Pesquisador indiano defende Tejas Mk-II ao invés da compra do Rafale

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AEROINDIA

Na quinta-feira, 11 de abril, o jornal indiano Deccan Chronicle publicou artigo assinado pelo pesquisador Bharat Karnad, conceituado professor do Centro de Pesquisas Políticas da Índia  CPRIndia) e que já trabalhou junto ao Governo Indiano na definição de sua doutrina nuclear (clique no link para sua biografia no CPRIndia). O autor indiano defende que a compra do caça Rafale seja cancelada e que a nova versão do  jato Tejas desenvolvido localmente, o Tejas MkII, cumpra o seu papel de caça de ataque e de penetrações de alcance médio no território inimigo. Segue um resumo do texto.

Segundo o pesquisador Bharat Karnad, décadas atrás a Força Aérea Indiana buscava uma aeronave para voar a baixa altitude em ataques a longa distância em território do Paquistão. Numa disputa entre o Viggen sueco e o anglo-francês Jaguar, este último foi declarado vencedor. Porém, o que o autor destaca é que a aeronave serviu para acabar com o projeto de um novo modelo (MK-II) do HF-24 Marut, o primeiro jato de combate indiano, projetado na Índia pelo alemão Kurt Tank (nota do editor: veja último link da lista abaixo).

A nova versão do Marut possuía uma aerodinâmica excelente para o voo a baixa altitude e, com um motor Bristol-Siddeley, prometia um desempenho compatível com o Jaguar. Porém, questões políticas da escolha do Jaguar por parte do governo da época, atendendo a interesses contrários ao desenvolvimento da indústria aeroespacial indiana, decretaram o fim da aeronave.

Quarenta anos depois, a Índia enfrenta uma questão semelhante. Um governo de coalizão pretende adquirir o caça de alcance médio multitarefa (MMRCA) por cerca de 22 bilhões de dólares, num negócio que beneficiará a França. Porém, poderia optar por uma opção local que revitalizaria a indústria aeronáutica indiana, o Tejas Mk-II

No momento, as negociações de compra do Rafale estão às voltas com uma recusa da fabricante francesa Dassault em aceitar termos do pedido de propostas (RFP) que a tornam responsável pela qualidade de 108 aeronaves (da encomenda total de 126) do tipo a serem produzidas sob licença pela  Hindustan Aeronautics Ltd. (HAL), designada no RFP como contratante principal.

Rafale apresentação - foto armee de lair

Para o pesquisador indiano, se a Dassault tivesse dúvidas a esse respeito deveria tê-las esclarecido antes de apresentar sua proposta ao programa MMRCA, e não após ganhar a seleção. Isso bastaria, segundo Karnad, para caracterizar má-fé e cancelar as negociações.

Uma alternativa viável está disponível na versão MK-II do Tejas LCA (Light Combat Aircraft – avião de combate leve), cujo projeto atenderia às demandas do MMRCA e já passa por testes de túnel de vento. Sua suíte de aviônicos é comum ao MK-I, mas traz a novidade de um radar AESA (varredura eletrônica ativa) desenvolvido em colaboração com Israel e que seria comparável ao do Rafale, com a diferença de que o futuro desenvolvimento do Thales RBE2 AESA do Rafale deverá contar com dinheiro indiano.

O Tejas Mk-II tem tomadas de ar maiores e uma leve curvatura nas pontas de suas asas, e especialistas acreditam que oferecerá um melhor ângulo de ataque (acima de 28 graus) com maior capacidade de carga do que o Rafale é capaz. Trata-se de uma versão maior,  com três metros a mais do que o MK-I, capaz de carregar mais peso: cinco toneladas, em comparação com as seis do Rafale, sendo que este último levaria menos carga nas condições indianas do que no ambiente europeu para o qual foi construído, segundo o pesquisador. O alcance de 600km seria similar.

