaz de engajar alvos aéreos de alta performance? Sabemos quantos Gs ele puxa? Sabemos qual… Read more »

Vader

jairo boppre sobrinho disse: 20 de maio de 2013 às 15:47 Caro Jairo, desde a época do Império do Brasil é dito de vez em quando que “os EUA estão decadentes e irão acabar”. Os japoneses, nas vésperas da SGM, consideravam os americanos inferiores e decadentes. Hitler também. Deu no que deu… Quer mais que na Guerra Fria, que quando do lançamento do Sputnik se achava que os soviéticos e seu torpe comunismo iriam dominar o mundo? Ou por volta da época da Guerra do Vietnã quando se tinha como certo que os EUA estavam arruinados e jamais seriam uma… Read more »

Corsario137

Vader, Você está certíssimo no que se refere as capacidade de combate do F35 versus qualquer Drone da atualidade, desenvolvido ou em projeto. Meu ponto não é esse. A minha pergunta é num sentido mais abrangente, dado que apenas um percentual muito pequeno das missões é para combate aéreo, estas principalmente nas primeiras semanas de campanha, será mais viável manter um Drone ou um F35 realizando missões outras, inclusive de ataque, sob território inimigo. E sim, se o Drone pode fazer isso e bem, quantas aeronaves de combate haverão a menos para dar lugar aos drones. Não se trata de… Read more »

Corsario137

Comentário refeito já que o Iphone insiste em não colocar as interrogações (???) Vader, Você está certíssimo no que se refere as capacidades de combate do F35 versus qualquer drone da atualidade, desenvolvido ou em projeto. Meu ponto não é esse. A minha pergunta é num sentido mais abrangente, dado que apenas um percentual muito pequeno das missões é para combate aéreo, estas principalmente nas primeiras semanas de campanha, será mais viável manter um drone ou um F35 realizando missões outras, inclusive de ataque, sob território inimigo? E sim, se o drone pode fazer isso e bem, quantas aeronaves de… Read more »

Almeida

NENHUMA aeronave está ameaçada de ser retirada de serviço pelo X-47B porque este é uma aeronave eXperimental e não operacional (Attack, Fighter, Electronic warfare, etc).

PODE ser que o resultado desta experiência VENHA a se tornar REQUISITOS para uma aeronave operacional AINDA A SER desenvolvida.

Muita água ainda passará embaixo desse casco antes do Super Hornet ser substituído por um UCAV. Podem ficar tranquilos.

Almeida

Até por que, Vader, os EUA nada mais são do que imigrantes de todos os países do Mundo fugindo de regimes retrógrados e fascistas, religiosos ou seculares, em busca de novas oportunidades na vida. Uma nação criada e alimentada por pensadores livres e empreendedores.

Corsario137

Almeida,

O F-35 já foi X-35 não faz muito tempo. De experimental para operacional é uma questão de contrato, não de tempo. Taí o F-35 de novo que não nos deixa mentir. Mudaram o nome dele depois que este foi escolhido para ser o JSF e mesmo já em produção, seu desenvolvimento está andando paralelamente.

Corsario137

Foi no FlightGlobal mesmo:
http://www.flightglobal.com/blogs/the-dewline/2013/04/lockheed-reveals-uclass-design.html

“The first UCLASS aircraft are planned for production beginning in fiscal year 2016, following a likely down select to a single manufacturer.”

Vader

Corsario137 disse: 20 de maio de 2013 às 17:06 Bem Corsário, especular sempre é válido, mas para julgar devemos nos ater ao que temos de fatos concretos. E o fato concreto, até que se prove o contrário, é que a próxima aeronave do inventário da US Navy será o F-35C e não o X-47B. Em tempos bicudos de redução de custos e ademais de predominância de combates assimétricos, sempre surgem argumentos de que a redução de custos deve ser mais importante do que a capacidade de combate. Mas penso que para a US Navy, a mais poderosa força de combate… Read more »

Corsario137

Nunão,

Primeira constatação: To ficando velho!
Segunda: Você está sendo chato 😉
Terceira: o primeiro F-35A foi entregue em 2008, poderia ter acontecido antes, não fossem os atrasos (to sendo mais chato).

