BAE Systems testa aeronave pilotada a distância no Reino Unido

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Warton, Lancashire (Reino Unido) — A BAE Systems realizou o primeiro voo, no espaço aéreo britânico, de uma aeronave não-tripulada. Trata-se do avião de pesquisa Jetstream, especialmente adaptado para voar sem tripulação.

O voo de 500 milhas, entre Warton, no Inglaterra e Inverness, na Escócia, sob o comando de um piloto baseado em terra e dos controladores de tráfego aéreo da NATS (National Air Traffic Control Services), fez parte de uma série de testes cujo objetivo era comprovar a tecnologia necessária para realizar voos seguros e rotineiros de aeronaves não-tripuladas de acordo com o programa ASTREA (Autonomous Systems Technology Related Airborne Evaluation & Assessment), no valor de £62 milhões.

O trabalho do programa ASTRAEA tem como objetivo as tecnologias, os sistemas, as instalações, os procedimentos e os regulamentos que viabilizarão a operação segura e rotineira de veículos autônomos, no espaço aéreo do Reino Unido.

De acordo com Lambert Dopping-Hepenstal da BAE Systems e diretor do programa ASTRAEA: “O trabalho deverá continuar na próxima fase do programa e muito provavelmente impactará todos nós, nos próximos cinco, dez, 20 anos, na medida do progresso das aeronaves não-tripuladas e suas respectivas tecnologias que se tornarão parte de nossa vida cotidiana”, disse. “Os testes ajudaram a comprovar a tecnologia de que precisamos para operar aeronaves não-tripuladas, de maneira rotineira, em nosso espaço aéreo, ajudando ainda as autoridades em questão a desenvolverem a estrutura na qual a aeronave poderá operar. Resumindo, acredito que estamos escrevendo um novo capítulo na história da aviação”, finalizou.

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“A NATS garantiu que este teste de voo fosse realizado sem nenhum impacto sobre a segurança de outros usuários do espaço aéreo, naquele momento. Embora ainda haja trabalho a ser feito, parece-me que, com base no sucesso deste voo, esta aeronave não-tripulada poderia operar, em diferentes classes de espaço aéreo”, disse Andrew Chapman, especialista da NATS em VANTs (veículos aéreos não-tripulados).

A plataforma de teste de voo do Jetstream da BAE Systems foi configurada como uma espécie de VANT, na qual os pilotos embarcados podem tirar suas mãos dos controles e transferir o comando para um piloto baseado em terra e/ou para um sistema embarcado, desenvolvido pela equipe da ASTRAEA. Computadores e sistemas de controle, na parte posterior da aeronave, permitem seu voo, como se fosse uma aeronave não-tripulada.

O uso de um Veículo Aéreo Não-Tripulado possibilita que protótipos de sistemas autônomos, desenvolvidos pela equipe do programa ASTRAEA, sejam avaliados no ar, com segurança. A plataforma de teste de voo Jetstream está demonstrando tecnologias que previnem colisões no ar, sistemas que evitam condições metereológicas ruins, bem como protocolos de comunicação para controladores de tráfego aéreo.

O programa ASTRAEA de £62 milhões recebe fundos da AOS, BAE Systems, Cobham, Cassidian, QinetiQ, Rolls-Royce, Thales, Technology Strategy Board, Governo do País de Gales e Scottish Enterprise.

Para mais informações acesse: www.astraea.aero

DIVULGAÇÃO: G&A Comunicação Empresarial

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Ozawa

Aguardam, ansiosamente, pelo desenvolvimento dessas pesquisas a British Airways, Lufthansa, American, United, JAL, Emirates, Iberia, Qantas, Air Canada, Air France, KLM, TAP, LAN, TAM…

Baschera

Não vejo vantagem alguma em ter uma aeronave civil de transporte de passageiros pilotada remotamente. De qualquer modo terá que haver um(s) piloto(s)….. mas em caso de pane…. já com o piloto é quase morte certa… imagina sem !

Eu é que não entraria em um avião destes….

Aeronave militar é outra coisa… outro objetivo… outras consequencias.

Sds.

Groo

O candidato, em um debate, certa vez disse que no futuro as fábricas teriam apenas dois funcionários: um homem e um cachorro. O homem para alimentar o cão e o cão para não deixar o homem chegar perto das máquinas.

A aviação está indo para o mesmo caminho 😉

Marcos

Lá pela década de oitenta já havia tecnologia para aeronaves não tripuladas, não no estágio atual, mas já vislumbravam o transporte aéreo de passageiros sem pilotos.