Ainda segundo o artigo de Bharat Karnad, o Tejas MK-II poderia ser colocado em serviço em menos tempo do que o Rafale sairia das linhas de montagem da HAL. Além disso, com sua asa duplo delta com canards, o Mk-II seria superior ao Rafale em manobrabilidade. O Tejas Mk-I básico já está entrando em produção em série limitada, num prelúdio à operação completa. Não seria difícil estabelecer com rapidez um desenvolvimento separado e uma linha de produção para o Mk-II e, de fato, a HAL vem mostrando confiança em rejeitar ofertas europeias para ajudar a estabelecer a infraestrutura do Tejas.

tejasmk2 via Indian Defense

A aquisição de produtos desenvolvidos na Índia também permitiria a racionalização da estrutura da Força Aérea Indiana, eliminando do inventário aeronaves tão diversas que criam um pesadelo logístico. Como planejado, o Tejas Mk-I cumpriria o papel de defesa aérea, e o Mk-II poderia, de forma mais adequada, atender à missão de interdição em médio alcance e ataque do MMRCA. Sendo produzidos localmente, também teriam a demanda de peças suprida pela Índia, com capacidade para a produção ser ampliada rapidamente, e tirariam a Força Aérea das limitações impostas por empresas estrangeiras e que sempre afetaram suas operações.

A produção local baseada em centenas de pequenos empreendimentos de fabricação (SMEs – Small Manuf­acturing Enterprises) é a espinha dorsal de uma indústria aeronáutica avançada. Também é, no momento, o problema que afeta a transferência total de tecnologia que está no cerne das diferenças da Dassault com o Governo Indiano. De acordo com fontes ligadas ao assunto, a parceira local da Dassault, a Reliance Aerospace, supostamente concordou em aceitar apenas uma limitada transferência de tecnologia, ainda que uma total transferência seja paga, e componentes críticos do “Rafale construído na Índia” viriam das SME francesas.

Por fim, o pesquisador afirma que o Governo tem a escolha de aceitar as condições da Dassault, o que seria apoiado pela liderança da Força Aérea Indiana, normalmente de visão curta, e assim beneficiar a indústria aeronáutica francesa. Ou então jogar fora esse acordo e optar pelo Tejas Mk-I para Defesa Aérea e o Mk-II para o MMRCA, expandindo a indústria de aviação indiana e suas SME, fazendo algo de bom para o país, para variar.

FONTE: Deccan Chronicle

IMAGENS: Ministério da Defesa da Índia, Força Aérea Francesa e Indian Defense

NOTA DO EDITOR: o jornal Deccan Chronicle comumente publica matérias contrárias à aquisição do Rafale.

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Marcos

Há falha no link

HAL HF-24 Marut: o primeiro caça a jato projetado na Índia, “by Kurt Tank”

vai para outro artigo:

Governo Indiano detalha marcos no desenvolvimento do motor Kaveri

Marcos

Tejas Mk-2 nada mais seria do que um Mirage 2000.

Vader

O drama indiano quanto à produção de um caça local é parecido com o brasileiro, com duas distinções: 1. Bem ou mal a Índia já produz um caça (Tejas Mk 1); 2. Na Índia há vontade política de desenvolver um caça localmente. Lá como cá há vozes que dizem que se o país quisesse daria para se virar sozinho. Se se parar para pensar que a Suécia, um país pequeno economica e populacionalmente, produz um dos melhores caças do mundo; quando se pensa que dois dos cinco BRICS (Rússia e China) produzem caças avançados aos montes quase que totalmente indígenas,… Read more »

Vader

Só complementando: Quando se compara o Brasil com a África do Sul e a Índia, penso que em tese o que mais teria condições de produzir um caça localmente é o Brasil. Não tenho a menor dúvida que se a FAB jogar na mão da Embraer seus requisitos, e lhe dá um orçamento grande e constante, sairia uma das melhores aeronaves de combate no mundo. A questão seria se compensa produzir localmente uma aeronave que a FAB compraria, quando muito, 120 unidades (considerando o plano da FAB de a longo prazo possuir dez esquadrões). Não compensa. De qualquer maneira, para… Read more »

Marcos

O Marut foi desenvolvido a partir de estudos do Dr. Tanks quando ainda estava na Argentina. Seria o Pulqui III.