Agora sério, ainda que o UCLASS só entre em operação em 2020, o que eu duvido, ainda sim, é um potencial substituto do F-35 ou SH em muitas missões. Com a diferença que o SH já terá encerrado sua produção, já o 35…

G-LOC

Os UCAV irão demorar a ter capacidade de combate aéreo por ser muito complexo. Um dos gargalos é a identificação dos alvos e outra são as manobras complexas. Mas acho que podem apoiar um caça no combate aéreo: – são o sensor do caça, voando mais a frente – são transportadores de mísseis ar-ar, como irão fazer com armas ar-superfície, disparando mais a frente do caça tripulado e não denunciam a posição do caça ao disparar – são iscas, denunciando a presença de um caça furtivo inimigo ao ser atacado, como fariam em missões SEAD – podem ser o ala… Read more »

Júlio

Gostaria de levantar algumas questões sobre os “drones” Em relação a arena Ar-Ar eles são autonomos ou remotamente pilotados? Alguem tem idéia da latência do link de satélite para a comunicação entre o drone e a base? Isso pode ser um problema grave para a situação de combate aéreo, apoio próximo e qualquer outra situação que envolvam tropas amigas em rápida movimentação. Acredito que para se atingir um nível de maturidade da tecnologia dos drones para que eles entrem em combate efetivo contra inimigos simétricos (não apenas bombardear esconderijos, veículos, etc..) ainda vai muito tempo, pois seria necesário que eles… Read more »

Almeida

Pessoal, claro que um X pode vir a ser um F ou A. Mas no caso do X-47B, ele é apenas um demonstrador de tecnologia, primeiro no programa J-UCAS, depois no UCAS-D e agora pode vir a ser um competidor para o UCLASS. SE a concorrência se tornar realmente um programa com pedidos firmes e SE ele for escolhido, um dia ele será um complemento ao Super Hornet e Lightning II, mas não deve substituir nenhum deles. Ele é incapaz de missões de defesa aérea e de apoio aéreo aproximado, respectivamente. Essas missões ainda terão um ser humano na cabine… Read more »

Control

Senhores Pelo que se pode observar, a primeira abordagem dos UCAV´s foi a função de ataque em ambientes de nenhuma oposição aérea, tendo como valor principal a persistência e a baixa assinatura visual e sonora,característica que herdaram dos UAV´s. Função está bastante útil em guerras assimétricas. A segunda é o X47 e seus congêneres, onde a ênfase é por uma maior capacidade de carga bélica, melhor capacidade stealth e uma “inteligência” maior que possibilite uma maior capacidade de vôo autônomo e maior independência do telecomando via satélite. Porém ainda é uma aeronave de ataque e não um caça. Já é… Read more »

Júlio

Control,

Seria 1s do transmissor para o receptor e depois mais 1s para a resposta?

Imaginando que a resposta seja imediata, apenas para efeito de comparação seriam 2 segundos para que o drone transmita a situação atual e que receba o feedback do operador, correto?

Vader

Júlio disse:
21 de maio de 2013 às 0:52

Caro Júlio, dependendo da distância do operador e da quantidade de “saltos de satélite” necessários a reação da aeronave remotamente pilotada pode apresentar até 5 segundos de delay.

O que para uma aeronave de ataque não é muita coisa, mas para um caça é uma enormidade. É a diferença “entre a vida e a morte” do equipamento.

Sds.

joseboscojr

Talvez usando um aeróstato nem precisa de satélite para a defesa da frota.
Um aeróstato, um AEW, um caça tripulado, um UAV de apoio, etc.

Júlio

Bosco,

Bem lembrado, eis um cenário que não havia pensado.

No caso de defesa da frota, qual seria seria o raio de defesa utillizado para interceptação das ameaças?

Alguém tem idéia do alcance do link ponto a ponto de um UAV sem a necessidade de satélite?

Sds

joseboscojr

Júlio,
Um avião a 10 km de altitude está em linha direta com um navio a mais de 400 km de distância.
Ou seja, se mantiver a altitude certa a comunicação direta navio-aeronave pode se dar sem o concurso de um satélite.
Com um aeróstato a 1000 metros de altura esse horizonte aumenta bem mais ainda.
Duas aeronaves teoricamente podem se comunicar diretamente a grande altitude (10.000 metros) estando a mais de 800 km de distância uma da outra.

Control

Senhores

Uma possibilidade latente é o uso de Dirigiveis AEW sem piloto. A capacidade de manter-se no ar por longo tempo seria notável. É provável que num futuro nem tão distante a combinação de soluções envolvendo dirigíveis, aviões sub e supersônicos se tornem comuns para a função de manter sob controle contínuo uma área como a de entorno de uma força naval.
Quanto a comunicação, dirigiveis e aviões sem piloto operando a grande altitude podem cobrir áreas com raio de mais de 2000 km com cerca de cinco estações.

Sds