Marcos

Vader: Daríamos de 10 x 0 em cima dos indianos. De fato, levando em consideração somente os custos financeiros, não compensaria produzir um caça localmente, porém, lembrando do AMX e tudo o que se aprendeu com ele, os ganhos tecnológicos são imensos. Muitos dizem que a Embraer não seria o que é hoje não fosse o AMX. Os ganhos diretos muitas vezes são pequenos, ou dão prejuízos, mas os ganhos indiretos são imensos. Quantos “prejuízos” os americanos tiveram em seus desenvolvimentos? Pois é, teríamos a opção de nos consorciamos com outro país, coisa que já tivemos a oportunidade, no caso… Read more »

Ribeiro

Vader na nossa situação, acho que sobretudo a Embraer poderia ser mais agressiva… Já esteve associada a Dassault, agora a Boeing… Mas poderia ela desenvolver um projeto, um conceito… não estamos falando de protótipos… Trabalho de engenharia mesmo (hora/homem bunda na cadeira) No momento atual, se a Embraer tivesse um projeto, provalvelmente teríamos o cancelamento do FX2 (não por inanição como se destina) e provavelmente o governo (FAB) bancando e aprimorando conforme suas necessidades. Teríamos a fome com a vontade de comer… de um lado a Embraer com um caça (que como o ST) possivelmente seria vendido aos miseráveis do… Read more »

Ribeiro

Continuando…
parace que a Embraer opta em não “investir” nessa idéia, talvez por receio de ser apertada pela concorrência em outro segmento…
Abraços
Ribeiro

Fabio ASC

Eu “quase” concordo com tudo que foi dito aqui, apenas uma detalhe: se a ìndia fizer o que o pesquisador sugere, ela terá que ter 2 caças distintos, com duas maneiras de operar diferentes, dois tipos de treinamento, duas cadeis de logística, mesmo que usando muito de um no outro. Isso quando o mundo todo busca racionalizar seus orçamentos, Suécia, França, EUA e os Eurofigthers users. Se este Tejas MK II for tão bom assim, cancela logo o restante dos MK I e Rafale, agora ficar com dois caças, seja o MK I e Rafale, seja o MKI e MKII… Read more »

Nick

Sobre as considerações do autor: A Índia é estranha. Em qualquer país do mundo as escolhas das FAs geralmente recaem sobre 2 tipos de caças, um mais pesado, e outro mais leve. O famoso Hi-Lo. No caso deles, ele fizeram uma grande salada MIX, Hi-Mid-Lo de várias procedências e tipos. Caças russos, franceses, ingleses de várias gerações em uma mesma FA. Vários programas em andamento: SU-30MKI, PAKFA, MMRCA, modernizações de M-2000 e MIG-29, Tejas, AMCA. Ao mesmo tempo, quase que semanalmente lemos um nota sobre um caça da IAF caindo. A meu ver falta algo para eles chamado… racionalização. Deveriam… Read more »

Fabio ASC

Nick, o que é AMCA?

Lyw

Só discordo em uma coisa: Em uma Força Aérea que se prese o Tejas será sempre umas aeronave de combate secundária! Por mais tecnologia a bordo, ele sempre será inferior a um J/F17 (que tenha eletrÔnica no mesmo nível). Quanto à compra do Rafale é algo questionável, os indianos “precisam urgentemente” renovar (e ampliar) uma grande frota de aeronaves de combate, o Tejas não dá conta de substituir todos, o PAK-FA não estará operacional a tempo. Na minha opinião deveriam se segurar adquirindo versões mais modernas do SU-30 e modernizando aeronaves de combate cujas capacidade valham a pena manter, neste… Read more »

Corsario137

Esses dias estava eu com meus botões pensando: pra que a Índia comprou C-17 se ela não vai transportar nada pra lugar nenhum distante. O país é grande mas não é tanto, ao contrário de nós, trançado de ponta a outra de ferrovias, pra que um punhado de C-17? E tá aí o Rafale. Os caras tem Sukhois, Mirages, vão receber os PAK-FA, Rafale pra cobrir um intervalo de 10-15 anos? Nessa quantidade? Porque se a Índia entrar em guerra com alguém esse alguém é o Paquistão, ou quem sabe a China, seria então um conflito nuclear. Provavelmente as aeronaves… Read more »

Almeida

“De acordo com fontes ligadas ao assunto, a parceira local da Dassault, a Reliance Aerospace, supostamente concordou em aceitar apenas uma limitada transferência de tecnologia, ainda que uma total transferência seja paga.”

Ééé…

Almeida

Olha, vivo atacando os franceses aqui no blog e fora dele, mas comparar Rafale F3 com Tejas Mk II é piada. Com certeza a Índia necessita urgentemente de racionalização de meios e uma dupla Su-30MKI mais Tejas MK II até a chegada dos PAK-FA e AMCA, enquanto vão dando baixa nos modernizados Mig-29SMT e Mirage 2000-5, seria o caminho mais lógico. Mas daí a dizer que o Tejas, aviãozinho projetado desde o começo pra ser de segunda linha e que tem um milhão de problemas a serem resolvidos, é melhor que o Rafale… menos professor, menos. Arrisco a dizer que… Read more »

Almeida

Fabio ASC, o AMCA (Advanced Medium Combat Aircraft) é um projeto indiano para substituir o Tejas e possivelmente o Rafale e complementar o PAK-FA/FGFA no futuro.

http://en.wikipedia.org/wiki/Advanced_Medium_Combat_Aircraft

Nick

Caro Fabio ASC,

Como o Almeida citou, o AMCA é um projeto indígena da Índia. 🙂

Só acrescentaria que o mesmo terá um porte semelhante ao F-35, mas será bimotor e pelos design, incorpora todos os conceitos de um caça de 5ª geração. E os primeiros a serem substituídos serão os M-2000 atualmente sendo modernizados, ou seja é algo para daqui uns 15-20 anos.

[]’s

Baschera

Como eu gostaria que a PresidentA pudesse ler esta análise do pesquisado indú B. Karnad…. Sobre as negociações da Dassault com o Governo Indú: 1) No momento, as negociações de compra do Rafale estão às voltas com uma recusa da fabricante francesa Dassault em aceitar termos do pedido de propostas (RFP) que a tornam responsável pela qualidade de 108 aeronaves (da encomenda total de 126) do tipo a serem produzidas sob licença pela Hindustan Aeronautics Ltd. (HAL), designada no RFP como contratante principal. 2) ….se a Dassault tivesse dúvidas a esse respeito deveria tê-las esclarecido antes de apresentar sua proposta… Read more »

Almeida

Baschera, se ex chefe da COPAC e comandante de defesa aerea le isso aqui, vai que a presidenta, viajando em seu Aerolula qualquer dia, nao le tambem?

Problema so se ela der de cara com um comentario do Vader hahaha! 😛

Soyuz

A Indian Air Force pertence a um seleto grupo de forças aéreas a qual a FAB e a Aeronautica Militare Italiana também fazem integram, que seguem lógicas tão próprias de decisões que só elas entendem.

Lyw

Almeida disse: 12 de abril de 2013 às 19:39 Meu caro tenha certeza que os JF-17 e J-10 são aeronaves de combate superiores, o primeiro tem um desempenho em vôo próximo ao de um F-16, enquanto o segundo tem um desempenho aproximado aos Eurocanards. Quanto à eletrônica, o pequeno Tejas, pode receber um radar AESA (pelo menos os de menor diâmetro), mas sempre será uma aeronave de desempenho menor. Eu lí em algum lugar, estou procurando onde, mas senão me engano foi em um veículo de informação indiano que eu li utilizando o famoso google tradutor rsrsrs… Enfim dizia que… Read more »

Fabio ASC

Caros Nick e Almeida, obrigado pelas informações,

Mas Nick, sendo esse AMCA bimotor, acredito que supere em muito, pelo menos no tamanho o F 35, ou seja, se já vão ter o PAK FA… pra que?????

Será que eles tem tanto dinheiro sobrando assim???????

Se a Rússia, que é a Rússia, vai de SU 35S para complementar o T 50.

Lyw

Off Topic:

O vice-presidente da Irkut, responsável pela venda e marketing do jato de treinamento avançado Yak-130, disse que pretende negociar a montagem licenciada da aeronave no Brasil.

Baschera

Caraca…estes russos não aprendem a ficar de boca fechada….

Voces já viram alguma vez algo que os russos disseram fazer no Brasil acontecer ???

Sds.

Nick

Caro Fabio ASC, A Índia tem um economia crescendo em taxas quase chinesas, e tem questões territoriais com a China e o Paquistão. Ou seja dinheiro para as FAs é o que não falta, aliás eles tem tanto que estão disparando para todos os lado, sem fazer um bom planejamento de onde gastar/investir. Isso é ruim, porque no futuro, muitos desses programas talvez nem cheguem ao fim. Sobre o AMCA, apesar de ser bimotor, não vai ser muito maior que o F-35 não. O motor do F-35, o F-135 é incrivelmente potente.O uso de dois motores no AMCA, na verdade… Read more »

Ivan

PAC JF-1 Thunder melhor que HAL Tejas Mk1 ??? Sem pensar muito, não. A única possibilidade de haver um Thunder melhor que um Tejas é se houver algum erro catastrófico de projeto no caça leve indiano. Com todo o respeito que os paquistaneses merecem por estar construíndo um caça ‘zero km’, o Thunder conserva o DNA do MiG-21 ou Chengdu J-7/F-7 Airguard. Usa pouco material composto sendo quase todo de metal, seu fly-by-wire é limitado ao controle do pitch, o que impede de ser um caça com estabilidade relaxada e ainda usa o turbofan Klimov RD-93 derivado do MiG-29. O… Read more »

Ivan

Nick,

A versão “NG” do Tejas é a Mk-2, motorizado com GE F-414.
Aquele turbofan com quase 1.000 unidades entregues e que deve ultrapassar 1.500 unidades entregues nos próximos anos e ainda continua melhorando cada vez mais.

Abç.,
Ivan.

Ivan

No Live Fist há uma interessante análise do JF-17 Thunder por Mihir Shah. Segue o link para quem se interessar:

http://livefist.blogspot.com.br/2007/04/pakistans-jf-17-thunder-analysis.html

Lyw

Ivan, com todo respeito mas tenho que discordar de ti, principalmente com a comparação que fizestes entre Tejas MK2 e J-10B. O J-10b é delta canard Fly by Wire, enquanto o Tejas usa o ultrapassado conceito de duplo delta. O J-10 será sempre mais manobrável que o Tejas independente do motor que este último utilize. Quanto ao JF-17, embora com influência da experiência do MIG-21 e do pouco uso de materiais compostos como Tejas, a manobrabilidade deste caça é o seu trunfo, manobrabilidade garantida por asas, estabilizadores, deriva… Completamente diferentes do seu avô… Poderiamos colocá-lo com um desempenho entre o… Read more »

Ivan

O pesquisador Bharat Karnad é mais um indiano que defende o investimento no programa Light Combat Aircraft – LCA, consolidado no HAL Tejas. Outros como o Prof. Prodyut Das. O grande problema é que o M-MRCA foi lançado oficialmente para, entre outras coisas, substituir o MiG-21 nas fileiras da IAF. Na verdade vai fazer as outras coisas, menos substituir o MiG-21. O MiG-21 Bison, versão atual operada pelos hindus, é um caça leve, monomotor e barato de operar, descontando sua taxa de atrito. Seu substituto já estava programado mesmo antes do M-MRCA. Será o produto do LCA, o HAL Tejas,… Read more »

Ivan

Lyw, O Thunder é o F-20 do MiG-21. Simples, barato e até mesmo ágil, mas ainda é apenas um caça de 3ª geração com alguns recursos de 4ª geração. Evidentemente poderá abater um Tejas, assim como F-4 e F-5 MLU abateram em exercícios os Rafale. Mas esta não será a regra. Um detalhe, a grosso modo a relação thrust / weight: * Thunder …….. 0,95; * Tejas Mk-1 …. 1,07; * J-10 A ……….. 1.024 a 1.085. Possivelmente o arranjo delta-canard do J-10 (estilo Lavi) pode oferecer maior agilidade que o duplo delta do Tejas, mas a aerodinâmica do indiano… Read more »

Almeida

Sei não Ivan, o Tejas tem muitos problemas ainda por serem sanados. Diria até que jamais o serão. Quanto ao JF-17 até acredito que empatem, especialmente por conta do fraco motor RD-93 dele. Mas contra o J-10, especialmente o Super 10, não tem brincadeira. Quanto mais ainda contra um Rafale!

Nick

Caro Ivan,

Eu estava considerando um Tejas ainda mais avançado que o MK.2. 🙂

Algo como um “MK.3”, que incorporasse recursos como radar AESA, EW mais moderno, mais leve e furtivo. E se não é FBW full, incorporasse esse recurso também.

[]’s

Ivan

Almeida, Entendo os riscos de um projeto novo, de 4ª geração (ou 4,5plus e pode colocar aqueles +++), em material composto, full authority fly-by-wire e estabilidade relaxada. Por esta razão registrei a ressalva: …se houver algum erro catastrófico de projeto… Mesmo com experiência em produzir Gnats, Ajeets, Maruts, MiG-21 e Sukhois Su-30MKI, o risco existe. Mas eles estão tentando e acredito que vão conseguir. Contra o Rafale? Eu não escrevi nada contra, só a favor. Rafale e Tejas podem coexistir em benefício da Índia, cada um em seu quadrado, apenas sugeri e sustento que poderia ser interessante para a Bharatiya… Read more »

Ivan

Nick,

FBW Full já está presente no Tejas.
Rada AESA já está previsto para o Mk-2.
Sua estrutura e maior parte da fuselagem é em material composto.

Estas são diferenças importantes deste projeto quando comparado a outros caças leves como o Thunder sino-paquistanês.

Abç.,
Ivan.

ricardo_recife

São duas coisas diferentes, interligadas mas diferentes: 1 ) As dificuldades da HAL e do governo da Índia em a Dassault respeitar a lógica do processo. Desde o início eles sabiam que a HAL fabricaria o Rafale e boa parte da logística e montagem de sistemas ficaria com a industria indiana. Depois do contrato começam com ‘várias pequenas histórias’ para ver se não cumprem o acordado. Apostam que os indianos não um MMRCA do B. 2) Apostar no Tejas em vez do Rafale depende das necessidades da força aérea da Índia a curto e médio prazo. Não é questão de… Read more »

Mauricio R.

Deixando esse “super trunfo” Tejas X JF-17 X J-10 de lado, o Mod indiano deveria dirigir a força aérea a racionalizar seu inventário. Diminuir a diversidade de vetores desse inventário, seria positivo p/ a logística da força, incluso aí o benefício financeiro. Além da capacidade combativa, o treinamento de equipagens carece da qualidade necessária, daí a freqüência elevada de acidentes. Qnto ao MMRCA, a IAF infelizmente se perdeu entre o que ela queria e o que irá conseguir c/ o programa, a demora em sacramentar o negócio só está piorando a situação. Seria o caso de cancelá-lo e privilegiar o… Read more »

ricardo_recife

O Brasil tem muito mais competência que a Índia para fazer caças, o AMX é um exemplo disto. Mas faltam duas coisas: vontade política e planejamento. Aqui tudo que diz respeito a contas públicas (orçamentos públicos) é uma piada mal contada. Não existe uma obra pública no Brasil que não tenha estourado o orçamento ou que não tenha indícios claros de superfaturamento. Isto sem falar naquelas que claramente não servem para nada. Duvido que se o governo federal fosse obrigado por lei a pagar o preço real dos helicópteros, submarinos e cacos se teria saído. Somente foi para frente por… Read more »

Nick

Caro Ivan,

Se o Tejas MK.2 tiver todos esses incrementos em relação ao MK.1 , realmente não tem muito o que fazer. Seria uma boa opção Lo para os próximos 30 anos. Claro, que, com atualizações constantes nas capacidades de armamentos e sistemas.

E concordo o Ricardo Recife.

Se aqui tivéssemos 1/10 da vontade política dos Chineses e Indianos, já teríamos desenvolvido internamente o sucessor dos F-5E. Mesmo que fosse por exemplo a produção licenciado de um caça como o Gripen ou F-16, e planejando já seu sucessor como a Turquia, a própria Índia e os Sul-Coreanos estão fazendo.

[]’s

Almeida

Desculpem descambar para o super trunfo, mas eu estava me referindo à afirmação do professor de que o Tejas Mk II seria tão bom ou melhor que o Rafale, tecnicamente falando. E isso eu duvido muito. Como o J-10B é comparável aos eurocanards e será usado pelas duas maiores ameaças à Índia, coloquei no meio do balaio. Mas concordo com a maioria, e o professor, que o MMRCA deveria ser cancelado em prol de mais e melhores Tejas e Flankers. 22 bilhões de doláres é muito dinheiro, dá pra fazer muita coisa boa com esta frota. Mesmo levando em consideração… Read more »

Almeida

Mas sim Nunão, seria triste ver o fim da história aeronáutica da Dassault e de mais um player europeu neste mercado. Que a Índia ou EAU os salvem!

Ivan

Nick, Sim, parte o Tejas Mk-1 já tem, o restante o Mk-2 está resolvendo. Nunão, Entendo que vc não simpatize com “Super Trunfo”, também tenho restrições, principalmente quando comparam laranja com mamão. Mas as vezes dados concretos são importantes para começar uma análise, uma matéria ou simplesmente um comentário. Neste caso é informação. Assim sendo, peço sua compreensão para postar alguns números. HAL Tejas Mk-1 * Comprimento ……….. 13,20 m (43 ft 4 in) * Envergadura …………. 8,20 m (26 ft 11 in) * Altura …………………… 4,40 m (14 ft 9 in) * Área Alar …………….. 38,4 m² (413 ft²)… Read more »

Control

Senhores A justificativa lógica para o empenho da India em obter um volume maior de caças, tirando a possibilidade de obtenção de vantagens por alguns políticos indianos, é a urgência em dispor de uma força adequada capaz de se contrapor a expansão da China. Observe-se que o planejamento chinês caminha para que o Império do Meio chegue ao nível de uma potência com capacidade de se contrapor aos EUA a nivel global aí por 2030. Ou seja, a nível regional, a China poderá estar dominando seu entorno bem antes, e nesse entorno está a Índia. Esta não tem muito tempo… Read more »

Ivan

Control,
Bem lembrado.
Sds.,
Ivan.

Mauricio R.

Ocorre que o update dos M-2000 indianos levará uns 10 anos até ser completado e não é nenhum “game changer”.
O update dos “Fulcrum”, é bem mais sofisticado e deverá ficar pronto antes.
E nenhum dos 2 casos resolve o principal problema dos indianos, que é a contínua redução do nº de células disponíveis, p/ os esquadrões de combate.